Análise da progressão do equilíbrio em diferentes subtipos de migrânea
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2021.Supplement.16Keywords:
Cefaleia, Equilíbrio, Posturografia computadorizada dinâmicaAbstract
Introdução
A migrânea é comumente associada a déficits de equilíbrio, que progridem mais rapidamente do que em indivíduos sem cefaleia. Porém, ainda não está definido se a progressão é mais evidente na presença de aura ou em pacientes com migrânea crônica.
Objetivo
Analisar as alterações no equilíbrio de pacientes com migrânea com e sem aura, e migrânea crônica, após um ano.
Métodos
Estudo longitudinal prospectivo, em que foram avaliadas 105 mulheres, sendo 26 voluntárias sem cefaleia (GC;31,8±9.9 anos), 27 com migrânea sem aura (MSA;31,9±8.4 anos), 25 com migrânea com aura (MA;32,6±8.8 anos) e 27 com migrânea crônica (MC;34,0±9.3). A avaliação do equilíbrio foi realizada no equipamento Equitest-NeurocomÒ através do teste de organização sensorial (TOS). Todas as participantes foram reavaliadas após um ano. Aprovação do comitê de ética e pesquisa: CAAE 04683218.3.0000.5440.
Resultados
A comparação entre as variáveis foi feita em cada um dos grupos com ANOVA medidas repetidas, com o tempo o fator de repetição (p<0,05). As diferenças médias são apresentadas. Após um ano, houve redução da frequência da migrânea nos grupos MA (-2,20; p=0,01) e MC (-10,8; p<0,001) e redução da intensidade da migrânea no grupo MC (-2,26; p=0,001). Não foram observadas diferenças significativas após um ano em nenhum dos grupos no escore de equilíbrio final do TOS (CG 0,03; p=0,95; MsA 1,40; p=0,26, MA 3,04; p=0,38, MC 2,74; p=0,06) e nem nos scores de equilíbrio referentes aos sistemas somatossensorial (CG 0,61; p=0,25, MsA 1,40; p=0,07, MA 2,16; p=0,13, MC 1,14; p=0,28), visual (CG 2,42; p=0,06, MsA 0,37; p=0,89, MA 3,04; p=0,38, MC 3,33; p=0,27) e vestibular (CG -1,15; p=0,46, MsA -0,22; p=0,92, MA -1,12; p=0,80, MC 3,37; p=0,22).
Conclusão
Os déficits de equilíbrio observados nos subtipos de migrânea não apresentam mudança após o intervalo de um ano. No entanto, foi observada melhora na frequência e intensidade das crises.
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Copyright (c) 2021 Michely Rodrigues Rocha, Daiane Cristina Silva, Carina Ferreira Pinheiro, Gabriela Ferreira Carvalho, Fabíola Dach, Débora Bevilaqua-Grossi
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