Desempenho no teste de flexão craniocervical em mulheres com cervicalgia e migranosas com e sem cervicalgia comparadas ao controle

Autores

  • Amanda Rodrigues Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
  • Marcela Bragatto Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
  • Mariana Benatto Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
  • Lidiane Florencio Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
  • Jaqueline Martins Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
  • Fabiola Dach Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
  • Débora Grossi Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

DOI:

https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.5

Palavras-chave:

Enxaqueca, Cervicalgia, Craniocervical Flexion Test, Avaliação

Resumo

Introdução
A migrânea é uma cefaleia primária, crônica e incapacitante frequentemente associada ao relato de dor cervical. Além disso, pacientes com migrânea apresentam déficits no desempenho dos músculos cervicais avaliado pelo Craniocervical Flexion Test (CCFT) que podem piorar na presença de relato de dor cervical. Porém, ainda não é conhecido se a presença da dor cervical associada ou não à migrânea está relacionada a alterações no desempenho da musculatura cervical. Objetivos: Investigar o desempenho dos músculos cervicais durante a realização do CCFT em indivíduos controles, indivíduos com cervicalgia e pacientes migranosas com e sem cervicalgia.
Material e métodos
Foram avaliadas 100 mulheres com idade entre 18 a 55 anos subdivididas igualmente em quatro grupos, sendo: Controle; Cervicalgia (C+); Migrânea (M+) e Migrânea com Cervicalgia (M+C+). As pacientes migranosas foram diagnosticadas por um neurologista experiente de acordo com a 3ª Classificação Internacional de Cefaleias. No grupo cervicalgia, as pacientes deveriam ter dor cervical há pelo menos 3 meses, limitação funcional, pelo menos leve no Neck Disability Index e dor de intensidade 3 na maioria dos dias em uma escala numérica de dor (END) (0 a 10). A avaliação do desempenho dos músculos flexores profundos da região cervical foi realizada por meio do CCFT, através da ativação e da resistência dos mesmos durante cinco estágios progressivos, sustentado por 10s, com um intervalo de 30s entre os estágios. O teste foi finalizado quando os indivíduos realizaram compensações, sendo classificado no estágio anterior à compensação. Para análise estatística, foi usado o teste Qui-Quadrado (X2) e posteriormente realizado um post-hoc de proporções pelo Teste de Fisher. Comitê de Ética em Pesquisa: HCRP-1100/2017.
Resultados
A performance da musculatura cervical avaliada pelo CCFT foi diferente entre os grupos (Fisher’s Exact test = 27,503; p=0,003). No post- hoc de proporções houve uma maior proporção de indivíduos do grupo controle em relação aos demais grupos no nível de pressão de 30mmHg (5° estágio).
Conclusão
Pacientes com cervicalgia ou migranosas com e sem cervicalgia possuem um desempenho muscular avaliado pelo CCFT diferente de indivíduos saudáveis e isso sugere que a presença de dor, seja migranosa ou cervical, geram uma alteração igual na performance da musculatura cervical.

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Publicado

2020-11-30

Como Citar

1.
Rodrigues A, Bragatto M, Benatto M, Florencio L, Martins J, Dach F, Grossi D. Desempenho no teste de flexão craniocervical em mulheres com cervicalgia e migranosas com e sem cervicalgia comparadas ao controle. Headache Med [Internet]. 30º de novembro de 2020 [citado 24º de novembro de 2024];11(Supplement):5. Disponível em: https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/90

Edição

Seção

Resumo Congresso Cefaleia 2024

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