O papel dos exercícios aeróbicos no manejo da migrânea: uma revisão sistemática da literatura
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.3Palavras-chave:
Migrânea, Exercícios aeróbicos, Atividade física aeróbicaResumo
Introdução
A migrânea é o segundo distúrbio mais incapacitante do mundo, sendo que seu impacto na qualidade de vida é expressivo, sobretudo nos âmbitos profissional e emocional. Dentre os recursos não farmacológicos, estudos revelam que as atividades físicas podem ter impacto positivo no manejo dessa comorbidade. O objetivo deste estudo é buscar evidências científicas acerca da influência dos exercícios aeróbicos no manejo da dor em pacientes com migrânea.
Material e métodos
Realizou-se uma revisão sistemática da literatura no banco de dados PubMed, com os descritores: “Migraine AND (Aerobic activity OR aerobic exercise)”, selecionando apenas as metanálises e os ensaios clínicos publicados nos últimos 5 anos. Foram excluídos os estudos que não se enquadravam nos objetivos, restando 8 artigos para compor a revisão.
Resultados
De forma geral, os estudos apontaram que a atividade física aeróbica se mostrou favorável no tratamento da migrânea, diminuindo a frequência, a intensidade e a duração da dor, além de aumentar a aptidão física e o envolvimento dos pacientes em outras atividades do cotidiano. Um dos ensaios clínicos concluiu que a prática de atividades aeróbicas associada aos exercícios de relaxamento reduziram a sensibilidade da musculatura pericraniana/cervical, diminuindo a intensidade das crises de migrânea e a dor musculoesquelética cervical. Também, um estudo randomizado, duplo cego, apontou que a realização de exercícios aeróbicos tem efeitos terapêuticos clínicos positivos na redução da dor e nos aspectos psicológicos de mulheres com migrânea sem acesso a outras formas de tratamento. Ademais, um estudo comparativo concluiu que tanto as atividades físicas moderadas como as intensas possui impactos positivos no manejo da migrânea, no entanto, a segunda possui maior redução dos dias de enxaqueca quando comparada com a primeira. Por fim, dois artigos enfatizaram a importância da prática de exercícios físicos na população de baixa renda que possui migrânea, pois é uma terapêutica não farmacológica de baixo custo e que não apresenta efeitos adversos, reduzindo significativamente as crises dolorosas e aumentando a qualidade de vida desses pacientes, que muitas vezes não tem acesso a nenhum outro tratamento.
Conclusão
A atividade física aeróbica mostrou-se uma opção terapêutica não farmacológica segura e eficaz na redução da frequência e intensidade da migrânea, além de ser mais acessível à população de baixa renda por conta de seu baixo custo.
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