Cefaleia Primária em Acadêmicos: um estudo transversal
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2022.30Palavras-chave:
Enxaqueca, Cefaleia tipo tensão, Automedicação, Dipirona, EstresseResumo
A cefaleia é um distúrbio neurológico frequente, antigo e universal com alta prevalência mundial.
Objetivo
Verificar a prevalência de cefaleia e automedicação entre acadêmicos da saúde.
Métodos
O estudo foi de caráter transversal, descritivo e quantitativo, realizado com 165 acadêmicos da área da saúde. Utilizou-se, como instrumento metodológico, um questionário para coleta dos dados.
Resultados
Os acadêmicos eram, em sua maioria, do gênero feminino, idade entre 18 e 54 anos, paraibanos e solteiros. A prevalência de dor de cabeça ao longo da vida foi de 98,2%. A maioria dos voluntários (62,4%) tem diagnóstico provável de cefaleia primária. Destas, a enxaqueca, principalmente com aura, e a Cefaleia Tipo Tensão (CTT) foram as mais prevalentes. Do grupo em análise, a maioria não fez consultas por causa da dor e, portanto, não tem diagnóstico médico e não faz tratamento. Alguns trataram a dor apenas nas crises. Destes, a maioria praticou automedição, principalmente com dipirona e paracetamol. Estresse, preocupação e privação de sono foram os fatores mais citados entre os que costumam provocar a dor.
Conclusão: Esclarecimentos, medidas preventivas, diagnóstico correto e tratamento apropriado podem diminuir os prejuízos emocionais, socioeconômicos e acadêmicos dessa queixa neurológica frequente entre os acadêmicos.
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