Tratamento fisioterapeutico do paciente pós-trauma cranioencefalico – relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.68Palavras-chave:
PortuguêsResumo
Introdução
o traumatismo crânio-encefálico (TCE) é uma causa comum de morte, incapacidades e sequelas motoras e neurológicas, dessa forma é a principal causa etiológica de fraturas mandibulares com frequência de 57,7% dos casos sendo o sexo masculino o mais afetado em uma faixa etária entre 18 a 25 anos . Os locais da mandíbula mais acometidos São: a região da parassínfise, o corpo e o ângulo. Na presença de trauma de face associado, os do tipo zigomático-orbitário e da maxila (Le Fort) são os principais. Objetivo: avaliar o efeito da fisioterapia no aumento da amplitude de movimento mandibular pós trauma crânio-encefálico.
Material e Métodos
Apresentação do caso: Paciente do gênero masculino, 45 anos, vítima de acidente automobilístico grave, com sequela de traumatismo craniano atendido na fisioterapia no segundo mês do pós-operatório. Avaliação inicial: exame físico: Inspeção: paralisia facial do lado esquerdo, cicatrizes na região sagital e dentro da mandíbula, fios metálicos aparentes no arco dentário inferior. Foram avaliadas as amplitudes de movimento mandibular de abertura, desvio lateral direito, desvio lateral esquerdo e protrusão com paquímetro digital 300 mm da marca Digimess, dor ao movimento mandibular de abertura de em uma escala de 0 a 10. Conduta realizada: Mobilização articular (artocinemática e osteocinematica) da articulação temporomandibular (ATM) 5 vezes seguidas de 30 segundos; Alongamento passivo da musculatura mastigatória, 10 vezes por 20 segundos, Exercícios ativos para abertura da boca, exercícios de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP), exercícios com carga manual, durante 10 minutos; Exercícios ativo livre de reeducação dos movimentos mandibulares: abertura e fechamento da boca e lateralização bilateral durante 15 minutos.
Resultados
Foram realizadas 17 sessões de 40 minutos e analisados os seguintes movimentos pré e pós tratamento: abertura ativa sem dor: pré: 23,08 mm, pós: 39,45 mm; abertura máxima com dor: pré: 31,08 mm, pós: 40,90 mm; lateralização esquerda: pré: 1 mm, pós: 6,46 mm; lateralização direita: pré: 0 mm, Pós: 8,09 mm.
Conclusão
O tratamento fisioterapêutico contendo mobilização articular, alongamentos, fortalecimento e educação do paciente foi efetivo para aumentar a ADM mandibular nos casos de traumatismo craniano.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Headache Medicine
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.