Perfil clínico e sociodemográfico de indivíduos com disfunção temporomandibular atendidos no projeto Alívio
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2021.Supplement.48Keywords:
Disfunção temporomandibular, Perfil clínico, Perfil sociodemográficoAbstract
Introdução
A Disfunção Temporomandibular (DTM) compõe um coletivo de afecções cujos sintomas incluem dores na face e cefaleia.
Objetivos
Definir o perfil clínico e sociodemográfico dos pacientes com DTM atendidos no projeto Alívio da UFES.
Material E Métodos
Trata-se de um estudo descritivo. Colheu-se dos prontuários: idade, sexo, estado civil, número de filhos, tempo e intensidade da dor (EVN), consultas prévias ao projeto, diagnóstico clínico pelo DC/TMD, dados de questionários de incapacidade cervical (NDI) e limitação de função mandibular (MFIQ).
Resultados
Entre novembro/2020 e agosto/2021 foram atendidos 19 pacientes. 83,3% eram do sexo feminino, com média de idade de 38.06 (±14.3) anos, 50% solteiros, 44,4% casados e 5,6% divorciados e média de 0,61 filhos. Consultaram-se anteriormente ao projeto em média com 2 profissionais, sendo eles 83,3% dentistas, 33,3% médicos e 27,8% fisioterapeutas. Todos apresentavam dor crônica (>3 meses) e a dor média foi de 4,32 (±2,6). O diagnóstico de DTM pelo DC/TMD revelou que 88,9% tinham mialgia e 77,8% artralgia; 88,9% mialgia e artralgia. 38,9% dos pacientes tiveram diagnóstico de cefaleia atribuída à DTM, 61,1% deslocamento de disco articular, 44.4% doença articular degenerativa e 11,1% subluxação. O NDI evidenciou os respectivos percentuais de incapacidade cervical: 27,8% nenhuma, 33,3% leve, 16,7% moderada e 16,7% severa. O MFIQ revelou o mesmo percentual de incapacidade mandibular (38,9%) para escores baixo e moderado e 22,2% escore severo.A literatura evidencia a prevalência do gênero feminino com DTM, maior frequência de DTM do tipo mista ou mialgia, sendo a tensão cervical um dos fatores desencadeantes/perpetuantes de dor e cefaleia, resultando em algum grau de incapacidade, tanto mandibular quanto nas atividades de vida diária.
Conclusão
Apesar da pequena amostra, este estudo revelou o perfil dos pacientes com DTM, permitindo assim criar estratégias de manejo em consonância com esta população.