Associação entre as variantes +3953 C>T e -511 C>T do gene IL1β e a suscetibilidade à migrânea
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2021.Supplement.25Palavras-chave:
Migrânea, IL1β, Variante genética, Inflamação neurogênicaResumo
Introdução
A migrânea é uma doença prevalente e incapacitante, cuja fisiopatologia engloba secreção de citocinas como IL-1β e inflamação neurogênica.
Objetivo
Avaliar a associação entre as variantes genéticas +3953 C>T e -511 C>T do gene IL1β com a suscetibilidade e efeitos clínicos da migrânea.
Material E Métodos
Estudo prospectivo observacional tipo caso-controle, composto por 156 participantes (81 com migrânea e 75 controles), paredos por sexo, idade, etnia e IMC. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, no 98316718.7.0000.0020. Foi realizada entrevista estruturada e obtenção de dados demográficos, clínicos, antropométricos e relacionados à migrânea e suas características, além de questionário validado sobre incapacidade da migrânea (MIDAS). O DNA foi obtido por amostra de sangue periférico ou material da mucosa oral. Genotipagens foram feitas por PCR-SSP. Suscetibilidade à migrânea foi determinada por regressão logística binária e análise das características clínicas por teste de Qui-quadrado e Mann Whitney. Considerou-se diferença estatística p≤0,05.
Resultados
O alelo C da variante +3953, menor produtor da citocina, foi associado a menor suscetibilidade a migrânea (OR=0,50; p=0,02) no modelo alélico, bem como o genótipo CC (OR=0,37; p=0,048) no modelo codominante após ajuste para sexo, idade, IMC e etnia. Não houve diferença nos modelos dominante e recessivo da variante +3953 C>T. A variante -511 C>T não influenciou a suscetibilidade à migrânea. O alelo C da variante +3953 apresentou maior prevalência de aura (p=0,04) e menor prevalência de osmofobia (p=0,002). O alelo T da variante -511, maior produtor da citocina, foi associado à maior frequência de fonofobia (p=0,011) e incapacidade relacionada à migrânea (p=0,041).
Conclusão
A variante +3953 C>T pode influenciar a suscetibilidade à migrânea (genótipo CC associado a chance 67% menor de doença). As variantes estudadas podem influenciar características clínicas da migrânea.
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