Conhecimento do médico residente sobre diagnóstico e tratamento de pacientes com cefaleia
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2022.33Palavras-chave:
Cefaleia, Cuidado, Tratamento, Sintomas, EnxaquecaResumo
Introdução
Considerando a alta prevalência de cefaleia, faz-se necessário um estudo sobre a efetividade do atendimento de pacientes com cefaleia por médicos residentes em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e ambulatórios médicos.
Objetivo
O objetivo deste estudo foi analisar a eficácia do atendimento em EDUs, ambulatórios e enfermarias e o manejo de pacientes com queixas de cefaléia.
Método
O estudo foi observacional descritivo (coorte transversal) por meio da aplicação de um questionário online respondido pelos médicos residentes.
Resultados
Foram 115 moradores que responderam a pesquisa. No grupo de residentes que atendem pacientes com cefaléia (n=95), o número de atendimentos foi de 4,87 por semana. A ideia do residente é que as dores de cabeça são sintomas de uma doença de base em 49,5% deles. Sobre a questão de se sentir capaz de diferenciar cefaleias primárias de secundárias, 50% dos residentes responderam que sim. Sobre a pergunta "Enxaqueca é o mesmo que dor de cabeça?" 6,1% responderam que sim. Sobre a pergunta "Você usaria derivados da morfina para tratar a dor de cabeça?" 19,1% dos moradores responderam que sim. Sobre a questão de ter conhecimento sobre os malefícios do uso de derivados da morfina na cefaleia, 60% responderam que não tinham conhecimento aprofundado ou que não tinham conhecimento. Nesta amostra de residentes, 74/115 (65%) sofrem de cefaleia. Apenas 36/115 (31%) dos residentes procuraram atendimento por causa da dor de cabeça. Dos residentes, 3/115 (2,6%) têm cefaléia crônica diária. Na questão sobre saber o que é “cefaléia crônica diária” e do uso excessivo de medicamentos, cerca de 35% não sabem ou não se aprofundaram no conceito.
Conclusão
Concluímos que falta ensino sobre os tipos de cefaléia, critérios para diagnóstico e tratamento. Modificações urgentes devem ser feitas no curso de medicina para capacitar médicos recém-formados a diagnosticar e tratar pacientes com cefaléia.
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