Existe associação entre a presença de hábitos parafuncionais em vigília e a presença de DTM muscular? Revisão sistemática da literatura
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.38Palavras-chave:
PortuguêsResumo
Introdução
Uma revisão sistemática da literatura foi conduzida para avaliar a associação entre a presença de hábitos parafuncionais e a disfunção temporomandibular (DTM) de origem muscular.
Métodos
O protocolo da revisão sistemática foi registrado no banco de dados PROSPERO (Estudo – CRD 42020177807). Foi realizada uma busca sistematizada por estudos observacionais nas bases PubMed, Scopus, Web of Science, Biblioteca Virtual em Saúde, Biblioteca Cochrane e na literatura cinzenta. Foram estabelecidos como critérios de inclusão estudos observacionais conduzidos em amostras de indivíduos adultos, e que tenham investigado a relação entre hábitos parafuncionais orais e DTM muscular de acordo com os critérios do Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/ TMD). Os critérios da Escala de Newcastle-Ottawa (NOS) para risco de viés foram usados para avaliar a qualidade interna dos estudos incluídos
Resultados
Após a busca nas bases de dados e a remoção das duplicações, 2514 estudos foram identificados. Após a leitura dos títulos, 1121 estudos foram incluídos. Este número foi então reduzido para 126 estudos após a leitura dos resumos e o acesso aos textos completos para verificar a elegibilidade. Dentre eles, 07 estudos foram incluídos na análise qualitativa. De acordo com a classificação proposta pela NOS, três estudos foram considerados com alto risco de viés, um foi pontuado como risco de viés moderado e três foram classificados com baixo risco de viés. Os estudos detectaram uma relação entre a DTM de origem muscular e diferentes atividades orais parafuncionais (presença de contato dentário não funcional, tensão na mandíbula, face e cabeça, hábito de ranger os dentes, apertar os dentes, mascar chicletes, onicofagia, morder lápis e segurar o telefone no ombro). No entanto, o número de estudos selecionados foi pequeno e dentre eles foi observada heterogeneidade dos dados em relação a escolha dos hábitos parafuncionais a serem avaliados e o método utilizado nesta avaliação.
Conclusão
Embora a revisão tenha apontado uma relação entre as atividades orais parafuncionais avaliadas e a DTM de origem muscular, foi evidenciada a necessidade de maior homogeneidade da metodologia de pesquisa a respeito do tema.
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