A cinesiofobia e a preocupação com quedas estão associadas à redução da mobilidade funcional em pacientes com migrânea
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2021.Supplement.40Palavras-chave:
Transtornos migranosos, Quedas, Cinesiofobia, Equilíbrio postural, Migrânea vestibularResumo
Introdução
Alterações de equilíbrio durante atividades funcionais tem sido observadas em pacientes com migrânea. A literatura sugere que as alterações de equilíbrio estático estão relacionadas com alterações vestibulares, presença de aura e migrânea crônica, porém não se sabe ainda se estes ou outros fatores estão associados à alterações no desempenho funcional dos migranosos.
Objetivos
Investigar a relação entre a mobilidade funcional e as características clínicas da migrânea, presença de sintomas vestibulares, diagnóstico de migrânea vestibular, ocorrência de quedas, medo de quedas e cinesiofobia.
Métodos
Participaram deste estudo transversal 79 mulheres com idade entre 18 a 55 anos, com diagnóstico de migrânea. As voluntárias responderam aos questionários Escala internacional de eficácia de quedas, Escala tampa de cinesiofobia e Dizziness Handicap Inventory, que avaliaram o medo de quedas, a cinesiofobia e a incapacidade relacionada aos sintomas vestibulares, respectivamente. A avaliação da mobilidade foi avaliada pelo teste Timed Up and Go (TUG). O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (CAAE 04683218.3.0000.5440).
Resultados
A correlação entre as variáveis foi verificada com o Coeficiente de Correlação de Pearson, e modelos de regressão linear múltipla foram aplicados para verificar quais variáveis estavam associadas com a performance no TUG (p<0.05). A mobilidade funcional apresentou correlação fraca e positiva com o medo de quedas (r=0.37, p=0.001) e cinesiofobia (r=0.38, p=0.001). As demais variáveis não apresentaram correlação significativa com o TUG (p>0.05). A análise de regressão linear revelou que a cinesiofobia e o medo de quedas representam 17% da variabilidade do tempo de realização do teste Timed Up and Go.
Conclusão
A mobilidade funcional dos pacientes com migrânea está associada a cinesiofobia e ao medo de quedas, e pode ser influenciada em pequena proporção por estes mesmos fatores.
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