Análise das taxas de internações por enxaqueca e outras síndromes de algia cefálica no estado de Goiás, no período de 2010 a 2019
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.53Keywords:
PortuguêsAbstract
Introdução
A enxaqueca é uma doença neurológica crônica caracterizada por ataques de cefaleia moderada ou grave e sintomas neurológicos e sistêmicos reversíveis. Sua prevalência é de 15% da população, sendo mais comum no sexo feminino e é a segunda maior causa neurológica de incapacitação. Portanto, são necessários estudos epidemiológicos sobre a situação da enxaqueca e outras síndromes de algia cefálicas em Goiás. Este trabalho objetiva analisar a tendência das séries temporais das taxas de internações por Enxaqueca e outras síndromes de algias cefálicas.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo ecológico das séries temporais das Taxas de Internações por Enxaqueca e síndromes de algia cefálica no estado de Goiás estratificados por sexo e por faixa-etária (FE), no período de 2010 a 2019. Foram estratificadas 4 FE: até 19 anos, 20 a 39 anos, 40 a 59 anos e 60 anos ou mais. Os dados foram obtidos pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS), por isso, não necessitou de submissão no comitê de ética em pesquisa.
Resultados
Foram analisadas 1957 internações, sendo 573 referentes ao sexo masculino e 1384 ao sexo feminino. A FE com maior números de internações foi a de 20 a 39 anos com 798 internações e a FE com menor número foi a de até 19 anos com 4466 internações. A taxa e internação média geral foi de 2,97 internações/100.000 habitantes. As maiores taxas de Internações são do sexo feminino com taxa média de 4,2 internações/100.000 habitantes. O sexo masculino tem taxa média de 1,73 internações/100.000 habitantes. A FE com maior taxa de internação foi a de 60 anos ou mais com taxa média de 3,84 internações/100.000 habitantes. A tendência das séries
temporais foi calculada pelo método de Prais-winsten. A tendência das taxas de internações gerais foi crescente (b=0,013;p=0,039). A tendência das taxas de internações do sexo masculino (b>0;p=0,111) e feminino(b=0,175;p=0,104) foram estacionárias. Em relação às FE, todas apresentaram tendência estacionária, tendo p>0,05.
Conclusão
O estudo evidenciou um maior número de internações no sexo feminino e na FE de 20 a 39 anos, compatível com a maior prevalência dessas cefaleias nessas populações. Apesar de as taxas de internações em ambos os sexos e todas as FE tiveram tendência estacionária,as taxas de internações gerais da população goiana apresentaram tendência crescente, o que pode sugerir que pode haver um melhor controle clínico dessas cefaleia. Novos estudos podem ser feitos a fim de avaliar essas associações.
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