A espessura e o volume do córtex somatossensorial se associam com a presença e severidade da alodinia cutânea em pacientes com migrânea?
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2021.Supplement.5Keywords:
Transtornos de Enxaqueca, Sensibilização do Sistema Nervoso Central, Córtex Somatossensorial, Ressonância MagnéticaAbstract
Introdução
As alterações cerebrais presentes nos pacientes com migrânea tem sido muito estudadas nos últimos anos. A presença e a severidade da alodinia cutânea (AC) estão relacionadas a alterações funcionais e vasculares do cérebro. Todavia, a associação entre alterações estruturais do cérebro e a AC ainda não estão bem esclarecidas em pacientes com migrânea.
Objetivo
Avaliar a correlação entre a presença e severidade da AC, as características da migrânea, e a espessura e o volume do córtex somatossensorial.
Material e Métodos
Nesse estudo transversal, foram incluídos 45 pacientes com migrânea com e sem aura e migrânea crônica, diagnosticados por neurologistas especialistas em cefaleias. Os voluntários preencheram o Questionário de Sintomas de Alodinia (ASC-12 / Brasil) e fizeram uma avaliação encefálica por meio de ressonância magnética (RM). As imagens foram inspecionadas por neurorradiologista cego e processadas no software Freesurfer. Este projeto foi aprovado pelo comitê de ética local (processo nº 13068/2015).
Resultados
Testes de correlação e modelo de regressão linear foram usados para avaliar a relação entre os desfechos. Não foi observada correlação significativa entre a espessura e o volume do córtex somatossensorial com o ASC-12/Brasil (espessura: r= -0,16; volume: r= 0,22; p> 0,05), frequência (espessura: r= -0,10; volume: r= 0,14; p> 0,05) ou início da migrânea (espessura: r= -0,06; volume: r= 0,12; p> 0,05). A espessura e o volume do córtex somatossensorial não foram diferentes entre os subgrupos de migrânea (p> 0,05). A variabilidade dos escores do ASC-12/Brasil não pode ser prevista pela espessura (p> 0,05) ou volume (p> 0,05) do córtex somatossensorial. Estudos futuros associando o uso de questionários com medidas quantitativas térmicas e mecânicas são recomendados.
Conclusão
Os resultados mostram que a morfologia do córtex somatossensorial não está associada nem com AC nem com características da migrânea nessa população.
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Copyright (c) 2021 Nicoly Machado Maciel, Gabriela Ferreira Carvalho, Natália Oliveira, Carina Ferreira Pinheiro, Fabíola Dach, Antônio Carlos dos Santos, Debora Bevilaqua-Grossi
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