Fibromigrânea: uma nova denominação para uma velha doença?
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2011.19Palavras-chave:
migrânea, fibromialgia, fisiopatologia, dorResumo
Fibromialgia e migrânea são doenças comuns que acometem predominantemente mulheres e compartilham mecanismos fisiopatológicos semelhantes. Revisamos aspectos fisiopatológicos em relação aos mecanismos de controle da dor e disfunção neuroendócrina que ocorrem na fibromialgia e na migrânea. Discutimos também a participação de centros hipotalâmicos e do tronco cerebral no controle da dor, o suposto papel desempenhado pelos neurotransmissores ou neuromoduladores na sensibilização central, e suas alterações no líquido cefalorraquidiano. Lançamos o conceito de ser uma única doença a combinação da migrânea com a fibromialgia (que chamamos de fibromigrânea). Em um estudo preliminar envolvendo 41 mulheres com migrânea, 4 subgrupos foram analisados: controle só com migrânea, pacientes com migrânea e fibromialgia clássica (fibromigrânea), e outros dois grupos quando apenas um dos dois critérios da fibromialgia foi contemplado, como migrânea associada com dor crônica corporal por mais de 3 meses (fibromialgia parcial com poucos pontos dolorosos) e migrânea associada com hiperalgesia difusa (fibromialgia parcial sem dor corporal crônica). Houve uma frequência maior de alodinia cefálica, fadiga, distúrbios humor e do sono no grupo com fibromigrânea em relação ao grupo só com migrânea. Concluímos que há um continuum entre migranosos sem hiperalgesia generalizada ou dor corporal crônica por mais de 3 meses e aqueles com a fibromigrânea. Nas mulheres com migrânea a presença de síndrome fibromiálgica aumenta a frequência de fadiga, distúrbios do sono e humor e alodinia tátil cefálica.
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