Relação entre gravidade de DTM e características da dor em pacientes com enxaqueca crônica: estudo observacional

Autores

  • Thaís Pereira Universidade Federal de Sergipe
  • Maria Dantas Universidade Federal de Sergipe
  • Itanara Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Ingrid Rodrigues Universidade Federal de Sergipe
  • Amanda Feitosa Universidade Federal de Sergipe
  • Fernanda Ferreira Universidade Federal de Sergipe
  • Josimari DeSantana Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.26

Palavras-chave:

Enxaqueca, Dor crônica, Disfunção temporomand

Resumo

Introdução
A enxaqueca crônica é uma das dores orofaciais mais incapacitantes no mundo. Frequente- mente, está aliada a outras disfunções na região crânio- cervical, como a disfunção tempormandibular (DTM). Apesar de não haver uma relação de causalidade entre elas, a gravidade da DTM parece piorar as características da dor da cefaleia. O objetivo desse estudo é avaliar as características da dor e verificar associação com a gravidade da DTM na enxaqueca crônica.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo do tipo observacional, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFS (CAAE: 08310319.1.0000.5546). Participaram da amostra indivíduos diagnosticados com enxaqueca crônica e DTM. Foram avaliados quanto à incapacidade relacionada à cefaleia e frequência de dor pelo Migraine Disability Assessment (MIDAS), intensidade de dor pela escala numérica (EN) de 11 pontos e limiar de dor por pressão (LDP) pela algometria. Para análise estatística, foi utilizado software SPSS, teste Shapiro-Wilk para normalidade, Teste T Independente e correlação de Pearson (dados paramétricos) ou Mann Whitney e correlação de Spearman (não paramétricos). Nível de significância: 95%.
Resultados
Vinte e seis indivíduos foram divididos em 2 grupos: DTM leve (n=13) e DTM moderada/grave (n=13). Observou-se que a intensidade de dor em repouso foi significativamente maior no grupo com DTM moderada/grave (4,38±2,43) que DTM leve (1,46±1,66) (p=0,003), assim como na intensidade de dor aos movimentos cervicais (p<0,05). A frequência de dor (dias por mês) foi maior no grupo DTM moderada/grave (p<0,05). Além disso, o grupo DTM moderada/ grave (34±12,96) apresentou maior gravidade relacionada à cefaleia do que o DTM leve (50±19,15) (p=0,01). Não houve diferença no LDP dos músculos temporais e masseteres (hiperalgesia primária)
(p>0,05), mas o LDP medido no tibial anterior (hiperalgesia secundária) foi menor no grupo DTM moderada/grave (3,99±1,22) em comparação ao DTM leve (6,32±2,7) (p=0,009). Foi observada correlação positiva moderada entre DTM e MIDAS (r=0,52, p=0,006) e entre DTM e EN (r=0,45, p=0,01).
Conclusão
A gravidade da DTM piora intensidade de dor em repouso e ao movimento, aumenta frequência de crises por mês e está relacionada a maior incapacidade na enxaqueca crônica.

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Publicado

2020-11-30

Como Citar

1.
Pereira T, Dantas M, Santos I, Rodrigues I, Feitosa A, Ferreira F, DeSantana J. Relação entre gravidade de DTM e características da dor em pacientes com enxaqueca crônica: estudo observacional. Headache Med [Internet]. 30º de novembro de 2020 [citado 21º de novembro de 2024];11(Supplement):26. Disponível em: https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/111

Edição

Seção

Resumo Congresso Cefaleia 2024

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