Desempenho no teste de flexão craniocervical em mulheres com cervicalgia e migranosas com e sem cervicalgia comparadas ao controle
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.5Keywords:
Enxaqueca, Cervicalgia, Craniocervical Flexion Test, AvaliaçãoAbstract
Introdução
A migrânea é uma cefaleia primária, crônica e incapacitante frequentemente associada ao relato de dor cervical. Além disso, pacientes com migrânea apresentam déficits no desempenho dos músculos cervicais avaliado pelo Craniocervical Flexion Test (CCFT) que podem piorar na presença de relato de dor cervical. Porém, ainda não é conhecido se a presença da dor cervical associada ou não à migrânea está relacionada a alterações no desempenho da musculatura cervical. Objetivos: Investigar o desempenho dos músculos cervicais durante a realização do CCFT em indivíduos controles, indivíduos com cervicalgia e pacientes migranosas com e sem cervicalgia.
Material e métodos
Foram avaliadas 100 mulheres com idade entre 18 a 55 anos subdivididas igualmente em quatro grupos, sendo: Controle; Cervicalgia (C+); Migrânea (M+) e Migrânea com Cervicalgia (M+C+). As pacientes migranosas foram diagnosticadas por um neurologista experiente de acordo com a 3ª Classificação Internacional de Cefaleias. No grupo cervicalgia, as pacientes deveriam ter dor cervical há pelo menos 3 meses, limitação funcional, pelo menos leve no Neck Disability Index e dor de intensidade 3 na maioria dos dias em uma escala numérica de dor (END) (0 a 10). A avaliação do desempenho dos músculos flexores profundos da região cervical foi realizada por meio do CCFT, através da ativação e da resistência dos mesmos durante cinco estágios progressivos, sustentado por 10s, com um intervalo de 30s entre os estágios. O teste foi finalizado quando os indivíduos realizaram compensações, sendo classificado no estágio anterior à compensação. Para análise estatística, foi usado o teste Qui-Quadrado (X2) e posteriormente realizado um post-hoc de proporções pelo Teste de Fisher. Comitê de Ética em Pesquisa: HCRP-1100/2017.
Resultados
A performance da musculatura cervical avaliada pelo CCFT foi diferente entre os grupos (Fisher’s Exact test = 27,503; p=0,003). No post- hoc de proporções houve uma maior proporção de indivíduos do grupo controle em relação aos demais grupos no nível de pressão de 30mmHg (5° estágio).
Conclusão
Pacientes com cervicalgia ou migranosas com e sem cervicalgia possuem um desempenho muscular avaliado pelo CCFT diferente de indivíduos saudáveis e isso sugere que a presença de dor, seja migranosa ou cervical, geram uma alteração igual na performance da musculatura cervical.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2020 Headache Medicine
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.