A presença de gatilho alimentar é associada a osmofobia em indivíduos com migrânea.

Autores

  • Amanda Pasquini de Freitas Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil
  • Ana Carolina Benetti Martini Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil
  • Eloisa Cristine Lohse Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil
  • Maria Paula Bertoletti Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil
  • Valéria Aparecida Bello Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil
  • Regina Célial Poli Frederico Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil
  • Aline Vitali da Silva Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2021.Supplement.6

Palavras-chave:

Migrânea, Gatilhos alimentares, Osmofobia, Ansiedade

Resumo

Introdução

A migrânea é caracterizada por episódios recorrentes de cefaleia que podem ser desencadeados por gatilhos presentes na alimentação.

Objetivo

Identificar os preditores clínicos da presença de gatilho alimentar precedendo episódios de cefaleia em indivíduos com migrânea.

Métodos

Estudo prospectivo do tipo caso-controle composto por pacientes com migrânea. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética (n°3.029.972). Foi realizada entrevista estruturada e obtidos dados demográficos, clínicos, antropométricos e dados relacionados a migrânea e suas características. Os participantes responderam a questionários validados referentes a ao impacto da migrânea (HIT-6), depressão (IDB), ansiedade (STAIY2) e alodinia (ASC-12). Foi realizada análise univariada seguida de regressão logística binária e considerada diferença estatística quando p≤0,05. 

Resultados

Participaram do estudo 409 indivíduos, 85,4% eram mulheres, com mediana de 32 anos, 56,7% tinham migrânea episódica e 37,4% apresentavam aura. Dentre os participantes, 229 (55,9%) relataram perceber gatilho alimentar precedendo episódios de cefaleia. Estes indivíduos apresentavam mais frequentemente sintomas de hipersensibilidade sensorial como fonofobia (89,1% vs. 81,6%), fotofobia (96,1% vs. 89,9%), osmofobia (77,9% vs. 56,7%), alodinia (56,9% vs. 42,9%) e aura (43,7% vs. 29,4%), também apresentavam maior ansiedade (4,8% vs. 1,2%) e impacto da migrânea (89,5% vs. 79,6%) (p≤0,05). Em análise multivariada identificou-se que somente a osmofobia (OR=2,23; p=0,009) e o impacto da migrânea (OR=2,98; p=0,007) permaneceram associados a presença de gatilho alimentar. 

Conclusão

Pacientes com osmofobia apresentaram 2,2 vezes maior chance de perceberem gatilho alimentar. Visto que não há ainda comprovação exata do motivo pelo qual alimentos desencadeiam cefaleia, aventa-se a hipótese de que a percepção sensorial causada pelo alimento e representada pela osmofobia seria um contribuinte da percepção de gatilho alimentar. 

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Publicado

2021-11-16

Como Citar

1.
Freitas AP de, Martini ACB, Lohse EC, Bertoletti MP, Bello VA, Frederico RCP, Silva AV da. A presença de gatilho alimentar é associada a osmofobia em indivíduos com migrânea. Headache Med [Internet]. 16º de novembro de 2021 [citado 22º de novembro de 2024];12(Supplement):6. Disponível em: https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/528

Edição

Seção

Resumo Congresso Cefaleia 2024

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