Avaliação da cefaleia e suas características em pacientes com Covid-19: um estudo transversal

Autores

  • Pedro Augusto Sampaio Rocha Filho Universidade Federal de Pernambuco
  • Pedro Mota Albuquerque Universidade Federal de Pernambuco
  • Larissa Clementino Leite Sá Carvalho Universidade Federal de Pernambuco
  • Mylana Dandara Pereira Gama Universidade Federal de Pernambuco
  • Djanino Fernandes Silva Universidade Federal de Pernambuco
  • Victor Souza Tôrres Lira Universidade Federal de Pernambuco
  • João Eudes Magalhães Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.34

Palavras-chave:

Português

Resumo

Introdução
Estima-se que a frequência de cefaleia em pacientes com COVID-19 em torno de 12%. No entanto, pouco se sabe sobre as características destas cefaleias. Temos como objetivos estimar a frequência das cefaleias apresentadas por pacientes com COVID-19 e estudar suas características.
Método
Trata-se de um estudo transversal. Pacientes atendidos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz de março de 2020 a junho de 2020 com diagnóstico de COVID-19 (RT-PCR positivo) foram incluídos. Os pacientes foram identificados a partir do registro no Setor de Vigilância Epidemiológica do hospital e foram entrevistados por telefone sobre da presença e características das cefaleias. As entrevistas foram feitas por médicos e estudante de medicina treinados. Foram utilizados questionário semi-estruturado e o migraine-ID. Esta pesquisa foi aprovada pelo pala CONEP (CAAE: 30479220.8.0000.5192; Número do Parecer 4.082.904.
Resultados
Foram entrevistadas 183 pessoas, 100/183 (55%) eram mulheres, idade média de 48,6 ± 14,3 anos, 137/183 (74,9%) tiveram cefaleias associadas à COVID-19, em 23/183 (13%) a cefaleia foi o sintoma que mais incomodou. As mulheres tiveram mais cefaleia do que os homens (83% vs 65%; qui-quadrado; p< 0,05). Não houve diferença em relação à idade (47 ± 13 vs 53 ± 16 anos; Mann-Whitney; p: 0,054). Em 74/137 (54%) esta cefaleia tinha um padrão não migranoso; em 74/137 (54%) a cefaleia foi incapacitante; em 49/137 (35,8%) foi associada à náuseas e em 62/137 (45,3%), à fotofobia. A duração média da cefaleia foi de 9 ± 9 dias. Em 56/183 (31%) das pessoas, a cefaleia foi o primeiro sintoma da COVID-19. Sessenta e nove pessoas com cefaleia associada à COVID-19 tinham cefaleia prévia, desses, 52/69 (75,4%) avaliaram que a cefaleia da COVID-19 como diferente da cefaleia anterior.
Conclusões
A cefaleia é um sintoma frequente e importante em pessoas com COVID-19. Esta cefaleia em geral tem padrão não migranoso e é diferente das cefaleias anteriores.

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Publicado

2020-11-30

Como Citar

1.
Rocha Filho PAS, Albuquerque PM, Carvalho LCLS, Gama MDP, Silva DF, Lira VST, Magalhães JE. Avaliação da cefaleia e suas características em pacientes com Covid-19: um estudo transversal. Headache Med [Internet]. 30º de novembro de 2020 [citado 21º de novembro de 2024];11(Supplement):34. Disponível em: https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/119

Edição

Seção

Resumo Congresso Cefaleia 2024

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