Qualidade de vida e incapacidade relacionada à saúde de crianças com migrânea

Autores

  • Gabriela Natália Ferracini Universidade de São Paulo
  • Fabíola Dach Universidade de São Paulo
  • José Geraldo Speciali Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2012.32

Palavras-chave:

Cefaleia, Crianças, Qualidade de vida

Resumo

A migrânea leva a uma redução da participação de crianças nas atividades de casa e de lazer e no rendimento escolar, além de comprometer os aspectos psicológicos, gerando um impacto negativo na qualidade de vida relacionada à saúde. Este estudo objetivou avaliar a incapacidade que esta condição causa na vida diária de crianças de 6 a 12 anos de idade de ambos os gêneros e se influencia a qualidade de vida. A amostra foi composta por 50 crianças com migrânea sem aura e 50 crianças sem histórico de cefaleia. Para verificar a incapacidade aplicou-se o questionário Pediatric Migraine Disability Score e para qualidade de vida o questionário Pediatric Quality of Life Inventory4.0TM. Os meninos perderam em média 13 (DP 26,36) dias e as meninas em média 15 (DP 22,43) dias sobre atividade e rendimento escolar, tarefas de casa e lazer, em três meses. De acordo com o grau de incapacidade, 19 (38%) apresentaram pouca ou ausência de incapacidade (Grau I), 17 (34%) leve (Grau II), sete (14%) moderada (Grau III) e sete (14%) incapacidade grave (Grau IV) sobre atividade e rendimento escolar, tarefas de casa e lazer. A qualidade de vida, pela percepção dos pais, é pior nas crianças com migrânea [IC95% (-16,92 – -6,18) p<0,01], mas na percepção das crianças é semelhante nos dois grupos. Quando se analisam separadamente os vários domínios do questionário, pela percepção dos pais, há diferenças nos domínios físico [IC95% (-15,24 – -1,88) p<0,01] e psicossocial [IC95% (-17,96 – -6,74) p<0,01]. Enquanto que pela autoavaliação das crianças, houve diferença nos domínios emocional [IC95% (-16,95 – -5,70) p<0,01] e escolar [IC95% (-15,90 – -5,74) p<0,01]. Não foi encontrada correlação entre os dias perdidos devido à migrânea e a qualidade de vida.

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Biografia do Autor

Gabriela Natália Ferracini, Universidade de São Paulo

Fisioterapeuta, doutoranda em Neurociências da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil

Fabíola Dach, Universidade de São Paulo

Doutora em Neurologia, Médica assistente do Ambulatório de Cefaleia do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (FMRP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil

José Geraldo Speciali, Universidade de São Paulo

Professor associado de Neurologia do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil

Publicado

2012-12-31

Como Citar

1.
Ferracini GN, Dach F, Speciali JG. Qualidade de vida e incapacidade relacionada à saúde de crianças com migrânea. Headache Med [Internet]. 31º de dezembro de 2012 [citado 24º de novembro de 2024];3(4):204-6. Disponível em: https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/346

Edição

Seção

Comunicações Curtas

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