Migrânea e sintomas autonômicos: associação com cronificação, sintomas de tronco e depressão

Autores

  • Eldislei Mioto Universidade Federal do Paraná
  • Marco Utiumi Universidade Federal do Paraná
  • João Küster Universidade Federal do Paraná
  • Bin Tan Universidade Federal do Paraná
  • Nikolai Kotsifas Universidade Federal do Paraná
  • Luiz Canalli Filho Universidade Federal do Paraná
  • Elcio Piovesan Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.67

Palavras-chave:

Português

Resumo

Introdução
Os ataques de migrânea são caracterizados por sintomas álgicos e não álgicos. Além disso, a migrânea ocorre associada a diversas comorbidades. Tanto os sintomas não álgicos como as comorbidades podem se caracterizar por sintomas autonômicos. Este trabalho tem por objetivo avaliar a disautonomia em migranosos e diferenças relacionadas entre os grupos episódico (ME) e crônico (MC).
Material e Métodos
Estudo transversal de pacientes atendidos em ambulatório especializado, diagnosticados pela International Classification of Headache Disorders 3 como ME ou MC, convidados de forma consecutiva e utilizando entrevistas semi-estruturadas. O questionário Composite Autonomic Symptom Score (COMPASS) foi utilizado para avaliação de sintomas autonômicos, o Patient Health Questionnaire (PHQ) 9 para avaliação de sintomas depressivos e o Short Form (SF) 36 para avaliação de qualidade de vida. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética do HC- UFPR.
Resultados
Foram incluídos 210 pacientes dos quais 97 (46%) apresentavam ME e 113 (54%) MC. Destes, 78 (69%) consumiam analgésicos excessivamente. A média de idade era de 39,5±12,6 anos e 189 (90%) pacientes eram do sexo feminino. O grupo CM apresentou um escore COMPASS mais alto (34,7±18,3) que o grupo EM (26,4±14,8). A regressão múltipla foi empregada para analisar a associação das variáveis clínicas com o COMPASS. O modelo final ajustado mostra que para cada sintoma não álgico tipicamente vistos na aura de tronco encefálico, há um incremento médio de 2,17-6,3 no COMPASS. Para cada ponto a mais no PHQ9, o COMPASS eleva-se entre 0,78-1,84 em média. Todos os processos de inferência consideraram um valor alpha de 0.05.
Conclusão
O processo de cronificação pode cursar com mais sintomas disautonômicos. Estes, por sua vez, estão associados a mais sintomas atribuídos a alterações de tronco e à depressão, indicando esta área como potencialmente envolvida nesta gama de sintomas.

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Publicado

2020-11-30

Como Citar

1.
Mioto E, Utiumi M, Küster J, Tan B, Kotsifas N, Canalli Filho L, Piovesan E. Migrânea e sintomas autonômicos: associação com cronificação, sintomas de tronco e depressão. Headache Med [Internet]. 30º de novembro de 2020 [citado 23º de novembro de 2024];11(Supplement):67. Disponível em: https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/154

Edição

Seção

Resumo Congresso Cefaleia 2024

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