A associação da dor cervical crônica e migrânea influência no desempenho do teste de resistência cervical?
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2021.Supplement.1Palavras-chave:
Migrânea, Dor cervical, Disfunção muscular, Resistência, Dor de cabeçaResumo
Introdução
O relato da dor cervical nos pacientes com migrânea pode contribuir negativamente para o aumento das crises de cefaleia e severidade da alodínia cutânea, com impacto nas atividades de vida diária.
Objetivo
Verificar se o desempenho de mulheres com migrânea durante o teste de resistência muscular cervical é afetado pelo diagnóstico clínico de migrânea e/ou dor cervical, pelo relato de dor de cabeça e/ou pescoço ou ambos os componentes.
Métodos
100 mulheres estratificadas por diagnóstico (migrânea, dor cervical, ambas e nenhuma) e pela dor autorreferida (com ou sem cefaleia e/ou dor cervical) realizaram o teste de resistência muscular cervical. As participantes foram questionadas se tiveram dor no pescoço e /ou cabeça. Foi realizado teste T de Welch e o teste McNemar.
Resultados
Para o diagnóstico, os dados revelaram que durante o teste de resistência em flexão, os pacientes com migrânea e dor cervical apresentaram menor resistência quando comparados ao controle (p<0,05). Durante a extensão, os grupos de dor cervical com ou sem migrânea tiveram tempo de sustentação menor que o grupo controle (p <0,05). Na estratificação quanto ao relato de dor durante o teste em flexão e extensão, os dados mostraram que aqueles que relataram cefaleia, sustentaram por menos tempo do que aqueles sem cefaleia. Resultados semelhantes foram observados ao comparar aqueles com dor de cabeça e pescoço e sem dor durante o teste (p <0,05).
Conclusão
O diagnóstico clínico não foi único fator decisivo para o desempenho da resistência muscular cervical. A presença do relato de cefaleia associada ou não à dor no pescoço após o teste também limitou a atividade. Portanto, há um componente de sensibilização central que proporciona a alteração no desempenho, porém ainda não é possível determinar se é o fator que atua diretamente no baixo desempenho de migranosas.
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Copyright (c) 2021 Amanda Rodrigues, Marcela Mendes Bragato, Lidiane Lima Florencio, Luisa Bigal, Marcelo Bigal, Débora Bevilaqua-Grossi
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