Análise dos parâmetros clínicos e volumétricos das lesões de substância branca identificadas por ressonância magnética em mulheres portadoras de migrânea.

Autores

  • Natália de Oliveira Silva Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-0428-7008
  • Júlio César Nather Júnior Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2994-7727
  • Nicole Machado Maciel Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-7558-239X
  • Gabriela Ferreira Carvalho Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-4442-2040
  • Débora Bevilacqua Grossi Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1744-835X
  • Fabíola Dach Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0003-4249-4179
  • Antônio Carlos dos Santos Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-5502-4734

DOI:

https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2021.Supplement.28

Palavras-chave:

Migrânea, Lesão de substância branca, Ressonância Magnética, Volumetria, Morfometria baseada em voxel

Resumo

Introdução

As lesões de substância branca (LSB) são as alterações macroestruturais mais comuns na migrânea e estão relacionadas à perda mielínica/axonal, rarefação neuronal e gliose; porém seu significado clínico é incerto. A inflamação neurogênica, a depressão alastrante cortical e a oligoemia podem estar implicados na gênese dessas lesões. Assim, aventa-se o papel das LSBs como biomarcadores na migrânea.

Objetivos

Caracterizar as LSBs em mulheres com migrânea quanto à presença, número, volume e localização. Comparar as LSBs entre os grupos: migrânea sem aura, migrânea com aura, migrânea crônica e grupo controle. Avaliar a influência de variáveis clínicas sobre as características das LSBs.

Material e Métodos

Estudo transversal com 60 voluntárias, entre 18-55 anos, alocadas igualmente entre os grupos, pareadas por média de idade, submetidas à ressonância magnética de alta resolução. As imagens foram processadas por softwares de morfometria baseada em voxel. As lesões foram identificadas e segmentadas manualmente por um neurologista e avaliadas cegamente por 2 neurorradiologistas. 

Resultados

Os testes de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Coeficiente de Spearman foram utilizados para análise estatística. Não houve diferença nas variáveis de LSB entre os grupos, o que se manteve nas análises de subgrupo quando as lesões foram caracterizadas por tamanho e localização. A idade e o tempo de doença foram as variáveis clínicas que mais influenciaram as LSB, sobretudo na ínsula. A frequência de aura influenciou as LSBs do lobo temporal. Não foram encontradas correlações com frequência de crises, intensidade de dor e tratamento profilático. Todas as LSBs foram supratentoriais e predominaram nos territórios de circulação anterior.

Conclusão

O tipo de migrânea não influencia na formação de LSBs. A ínsula e o lobo temporal podem estar envolvidos na fisiopatologia da crise migranosa. Não foi possível estabelecer se a migrânea é um fator de risco para LSBs

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Publicado

2021-11-17

Como Citar

1.
Silva N de O, Nather Júnior JC, Maciel NM, Carvalho GF, Grossi DB, Dach F, Santos AC dos. Análise dos parâmetros clínicos e volumétricos das lesões de substância branca identificadas por ressonância magnética em mulheres portadoras de migrânea. Headache Med [Internet]. 17º de novembro de 2021 [citado 24º de novembro de 2024];12(Supplement):28. Disponível em: https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/532

Edição

Seção

Resumo Congresso Cefaleia 2024

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