Associação da classificação do grau de dor crônica e a qualidade de vida em indivíduos com disfunção temporomandibular
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.64Palavras-chave:
PortuguêsResumo
Introdução
Disfunção temporomandibular (DTM) é um termo que engloba uma série de disfunções e desordens que podem afetar a articulação temporomandibular (ATM), os músculos mastigatórios e as estruturas associadas. Pacientes acometidos por DTM tem o desconforto psicológico, a deficiência física e as limitações funcionais do sistema orofacial causando grande impacto negativo no cotidiano, afetando as atividades de vida diária e até mesmo as atividades laborais, tendo uma influência negativa na qualidade de vida (QV) desses pacientes. Esse estudo tem como objetivo verificar a associação entre a Classificação do Grau de Dor Crônica (CGDC) e a qualidade de vida em indivíduos com DTM
Material e Métodos
Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal. O eixo I do RDC/TMD foi utilizado para o diagnóstico de DTM e o eixo II para a avaliação da CGDC, que permite classificar o comprometimento relacionado à dor com base em cinco graus de severidade. A QV foi avaliada através do WHOQoL- bref. Os dados foram analisados através do software Stata 15.1 assumindo um valor de significância de 5%.
Resultados
Foram avaliados 100 sujeitos com diagnóstico de DTM de acordo com o RDC/TMD. A amostra foi composta em sua maioria por mulheres (78%), com média de idade de 33,68 (±13,52) anos, estudantes (38%) ou que exerciam algum trabalho remunerado (37%) e que nunca foram casadas (55%). O diagnóstico de DTM na grande maioria foi de Desordens Musculares (81%) podendo ou não estar associado a outro diagnóstico. Quanto a CGDC, 11% foram classificados no grau 0, 33% no grau I, 39% no grau II, 16% no grau III e 1% no grau IV. A relação entre a CGDC e os valores de QV foi analisada através do Teste de Kruskal-Wallis (domínio físico, psicológico e relações sociais) e ANOVA (domínio meio-ambiente, auto-avaliação de QV e valor geral). Foi encontrada uma diferença significativa entre os grupos nos 5 domínios (p=0,000/ p=0,002/ p=0,015/ p=0,009/ p=0,000) e no valor geral de QV (p= 0,002).
Conclusão
Existe uma associação significativa entre a CGDC e a QV em indivíduos com DTM, tendo melhores indicadores quem tem um menor grau de comprometimento relacionado a dor.
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