Comparação do equilíbrio entre pacientes migranosos com e sem histórico de quedas
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.60Keywords:
PortuguêsAbstract
Introdução
Déficits no controle do equilíbrio tem sido observado em pacientes com migrânea, bem como maior prevalência e medo de quedas. No entanto, ainda não são conhecidas as alterações do equilíbrio relacionadas com a recorrência de quedas nestes pacientes. O objetivo deste estudo foi comparar a preocupação com quedas e o controle postural de indivíduos com migrânea com e sem histórico de quedas.
Material e Métodos
Este é um estudo transversal, no qual foram avaliadas 51 mulheres entre 18 e 55 anos diagnosticadas com migrânea de acordo com a Classificação Internacional de Cefaleias. De acordo com a presença de histórico de quedas, os participantes foram divididos em dois grupos: migrânea com histórico de quedas (n=24, 30,1 ± 7,4 anos) e migrânea sem histórico de quedas (n=27, 34,8 ± 9,4 anos). Todas as voluntárias preencheram a Escala Internacional de Eficácia de Quedas (FES-I), que avalia a preocupação com o risco de quedas durante a realização das atividades de vida diária. Para a avaliação do equilíbrio, as participantes foram orientadas a se manter em pé sobre uma plataforma de força, em quatro condições que combinavam superfície de apoio (estável e instável) com input visual (olhos abertos e olhos fechados). A área de oscilação do centro de pressão (CoP) foi mensurada em todas as condições. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o processo 16210/2015.
Resultados
Os grupos foram comparados com Teste T de Student (p<0,05). O grupo de com histórico de quedas apresentou maior a área de oscilação do CoP (em cm2) nas condições de apoio em superfície estável com os olhos fechados (1,91±1,80) e em superfície instável com olhos abertos (6,29±3,31) e olhos fechados (15,22±7,60) em comparação ao grupo sem histórico de quedas (1,08±0,63; 4,55±2,54;10,42±2,70; respectivamente). Na condição de superfície estável com olhos abertos não houve diferença na área de oscilação entre os grupos (p>0,05). A preocupação com o risco de quedas mensurada pelo FES-I também foi maior no grupo com histórico de quedas (29,1±6,93 pontos) em comparação com o grupo sem histórico de quedas (22,9±5,0 pontos).
Conclusão
A presença de quedas recorrentes está relacionada com pior controle postural de pacientes com migrânea durante condições que exigem maior integração entre os sistemas que compõem o equilíbrio, bem como com uma maior preocupação em cair durante atividades de vida diárias.
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