Cefaleia em estudantes de medicina: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.14Palavras-chave:
Estudantes de Medicina, Prevalência, CefaleiaResumo
Introdução
As cefaleias possuem alta prevalência e prejudicam a funcionalidade dos indivíduos acometidos. São classificadas etiologicamente em primárias, que se manifestam independentemente de um quadro patológico preexistente, e secundárias, causadas por outras doenças ou traumas. Entre os fatores desencadeantes das cefaleias primárias estão os hábitos de vida e as situações estressantes, condições comuns em acadêmicos de medicina, tornando-os um provável grupo de risco. Diante disso, este trabalho tem como objetivo reconhecer a prevalência e a associação da cefaleia em acadêmicos de medicina.
Material e Métodos
Pesquisou-se, nesta revisão sistemática, estudos nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO com sinônimos dos descritores “Headache” e “Medical Students”, disponíveis no Medical Subject Headings (MeSH), combinados na estratégia de busca. Utilizamos artigos publicados entre 2010 e 2020, os quais foram submetidos ao Checklist para Estudos Transversais, do Joanna Briggs Institute, definido como critério para excluir os que pontuaram menos de quatro dos oito itens existentes. Em relação aos tipos de estudos incluídos neste trabalho, desconsideramos apenas as revisões de literatura. A busca e a análise foram realizadas por quatro autores de forma independente.
Resultados
A estratégia de busca resultou em 82 artigos, os quais, após remoção dos duplicados, passaram pela avaliação citada anteriormente e, ao total, foram incluídos 26 estudos transversais. Observa-se uma prevalência significativa de cefaleia nos estudantes de medicina em relação à população em geral. Nesse segmento universitário, foram mais frequentes os tipos tensional e migrânea, correspondendo a, respectivamente, 64,7% e 18,7% dos casos. Essa condição perpetuada pela baixa procura por ajuda médica e por maus hábitos de vida, como: aspectos psíquicos (estresse e distúrbios do sono), ano de graduação e muitas horas de leitura prejudica a produtividade acadêmica e é intensificada por fatores relacionados a ela.
Conclusão
A prevalência de cefaleia é elevada nos acadêmicos de medicina, o que sugere uma necessidade de orientação profissional a esse grupo, com foco em profilaxia e em mudança dos hábitos de vida associados aos fatores desencadeantes. São necessários estudos multicêntricos e ensaios clínicos relacionados ao tema para uma melhor compreensão dessa realidade e descrição das peculiaridades do tratamento em acadêmicos.
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