Identification of food triggers associated with migraine characteristics

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Resumo

Introdução: Os gatilhos alimentares são frequentemente relatados por indivíduos com migrânea; no entanto, suas implicações clínicas ainda são pouco compreendidas. Objetivo:
Investigar a associação entre as características da migrânea e gatilhos alimentares específicos. Métodos: Estudo transversal composto por indivíduos com migrânea que relataram pelo menos um alimento como gatilho de ataque de migrânea, atendidos em ambulatorio acadêmico, em Londrina-PR, Brasil. Foram coletadas informações demográficas, antropométricas e clínicas. Dados sobre classificação da migrânea, uso excessivo de analgésicos, tratamento profilático e presença de osmofobia foram registrados. Os participantes também preencheram questionários autoaplicáveis validados sobre incapacidade, impacto da migrânea, alodinia, ansiedade e depressão. Uma análise exploratória foi realizada utilizando os testes Qui-quadrado ou Exato de Fisher, conforme apropriado. Resultados: Um total de 524 indivíduos com migrânea foram avaliados, dos quais 293 relataram pelo menos um gatilho alimentar. A maioria desses participantes era do sexo feminino (87,0%) com idade mediana de 33 anos. Os gatilhos mais frequentemente relatados foram álcool (44,0%), seguido de chocolate (42,0%) e queijo (27,7%). O chocolate foi associado à migrânea episódica em comparação com a forma crônica (49,0% vs. 34,1%; p=0,010). O queijo foi associado ao sexo feminino (30,2% vs. 10,5%; p=0,011), osmofobia (31,6% vs. 13,8%; p=0,005) e percepção de pródromo (30,9% vs. 17,8%; p=0,030). Carboidratos em excesso foram associados ao sexo feminino (30,2% vs. 10,5%; p=0,011) e depressão (41,5% vs. 25,7%; p=0,041). O glutamato monossódico foi associado à presença de osmofobia (9,2% vs. 1,5%; p=0,035) e obesidade abdominal (13,4% vs. 5,1%; p=0,024). Frutas cítricas foram associadas à migrânea sem aura (16,0% vs. 7,3%; p=0,022) e idade ≥50 anos (25,0% vs. 9,4%; p=0,002). Por fim, adoçantes artificiais foram associados à migrânea sem aura (p=0,029) e embutidos à osmofobia (p=0,038). Não houve associação de gatilhos alimentares específicos com incapacidade pela migrânea, impacto, alodinia, ansiedade, medicação profilática ou uso excessivo de analgésicos. Conclusão: Houve associação entre características da migrânea e o tipo de alimento percebido pelos pacientes como gatilho para ataques de migrânea.

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Publicado

2024-08-15

Como Citar

1.
Boeing LP, Ribeiro GE de P, Frederico RCP, Oliveira CEC de, Reiche EMV, Bello VA, Antonucci AT, Vitali da Silva A. Identification of food triggers associated with migraine characteristics. Headache Med [Internet]. 15º de agosto de 2024 [citado 21º de novembro de 2024];15(Supplement):20. Disponível em: https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/1106

Edição

Seção

Resumo Congresso Cefaleia 2024

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