Comportamento alimentar e hábitos de vida de universitários com migrânea na pandemia da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2021.Supplement.11Keywords:
Transtornos de enxaqueca, COVID-19, Comportamento alimentar, Estilo de vidaAbstract
Introdução
A migrânea é um tipo de cefaleia de origem multifatorial e é considerada uma doença incapacitante. A pandemia da COVID-19 provocou alterações nos hábitos de vida e padrão alimentar da população, que são importantes gatilhos para as crises migranosas.
Objetivo
Avaliar o impacto das mudanças no estilo de vida e alimentação impostas pela pandemia da COVID-19 quanto à ocorrência de enxaqueca em universitários.
Material e Métodos
Estudo transversal, retrospectivo, com abordagem descritiva, realizado com acadêmicos de uma universidade de Salvador, Bahia, no período de 12/2020 a 06/2021. Os universitários foram convocados por meio do aplicativo Whatsapp® e, posteriormente, direcionados via link para acesso ao termo de consentimento livre e esclarecido, que foi preenchido, assim como o questionário, via aplicativo de gerenciamento de pesquisa. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob parecer no 4.351.573. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva. Resultados e Discussões: Amostra constituída por 83 indivíduos, 89,2% mulheres, 45,8% sedentários, 51,8% relataram aumento de peso nos últimos meses e 59% têm dificuldade para conciliar o sono. Antes da pandemia, 7,3% relataram 7-14 dias de enxaqueca por mês e, após, identificou-se aumento para 24,1%. Além disso, 36,1% dos acadêmicos associaram algum alimento às crises de enxaqueca, sendo os gatilhos mais comuns: café (20,5%), chocolate (14,5%), embutidos (12%), bebidas alcóolicas (9,6%) e açúcar (6%). Diante dos resultados, percebe-se que a pandemia implicou no aumento do número de dias com enxaqueca por mês, o que pode estar associado às alterações alimentares, à disfunção do sono potencializada pela crise sanitária, aumento de peso nos últimos meses, assim como devido à prevalência de sedentarismo observada.
Conclusões
As mudanças no estilo de vida e no comportamento alimentar ocasionadas pela pandemia da COVID-19 repercutiu no aumento de dias com enxaqueca por mês em universitários.