Topiramato e função cognitiva: revisão
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2015.3Palavras-chave:
Cognição, Epilepsia, Migrânea, Obesidade, Psiquiatria, TopiramatoResumo
A despeito da eficácia terapêutica, em suas várias indicações, os efeitos colaterais cognitivos são achados comuns com o uso do topiramato. Estudos descritivos indicam queixas cognitivas inespecíficas, lentificação psicomotora e dificuldades de linguagem, como principais queixas entre os pacientes que precisaram suspender uso da medicação, mesmo quando este apresenta eficácia no controle sintomático do paciente. Mesmo em pacientes que não apresentam queixas de natureza cognitiva com o uso de topiramato, foram encontradas alterações no desempenho em testes psicométricos. Os efeitos cognitivos negativos induzidos pelo topiramato são frequentemente temporários e cessam após descontinuação da medicação. Parece haver determinadas condições associadas a um maior risco para desenvolvimento de efeitos colaterais, como o esquema de titulação aplicado, a dose usada, tempo de manutenção em politerapia e susceptibilidade individual. O modo pelo qual o topiramato leva às alterações cognitivas ainda é pouco compreendida. Estudos de neurofisiologia e neuroimagem funcional procuram elucidar a questão. A magnitude das alterações cognitivas pode ser suficiente para interferir no desempenho escolar, no trabalho e relações sociais e estão entre as principais causas de descontinuação da medicação durante o tratamento.
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