Sexo feminino associado a maior chance hipersensibilidade sensorial

Autores

  • Igor Caetano Acadêmico de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Bárbara Khouri Acadêmico de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Amanda Rocha Acadêmico de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Debora Rezende Acadêmico de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Maria Juliani Acadêmico de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Aline Silva Acadêmico de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Regina Frederico Acadêmico de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.77

Palavras-chave:

Português

Resumo

Introdução
A migrânea é uma doença caracterizada por cefaleia acompanhada de hipersensibilidade sensorial como fotofobia, fonofobia, osmofobia e alodinia. Objetivo: Investigar a associação entre a sensibilidade sensorial (alodinia, fonofobia, fotofobia e osmofobia) e outras variáveis clínicas relacionadas a migrânea.
Métodos
Estudo observacional composto por participantes com diagnóstico de migrânea com e sem aura de ambos os sexos, com idade entre 18 a 70 anos. Foram avaliados sexo, idade, índice de massa corpórea (lMC) e etnia. Foram obtidas informações sobre tipo de migrânea com ou sem aura; episódica ou crônica), idade de início da doença, frequência das crises, sintomas acompanhantes e desencadeantes de cefaleia. Os participantes responderam sobre a presença ou ausência de alodinia, fonofobia, fotofobia e osmofobia. Avaliouse também o grau de incapacidade da migrânea, por meio do questionário Migraine Disability Assessment (MIDAS). Os dados categóricos foram avaliados por teste de qui-quadrado ou Exato de Fisher. Dados contínuos foram avaliados pelo teste de Mann-Whitney. Foi considerada diferença estatística quando p<0,05
Resultados
Participaram do estudo 111 indivíduos com migrânea, destes 83,7% eram do sexo feminino, 36,9% apresentavam aura e 54,9% tinham a forma crônica da doença. Pacientes do sexo feminino tiveram mais frequentemente alodinia (OR 1,246; p=0,009), fonofobia (OR1,458; p=0,007) e osmofobia (OR 1,430; p<0,001). Pacientes com osmofobia tinham menor IMC comparado com os que não tinham essa condição (24Kg/m2 Vs 28 Kg/m2; p=0,046). Pacientes com alodinia tiveram chance 70% maior de terem migrânea com aura (OR 1,707; p=0,004) e maior quantidade de dias de cefaleia no último mês (10 dias Vs 5 dias; p=0,003) comparado com os que não tinham alodinia. Tinham maior pontuação no MIDAS aqueles indivíduos com alodinia (26 Vs 12; p=0,001) e fonofobia (20 Vs 14; p=0,018). O gatilho menstrual foi mais frequente entre mulheres com alodinia (OR 1,56; p= 0,041) e fotofobia (OR 1,211; p=0,012). Odor como gatilho foi mais comum em indivíduos com alodinia (OR 1,794; p= 0,003), fonofobia(OR 1,190; p=0,027) e osmofobia (OR 1,621; p=0,002), Gatilhos alimentares ocorreram mais frequentemente entre indivíduos com osmofobia (OR 1,438; p=0,019).
Conclusão
O sexo feminino foi associado a maior chance de alodinia, fonofobia e osmofobia. A alodinia foi a manifestação de hipersensibilidade sensorial mais associada a gravidade e a gatilhos de migrânea.

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Publicado

2020-11-30

Como Citar

1.
Caetano I, Khouri B, Rocha A, Rezende D, Juliani M, Silva A, Frederico R. Sexo feminino associado a maior chance hipersensibilidade sensorial. Headache Med [Internet]. 30º de novembro de 2020 [citado 23º de novembro de 2024];11(Supplement):77. Disponível em: https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/164

Edição

Seção

Resumo Congresso Cefaleia 2024

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