Avaliação da cefaleia como fator prognóstico em pacientes internados por Covid-19

Autores

  • Pedro Augusto Sampaio Rocha Filho Universidade Federal de Pernambuco
  • Djanino Fernandes Silva Universidade Federal de Pernambuco
  • Miriam Carvalho Soares Universidade Federal de Pernambuco
  • Felipe Araújo Andrade de Oliveira Universidade Federal de Pernambuco
  • Lucas Marenga de Arruda Buarque Universidade Federal de Pernambuco
  • Andreia Braga Mota Universidade Federal de Pernambuco
  • João Eudes Magalhães Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.25

Palavras-chave:

Cefaleia, COVID-19, Prognóstico

Resumo

Introdução
Recentemente se levantou a hipótese de que os com COVID-19 que tem cefaleia tem melhor prognóstico. Temos como objetivos avaliar a frequência de cefaleia em pacientes internados com COVID-19 e o valor prognóstico deste sintoma.
Método
trata- se de um estudo tipo coorte retrospectivo. Foram incluídos pacientes internados de março a maio de 2020, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Hospital das Clínicas, IMIP e Real Hospital Português, com diagnóstico de COVID-19 feito por RT-PCR. A coleta de dados foi feita por revisão de prontuários utilizando-se questionário semi-estruturado. O projeto foi aprovado pelos comitês de ética dos hospitais.
Resultados
Foram incluídos 426 pacientes, 56% eram mulheres, idade média: 49,7 ± 19,3 anos, 22,4% tiveram cefaleia. Os com cefaleia eram mais jovens (Mann-Whitney; p< 0,05) e tinham menos doença renal crônica e insuficiência cardíaca congestiva (qui-quadrado; p<0,05). Não houve diferença entre os com e sem cefaleia em relação ao sexo, asma, acidente vascular cerebral, coronariopatia, diabetes mellitus, doença hepática crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica, epilepsia, etilismo, fibrilação atrial, hipertensão arterial sistêmica, imunodeficiências, neoplasias, obesidade e tabagismo prévios (qui- quadrado; p> 0,05). A média de internação foi de 8±6,6 dias, 84 (19,7%) pacientes necessitaram de ventilação mecânica e 77 (18,1%) foram a óbito. Não houve diferença entre os com e sem cefaleia em relação ao tempo de internação (Mann-Whitney; p: 0,804). O grupo com cefaleia teve significativamente menos necessidade de ventilação mecânica (OR: 0,18; IC95%:0,64-0,52; p:0,001; Regressão logística: controlado para idade, sexo, insuficiência cardíaca, doença renal crônica) e menos óbitos (OR: 0,12; IC95%:0,27-0,49; p:0,003; Regressão logística: controlado para idade, sexo, insuficiência cardíaca, doença renal crônica).
Conclusão
Os pacientes com COVID-19 tiveram uma alta frequência de cefaleia e a cefaleia foi associada a um melhor prognóstico.

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Publicado

2020-11-30

Como Citar

1.
Rocha Filho PAS, Silva DF, Soares MC, Oliveira FAA de, Buarque LM de A, Mota AB, Magalhães JE. Avaliação da cefaleia como fator prognóstico em pacientes internados por Covid-19. Headache Med [Internet]. 30º de novembro de 2020 [citado 25º de novembro de 2024];11(Supplement):25. Disponível em: https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/110

Edição

Seção

Resumo Congresso Cefaleia 2024

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