Tendência das taxas de internação e mortalidade por acidente vascular cerebral no centro-oeste estratificado por sexo, no período de 2009 a 2018
DOI:
https://doi.org/10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.51Keywords:
PortuguêsAbstract
Introdução
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) atualmente é uma das causas mais comuns de óbito no Brasil, podendo ser isquêmico ou hemorrágico. O AVC consta na Lista Brasileira de Condições Sensíveis à Atenção Primária, sendo passível de redução com uma atenção primária à saúde oportuna e eficaz, tornando necessários estudos sobre a situação no Centro-Oeste. Este trabalho objetiva analisar a tendência das taxas de internação e mortalidade por Acidente Vascular Cerebral(AVC), não especificado como Hemorrágico ou Isquêmico na região Centro-Oeste, estratificado por sexo.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais da taxa de internação (TI) e taxa de mortalidade (TM) por AVC, no período entre janeiro de 2009 a dezembro de 2018 no Centro-Oeste. Para isso foram utilizados dados do SIH e SIM. Calculou-se a TI e a TM utilizando a razão entre número de internações ou número de óbitos, respectivamente, e a população residente, multiplicando por 100.000.
Resultados
Foram analisadas 84007 internações por AVC, sendo o sexo masculino com maior número de internações, 45157, e o sexo feminino com 38850 internações. O sexo masculino teve as maiores TI com média de 59,84 internações/100.000 habitantes. Para as análises das tendências da taxa de internação e de mortalidade foi utilizado o método de Prais-Winsten. As tendências das séries temporais das TI foram crescentes (p-valor<0,05 e valor de beta > 0). O maior número de mortes é do sexo masculino, com 10970 mortes. As maiores TM foram do sexo masculino com TM média de 14,67 mortes/100.000 homens, seguido da TM geral com média de 13,56
mortes/100.000 e pela TM feminina com 12,45 mortes/100.000 mulheres. A tendência temporal das TM masculina, geral e feminina é decrescente (p<0,05 e beta<0). As limitações do presente estudo são em relação às fontes de dados (SIH e SIM), já que os valores podem estar subestimados.
Conclusão
O estudo evidenciou uma tendência crescente das TI e decrescente das TM por AVCI no período em questão. Essa tendência das TI pode evidenciar um mau controle de fatores de risco cardiovasculares como aterosclerose e embolias, por exemplo, o que sugere uma ineficiência na atenção primária a saúde. Já a tendência decrescente das TM pode sugerir que os serviços hospitalares recebem os pacientes em estado não tão deteriorado ou uma eficácia da intervenção hospitalar nessas situações de AVC no período. Novos estudos podem ser feitos para avaliar essas associações.
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