Series of 10 Cases of idiopathic intracranial hypertension - critical evaluation of progression and management
Abstract
Introdução: A hipertensão intracraniana idiopática (HII) é uma doença rara que se apresenta com cefaleia e afeta predominantemente mulheres, tendo a obesidade como principal fator de risco.
Objetivo: Avaliar criticamente a progressão e o manejo de pacientes com HII em um serviço acadêmico terciário.
Método: Série de casos compreendendo 10 indivíduos diagnosticados com HII, tratados entre 2010 e 2023 no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina, Brasil. Os dados foram obtidos por meio de revisão de prontuários eletrônicos.
Resultados: Todos os participantes eram do sexo feminino, com idades entre 16 e 52 anos, com duração da doença de 1,3 a 14,0 anos. A cefaleia foi o sintoma inicial em 9 pacientes. Queixas visuais estavam presentes em 5 pacientes. A dor inicial foi moderada a grave em 9 pacientes, pulsátil em 8, unilateral em 6 e frontal em 8. Sintomas acompanhantes como fotofobia estavam presentes em 8, fonofobia em 5 e zumbido em 2 pacientes. Papiledema estava presente em 6 pacientes, paralisia do nervo abducente em 2, pressão de abertura (OP) era ≥250mmH2O em 7 e 3 pacientes preencheram os critérios radiológicos para HII. O tratamento de escolha foi acetazolamida para 7 pacientes, combinado com topiramato em 5 e monoterapia com topiramato para 2 pacientes. Dois pacientes foram submetidos a procedimentos cirúrgicos. Durante o acompanhamento, 3 pacientes apresentaram cefaleias ≥15 dias por mês com características semelhantes à apresentação inicial. Papiledema e paralisia do VI nervo não estavam mais presentes, critérios radiológicos foram atendidos por apenas um paciente, e 7 pacientes ainda tinham OP ≥250mmH2O . Os tratamentos permaneceram semelhantes; no entanto, houve necessidade de adicionar profilaxia para cefaleia em 5 pacientes. A obesidade ainda estava presente em 4 pacientes, 3 estavam acima do peso e 3 não tinham registro de peso. Entre os 5 pacientes com registros de peso inicial e final, apenas 2 perderam peso (1,8 kg e 1,0 kg), enquanto 3 ganharam peso (1,7 a 9,0 kg).
Conclusão: A cefaleia foi o sintoma mais frequente, com características semelhantes à enxaqueca e persistência ao longo do acompanhamento, muitas vezes necessitando de medicação adicional para controle. Destaca-se a falha no registro do peso e não houve perda ponderal significativa, evidenciando a necessidade de manejo específico por profissionais com expertise em obesidade.
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Copyright (c) 2024 Ádria Rodrigues da Silva, Bruna Beppler, Lia Maki Hatisuka Imai, Caroline Zapelini, Aline Vitali da Silva (Author)
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