Aspectos somatossensoriais em pacientes com cefaleia do tipo migrânea crônica com e sem aura: estudo observacional
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.15Palavras-chave:
Migrânea Crônica, Migrânea com aura, Migrânea sem aura, Aspectos Somatossensoriais, Estudo ObservacionalResumo
Introdução
Migrânea, popularmente conhecida como enxaqueca, se apresenta geralmente como dor de cabeça unilateral de intensidade moderada a severa, do tipo pulsátil. Pode durar de 4 a 72 horas, e também pode ser agravada por atividade física de rotina, e com sintomas associados de fonofobia, fotofobia, osmofobia, náuseas e vômitos. O subtipo migrânea com aura crônica geralmente está mais relacionado à presença de comorbidades, porém, ainda existem incongruências entre os estudos sobre acometimentos somatossensoriais.
Objetivo
Investigar os aspectos somatossensoriais entre os migranosos crônicos com e sem aura.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (CAEE: 08310319.1.0000.5546). As recomendações do STROBE foram seguidas para comunicação de estudos observacionais. A amostragem se deu por conveniência, com indivíduos entre 18 e 50 anos que possuíssem diagnóstico clínico de cefaleia do tipo migrânea crônica, no período entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2020. Todos os pacientes foram avaliados nos seguintes aspectos: intensidade de dor em repouso (escala numérica de 11 pontos), teste de somação temporal (1º, 10º, 20º e 30º segundos), teste de modulação condicionada da dor (kgf) e sintomas alodínicos (12-item Allodyinia Symptom Checklist - ASC-12). O software utilizado para realização das análises estatísticas foi o GraphPad Prism versão 6.0 (San Diego, CA, USA). O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para analisar a normalidade (dados paramétricos - teste t para medidas independentes e dados não paramétricos teste Mann-Whitney), com p significativo <0,05).
Resultados
Foram incluídos 32 voluntários, sendo 14 participantes migranosos com aura (MCA) e 18 migranosos sem aura (MSA). Não houve diferenças significativas para intensidade de dor em repouso, para o teste de modulação condicionada da dor e sintomas alodínicos. Foi observada diferença apenas nos aspectos relacionados ao teste de somação temporal, em que o grupo MSA apresentou valores significativamente maiores que o MCA, implicando em maior amplificação da dor nos migranosos sem aura.
Conclusão
Portanto, concluímos que os pacientes migranosos com e sem aura apresentam características somatossensoriais disfuncionais semelhantes.
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