Frequência de Diagnósticos em um Centro de Cefaleia Especializado de Buenos Aires
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2019.19Palavras-chave:
Cefaleias Primárias, prevalência, enxaqueca, cefaleia do tipo tensionalResumo
Objetivo: Dor de cabeça é uma das razões mais frequentes para consultas em neurologia. A prevalência global entre adultos com enxaqueca é de aproximadamente 10%, 40% para cefaleia tipo tensional (TTH) e 3% para cefaleia crônica diária. O objetivo deste estudo é analisar a prevalência dos diagnósticos de cefaleia e dor craniofacial em pacientes avaliados em uma clínica especializada em cefaleia de Buenos Aires durante o ano de 2017. Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo. Foram revisados os prontuários médicos eletrônicos dos pacientes consultados para dores de cabeça ou dor craniofacial de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 2017. Os diagnósticos foram feitos de acordo com os critérios da Classificação Internacional de Distúrbios da Cefaleia (ICHD-3). Resultados: Foram revisados 3254 prontuários eletrônicos e documentados 3941 diagnósticos: Cefaleias (93,03%), dor craniofacial (3,62%) e não classificáveis (3,35%). A idade média foi de 43,14 anos. 80,7% eram mulheres. Cefaleias primárias foram o grupo diagnóstico mais frequente (78,54%). Deste, a enxaqueca representou o principal diagnóstico (87,42%). O episódio de enxaqueca sem aura foi o diagnóstico mais prevalente (48%). Cefaleia tipo tensional (TTH) foi encontrada em 8,74% dos casos de cefaleia primária e cefaleias trigêminoautonômicas (TACs) em 2,89%. A cefaleia por uso excessivo de medicamentos (MS) representou 77,93% das cefaleias secundárias, e a maioria delas também atendeu aos critérios de enxaqueca crônica. A neuralgia trigeminal primária representou 50% da dor craniofacial, 27% eram neuralgia trigeminal secundária, principalmente pósherpética ou posterior a procedimentos odontológicos. Em relação à frequência, 33,58% dos pacientes a presentaram cefaleia crônica. Conclusão: Em nosso centro,a enxaqueca é o diagnóstico mais frequente seguido de cefaleia por uso excessivo de medicamentos. A porcentagem de cefaleia crônica é maior que a prevalência na população em geral, provavelmente por ser um centro terciário
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