Frequência de desconforto crânio-orofacial relacionada ao uso de equipamento de proteção individual – uma realidade da covid-19
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.57Palavras-chave:
PortuguêsResumo
Por se tratar de uma doença de condição altamente infecciosa a COVID-19, os profissionais de saúde precisaram intensificar o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) como máscara N95, óculos de proteção e visor facial, o que pode influenciar no surgimento ou piora da dor crânio-orofacial. Avaliar o surgimento e a piora de dor crânioorofacial devido ao uso de EPI. Estudo transversal analítico, em profissionais de saúde, ambos os sexos, idade maior 18 anos, frequência >3 dias de trabalho na semana, com uso de EPIs craniofaciais > 2horas p/dia, foram excluídos aqueles indivíduos que não responderem todo o questionário. Os dados dessa pesquisa serão coletados via formulário Googlehttps://forms.gle/ i3jJn7XthYskuVQX9, contendo perguntas sobre dados sociodemográficos, questões sobre uso do EPI e sinais e sintomas de dor orofacial conforme o Índice Anamnésico de Fonseca. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa nº 2.629.868. A normalidade dos dados foi testada com o teste Kolmogorov-Smirnov, o teste exato de Fischer foi utilizado para verificar a diferença entre os períodos e p<0,05 foi adotado. Foram avaliados 29 profissionais, 73,3% do sexo feminino, com médias de idade 36 ± 9, 5 ± 1 trabalho semanal, 6 ± 4 horas de uso do EPI, os principais EPIs utilizados foram máscara N95 (93,10%), touca (89,66%) e óculos protetor (62%), as regiões com dor foram frontal (51,72%), temporal (44,83%), ATM e suboccipital (24,14%), 85% tinham sinais e sintomas de DTM com score médio de 42 ± 27. Foi observada diferença do período pré-pandemia e urante a pandemia na frequência de indivíduos que passaram a ter dor na região crânio-orofacial p=0,03, que passaram a utilizar medicamentos para essa dor p=0,001 e na frequência de dias de dor na semana p=0,03. O uso de EPI por longos períodos aumentou a frequência de dor na região crânio-orofacial apontando para a necessidade de prevenção da piora desses agravos por meio de EPIs de usabilidade mais ergonômica e confortável associado a tratamentos para os indivíduos com condições mais severas.
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