Influência da presença de hábitos orais parafuncionais em vigília em indivíduos com disfunção temporomandibular dolorosa associada ou não a cefaleias
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2021.Supplement.27Palavras-chave:
Síndrome de Disfunção da Articulação Temporomandibular, Bruxismo, Transtornos de Cefaleia Primários, Transtornos de Cefaleia SecundáriosResumo
A disfunção temporomandibular (DTM) é uma condição musculoesquelética e neuromuscular de etiologia multifatorial. Está frequentemente associada à comorbidades dolorosas (cefaleias primárias, por exemplo) e à cefaleia atribuída à DTM (cDTM). Hábitos orais parafuncionais em vigília (HOV) podem influenciar essas condições dolorosas, piorando o prognóstico e aumentando a refratariedade ao tratamento. O objetivo deste estudo transversal foi investigar a associação entre DTM, HOV, migrânea (Mg), cDTM e sintomas de depressão e ansiedade. A DTM foi classificada de acordo com o RDC/TMD, as variáveis sociodemográficas foram classificadas de acordo com os critérios do IBGE, a presença e frequência de HOV, os sintomas de depressão e de ansiedade foram coletados por meio de questionário. A Mg foi identificada de acordo com os critérios da Classificação Internacional de Cefaleias – 3ª. Edição, e a cDTM de acordo com os critérios de Schiffman et al. (2014). A amostra, composta por 117 indivíduos com 20 a 65 anos de idade, foi estratificada em 4 grupos para estudos de associação: Controles; DTM; DTM+Mg; DTM+Mg+cDTM. As mulheres apresentaram DTM e cefaleias com maior frequência que os homens (p<0,001). Houve associação significante entre maior grau de incapacidade relacionada à dor crônica da DTM e os grupos (p<0,0001). A regressão logística multinomial apontou que na presença de maior frequência de HOV, os indivíduos tinham maiores chances de ter as 3 condições dolorosas simultaneamente (Odds Ratio (OR)=3,23; IC = [1,06-9,81]. O hábito de apertar os dentes em vigília aumentou as chances de os indivíduos apresentarem DTM+Mg e DTM+Mg+cDTM (OR=1,81; IC= [1,25-2,64]). Os resultados demonstram que a presença e a frequência dos HOV podem interferir na relação entre a DTM e as cefaleias, piorando o prognóstico e aumentando a chance de comorbidade entre estas patologias.
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