Características clínicas e polissonográficas em pacientes com queixa de cefaleia matinal

Autores

  • Thalyta Porto Fraga Universidade Federal de Sergipe
  • Paulo Samandar Jalali Academia Brasileira de Neurologia
  • Paulo Sergio Faro Santos Instituto de Neurologia de Curitiba
  • Alan Chester Feitosa de Jesus Academia Brasileira de Neurologia

DOI:

https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2018.10

Palavras-chave:

Polissonografia, Cefaleia, Distúrbios do sono

Resumo

Introdução: As relações entre cefaleia e distúrbios do sono são complexas e muito questionadas. No entanto, ainda existe muita controvérsia a respeito dessa inter-relação. Objetivo: Descrever as características clínicas e polissonográficas apresentadas por pacientes com queixa de cefaleia matinal, comparando-as com os resultados dos pacientes sem cefaleia matinal. Métodos: Estudo prospectivo realizado entre abril e agosto de 2009. Foram inclusos 108 pacientes com encaminhamento para realizarem polissonografia, de modo consecutivo e por conveniência. Os pacientes eram distribuídos no grupo com cefaleia (grupo 1) ou no grupo sem cefaleia (grupo 2). Resultados: Cefaleia matinal foi relatada por 33 (30,6%) pacientes, sendo 17 mulheres (51,5%; p=0,02). As características clínicas do grupo com cefaleia matinal foram: 42,4% com doenças em vias aéreas superiores, 72,7% com ansiedade, 45% com queixa de cefaleia em geral, 54% com queixas neurocognitivas, 81,2% relatavam sono não reparador e 60,6% tinham insônia (todas com p<0,05). Entre as características polissonográficas pesquisadas, a única variável que mostrou significância estatística foi tempo acordado após início do sono. Quase 43% (vs 20%) dos pacientes com cefaleia matinal estavam na faixa de normalidade. Conclusão: Não foi possível concluir que a elevação do índice de apneia/hipopneia do sono, dessaturações relevantes intermitentes e a desorganização da arquitetura do sono sejam suficientes para modular, de forma isolada, a ocorrência da cefaleia matinal. Os distúrbios do sono podem funcionar como um gatilho para a cefaleia matinal em indivíduos predispostos que se apresentam com determinado perfil clínico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thalyta Porto Fraga, Universidade Federal de Sergipe

Patologista, médica assistente do Departamento de Anatomia Patológica da Universidade Federal de Sergipe

Paulo Samandar Jalali, Academia Brasileira de Neurologia

Neurologista e neurofisiologista clínico, membro titular da Academia Brasileira de Neurologia

Paulo Sergio Faro Santos, Instituto de Neurologia de Curitiba

Neurologista, chefe do Setor de Cefaleia e Dor Orofacial, Departamento de Neurologia, Instituto de Neurologia de Curitiba

Alan Chester Feitosa de Jesus, Academia Brasileira de Neurologia

Neurologista, membro efetivo da SBCe, membro titular da Academia Brasileira de Neurologia

Publicado

2018-06-30

Como Citar

1.
Fraga TP, Jalali PS, Santos PSF, Jesus ACF de. Características clínicas e polissonográficas em pacientes com queixa de cefaleia matinal. Headache Med [Internet]. 30º de junho de 2018 [citado 19º de maio de 2024];9(2):42-8. Disponível em: https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/211

Edição

Seção

Original

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

<< < 1 2