Cefaleia e blood patch epidural: revisão de literatura

Autores

  • André Calabria Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC)
  • Gabrielle Ferreira Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC)
  • Luana de Souza Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC)
  • Denise Krieger Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC)

DOI:

https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.73

Palavras-chave:

Português

Resumo

Fundamentação/Introdução
A cefaleia pós-punção da dura-máter é a complicação neurológica mais comum de procedimentos neuroaxiais intervencionistas, sobretudo raquianestesia. Uma das principais opções terapêuticas é o Blood Patch Epidural, no qual se remove pequena quantidade de sangue autólogo e o injeta no espaço peridural. É considerada a terapia padrão-ouro quando ocorre falha do tratamento conservador.
Delineamento e Métodos
Pesquisa descritiva a partir da revisão narrativa de artigos publicados em línguas inglesa e portuguesa nas bases de dados eletrônicos Scielo, PubMed e Medline.
Resultados
Os fatores predisponentes mais comuns para cefaleia pós-punção da dura-máter são o grosso calibre das agulhas utilizadas, múltiplas punções realizadas, pacientes jovens, do sexo feminino e gestantes. A maioria das cefaleias após punção lombar desaparece em até seis semanas apenas com uso de analgésicos, cafeína, hidratação e repouso no leito. No entanto, se essas medidas não aliviarem a dor de cabeça, o Blood Patch Epidural deve ser considerado 72 horas após o início da dor, evitando as complicações do escape de líquido cefalorraquidiano, como hematoma subdural e convulsão, que podem ser fatais. O Blood Patch Epidural é um procedimento no qual 10 a 20mL de sangue do próprio paciente é injetado no espaço peridural para interromper o vazamento de líquor, selar o local da punção e controlar a vasodilatação cerebral, fazendo a cefaleia desaparecer entre 48 horas a uma semana. Não obstante, verificou-se que a taxa de sucesso é baixa se for administrada profilaticamente ou dentro de 24 horas após a punção lombar. Os riscos são relativamente pequenos e incluem insucesso, infecção, reação alérgica, sangramento ou dor no local da injeção.
Conclusão
Embora muitas vezes autolimitada, a cefaleia é uma importante complicação pós-punção dural e, às vezes, é associada a distúrbios secundários. O tratamento conservador pode ser recomendado para alguns pacientes, mas produz alívio a curto prazo e pode não ser satisfatório. Por outro lado, o Blood Patch Epidural é uma maneira altamente eficaz e segura para tratar cefaleia moderada a grave que não está respondendo à terapia convencional.

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Publicado

2020-11-30

Como Citar

1.
Calabria A, Ferreira G, Souza L de, Krieger D. Cefaleia e blood patch epidural: revisão de literatura. Headache Med [Internet]. 30º de novembro de 2020 [citado 21º de novembro de 2024];11(Supplement):73. Disponível em: https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/160

Edição

Seção

Resumo Congresso Cefaleia 2024

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