Opções terapêuticas atuais na cefaleia do tipo tensional em idosos
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.45Keywords:
PortuguêsAbstract
Introdução
A cefaleia tensional (CTT) é o tipo mais comum de cefaleia primária, sendo caracterizada por ataques dolorosos em aperto, tipicamente
bilaterais, com duração de horas ou dias, prejudicando significativamente as atividades diárias dos seus portadores. Tendo em vista as mudanças na etrutura etária da população e a importância da medicina moderna oferecer uma melhor qualidade de vida (QV) para o idoso, o objetivo deste estudo é buscar as formas de tratamentos atuais mais eficazes no manejo da CTT nesses pacientes.
Material e Métodos
Foi realizado uma revisão sistemática da literatura no banco de dados PubMed, com os descritores: “Tension headache AND Elderly”. Foram usados os filtros: relatos de caso, ensaio clínico, metanálise, últimos 5 anos, idade acima de 65 anos. Excluiu-se os trabalhos que não se enquadravam nos objetivos.
Resultados
Um estudo prospectivo concluiu que a combinação do tratamento medicamentoso padrão com o tratamento cognitivo-comportamental (TCC) para CTT foi capaz de diminuir a intensidade e a frequência da cefaleia, além dos prejuízos específicos como a depressão e as mudanças cognitivas relacionaas à dor. Foram incluídos no TCC: a psicoeducação, relaxamento muscular progressivo, estratégias de enfrentamento da dor e do estresse. Outro estudo evidenciou que a toxina botulínica A (TXB-A), quando aplicada nos músculos frontal, risório, abaixador do ângulo da boca, zigomático maior e menor e orbicular do olho, mostrou-se eficaz no tratamento da CTT causada por espasmo hemifacial (EHF), apresentando melhora significativa da cefaleia, em grau e frequência, em 70,6% dos pacientes. Em consonância, outro estudo relacionou o uso de TXB-A com a diminuição do consumo de triptano e redução da gravidade e frequência da cefaleia em pacientes com CTT. Ademais, dois ensaios clínicos apontaram que a técnica de inibição dos músculos suboccipitais esteve associada a uma melhora significativa na QV e nas dimensões física e emocional dos pacientes idosos com CTT episódica ou crônica, tanto durante como no pós-tratamento. Por fim, a acupuntura como opção terapêutica da CTT apresentou rsultados divergentes na literatura analisada.
Conclusão
Percebeu-se eficácia significativa da TXB-A, da TCC e da técnica de inibição dos músculos subboccipitais na redução da intensidade e frequência da dor em idosos com CTT. Além disso, necessita-se de estudos de maior rigor científico para analisar o papel da acupuntura nesses pacientes.
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