Headache Medicine, v.11 - Suplemento Novembro de 2020
Headache Medicine, v.11, Suplemento, 2020II
Headache Medicine, v.10, n.1, 2019
iv
Sociedade Brasileira de Cefaleia – SBCe
liada à International Headache Society – IHS
Av. Tenente José Eduardo n° 453, sala 203
27323-240 Barra Mansa - RJ - Brasil
Fone:+55 (24) 9 8847-9980 www.sbcefaleia.com.br
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Josiane Moreira da Silva - Secretária Executiva SBCe
DIRETORIA 2018/2021
DELEGADOS
Academia Brasileira de Neurologia (ABN)
Fernando Kowacs
José Geraldo Speziali
American Headache Society (AHS)
Marcelo Cedrinho Ciciarelli
Associación Latinoamericana de Cefaleias (ASOLAC)
Carlos Alberto Bordini
European Headache Federation (EHF)
Marco Antônio Arruda
International Headache Society (IHS)
Pedro André Kowacs
Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED)
Eduardo Grossman - José G Speziali
Responsável pelo Site
Paulo Sérgio Faro Santos
Responsável pelas Mídias Sociais
Arão Belitardo Oliveira
Comissão de Ética
Elcio Juliato Piovesan - Jano Alves de Souza
José Geraldo Speziali - Mauro Eduardo Jurno
Registro de Cefaleia no Brasil
Fernando Kowacs - Mauro Eduardo Jurno
Vanise Grassi - Élder Machado Sarmento
Liselotte Menke Barea - Luis Paulo Queiroz
Marcelo Cedrinho Ciciarelli - Mario FP Peres
Pedro Augusto Sampaio Rocha-Filho
Políticas Públicas, Institucionais e Advocacy
Patricia Machado Peixoto
COMISSÕES
Prêmios
Carlos A Bordini - Djacir Dantas de Macedo
Jano Alves de Souza - Mauro Eduardo Jurno
Pedro F Moreira Filho - Raimundo P Silva-Néto
Atividades Físicas e Fisioterapia
Cláudia Baptista Tavares - Daniela A Oliveira
Debora Bevilaqua-Grossi
Cefaleia na Infância
Marco Antonio Arruda - Thais Rodrigues Villa
Cefaleia na mulher
Eliana Meire Melhado
Dor Orofacial
Ricardo Tanus Valle
Leigos
Celia A P Roesler - Henrique Carneiro de
Campos - João José Freitas de Carvalho
Paulo Sérgio Faro Santos
Alunos Residentes
Yara Dadalti Fragoso - Diego Belandrino Swerts
Izadora Karina da Silva - Marcos Ravi Cerqueira
Ferreira Figueiredo - Caroline Folchini
Saulo Emanuel Gomes Silva - Walkyria Will-
Patrick Emanuell - Eduardo Nogueira
Psicologia
Juliane Prieto Peres Mercante - Rebeca V. A.
Vieira - Rosemeire Rocha Fukue
Procedimentos Invasivos
Cláudio Manoel Brito
Élcio Juliato Piovesan
Presidente Elder Machado Sarmento
Secretário Mario Fernando Prieto Peres
Tesoureiro Pedro Augusto Sampaio Rocha Filho
10(1).indb 4 21/10/2019 19:33:56
Trabalhos apresentados no
XXXIV Congresso Brasileiro de Cefaléia
XV Congresso de Dor Orofacial
e aprovados pela
Comissão de Prêmios
VOLUME 11 - Supplement - 2020
Sumário
Use of acupuncture in pain management in patients with primary trigeminal neuralgia:
systematic literature review ..............................................................................1
Caio Lellis, Ana Dib, Jordana Amaral, Natalia Guisolphi, Camila Martins, Lara Clementino, Ledismar da Silva
Galcanezumab como opção terapêutica e profilática da migrânea: uma revisão sistemática
da literatura ..................................................................................................2
Caio Lellis, Weldes Silva Junior, Maria de Oliveira, Sara Silva, Giovanna de Oliveira, Luísa Lemos, Ledismar Silva
O papel dos exercícios aeróbicos no manejo da migrânea: uma revisão sistemática da
literatura ......................................................................................................3
Caio Lellis, Paulo Diniz, Aline Braga, Luiza Campos, Ledismar da Silva
A relação bidirecional entre a migrânea e a depressão: uma revisão sistemática da literatura
..................................................................................................................4
Caio Lellis, Samyla Paniago, Maria Clara Dib, Paulo Diniz
Desempenho no teste de flexão craniocervical em mulheres com cervicalgia e migranosas
com e sem cervicalgia comparadas ao controle .......................................................5
Amanda Rodrigues, Marcela Bragatto, Mariana Benatto, Lidiane Florencio, Jaqueline Martins, Fabiola Dach, bora
Grossi
Case report: atypical recurrent painful ophthalmoplegic neuropathy ...........................6
Felipe Soares, Jorge Lapa, Bárbara Costa, Gabriel Kubota, Daniel Andrade, Ida Fortini, Daniel Andrade
Avaliação de síndrome pré-menstrual e cefaleia em estudantes de medicina .................7
Eliana Melhado, Jéssica Pícolo, Paula Croise, Amanda Gonçalves, Ana de Mattos, Júlia Abdo, Sérgio Ozima Filho
Charles bonnet syndrome due to cerebral venous thrombosis ....................................8
Rafaela Ianisky, Thaise Wrubleski, Jean Tafarel, Maria Figueroa Magalhães, Vitor Dias
Cefaleia como apresentação inicial de trombose venosa cerebral associada à mutação do
gene 20210 da protrombina: relato de caso ...........................................................9
Rafaela Ianisky, Thaise Wrubleski, Jean Tafarel, Maria Figueroa Magalhães, Vitor Dias
Trombose venosa cerebral como complicação da Covid-19: relato de caso .................. 10
Izabel Leite, Adelina Neto, Guilherme Moraes, Matheus Medeiros, Felipe Mourão
Síndrome de vasoconstrição cerebral reversível durante o puerpério: relato de caso ..... 11
Izabel Leite, Guilheme Moraes, Matheus Medeiros
Nucleotratotomia trigeminal percutânea: uma alternativa terapêutica para portadores de
neuralgias faciais .......................................................................................... 12
Arthur Hister Gurgel, Nilson Batista Lemos, Victor Higor Lopes da Silva, Victor Gabino de Macedo, Anne da Nóbrega
Souza, João Palmeira dos Santos Neto, Luciana Karla Viana Barroso
A dor de cabeça como primeiro sintoma da síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada: uma revisão
sistemática .................................................................................................. 13
Ariane Jurno
Cefaleia em estudantes de medicina: uma revisão sistemática .................................. 14
Bruna Torres, Aline dos Santos, Izabela Freire, Nyaria de Souza, Bruna Afonso
Aspectos somatossensoriais em pacientes com cefaleia do tipo migrânea crônica com e sem
aura: estudo observacional .............................................................................. 15
Maria Ivone Dantas, Thaís Pereira, Amanda Feitosa, Itanara dos Santos, Ingrid Kyelli Rodrigues, Fernanda Mylla Ferreira,
Josimari DeSantana
Headache in medical residents: association with residency program and neuropsychiatric
aspects ....................................................................................................... 16
Mário Silva Jr, Thayanara Melo, Marcelo Valença, Pedro Rocha-Filho
A carbamazepina no tratamento de pacientes com neuralgia do trigêmeo: uma revisão
sistemática da literatura ................................................................................. 17
Caio Lellis, Natalia Guisolphi, Samyla Paniago, Pedro Tertuliano, Maria Dib, Vitória Silva, Ledismar Silva
Cefaleia persistente diária como primeiro sintoma de Covid-19 ................................ 18
Pedro Roriz, Silvanildo Filho, Alécio Farias, Lara Menezes
Cefaleia em profissionais da linha de frente do Covid-19 ......................................... 19
Pedro Roriz, Silvanildo Filho, Alécio Farias, Lara Menezes
Características da dor e sintomas psicoemocionais na enxaqueca e na cefaleia do tipo
tensional: estudo observacional ........................................................................ 21
Ingrid Kyelli Rodrigues, Thaís Pereira, Maria Ivone Dantas, Itanara Santos, Amanda Feitosa, Fernanda Mylla Ferreira,
Josimari DeSantana
Pacientes com migrânea crônica apresentam sintomas depressivos e qualidade de vida
relacionada à saúde: estudo observacional caso-controle ........................................ 22
Fernanda Mylla Ferreira, Maria Ivone Dantas, Thaís Pereira, Amanda Feitosa, Itanara dos Santos, Ingrid Kyelli Rodrigues,
Josimari DeSantana
Deficiências relacionadas a cefaleia em pacientes migranosos crônicos com e sem aura:
estudo observacional ..................................................................................... 23
Amanda Feitosa, Maria Ivone Dantas, Fernanda Mylla Ferreira, Ingrid Kyelli Rodrigues, Itanara dos Santos, Thaís Pereira,
Josimari DeSantana
Motor control of migraine patients under higher levels of sound ............................... 24
Nicoly Maciel, Gabriela Carvalho, Carina Pinheiro, Richard van Emmerik, Fabíola Dach, Renato Moraes, Débora Grossi
Avaliação da cefaleia como fator prognóstico em pacientes internados por Covid-19 ..... 25
Pedro Augusto Sampaio Rocha Filho, Djanino Fernandes Silva, Miriam Carvalho Soares, Felipe Araújo Andrade de
Oliveira, Lucas Marenga de Arruda Buarque, Andreia Braga Mota, João Eudes Magalhães
Relação entre gravidade de DTM e características da dor em pacientes com enxaqueca
crônica: estudo observacional .......................................................................... 26
Thaís Pereira, Maria Dantas, Itanara Santos, Ingrid Rodrigues, Amanda Feitosa, Fernanda Ferreira, Josimari DeSantana
Effects of galcanezumab on acute medication use and health care resource utilization in
treatment-resistant migraine: results from randomized, double blind, placebo-controlled
clinical trial, conquer ..................................................................................... 27
Anna Ambrosini, Emad Estemalik, Julio Pascual, Mallikarjuna Rettiganti, Chad Stroud, Kathleen Day, Janet Ford
Alteração do limiar de dor e da amplitude de movimento na disfunção cervical de pacientes
com enxaqueca com e sem aura: estudo observacional caso-controle ........................ 28
Itanara Santos, Thaís Pereira, Maria Dantas, Ingrid Rodrigues, Amanda Feitosa, Fernanda Ferreira, Josimari DeSantana
Severidade de disfunção temporomandibular e prevalência cefaleia em uma comunidade
ribeirinha da amazônia legal ............................................................................ 29
Lana Santos, Manoel de Araujo Neto, Lidia da Silva, Nathalia Ribeiro, Soraya Campos, Karla Soares, Maria Gonçalves
Conforto lumínico e cefaleia no ambiente escolar no ensino fundamental no Maranhão .. 30
Manoel de Araujo Neto, Willyanna Lima, Lídia da Silva, Leonardo Ramos, Guilherme Pinto, Alisson Santos, Maria
Gonçalves
Perfil de comorbidades associadas à migrânea em crianças e adolescentes de um serviço
terciário ..................................................................................................... 31
Michelle Aparecida Santos, Gabriella Tolentino, Carina Pinheiro, Fabiola Dach, Débora Bevilaqua-Grossi
Oftalmoplegia dolorosa secundária a aneurisma de carótida: relato de caso ................. 32
João Fernando Silva, Bruna Freire, Ana Piffer, Mariana Sukessada, Pedro Fortunato, Danilo Ueno, Hilton Mariano da
Silva Junior
Raro caso de trombose venosa cerebral apresentando-se com cefaleia e alucinações visuais
................................................................................................................ 33
Rafaela Ianisky, Thaise Wrubleski, Jean Tafarel, Maria Figueroa Magalhães, Vitor Dias
Avaliação da cefaleia e suas características em pacientes com Covid-19: um estudo
transversal .................................................................................................. 34
Pedro Augusto Sampaio Rocha Filho, Pedro Mota Albuquerque, Larissa Clementino Leite Carvalho, Mylana Dandara
Pereira Gama, Djanino Fernandes Silva, Victor Souza Tôrres Lira, João Eudes Magalhães
Eficácia de um protocolo de tratamento de enxaqueca com abordagem multidisciplinar e
baseado em metas projeto “Brasília sem enxaqueca" ........................................... 35
Marcio Siega, Carlos Tauil, Carlos Viana, Filipe Starling, Carolina Welker, Lia Rosa, Fernanda Fernandes
Eficácia e adesão a orientações fisioterápicas e psicológicas aplicadas em indivíduos com
enxaqueca Projeto Brasília sem Enxaqueca ........................................................ 36
Marcio Siega, Carlos Viana, Bruno Oliveira, Guido Agner, Leonardo Alves, Gustavo Rocha, Gabriela Botelho
Uso dos anticorpos monoclonais para migrânea no Brasil: experiência de um Centro
Terciário de Cefaleia em Brasília ....................................................................... 37
Marcio Siega, Bernardo Souza, Laís Teles, Laura Binder, Lucca Tokarski
Existe associação entre a presença de hábitos parafuncionais em vigília e a presença de
DTM muscular? Revisão sistemática da literatura ................................................... 38
Juliana Padilha, Janaina Jorge, Leticia Wambier, Daniela Gonçalves
Gatilho alimentar associou-se à migrânea com aura ............................................... 39
Natalia Kicomoto, Beatriz Bossa, Milena Pelizaro, Amanda Volante, Aline Silva, Valéria Bello, Nicole Cardoso
Oftalmoplegia dolorosa por infiltração metastática do seio cavernoso: relato de três casos
................................................................................................................ 40
Gabriel Barros, Pedro Fortunato, Danilo Ueno, Hilton Junior, João Silva, Daniela Gulhote, Mariana Sukessada
A influência da obesidade no desenvolvimento da migrânea: uma revisão sistemática da
literatura .................................................................................................... 41
Caio Lellis, Weldes Junior, Camila Martins, Sara Silva, Ana Dib, Pedro Tertuliano, Ledismar Silva
Placebo effect in chronic migraine prevention. A systematic review .......................... 42
Diego Swerts, Mario Peres
Desenvolvimento de e-book para auto-manejo da migrânea ..................................... 43
Diogo Nabhan Silveira, Gabriel Sussumu Sakurai, Renato Rodrigues de Freitas Soares, João de Oliveira Silva, Aline Vitali
da Silva, Regina Célia Poli-Frederico, Valéria Aparecida Bello
Bloqueio do gânglio esfenopalatino no manejo da cefaleia pós-punção dural: uma revisão
sistemática da literatura ................................................................................. 44
Caio Lellis, Pedro Tertuliano, Ana Dib, Sara Silva, Camila Martins, Weldes Junior, Ledismar Silva
Opções terapêuticas atuais na cefaleia do tipo tensional em idosos ........................... 45
Caio Lellis, Giovannade Oliveira, Isabela Bessa, Mônia Corrêa, Isabella Cruz, Ledismar da Silva
Cefaleia atribuída ao acidente isquêmico transitório: frequência e características ........ 46
Pedro Augusto Sampaio Rocha Filho, Felipe Araújo Andrade de Oliveira
Termocoagulação por radiofrequência no tratamento da neuralgia do trigêmeo: uma revisão
sistemática da literatura ................................................................................. 47
Caio Lellis, Luiza Campos, Laura Siqueira, Aline Braga, Paulo Diniz, Ledismar da Silva
Toxina botulínica tipo a no manejo da neuralgia do trigêmeo: uma revisão sistemática da
literatura .................................................................................................... 48
Caio Lellis, Maria Oliveira, Luísa Lemos, Giovanna de Oliveira, Sara Silva, Weldes Junior, Ledismar da Silva
Influência do TGFB1 RS18004469 do alelo -509C>T E IFN-GAMA RS2069707 do alelo -764G>C
E +874 com a patogênse da migrânea ................................................................. 49
Beatriz Bossa, Natalia Kicomoto, Aline Vitali, Valéria Bello, Regina Frederico
Opções terapêuticas e profiláticas na cefaleia pós punção dural: uma revisão sistemática da
literatura .................................................................................................... 50
Caio Lellis, Isabella Cruz, Mônia Corrêa, Isabela Bessa, Giovanna de Oliveira
Tendência das taxas de internação e mortalidade por acidente vascular cerebral no centro-
oeste estratificado por sexo, no período de 2009 a 2018 ........................................ 51
Danilo Amaral, Murilo Silva, Jonatan Silva, Mateus Sequeira, Ronan Borba, Guilherme Sampaio, Cejane Ribeiro
A incapacidade cervical está relacionada à frequência de crises de migrânea e à presença
de aura ....................................................................................................... 52
Gabriella Tolentino, Carina Pinheiro, Lidiane Florencio, Anamaria de Oliveira, Cesar Fernandez-de-Las-Peñas, Fabíola
Dach, Debora Bevilaqua-Grossi
Análise das taxas de internações por enxaqueca e outras síndromes de algia cefálica no
estado de Goiás, no período de 2010 a 2019 ........................................................ 53
Danilo Amaral, Murilo Silva, Jonatan Silva, Mateus Sequeira, Ronan Borba, Leanderson Pontes, Cejana Silveira
Análise epidemiológica crítica das internações por infecções meningocócicas em goiás entre
2010 e 2019 ................................................................................................ 54
Danilo Amaral, Murilo Silva, Jonatan Silva, Mateus Sequeira, Ronan Borba, Leanderson Pontes, Cejana Ribeiro
Comprometimento auditivo na migrânea vestibular ............................................... 55
Thays Fernanda dos Santos, Fernanda Thaysa dos Santos, Leticia Boari
Case report: migraine with aura in patient with cadasil .......................................... 56
Bárbara Costa, Felipe Carvalho, Gabriel Kubota, Daniel Andrade, Ida Fortini
Frequência de desconforto crânio-orofacial relacionada ao uso de equipamento de proteção
individual uma realidade da covid-19 ............................................................... 57
Leonardo Ramos, Alisson Santos, Lisiane Azevedo, Juan Matalobos, Júlio França, Manoel Neto, Maria Gonçalves
Variante polimórfica -308 g/a do gene tnf-a em pacientes com migrânea .................... 58
Caio Nascimento, Diogo Silveira, Gabriel Sakurai, Renato Soares, Valeria Bello, Aline Silva, Regina Poli-Frederico
Tratamento e prevenção da dor orofacial idiopática persistente: uma revisão sistemática da
literatura .................................................................................................... 59
Caio Lellis, Paulo Diniz, Luiza Campos, Maria Dib, Samyla Paniago
Comparação do equilíbrio entre pacientes migranosos com e sem histórico de quedas ... 60
Jéssica Moreira, Carina Prinheiro, Nicoly Maciel, Gabriela Carvalho, Fabiola Dach, Débora Grossi
Correlação entre medidas psicofísicas de dor e sensibilização central em pacientes com
síndrome da dor crônica miofascial da face ......................................................... 61
Andressa Konzen, Pollyanna Ribeiro, Antônio Guimarães, Wolnei Caumo, Luciane Rodrigues
Migrânea e anticoncepcionais: riscos e autoconhecimento ....................................... 62
Arthur Vilela, Alexandre da Matta Machado Fernandes, Gabriel do Nascimento Pacheco, Giovany da Costa Sant-Ana,
Lucas Godoy de Sousa, Lucca Faria, Mauro Jurno
Uso de cafeína em pacientes com cefaleia: uma revisão sistemática .......................... 63
Murilo Souza Vieira da Silva, Danilo Amaral, Jonatan Silva, Mateus Sequeira, Ronan Borba, Isadora Correia, Cejane
Ribeiro
Associação da classificação do grau de dor crônica e a qualidade de vida em indivíduos com
disfunção temporomandibular .......................................................................... 64
Luana Mendes, Marina Barreto
Aumento da suscetibilidade a migrânea associada à variante genética +3953 t>c
(rs1143634) da interleucina- ........................................................................ 65
Louise Krol, Rebeca Linham, Milene Lopes, Vitoria Zanluchi, Aline da Silva, Valeria Bello
A força muscular cervical está mais relacionada à severidade dos sintomas de alodinia
cutânea do que à frequência das crises de migrânea .............................................. 66
Carina Pinheiro, Lidiane Florencio, Anamaria Oliveira, Tenysson Will-Lemos, Fabiola Dach, Cesar Fernández-de-Las-
Peñas, Debora Bevilaqua-Grossi
Migrânea e sintomas autonômicos: associação com cronificação, sintomas de tronco e
depressão ................................................................................................... 67
Eldislei Mioto, Marco Utiumi, João Küster, Bin Tan, Nikolai Kotsifas, Luiz Canalli Filho, Elcio Piovesan
Tratamento fisioterapeutico do paciente pós-trauma cranioencefalico relato de caso .. 68
Nathália Ribeiro
Desafios de um diagnóstico diferencial nos casos de cefaleia secundária as-sociados à DTM
................................................................................................................ 69
Ana Clara de Melo, Vitória Régia Paranhos, Samuel Pereira, Bruno Daniel Pereira, Mariana Mota, Ana Carolina Costa,
Waleska Carneiro
Análise de 814 exames de tomografia de crânio consecutivas de pacientes com enxaqueca
atendidos em pronto socorro de hospital terciário ................................................. 70
Marcio Souza, Marcelo Calderaro, Gabriel Kubota, Ana Oliveira, Ana Fonseca, Ruann Carvalho, Rita Pincerato
Transtornos temporomandibulares e transtornos alimentares em adolescentes ............ 71
Camilla de Aguiar, João Marcílio Aroucha, Ricardo Eugenio de Melo, Lohana Maylane de Lima, Arnaldo Caldas Júnior,
Jorge Waked, Pollyanna Gomes
Physical inactivity and headache disorders: cross-sectional analysis in the Brazilian
longitudinal study of adult health (ELSA-Brasil) ..................................................... 72
Arao Oliveira, Juliane Mercante, Mario Peres, Maria Molina, Paulo Lotufo, Isabela Benseñor, Alessandra Goulart
Cefaleia e blood patch epidural: revisão de literatura ............................................ 73
André Calabria, Gabrielle Ferreira, Luana de Souza, Denise Krieger
Modelo para previsão de disfunção temporomandibular: uso da análise de árvore de
classificação ................................................................................................ 74
Camilla de Aguiar, Lohana Maylane de Lima, João Aroucha, Jorge Waked, Hudso Augusto Fonseca, Ricardo Eugenio de
Melo, Arnaldo Caldas Junior
Fatores associados à prevalência de DTM em adolescentes e adultos .......................... 75
Camilla de Aguiar, Lohana Maylane de Lima, João Marcílio Aroucha, Jorge Waked, Pollyanna Gomes, Ricardo Eugenio
de Melo, Arnaldo Caldas Júnior
Correlação entre a disfunção da articulação temporomandibular e cefaléia ................. 76
Camilla de Aguiar, Victor Leonardo de Melo, Júlia Beck, Bruna Heloísa de Melo, José Leonardo Souza, Arnaldo Caldas
Júnior, Ricardo Eugenio de Melo
Sexo feminino associado a maior chance hipersensibilidade sensorial ........................ 77
Igor Caetano, Bárbara Khouri, Amanda Rocha, Debora Rezende, Maria Juliani, Aline Silva, Regina Frederico
Correlação entre a dor da articulação temporomandibular e a covid-19 ...................... 78
Camilla de Aguiar, Victor Leonardo de Melo, Frederico Marcio de Melo Júnior, Bruna Heloisa de Melo, José Leonardo
Souza, Arnaldo Caldas Júnior, Ricardo Eugenio de Melo
Anticoncepcional hormonal combinado associado a aumento da chance de osmofobia em
mulheres com migrânea .................................................................................. 79
Aline Vitali da Silva, Lara Gonzalez, Isabella Vuolo, Renata Galvão, Silvia Farges, Valeria Bello, Regina Poli Frederico
Acupuntura ou dry needling no controle da dor orofacial? ....................................... 80
Camilla de Aguiar, Victor Leonardo de Melo, Jussara Diana de Melo, Milena Pinheiro, José Leonardo Souza, Arnaldo
Caldas Júnior, Ricardo Eugenio de Melo
Alongamento e calcificação do processo estilóide em pacientes com distúrbios
temporomandibulares, associado a síndrome de eagle: aspectos clínicos e radiográficos . 81
Camilla de Aguiar, Victor Leonardo de Melo, Jussara Diana de Melo, Milena Pinheiro, José Leonardo Souza, Arnaldo
Caldas Júnior, Ricardo Eugenio de Melo
Correlação entre cinesiofobia e equilíbrio em indivíduos controle e diferentes subtipos de
migrânea .................................................................................................... 82
Daiane Silva, Michely Rocha, Carina Pinheiro, Gabriela Carvalho, Fabíola Dach, Débora Grossi
Neuroma traumático e a dor orofacial ................................................................ 83
Camilla de Aguiar, Victor Leonardo de Melo, Zélia Seixas, Milena Pinheiro, Elvia Christina de Almeida, Arnaldo Caldas
Júnior, Ricardo Eugenio de Melo
O uso de acupuntura e terapias integrativas no tratamento da síndrome da disfunção na
articulação temporomandibular ........................................................................ 84
Camilla de Aguiar, Lohana Maylane de Lima, Nely Dulce Freitas, Milena Pinheiro, José Leonardo Souza, Arnaldo Caldas
Júnior, Ricardo Eugenio de Melo
Otalgia e a sua relação com os distúrbios temporomandibulares: aspectos clínicos e
radiográficos ................................................................................................ 85
Camilla de Aguiar, Victor Leonardo de Melo, Rodrigo Henrique de Melo, Nely Dulce Freitas, Milena Pinheiro, José
Leonardo Souza, Ricardo Eugenio de Melo
Dor orofacial em pacientes com disfunção temporomandibular: uma revisão sistemática da
literatura .................................................................................................... 86
Caio Lellis, Samyla Paniago, Pedro Tertuliano, Maria Dib, Natalia Guisolphi, Vitória da Silva
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 1
October 2020.
1
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.1
Lelis, C; Dib, A.; Amaral, J; Guisolphi, N.; Martins, C.; Clementino, C.; Silva, L.
Headache Medicine
Uso da acupuntura no manejo da dor em pacientes com neuralgia primária do
trigêmeo: revisão sistemática da literatura
Caio Lellis, Ana Dib, Jordana Amaral, Natalia Guisolphi, Camila Martins, Lara Clementino, Ledismar da Silva
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
A neuralgia primária do trigêmeo (NPT) é um tipo de dor neuropática, que causa crises de dor em choque de forte intensidade.
Atualmente, o tratamento de escolha padrão é o farmacológico, mas há evidências de que a acupuntura pode ser favorável no manejo
desse tipo de dor crônica. O objetivo deste estudo foi avaliar a ecácia da acupuntura como tratamento não farmacológico da NPT.
Material e métodos
Foi realizada uma revisão sistemática da literatura no banco do PubMed, com os descritores: Idiopathic Trigeminal Neuralgia*
Acupuncture*. Os ltros utilizados foram: ensaios clínicos, metanálises e publicados nos últimos 10 anos (n=14 artigos). Foram excluídos
os estudos inconclusos e aqueles que não se enquadravam nos objetivos.
Resultados
Um estudo clínico randomizado apontou a necessidade de no mínimo 10 sessões de acupuntura no tratamento da NPT, sendo que a
melhora dos sintomas se destacam após a quinta ou sexta sessão. Também, outro ensaio randomizado, duplo cego, observou redução da
dor nos pacientes tratados com acupuntura, bem como manutenção dos resultados por 6 meses sem necessidade de incremento de dose
da terapia farmacológica usual. Além disso, destaca-se seu efeito analgésico para dor miofascial secundária a NPT. Ademais, um estudo
de caso controle, com 120 participantes, apontou que a técnica de acupuntura sensibilizada pelo calor, conhecida como moxabustão,
apresentou uma taxa de sensibilização em 83,3% dos portadores de NPT, associando-se com redução da dor e melhora na qualidade
de vida. Também, foi evidenciado, em outro estudo de caso controle, um decréscimo importante de síndromes dolorosas em pacientes
submetidos há pelo menos 6 semanas de acupuntura, em comparação com o grupo controle. No entanto, apesar de apresentar efeitos
positivos sobre a NPT, uma metanálise considera que ainda faltam evidências de alto teor cientíco para se conrmar essa relação. Por
m, outro estudo apontou que tanto a técnica de acupuntura com punção profunda quanto a de punção supercial foram ecazes na
redução da dor em pacientes com NPT, sendo que a primeira apresentou resultados mais signicativos que a segunda.
Conclusão
A acupuntura se mostrou uma opção terapêutica não farmacológica ecaz e segura no manejo da NPT, sendo a do tipo punção
profunda apresentou melhores resultados em relação à supercial. Ainda assim, torna-se necessário mais estudos com maior rigor
cientíco sobre o tema.
Palavras-chave:
Neuralgia primária do trigêmeo, Acupuntura, Dor neuropática
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 2
October 2020.
2
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.2
Lellis, C.; Silva Junior, W; Oliveira, M.; Silva, S.; Oliveira, G; Lemos, L.; Silva, L.
Headache Medicine
Galcanezumab como opção terapêutica e prolática da migrânea: uma revisão
sistemática da literatura
Caio Lellis, Weldes Silva Junior, Maria de Olveira, Sara Silva, Giovanna de Oliveira, Luísa Lemos, Ledismar Silva
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
A migrânea trata-se de uma doença neurológica que acarreta diminuição da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e está entre
as dez principais causas de incapacidade relacionada à doença no mundo. O galcanezumab trata-se de um anticorpo monoclonal que
se liga seletivamente ao peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) e impede sua atividade biológica. O objetivo deste estudo
é revisar a literatura dos últimos dois anos acerca da ecácia do anticorpo monoclonal galcanezumab no manejo e na prevenção da
migrânea.
Material e métodos
Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, delineada com base nos quatro critérios da estratégia PICO, no banco de dados
PubMed, com os descritores: “Galcanezumab AND Migraine AND (Treatment OR Prevention)”. Foram selecionados apenas os ensaios
clínicos e as metanálises publicadas nos últimos dois anos (n = 20 artigos). Excluiu-se os estudos que não se enquadravam nos objetivos,
restando 15 artigos.
Resultados
Todos os estudos analisados concluíram que o galcanezumab foi uma opção terapêutica segura e tolerável no manejo e na prevenção
da migrânea, sendo que quatro destes armaram não haver diferença signicativa entre as dosagens 120 mg e 240 mg em relação à
ecácia e segurança do fármaco. Assim, um estudo randomizado, duplo cego, mostrou que o tratamento com esse anticorpo monoclonal
teve ecácia logo na primeira semana na maioria dos pacientes. Além disso, aqueles que não responderam na primeira semana
tenderam a responder no segundo ou terceiro mês de tratamento, indo de acordo com outro estudo que armou que os pacientes com
migrânea episódica e crônica tratados com galcanezumab sem resposta após 1 mês, tiveram uma probabilidade signicativa de melhora
contínua nos meses seguintes após o tratamento inicial. Também, um ensaio clínico de grupo controle, randomizado, duplo-cego, de
fase 3, mostrou que esse anticorpo monoclonal proporcionou uma melhora clínica signicativa de 75% na frequência dos episódios de
migrânea. Ademais, dois estudos evidenciaram que após o encerramento do tratamento preventivo da migrânea com galcanezumab
houve uma redução da melhora, mas sem voltar aos níveis basais de dor.
Conclusão
O anticorpo monoclonal galcanezumab mostrou-se uma alternativa terapêutica ecaz e segura no manejo e na prevenção da migrânea,
reduzindo a frequência das crises e aumentando a QVRS desses pacientes, além de causar uma redução da dor mesmo após o
encerramento do tratamento
Palavras-chave:
Migrânea, Galcanezumab, Anticorpo monoclonal
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 3
October 2020.
3
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.3
Lellis, C.; Diniz, P.; Braga, A.; Campos, L.; Siqueira, L; Silva, L.
Headache Medicine
O papel dos exercícios aeróbicos no manejo da migrânea: uma revisão
sistemática da literatura
Caio Lellis, Paulo Diniz, Aline Braga, Luiza Campos, Laura Siqueira, Ledismar da Silva
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
A migrânea é o segundo distúrbio mais incapacitante do mundo, sendo que seu impacto na qualidade de vida é expressivo, sobretudo
nos âmbitos prossional e emocional. Dentre os recursos não farmacológicos, estudos revelam que as atividades físicas podem ter
impacto positivo no manejo dessa comorbidade. O objetivo deste estudo é buscar evidências cientícas acerca da inuência dos
exercícios aeróbicos no manejo da dor em pacientes com migrânea.
Material e métodos
Realizou-se uma revisão sistemática da literatura no banco de dados PubMed, com os descritores: “Migraine AND (Aerobic activity OR
aerobic exercise)”, selecionando apenas as metanálises e os ensaios clínicos publicados nos últimos 5 anos. Foram excluídos os estudos
que não se enquadravam nos objetivos, restando 8 artigos para compor a revisão.
Resultados
De forma geral, os estudos apontaram que a atividade física aeróbica se mostrou favorável no tratamento da migrânea, diminuindo a
frequência, a intensidade e a duração da dor, além de aumentar a aptidão física e o envolvimento dos pacientes em outras atividades do
cotidiano. Um dos ensaios clínicos concluiu que a prática de atividades aeróbicas associada aos exercícios de relaxamento reduziram
a sensibilidade da musculatura pericraniana/cervical, diminuindo a intensidade das crises de migrânea e a dor musculoesquelética
cervical. Também, um estudo randomizado, duplo cego, apontou que a realização de exercícios aeróbicos tem efeitos terapêuticos
clínicos positivos na redução da dor e nos aspectos psicológicos de mulheres com migrânea sem acesso a outras formas de tratamento.
Ademais, um estudo comparativo concluiu que tanto as atividades físicas moderadas como as intensas possui impactos positivos no
manejo da migrânea, no entanto, a segunda possui maior redução dos dias de enxaqueca quando comparada com a primeira. Por m,
dois artigos enfatizaram a importância da prática de exercícios físicos na população de baixa renda que possui migrânea, pois é uma
terapêutica não farmacológica de baixo custo e que não apresenta efeitos adversos, reduzindo signicativamente as crises dolorosas e
aumentando a qualidade de vida desses pacientes, que muitas vezes não tem acesso a nenhum outro tratamento.
Conclusão
A atividade física aeróbica mostrou-se uma opção terapêutica não farmacológica segura e ecaz na redução da frequência e intensidade
da migrânea, além de ser mais acessível à população de baixa renda por conta de seu baixo custo.
Palavras-chave:
Migrânea, Exercícios aeróbicos, Atividade física aeróbica
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
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-ISSN 2763-6178
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Supplement
p. 4
October 2020.
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.4
Lellis, C.; Paniago, S; Dib, M. C.; Campos, L.; Diniz, P.
Headache Medicine
A relação bidirecional entre a migrânea e a depressão: uma
revisão sistemática da literatura
Caio Lellis, Samyla Paniago, Maria Clara Dib, Luiza Campos, Paulo Diniz
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
A migrânea consiste em uma cefaleia intensa, geralmente acompanhada de sensibilidade à luz e ao som, enquanto a depressão se
centraliza na perda de interesse do paciente em atividades até então prazerosas, sendo as suas causas multifatoriais. As duas são
doenças prevalentes na população brasileira e costumam estar associadas. O objetivo deste estudo é buscar na literatura atual qual
a relação entre a depressão e a migrânea, buscando as melhores opções terapêuticas de diminuir o agravamento das duas nesses
pacientes.
Material e métodos
Foi realizada uma revisão sistemática da literatura no banco de dados PubMed, com os descritores: Depression* Migraine* (n = 1786
artigos). Os ltros utilizados foram: ensaios clínicos randomizados, metanálises, publicados nos últimos 5 anos, humanos e artigos em
inglês, independente da idade ou gênero (n = 24 artigos). Foram excluídos, após leitura dos resumos e texto completo, os estudos que
não se enquadravam nos objetivos.
Resultados
Os estudos apontaram que a migrânea tem consequências psicológicas adversas, podendo acarretar a uma maior tendência a depressão,
enquanto essa doença psiquiátrica pode agravar as crises dessa cefaleia. Fisiopatologicamente, isso seria explicado pelo polimorsmo
do gene transportador de serotonina que afeta a capacidade dos neurônios se adaptarem às mudanças externas, sendo essa variação
alélica descrita como comum entre migrânea e a depressão. Assim, uma metanálise concluiu que a migrânea pode desempenhar um
papel importante no aumento da incidência de depressão, sendo que o tratamento da doença pode ser benéco e essencial na redução
desses efeitos psicológicos negativos. Ademais, a respeito das opções terapêuticas, um estudo randomizado, duplo cego, apontou que
a terapia cognitiva comportamental (TCC) mostrou melhora signicativa nas medidas de cefaleia, depressão, ansiedade e qualidade
de vida de pacientes com migrânea, independente do sexo. Também, outro estudo randomizado concluiu que pacientes com migrânea
associada a ansiedade e depressão, apresentaram diminuição concomitante dos dias de manifestação das três comorbidades após
tratamento com acupuntura.
Conclusão
A migrânea e a depressão possuem uma íntima relação bidirecional, sendo necessário o tratamento de ambas as doenças para garantia
da qualidade de vida do paciente. Os artigos apontaram a TCC e a acupuntura como opções terapêuticas não farmacológicas ecazes
e seguras no manejo dessas duas doenças.
Palavras-chave:
Migrânea, Depressão, Cefaleia.
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ISSN 2178-7468
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-ISSN 2763-6178
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Supplement
p. 5
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.5
Rodrigues, A.; Bragatto, M.; Benatto, M.; Florencio, L.; Martins, J.; Dach, F.; Grossi, D.
Headache Medicine
Desempenho no teste de eo craniocervical em mulheres com cervicalgia e
migranosas com e sem cervicalgia comparadas ao controle
Amanda Rodrigues, Marcela Bragatto, Mariana Benatto, Lidiane Florencio, Jaqueline Martins, Fabiola Dach, Débora Grossi
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
Introdução
A migrânea é uma cefaleia primária, crônica e incapacitante frequentemente associada ao relato de dor cervical. Além disso, pacientes
com migrânea apresentam décits no desempenho dos músculos cervicais avaliado pelo Craniocervical Flexion Test (CCFT) que podem
piorar na presença de relato de dor cervical. Porém, ainda não é conhecido se a presença da dor cervical associada ou não à migrânea
está relacionada a alterações no desempenho da musculatura cervical. Objetivos: Investigar o desempenho dos músculos cervicais
durante a realização do CCFT em indivíduos controles, indivíduos com cervicalgia e pacientes migranosas com e sem cervicalgia.
Material e métodos
Foram avaliadas 100 mulheres com idade entre 18 a 55 anos subdivididas igualmente em quatro grupos, sendo: Controle; Cervicalgia
(C+); Migrânea (M+) e Migrânea com Cervicalgia (M+C+). As pacientes migranosas foram diagnosticadas por um neurologista
experiente de acordo com a Classicação Internacional de Cefaleias. No grupo cervicalgia, as pacientes deveriam ter dor cervical
pelo menos 3 meses, limitação funcional, pelo menos leve no Neck Disability Index e dor de intensidade 3 na maioria dos dias
em uma escala numérica de dor (END) (0 a 10). A avaliação do desempenho dos músculos exores profundos da região cervical foi
realizada por meio do CCFT, através da ativação e da resistência dos mesmos durante cinco estágios progressivos, sustentado por 10s,
com um intervalo de 30s entre os estágios. O teste foi nalizado quando os indivíduos realizaram compensações, sendo classicado no
estágio anterior à compensação. Para análise estatística, foi usado o teste Qui-Quadrado (X
2
) e posteriormente realizado um post-hoc de
proporções pelo Teste de Fisher. Comitê de Ética em Pesquisa: HCRP-1100/2017.
Resultados
A performance da musculatura cervical avaliada pelo CCFT foi diferente entre os grupos (Fisher’s Exact test = 27,503; p=0,003). No
post- hoc de proporções houve uma maior proporção de indivíduos do grupo controle em relação aos demais grupos no nível de pressão
de 30mmHg (5° estágio).
Conclusão
Pacientes com cervicalgia ou migranosas com e sem cervicalgia possuem um desempenho muscular avaliado pelo CCFT diferente de
indivíduos saudáveis e isso sugere que a presença de dor, seja migranosa ou cervical, geram uma alteração igual na performance da
musculatura cervical.
Palavras-chave:
Enxaqueca, Cervicalgia, Craniocervical Flexion Test, Avaliação
Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FAPESP, processo número: 2018/21687-8; Fundação de
Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo - FAEPA.
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p. 6
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.6
Soares, F.; Lapa, J.; Costa, B.; Braga, L.; Kubota, G.; Andrade, D.; Fortini, I.
Headache Medicine
Case report: atypical recurrent painful ophthalmoplegic neuropathy
Felipe Soares, Jorge Lapa, Bárbara Costa, Luiza Braga, Gabriel Kubota, Daniel Andrade, Ida Fortini
HC- FMUSP
Introduccion
Recurrent painful ophthalmoplegic neuropathy (RPON) is a rare disorder with repeated episodes of ocular cranial nerve neuropathy
associated with ipsilateral headache in which secondary causes have rst been excluded.
Case Report
Woman, 52 years old, no comorbidity. In 2001 she presented sudden onset intense (8-10) throbbing left-sided unilateral headache that
irradiated to the ipsilateral eye. The crisis lasted for 04 days, without nausea, vomit, photophobia or phonophobia. The intensity of the pain
was alleviated with 1g of dipyrone and sodium naproxen in one daily oral dose of 550 mg, without analgesics excess. About two days
after the end of the crisis the patient noticed left-sided palpebral ptosis and vertical diplopy preceded by retro-orbital ipsilateral twinge
pain. The neurological exam showed xed mydriasis, left-sided hypotropia and exotropia, compatible with the compromising of the 3
rd
ipsilateral nerve CN III. At the occasion, the patient was submitted to laboratorial exams of the cerebrospinal uid, CT scan of the orbit
and the skull, digital cerebral angiography of the four vessels, with no abnormalities. Cranial MRI showed enhanced cisternal segment
of the left side third nerve. In 2004, 2006, 2008 and 2010 the patient presented the same clinical manifestations, having been treated
with 1mg/kg methylprednisolone with full relief in 15 days. However, on the last episode in june of 2019, the patient presented only left-
sided oculomotor manifestation, showing residual vertical diplopy after 06 months of pulse therapy. At the moment, she is taking 5 mg of
Prednisone, via oral, in protocol of weaning off and ambulatorial follow up at the specialized center of cephalalgy.
Comments
A case of RPON was described, diagnosed according to the ICHD-3. However, the patient presented unusual clinical aspects and age
of symptoms onset. Unlike the descripitions found in literature, the rst crisis occurred at the age 33. Besides, in the last event, only ocular
manifestation ocurred, without cephalalgy, with persistent vertical diplopya, after pulse therapy and treatment with via oral steroids and
06 month- follow up.
A case of RPON with atypical clinical manifestations and incomplete response to the treatment with steroids must be
pointed out.
Keywords:
Atypical Headache, Recurrent Ophthalmoplegic Neuropathy, Steroids
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.7
Machado, E.; Pícolo, J.; Croise, P.; Gonçalves, A; Mattos, A.; Abdo, J.; Ozima Filho, S.
Headache Medicine
Avaliação de síndrome pré-menstrual e cefaleia em
estudantes de medicina
Eliana Melhado, Jéssica Pícolo, Paula Croise, Amanda Gonçalves, Ana de Mattos, Júlia Abdo, Sérgio Ozima Filho
UNIFIPA
Introdução
A cefaleia é um sintoma comum durante o ciclo menstrual. A Sociedade Internacional de Cefaleia considera o diagnóstico “razoável”
se 90% dos ataques estiverem compreendidos entre dois dias antes até três dias após o início do uxo. O desencadeante primário da
migrânea associado à menstruação parece ser as alterações nos níveis de estrogênio. O presente estudo busca associar a cefaleia ao
ciclo menstrual, especicamente à Síndrome Pré-Menstrual (SPM) relacionando suas causas e fatores agravantes.
Objetivo
Vericar se, dentre estudantes de medicina com SPM, maior prevalência de cefaleia enxaqueca do que nas mulheres sem a síndrome;
bem como avaliar se mulheres estudantes portadoras de cefaleia têm maior prevalência de síndrome pré-menstrual do que nas mulheres
sem cefaleia.
Método
Estudo de Coorte transversal realizado em 191 mulheres através de questionário. Aprovado pelo Comitê de Ética: CAAE -
84943718.0.0000.5430.
Resultados
Amostra composta de 189 participantes jovens, solteiras, estudantes de nível superior, usuárias de contraceptivos, com peso normal,
e idades de início da SPM e Cefaleia semelhantes (cerca de 15 anos). Observou-se 41% das mulheres com migrânea menstrual “lato
senso. Foi observada associação entre cefaleia e SPM - comorbidade (+/- 80% apresenta cefaleia e 81,5% apresenta enxaqueca)
pelo teste de Fisher. Estimou-se que o risco de SPM é 2,54 vezes maior na população com cefaleia. Pelo teste de Fisher, foi observada
associação entre SPM e a cefaleia menstrual “lato senso, com maior ocorrência de cefaleia menstrual na população com SPM. O risco
de cefaleia menstrual “lato sensoé 70% maior na população com SPM. Na comparação entre migrânea relacionada à menstruação
(MRM, que é a “lato stricto”, ocorrendo entre 2 dias antes e 3 depois do uxo menstrual), vericou-se que não foi observada associação
entre SPM e a MRM. Não houve correlação entre o tempo de SPM e a somatória de HIT, o que signica que o tempo maior de existência
da SPM não levava a maior incapacidade por cefaleia. Observou-se a associação entre HIT e DSM-V, de maneira que o maior número
de sintomas de SPM são observados entre as que têm HIT igual ou maior que
50.
Conclusão
A associação entre SPM e migrânea é estatisticamente signicativa e elevada. Estes distúrbios são comórbidos na população estudada.
Palavras-chave:
Enxaqueca, mulher, SPM, Migrânea.
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ISSN 2178-7468
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Supplement
p. 8
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.8
Ianisky, R.; Wrubleski, T.; Tafarel, J.; Magalhães, M. F.; Dias, V.
Headache Medicine
Charles bonnet syndrome due to cerebral venous thrombosis
Rafaela Ianisky, Thaise Wrubleski, Jean Tafarel, Maria
Figueroa Magalhães, Vitor Dias
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Introduction
Charles Bonnet Syndrome (CBS) is characterized by visual hallucinations, preserved awareness of unreal visions and absence of psychotic
symptoms. There are limited cases reported on CBS after ischemic stroke and just one describing CBS due to cerebral venous thrombosis
(CVT). Our aim is to describe the clinical course of the rst case of CBS after CVT without optic nerve atrophy or vision loss in a patient
admitted with intense headache and acute onset of visual hallucinations. The patient has signed the consent form and were only used the
medical records for the case.
Case Report
A fty-nine years old healthy man was admitted with complaints of recurrent episodes of headache in the last month and subsequent visual
hallucinations, specically prosopometamorphopsia - he reported seeing distorted images of faces and objects -. It was not associated
with any sensory or motor complaints. General medical and neurological examination on admission was intact. He had no meningismus.
Blood work revealed an alteration in C-reactive protein and cerebrospinal revealed lymphocytic pleocytosis. Brain computed tomography
scan showed an ill-dened hypodense cortical lesion in the right temporal and occipital region. Magnetic resonance imaging scan
conrmed the presence of a cerebral venous thrombosis in the right sigmoid and transverse sinuses. He was treated with heparin followed
by warfarin, but the visual hallucinations remained. It was opted to start corticosteroid. The patient had excellent recovery a few weeks after
admission and was regularly followed up. Later, he was found to be positive for the mutation in the prothrombin gene.
Conclusions
Cerebral venous thrombosis can be presented with different neurological symptoms but does not typically present with hallucinations.
For this reason, illusions should be added to the already broad spectrum of presenting features of CVT. This diagnosis may be, still,
considered in patients presenting with new auditory hallucinations and illusions, particularly in the context of accompanying headache
and conventional risk factors for venous thrombosis.
Palavras-chave:
Charles Bonnet Syndrome, Venous thrombosis, Headache
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ISSN 2178-7468
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v.11
Supplement
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.9
Ianisky, R.; Wrubleski, T.; Tafarel, J.; Magalhães, M. F.; Dias, V.
Headache Medicine
Cefaleia como apresentação inicial de trombose venosa cerebral associada à
mutação do gene 20210 da protrombina: relato de caso
Rafaela Ianisky, Thaise Wrubleski, Jean Tafarel, Maria Figueroa Magalhães • Vitor Dias
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Introdução
A mutação do gene 20210 da protrombina ocorre devido a uma substituição da guanina (G) pela adenina (A) na posição do nucleotídeo
20210 do gene da protrombina no cromossomo 11. Portadores heterozigotos do alelo 20210A têm níveis plasmáticos de protrombina
mais elevados do que indivíduos com genótipo normal e têm risco aumentado de trombose venosa. A prevalência da mutação está entre
0,5% e 4%, principalmente presente no estado heterozigoto, sendo a segunda trombolia hereditária mais comum depois do fator V
Leiden.
Relato de caso
Homem de 59 anos, previamente hígido, apresentou-se em nosso pronto-socorro com cefaleia global intensa durante um mês e com
alucinações visuais e início recente. A avaliação laboratorial inicial não apresentou nenhuma alteração signicativa; infecções do sistema
nervoso central também foram excluídas. Além disso, nenhuma descarga epileptiforme signicativa foi encontrada na eletroencefalograa.
Causas neurológicas e psiquiátricas foram excluídas. A ressonância magnética de encéfalo revelou trombose venosa do seio transverso e
sigmóide. Diante dos achados, optou-se por iniciar a anticoagulação com heparina de baixo peso molecular e warfarina. Ele respondeu
adequadamente aos medicamentos com resolução dos sintomas. Posteriormente, foram pesquisadas trombolias, sendo identicada
mutação gênica na protrombina G20210 como provável causa da trombose. O paciente assinou o termo de consentimento livre e
esclarecido e para esse relato foram apenas utilizados dados de prontuários médicos.
Conclusão
Este caso apresenta aspectos inusitados, principalmente por ser um paciente do sexo masculino sem fatores precipitantes em que a única
etiologia possível de trombose é a presença da mutação no G20210 gene da protrombina. Os fatores fortemente associados à trombose
venosa cerebral (TVC) variam de fatores hereditários, como deciências de proteína C e proteína S ou mutações no fator V de Leiden
ou no gene da protrombina. Além disso, infecções locais e sistêmicas, doenças vasculares do colágeno, doenças malignas, gravidez e
puerpério, e o uso de anticoncepcionais orais por mulheres jovens podem levar à TVC. Nosso paciente era do sexo masculino, o que
signica que ele está livre de todos os fatores de risco especícos de gênero para TVC.
Palavras-chave:
Cefaleia, Trombose Venosa
Headache Medicine
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-ISSN 2763-6178
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p. 10
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.10
Leite, I.; Neto, A.; Moraes, G.; Medeiros, M.; Mourão, F.
Headache Medicine
Trombose venosa cerebral como complicação da Covid-19: relato de caso
Izabel Leite, Adelina Neto, Guilherme Moraes, Matheus Medeiros, Felipe Mourão
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Introdução
A COVID-19 tem como característica marcante quadro respiratório agudo, por vezes, grave. Sua sintomatologia é diversa, com
apresentação clínica neurológica de cefaleia, hiposmia/anosmia, convulsões, alteração do estado mental e complicações como meningite
viral, encefalomielites e doença cerebrovascular, como a trombose venosa cerebral (TVC). Nesse contexto, destaca-se a cefaleia, uma vez
que é o sintoma mais comum da TVC e geralmente indicativa de aumento da pressão intracraniana.
Material e Métodos
Descrição de relato de caso de Trombose Venosa Cerebral com cefaleia no contexto da COVID-19.
Resultados
Paciente do sexo feminino, 34 anos, com história de vitiligo e hipotireoidismo, em uso exclusivo de Levotiroxina, com quadro clínico
de COVID-19 e PCR positivo. Apresentou, após 15 dias do diagnóstico, quadro de cefaleia súbita em thunderclap, associada à foto
e fonofobia, com refratariedade à terapia analgésica convencional, sendo indicada internação hospitalar. Exame clínico sem décit
neurológico focal ou alterações na fundoscopia e demonstrando piora de cefaleia ao levantar do leito. Realizada Ressonância Nuclear
Magnética de Crânio e Angioressonância Magnética fase arterial e venosa - sem alterações. Exame do líquor com Pressão Inicial
de 28 cm H
2
O, sem natureza infecciosa; D-Dímero positivo. Após 7 dias, realizada investigação hematológica ampla, inalterada, e
arteriograa demonstrando sistema venoso com pequenas falhas de enchimento no seio sagital superior e sigmóide à direita, sugerindo
TVC recanalizada. Durante a internação, a conduta terapêutica foi uso de Enoxaparina e o tratamento domiciliar pós alta orientado foi
Rivaroxabana e Acetazolamida. Após 1 semana, nova coleta de líquor revelou pressão liquórica satisfatória (18 cm H
2
O) e melhora
clínica importante.
Conclusão
Considerável número de pacientes de COVID-19 apresenta estado de hipercoagulabilidade devido à hiperativação da resposta
inamatória e indução do sistema trombótico, podendo demonstrar elevação do D-Dímero e susceptibilidade a eventos tromboembólicos.
Assim, considerando a cefaleia como o sintoma neurológico mais comum da doença causada pelo SARS-CoV-2 e um dos mais relevantes
na TVC, especialmente, quando se trata de cefaleia em thunderclap, é essencial avaliação cuidadosa a m de se determinar o diagnóstico,
instituir o tratamento adequado e evitar demais complicações.
Palavras-chave:
Cefaleia, COVID-19, Manifestações neurológicas, Trombose dos Seios Intracranianos
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
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-ISSN 2763-6178
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October 2020.
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.11
Leite, I.; Neto, A.; Moraes, G.; Medeiros, M.; Marconi, L.; Almaraz, R.; Amorim, A.
Headache Medicine
ndrome de vasoconstrição cerebral revervel durante o puerpério: relato de
caso
Izabel Leite, Adelina Neto, Guilheme Moraes, Matheus Medeiros, Letícia Marconi, Rafael Almaraz, Alessandre Amorim
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Introdução
A Síndrome de Vasoconstrição Cerebral Reversível (SVCR) é caracterizada por cefaleias em trovoada intensas, recorrentes, de início súbito,
associada ou não a sintomas neurológicos focais. Geralmente, é autolimitada, com resolutividade de 1 a 3 meses, mas suas principais
complicações são acidente vascular cerebral isquêmico e hemorrágico. A SVCR é atribuída a desregulação temporária no controle do
tônus vascular cerebral desencadeada por exposição a fármacos vasoativos, presença de tumores secretores de catecolaminas e pode
ocorrer espontaneamente, durante a gestação ou período puerperal.
Material e Métodos
Descrição de relato de caso de Síndrome da Vasoconstrição Cerebral Reversível durante o puerpério.
Resultados
Paciente do sexo feminino, 34 anos, GII PI AI, apresenta, no segundo dia de puerpério, quadro de cefaleia thunderclap, holocraniana,
súbita, persistente, com discreta rigidez nucal terminal, acompanhada de náuseas e vômitos, sem gatilho evidente ou décits neurológicos
focais. Fundoscopia sem alterações. Foram realizadas tomograa computadorizada e angiotomograa computadorizada de crânio
fase arterial e venosa - sem alterações. A coleta liquórica evidenciou aspecto xantocrômico do líquor. Iniciada terapêutica empírica com
Nimodipino, além de analgesia regular (dipirona EV e morna) com melhora parcial de quadro de cefaleia, porém sem resolutividade.
Após 10 dias, realizada arteriograa, que revelou vasoespasmo leve no sistema vertebrobasilar mais evidente no seu terço medial,
conrmando suspeita de SVCR. Não foi evidenciado malformação arteriovenosa ou formação aneurismática. A paciente permaneceu
internada até realização de nova arteriograa, em 14 dias, demonstrando resolução das alterações previamente encontradas. Em
seguida, obteve alta, assintomática.
Conclusão
A SVCR é uma das complicações possíveis do período pós-parto, com dois terços dos casos ocorrendo durante a primeira semana
puerperal. Os pacientes com SVCR devem receber tratamento sintomático com analgésico. A nimodipina é utilizada para reduzir a
intensidade e número de episódios de cefaleia, apesar de não mostrar diminuição do tempo de vasoconstrição. Manifestações como
cefaleias recorrentes em thunderclap nesses casos devem levar o médico assistente a suspeitar de SVCR como um dos diagnósticos
diferenciais e considerar a utilização de exames de imagem como importantes ferramentas para diagnóstico.
Palavras-chave:
Cefaleia, Período Pós-Parto, Manifestações neurológicas.
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
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-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 12
October 2020.
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.12
Gurgel, A. H.; Lemos, N. B.; Silva, V. H. L.; Macedo, G.; Souza, A. N.; Santos Neto, J. P.; Barroso, K. V.
Headache Medicine
Nucleotratotomia trigeminal percutânea: uma alternativa terapêutica para
portadores de neuralgias faciais
Arthur Hister Gurgel, Nilson Batista Lemos Lemos, Victor Higor Lopes da Silva Lopes da Silva, Victor Gabino de Macedo
Macedo, Anne da Nóbrega Souza Souza, João Palmeira dos Santos Neto Santos Neto, Luciana Karla Viana Barroso Viana
Barroso
UNIFACISA
Introdução
As neuralgias faciais são doenças, de causas vastas, que acometem, principalmente, os V, VII, IX e X pares de nervos cranianos,
gerando muita dor na região inervada por estes. Muitos que sofrem deste mal costumam melhorar com o uso de terapia farmacológica.
Outros, entretanto, apresentam um quadro refratário ao uso de medicamentos e precisam recorrer a procedimentos cirúrgicos. A
Nucleotratotomia Trigeminal Percutânea (NTP) consiste na ablação do cleo do trato espinal do nervo trigêmeo e de suas bras
descendentes, abolindo as aferências nociceptivas e térmicas enquanto preserva a sensibilidade, propriocepção e funções motoras
do V par craniano. Assim, é importante avaliar a ecácia da NTP no alívio da dor em pacientes refratários à terapia medicamentosa.
Material e Métodos
Trata- se de uma revisão de literatura, realizada através de buscas nas bases de dados Pubmed e Medline e, para tanto, foram utilizados
os seguintes descritores: Tractotomy; Trigeminal; Facial pain, associados ao operador booleano AND. Em relação aos critérios de
elegibilidade, os artigos deveriam possuir data de publicação entre 2000 e 2020 e idioma inglês ou português, o que resultou em 5
artigos selecionados.
Resultados
Os estudos mostraram que, dos 56 pacientes que sofriam de neuralgias, 42 relataram total ausência da dor no pós-operatório, mantendo-
se ao longo dos anos. Entre os demais, alguns relataram remissão da dor e precisaram complementar a terapia com o procedimento
de Lesão do Trato de Lissauer e Corno Posterior da Medula (DREZ) para obter uma melhora signicativa de seus sintomas. Essa alta
ecácia da NTP foi observada nos diversos tipos de neuralgias, como a Vagoglossofaríngea, Facial (do gânglio geniculado) e Trigeminal.
Além disso, os efeitos colaterais reportados foram poucos e temporários, sendo a maioria deles uma leve ataxia. Ademais, essa técnica
mostrou-se menos invasiva quando comparada com a DREZ, procedimento mais utilizado para esses casos.
Conclusão
Conclui-se que a Nucleotratotomia Trigeminal Percutânea é ecaz, com grande melhora do quadro da dor, pouco invasiva e sem efeitos
adversos graves para o tratamento das dores causadas por vários tipos de neuralgias. Destarte, observado os benefícios, essa técnica
merece ser mais pesquisada e divulgada na literatura, ampliando a sua utilização com o objetivo de levar uma melhora na qualidade
de vida dos portadores dessas doenças.
Palavras-chave:
Nucleotratotomia, neuralgia, dor facial
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 13
October 2020.
13
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.13
Jurno, A.
Headache Medicine
A dor de cabeça como primeiro sintoma da síndrome de
Vogt-Koyanagi-Harada: uma revisão sistemática
Ariane Jurno
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora
Introdução
A Síndrome de Vogt-Koyanagi-Harada (VKH) é uma panuveíte associada a perda visual grave e variados sintomas sistêmicos, que
prevalece em mulheres asiática e latinoamericanas, com idades entre 15-78 anos. A doença tem início com uma fase de pródromos,
desencadeada por uma infecção viral, e que dura dias a semanas. Nesta fase, antes do envolvimento ocular, o sintoma mais comum
é a dor de cabeça (82%), de intensidade variada, e que pode ser acompanhada por meningismo (55%) e febre (18%). A identicação
precoce dos sintomas permite um diagnóstico ainda na fase prodrômica, possibilitando um tratamento precoce e maior chance de
sucesso para o paciente.
Material e Métodos
Realizou-se uma pesquisa das evidências cientícas presentes na base de dados MedLine, na qual foram utilizados os descritores “Vogt-
Koyanagi-Harada, uveomeningoencephalitic syndrome” e suas respectivas variações de acordo com o MeSH. Foram incluídos relatos
de caso dos últimos 5 anos disponíveis em inglês, e excluídos os estudos que relatam outras doenças como diagnóstico principal.
Resultados
Dentre os 57 estudos encontrados, 38 cumpriram os critérios de inclusão e foram considerados nesta revisão. Destes, 17 descreveram a
dor de cabeça como o primeiro sintoma de VKH, precedendo os sintomas oculares em 1 a 4 semanas. 3 relatos apresentaram a dor de
cabeça associada a outros sintomas, como sonolência, e 4 classicaram a dor como severa. Dos demais trabalhos, 17 iniciaram a VKH
com perda visual, 2 com hiperemia ocular e 2 com dor retrocular. Considerando todos os sintomas, não só a queixa principal, 22 artigos
relataram dor de cabeça entre as queixas, enquanto 16 pacientes não apresentar dor em nenhum momento da doença.
Conclusão
Ainda que a perda visual seja o sintoma mais frequente da VKH, a dor de cabeça mostrou-se uma importante queixa extra-ocular, visto
que precedeu os sintomas visuais em quase metade dos pacientes e esteve presente em aproximadamente dois terços dos casos relatados.
Ressalta-se a importância de se valorizar a queixa de dor de cabeça, principalmente quando associada a sintomas oculares ou quando
presente na população de risco.
Palavras-chave:
Vogt-Koyanagi-Harada, Uveomeningoencefalite, Panuveíte
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 14
October 2020.
14
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.14
Torres, B.; Santos, A.; Freire, I.; Souza, N.; Afonso, B.
Headache Medicine
Cefaleia em estudantes de medicina: uma revisão sistemática
Bruna Torres, Aline dos Santos, Izabela Freire, Nyaria de Souza, Bruna Afonso
Universidade Federal de Alagoas
Introdução
As cefaleias possuem alta prevalência e prejudicam a funcionalidade dos indivíduos acometidos. São classicadas etiologicamente em
primárias, que se manifestam independentemente de um quadro patológico preexistente, e secundárias, causadas por outras doenças
ou traumas. Entre os fatores desencadeantes das cefaleias primárias estão os hábitos de vida e as situações estressantes, condições
comuns em acadêmicos de medicina, tornando-os um provável grupo de risco. Diante disso, este trabalho tem como objetivo reconhecer
a prevalência e a associação da cefaleia em acadêmicos de medicina.
Material e Métodos
Pesquisou-se, nesta revisão sistemática, estudos nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO com sinônimos dos descritores
“Headachee “Medical Students, disponíveis no Medical Subject Headings (MeSH), combinados na estratégia de busca. Utilizamos
artigos publicados entre 2010 e 2020, os quais foram submetidos ao Checklist para Estudos Transversais, do Joanna Briggs Institute,
denido como critério para excluir os que pontuaram menos de quatro dos oito itens existentes. Em relação aos tipos de estudos incluídos
neste trabalho, desconsideramos apenas as revisões de literatura. A busca e a análise foram realizadas por quatro autores de forma
independente.
Resultados
A estratégia de busca resultou em 82 artigos, os quais, após remoção dos duplicados, passaram pela avaliação citada anteriormente
e, ao total, foram incluídos 26 estudos transversais. Observa-se uma prevalência signicativa de cefaleia nos estudantes de medicina em
relação à população em geral. Nesse segmento universitário, foram mais frequentes os tipos tensional e migrânea, correspondendo a,
respectivamente, 64,7% e 18,7% dos casos. Essa condição perpetuada pela baixa procura por ajuda médica e por maus hábitos de
vida, como: aspectos psíquicos (estresse e distúrbios do sono), ano de graduação e muitas horas de leitura prejudica a produtividade
acadêmica e é intensicada por fatores relacionados a ela.
Conclusão
A prevalência de cefaleia é elevada nos acadêmicos de medicina, o que sugere uma necessidade de orientação prossional a esse
grupo, com foco em prolaxia e em mudança dos hábitos de vida associados aos fatores desencadeantes. São necessários estudos
multicêntricos e ensaios clínicos relacionados ao tema para uma melhor compreensão dessa realidade e descrição das peculiaridades
do tratamento em acadêmicos.
Palavras-chave:
Estudantes de Medicina, Prevalência, Cefaleia
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 15
October 2020.
15
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.15
Dantas, M. I.; Pereira, T.; Feitosa, A.; Santos, A.; Rodrigues, I. K.; Ferreira, F. M.; De Santana, J.
Headache Medicine
Aspectos somatossensoriais em pacientes com cefaleia do tipo migrânea
crônica com e sem aura: estudo observacional
Maria Ivone Dantas, Thaís Pereira, Amanda Feitosa, Itanara dos Santos, Ingrid Kyelli Rodrigues, Fernanda Mylla Ferreira,
Josimari DeSantana
Universidade Federal de Sergipe
Introdução
Migrânea, popularmente conhecida como enxaqueca, se apresenta geralmente como dor de cabeça unilateral de intensidade
moderada a severa, do tipo pulsátil. Pode durar de 4 a 72 horas, e também pode ser agravada por atividade física de rotina, e
com sintomas associados de fonofobia, fotofobia, osmofobia, náuseas e vômitos. O subtipo migrânea com aura crônica geralmente
está mais relacionado à presença de comorbidades, porém, ainda existem incongruências entre os estudos sobre acometimentos
somatossensoriais.
Objetivo
Investigar os aspectos somatossensoriais entre os migranosos crônicos com e sem aura.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe
(CAEE: 08310319.1.0000.5546). As recomendações do STROBE foram seguidas para comunicação de estudos observacionais. A
amostragem se deu por conveniência, com indivíduos entre 18 e 50 anos que possuíssem diagnóstico clínico de cefaleia do tipo
migrânea crônica, no período entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2020. Todos os pacientes foram avaliados nos seguintes aspectos:
intensidade de dor em repouso (escala numérica de 11 pontos), teste de somação temporal (1º, 10º, 20º e 30º segundos), teste de
modulação condicionada da dor (kgf) e sintomas alodínicos (12-item Allodyinia Symptom Checklist - ASC-12). O software utilizado para
realização das análises estatísticas foi o GraphPad Prism versão 6.0 (San Diego, CA, USA). O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para
analisar a normalidade (dados paramétricos - teste t para medidas independentes e dados não paramétricos teste Mann-Whitney), com
p signicativo <0,05).
Resultados
Foram incluídos 32 voluntários, sendo 14 participantes migranosos com aura (MCA) e 18 migranosos sem aura (MSA). Não houve
diferenças signicativas para intensidade de dor em repouso, para o teste de modulação condicionada da dor e sintomas alodínicos.
Foi observada diferença apenas nos aspectos relacionados ao teste de somação temporal, em que o grupo MSA apresentou valores
signicativamente maiores que o MCA, implicando em maior amplicação da dor nos migranosos sem aura.
Conclusão
Portanto, concluímos que os pacientes migranosos com e sem aura apresentam características somatossensoriais disfuncionais semelhantes.
Palavras-chave:
Migrânea Crônica, Migrânea com aura, Migrânea sem aura, Aspectos Somatossensoriais, Estudo Observacional
Headache Medicine
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e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 16
October 2020.
16
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.16
Silva Jr., M.; Melo, T.; Valença, M.; Rocha-Filho, P.
Headache Medicine
Headache in medical residents: association with residency program and
neuropsychiatric aspects
Mário Silva Jr, Thayanara Melo, Marcelo Valença, Pedro Rocha-Filho
Universidade Federal de Pernambuco
Background
Although a common complaint and related to factors frequently present in medical residency as psychological distress, depression and
anxiety, headache is an issue poorly explored amongst medical residents.
Methods
This was a cross-sectional study enrolling medical residents from all geographic regions of Brazil. We applied an online structured survey
with demographic and residency program- related questions, as well as validated tools to assess burnout, diurnal somnolence, anxiety,
depression and migraine. Data was analyzed with multivariate logistic regression models.
Results
The link to the survey received 1,989 individual clicks, of which 1,421 individuals completed the questionnaire (71.4%). Residents
from 50 of the 55 (90.9%) available medical specialties responded this survey. Sixty-one percent were women, median age was 28yo
(IQR=27-30), and the median post-graduation year was 2 (IQR=1- 3). Prevalence of at least one headache attack in last three months
was 1,236/1,419 (87.1%); migraine occurred in 400/1,419 (28.2%). Frequent headache attacks (headaches occurring daily or often)
occurred in 508/1,419 (35.8%) of respondents and were associated with female sex (OR=1.80 [95%CI=1.36- 2.37]), substantial weight
gain (1.93 [1.38-2.70]), migraine (5.49 [4.16-7.24]), anxiety (1.45 [1.06-1.98]), depression (1.98 [1.47-2.67]), emotional exhaustion
domain of burnout (1.49 [1.09-2.04]), and diurnal somnolence symptoms (1.32 [1.00-1.76]). At least one headache with functional
impact in the last three months occurred in 634/1,419 (44.7%) and were associated with female sex (1.39 [1.10-1.74]), clinical
training areas (1.32 [1.06-1.65]), anxiety (1.74 [1.38-2.21]), a unsatisfactory work-life balance (1.57 [1.17-2.09]), emotional exhaustion
component of burnout (1.49 [1.14-1.94]), and an unsatisfactory subjective learning curve (1.30 [1.02-1.67]). Migraine was associated
with female sex (3.10 [2.34-4.13]), anxiety (2.53 [1.94-3.31]), more than 60h dutyhours in residency (1.66 [1.29-2.15]), moral abuse
from patients (1.42 [1.06-1.90]) and a clinical training area (1.34 [1.04-1.73]).
Conclusion
Headaches amongst medical residents are frequent and related to depression, anxiety, burnout and diurnal somnolence, but also to
aspects closely related to residency training such as the occurrence of mistreatment, longer duty- hour, poor work-life balance, and
unsatisfactory learning curve.
Keywords:
Migraine disorders, Burnout, Work-life balance, Harassment, Depression, Anxiety, Learning curve, Diurnal somnolence
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 17
October 2020.
17
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.17
Lellis, C.; Guisolphi, N. Paniago, S.; Tertuliano, P.; Dib, M.; Silva, V.; Silva, L.
Headache Medicine
A carbamazepina no tratamento de pacientes com neuralgia do trigêmeo: uma
revisão sistemática da literatura
Caio Lellis, Natalia Guisolphi, Samyla Paniago, Pedro Tertuliano, Maria Dib, Vitória Silva, Ledismar Silva
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
De acordo com a International Association for the Study of Pain, a Neuralgia Trigeminal (NT) é uma condição dolorosa e incapacitante
que tem como origem uma ou mais divisões do nervo trigêmeo. Dentre as formas de manejo das síndromes álgicas, muito se tem
discutido sobre o papel de psicofármacos como a carbamazepina (CBZ), um anticonvulsivante capaz de diminuir os impulsos nervosos
que causam a dor. O objetivo deste estudo é revisar a literatura atual sobre o papel da CBZ como tratamento da NT, analisando sua
ecácia no manejo da dor.
Metodologia
Realizou-se uma revisão sistemática da literatura nos bancos de dados PubMed e BVS, com os descritores: “Trigeminal Neuralgia AND
Carbamazepine” (n=231 artigos). Foram selecionados os ensaios clínicos e metanálises, em inglês, publicados nos últimos 10 anos
(n=39 artigos). Foram excluídos os estudos duplicados e aqueles não se enquadravam nos objetivos, restando 12 artigos para compor
a revisão.
Resultados
Os estudos analisados consideraram a CBZ como um dos padrões atuais de tratamento da NT e, embora se mostre ecaz na redução
da dor, está muito associada a efeitos adversos e necessidade de titulação. Nesse sentido, três estudos controlados por placebo
apontaram que os pacientes com NT tratados com CBZ (dose máxima tolerada) obtiveram uma boa resposta levando em consideração
o grau de alívio de dor na escala visual analógica, no entanto, constatou-se que seu uso contínuo acarreta em uma alta tolerabilidade
farmacológica. Também, um estudo randomizado, duplo cego, concluiu que a CBZ obteve melhores resultados no manejo da dor da
NT quando comparada com a tizanidina, no entanto, quando comparada com a pimozida, após seis semanas de tratamento, sua
ecácia foi considerada relativamente menor. Outro ensaio clínico randomizado concluiu que a eletroacupuntura (EA), com pontos na
cabeça, peito e abdômen, administrada uma vez ao dia, apresentou ecácia signicativa na redução da dor em 76,7% dos pacientes
com NT, mostrando-se superior a administração oral da CBZ que alcançou esse efeito em 63,3% (P<0,01), além disso, a terapia não
farmacológica citada mostrou melhores resultados nos quesitos qualidade de vida e tolerância
Conclusão
A CBZ mostrou-se ecaz como tratamento da NT, no entanto, o caráter refratário dessa comorbidade associado aos efeitos adversos
desse fármaco apontam para a necessidade de mais estudos acerca de outras opções terapêuticas mais toleráveis, como a EA.
Palavras-chave:
Neuralgia do trigêmeo, Carbamazepina, Anticonvulsivante, Dor
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 18
October 2020.
18
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.18
Roriz, P.; Filho, S.; Farias, A.; Menezes, L.
Headache Medicine
Cefaleia persistente diária como primeiro sintoma de Covid-19
Pedro Roriz, Silvanildo Filho, Alécio Farias, Lara Menezes
Hospital Memorial Petrolina
Introdução
Em pacientes com COVID-19, os sintomas neurológicos estão presentes em torno de 35% deles, sendo a cefaleia o mais comum. Esta
cefaleia apresenta-se comumente como bilateral e localizada nas regiões frontal e occipital, sintoma característico de doenças de
acometimento sistêmico, mas em alguns relatos observamos padrões diferentes.
Métodos
Descrição de um relato de caso de uma paciente do município de Senhor do Bonm-BA.
Resultados
Paciente do sexo feminino, 22 anos, com história de cefaleia desde os 15 anos de idade, com características migranosas (duração
entre 4h a 24h, hemicraniana, pulsátil, forte intensidade, que piora com esforço, associada a náuseas, à fotofobia e à fonofobia) com
uma frequência de 1 a 2 dores de cabeça no mês. No dia 07/07/2020, começou a apresentar cefaleia diária, com as características
migranosas usuais, associada à mialgia difusa. Após 3 dias, começou a apresentar tosse seca e leve dispneia e, no dia seguinte, evoluiu
com diminuição importante do olfato e do paladar. Nesse período, foi realizado RT-PCR para COVID-19, o qual veio positivo para a
infecção viral. Apenas com o tratamento sintomático e domiciliar obteve resolução dos sintomas após 10 dias, mas persistiu apresentando
cefaleia diária desde então, o que a levou a procurar o ambulatório de neurologia. Ao realizar exame neurológico, não apresentava
sinais meníngeos ou qualquer outra alteração. Realizou RNM de encéfalo com contraste e não se evidenciaram achados patológicos.
Foi iniciada nortriptilina 10 mg/dia como medicação prolática e foi solicitado diário da dor” para avaliação do tratamento. Em nova
avaliação, após 5 semanas, a paciente relatou melhora importante da intensidade da dor, mas persistiu com cefaleia diária.
Conclusão
Observamos que os sintomas neurológicos podem preceder os sintomas respiratórios em infecção por COVID-19. Ainda temos diculdade
para classicar a cefaleia da paciente. Podemos classicar como provável cefaleia persistente diária desde o início, pois não 03
meses de sintomas registrados. Esse é um diagnóstico possível, já que esse tipo de cefaleia pode estar relacionado a infecções virais,
mesmo as características da dor tendendo a fazer pensar em uma cronicação de uma enxaqueca prévia, por apresentar características
idênticas.
Palavras-chave:
Cefaleia, COVID-19, Cefaleia Crônica
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 19
October 2020.
19
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.19
Roriz, P.; Filho, S.; Farias, A.; Menezes, L.
Headache Medicine
Cefaleia em prossionais da linha de frente do Covid-19
Pedro Roriz, Silvanildo Filho, Alécio Farias, Lara Menezes
Hospital Memorial Petrolina
Introdução
A maior parte dos estudos que avaliam a saúde dos prossionais envolvidos com a linha de frente ao enfretamento à pandemia do
COVID-19 avalia, principalmente, os aspectos psicológicos e o risco de contaminação pelo vírus. Poucos estudos avaliam os efeitos
adversos do uso de EPIs (máscara e protetor facial), equipamentos necessários para minimizar os riscos de infecção. Alguns autores
demonstram a alta incidência de complicações cutâneas relacionadas ao uso desses equipamentos e outros já começam a relatar a
prevalência de cefaleias associadas ao uso desses materiais.
Métodos
Foi realizado inquérito virtual, por meio de formulário digital e de realização espontânea, encaminhado aos prossionais de nível superior
que trabalham ou trabalharam em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) COVID-19, nas cidades de Juazeiro-BA e Petrolina-PE, durante
o curso da pandemia. Foi questionado aos participantes sobre a presença de cefaleia durante o uso de EPIs (máscara e protetor fácil),
duração dessa dor e se existiu relação de melhora após retirada desses equipamentos, respeitando os critérios diagnósticos de cefaleia
por compressão externa da classicação internacional de cefaleia 4. Optamos por questionário digital para evitar a disseminação da
doença.
Resultado
No total, obtivemos 37 formulários e apenas 4 participantes não relataram presença de algum tipo de cefaleia. Dos 33 participantes,
que relataram o sintoma, 63,6% eram do sexo feminino e 36,4% do sexo masculino,16 médicos, 11 enfermeiros e 6 sioterapeutas.
Observamos 62,16% de prevalência de cefaleia por compressão externa entre os prossionais de saúde, que trabalham em UTI
COVID-19, relacionada ao uso de máscara e de protetor facial.
Conclusão
Mesmo com um número não expressivo de pessoas avaliadas, esse trabalho consegue demostrar a possibilidade de alta prevalência de
cefaleia causada pelo uso de EPIs. Não é intenção desestimular o uso, mas aumentar o interesse em fomentar a criação de equipamentos
mais confortáveis e anatomicamente viáveis, bem como estimular pesquisas com essa temática.
Palavras-chave:
Cefaleia, COVID-19, Prossionais da Saúde
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 20
October 2020.
20
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.20
Andrade, L. L.; Silva, F.; Guimarães, A.; Rodrigues, L.
Headache Medicine
Correlação entre hábitos parafuncionais, ansiedade e estresse em estudantes
universitários
Leandro Luiz Andrade, Francisco Silva, Antônio Guimarães, Luciane Rodrigues
São Leopoldo Mandic
A vida acadêmica é caracterizada por um ambiente estressante e degrande ansiedade no qual os acadêmicos têm a responsabilidade
de aprender uma prossão e preparar-se para um futuro prossional incerto. A ansiedade e o estresse são fatores psicossociais que
podem causar hiperatividade muscular e o desenvolvimento de hábitos parafuncionais, podendo levar a DTM. Esta pesquisa transversal,
aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos da Faculdade São Leopoldo Mandic sob o parecer nº 3.967.804 e
da Universidade Estadual do Norte do Paraná sob o parecer nº 4.000.015, foi composta por uma amostra de 174 alunos, divididos
entre os 5 anos de graduação, que preencheram uma Ficha Clínica, a Lista de Vericação dos Comportamentos Orais, o Inventário de
Ansiedade Traço – Estado, a Escala de Estresse Percebido e o Questionário de Triagem para DTM. Após a aplicação dos critérios de
exclusão, a amostra passou para 138 indivíduos, sendo que 46 responderam armativamente a duas ou mais questões do questionário
de Triagem para DTM. Dentre os hábitos parafuncionais, os mais prevalentes foram mastigar chicletes; dormir em uma posição que
coloque pressão sobre a mandíbula e colocar a mão na mandíbula como se estivesse apoiando ou segurando o queixo. Foi adotado
um nível de signicância estatística de 95% nas análises estatísiticas. O Coeciente de Correlação de Spearman mostrou que todas as
correlações foram signicativas (p<0,05) e que quanto maior os valores de Ansiedade (Traço-Estado) e Estresse, maior era a frequência
de Hábitos Parafuncionais, entretanto, as correlações foram consideradas fracas. Conclui- se que gestores das instituições de ensino
superior, bem como os prossionais envolvidos com questões psicopedagógicas, e até mesmo os docentes deveriam reetir sobre o
ambiente universitário, de modo a conhecer melhor as características de cada aluno, buscando promover a articulação de estratégias
e ações que visem o auxílio aos educandos, para que esses possam enfrentar as diculdades diárias, de modo efetivo, visando assim
a redução da ansiedade e do estresse, promovendo uma melhoria em suas qualidades de vida, fator esse que pode contribuir para um
maior aproveitamento da própria formação acadêmica.
Palavras-chave:
Hábitos Parafuncionais, Ansiedade, Estresse, Universitários
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 21
October 2020.
21
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.21
Rodrigues, I. K.; Pereira, T.; Dantas, M. I.; Santos, I.; Feitosa, A.; Ferreira, F. M.; DeSantana, J.
Headache Medicine
Características da dor e sintomas psicoemocionais na enxaqueca
e na cefaleia do tipo tensional: estudo observacional
Ingrid Kyelli Rodrigues, Thaís Pereira, Maria Ivone Dantas, Itanara Santos, Amanda Feitosa, Fernanda Mylla Ferreira,
Josimari DeSantana
Universidade Federal de Sergipe
Introdução
A enxaqueca e a cefaleia do tipo tensional (CTT) são os tipos de cefaleia mais frequentes na população mundial. A cronicidade de
ambas está relacionada a maior presença de fatores psicoemocionais, porém a enxaqueca tem como característica a intensidade
de dor mais grave do que a CTT. O objetivo deste estudo é avaliar fatores psicoemocionais e correlacionar com as incapacidades
relacionadas à cefaleia de pacientes com enxaqueca e cefaleia do tipo tensional.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo do tipo observacional, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFS (CAAE: 08310319.1.0000.5546).
Participaram da amostra indivíduos com diagnóstico de enxaqueca e CTT crônicas. Foram avaliados quanto à incapacidade
relacionada à cefaleia e frequência de dor pelo Migraine Disability Assessment (MIDAS), intensidade de dor pela escala numérica
(EN) de 11 pontos, qualidade de vida pelo SF-36, ampliação de estímulos psicoemocionais pela escala de catastrozação da dor e
medo ao movimento pela escala de cinesiofobia de Tampa. Para análise estatística, foi utilizado software SPSS, teste Shapiro-Wilk para
normalidade, Teste T Independente e correlação de Pearson (dados paramétricos) ou Mann Whitney e correlação de Spearman (o
paramétricos). Nível de signicância: 95%.
Resultados
Trinta e dois indivíduos foram divididos em 2 grupos: enxaqueca crônica (EC) (n=14) e CTT crônica (n=18). O grupo enxaqueca
(2,83±0,38) apresentou pior incapacidade relacionada à cefaleia do que o grupo CTT (2,47±0,51) (p=0,02), porém, não houve
diferença signicante na frequência de crises por mês entre os grupos (p<0,05). Observou- se que a intensidade de dor foi maior no
grupo enxaqueca (2,82±2,35) que CTT (1±1,45) (p=0,01). Não houve diferença signicativa na qualidade de vida, cinesiofobia e
catastrozação entre os grupos (p>0,05). Além disso, o MIDAS não apresentou correlação com as variáveis psicoemocionais.
Conclusão
Pacientes enxaquecosos apresentaram maior intensidade de dor e maior incapacidade que cefaleicos e não mostraram diferenças
quanto a comportamentos psicoemocionais.
Descritores:
Enxaqueca, Cefaleia do tipo tensional, Cinesiofobia, Catastrozação, Qualidade de vida
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 22
October 2020.
22
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.22
Ferreira, F. M.; Dantas, M. I.; Pereira, T.; Feitosa, A. Santos, I.; Rodrigues, I. K.; DeSantana, J.
Headache Medicine
Pacientes com migrânea crônica apresentam sintomas depressivos e má
qualidade de vida relacionada à saúde: estudo observacional caso-controle
Fernanda Mylla Ferreira, Maria Ivone Dantas, Thaís Pereira, Amanda Feitosa, Itanara dos Santos, Ingrid Kyelli Rodrigues,
Josimari DeSantana
Universidade Federal de Sergipe
Introdução
Enxaqueca é uma condição clínica crônica, geralmente associada a comorbidades, como ansiedade, depressão e síndrome do pânico,
além de possuir um fardo considerável na qualidade de vida. Os objetivos deste estudo foram mensurar a presença de sintomas de
ansiedade e depressão e avaliar os aspectos relacionados à qualidade de vida e qualidade do sono entre migranosos crônicos e
indivíduos saudáveis.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo observacional do tipo caso-controle, realizado com migranosos crônicos e indivíduos saudáveis com idade entre
18 e 50 anos. Foram seguidas as recomendações para comunicação de estudos observacionais (STROBE). O estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (CAEE: 08310319.1.0000.5546). A amostragem foi por conveniência,
no período entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2020. Foram mensuradas as seguintes variáveis: ansiedade (Escala Hospitalar de
Ansiedade e Depressão -HAD), qualidade ede vida (Medical Outcomes Study 36 – Item Short Form Health Survey SF-36) e qualidade
de sono (Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh - PSQI). O software utilizado para análises estatísticas foi o GraphPad Prism versão
6.0 (San Diego, CA, USA). O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para analisar a normalidade (dados paramétricos - teste t para medidas
independentes e dados não paramétricos - teste Mann-Whitney), com p signicativo <0,05).
Resultados
A amostra foi constituída por 32 pacientes com enxaqueca (GE) e 22 voluntários no grupo controle saudável (GC). Os sintomas de
ansiedade mensurados através da HAD não apresentaram diferença entre GE e GC (p=0,418). Porém, o grupo GE apresentou maior
presença de sintomas depressivos que GC (p=0,016). Os aspectos gerais relacionados à qualidade de vida foram signicativamente
piores no GE (52,43±2,65, de 0-100) que no GC (75,91±2,68, de 0-100) (p<0,001) no escore total. Ao realizar uma análise por
domínios, os migranosos apresentaram escores signicativamente piores nos oito domínios do que indivíduos controle. A qualidade do
sono avaliada por meio dos escores do PSQI não diferiu entre GE (10,44±0,63, de 0-21) e GC (8,95±0,84, de 0-21) (p=0,161).
Conclusão
Pacientes com migrânea crônica apresentam sintomas de depressão e má qualidade de vida relacionada a saúde.
Descritores:
Qualidade de vida, Ansiedade, Depressão, Qualidade do sono, Migrânea crônica
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 23
October 2020.
23
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.23
Feitosa, A.; Dantas, M. I.; Ferreira, F. M.; Rodrigues, I. K.; Santos, I.; Pereira, T.; DeSantana, J.
Headache Medicine
Deciências relacionadas a cefaleia em pacientes migranosos crônicos com e
sem aura: estudo observacional
Amanda Feitosa, Maria Ivone Dantas, Fernanda Mylla Ferreira, Ingrid Kyelli Rodrigues, Itanara dos Santos, Thaís Pereira,
Josimari DeSantana
Universidade Federal de Sergipe
Introdução
Migrânea é um distúrbio neurológico incapacitante, sub-diagnosticado e sub-tratado. No Brasil, não existem muitos dados epidemiológicos
sobre as deciências relacionadas a migrânea. O presente estudo teve, como objetivo, analisar os dias com deciências relacionados
a migrânea em indivíduos com e sem aura.
Material e Métodos
Trata- se de um estudo observacional do tipo transversal, realizado com migranosos crônicos com aura e sem aura, com idade entre 18
e 50 anos. Foram seguidas as recomendações para comunicação de estudos observacionais (STROBE). O estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe (CAEE: 08310319.1.0000.5546). A amostragem foi por conveniência,
no período entre janeiro de 2019 e fevereiro de 2020. Para avaliar as deciências relacionadas à migrânea, foi utilizado o Migraine
Disability Assessment (MIDAS) (pontuação total > 21 indicando deciência grave). O software utilizado para análises estatísticas foi o
GraphPad Prism versão 6.0 (San Diego, CA, EUA). Para comparação entre grupos sobre a quantidade de dias com deciências, foi
usado o teste de MannWhitney com p signicativo <0,05.
Resultados
O estudo incluiu 32 indivíduos, sendo 14 migranosos com aura e 18 migranosos sem aura. Não foram encontradas diferenças
signicativas quanto aos dias com deciência em cefaleia entre indivíduos com aura (41,57±4,86, de 0>21) e sem aura (44,78±5,24,
de 0>21) (p=0,81), afetando em média 40 dias ao logo dos últimos 3 meses.
Conclusão
Pacientes com migrânea, independente de terem ou não a presença da aura, apresentam deciências graves relacionadas a migrânea.
Palavras-chaves:
Migrânea crônica, Deciências em cefaleias, Migraine Disability Assessment, Migrânea com aura, Migrânea sem aura
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 24
October 2020.
24
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.24
Maciel, N.; Carvalho, G.; Pinheiro, C.; van Emmerik, R.; Dach, F.;Moraes, R.; Grossi,D.
Headache Medicine
Motor control of migraine patients under higher levels of sound
Nicoly Maciel, Gabriela Carvalho, Carina Pinheiro, Richard van Emmerik, Fabíola Dach, Renato Moraes, Débora Grossi
Instituição de fomento: FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior)
Universidade de São Paulo
Introduction
Under a typical sound environment context, individuals with migraine showed balance control decits on a series of functional activities
as compared to healthy controls, which helps to explain why migraineurs report more falls than controls. However, it is not stablished,
the effects of intensity sound in migraine patients during functional tasks. Based on the hypersensitivity to sound in people with migraine,
not only during the migraine attack but also in the interictal period, the exposure to loud sound may have an impact on motor control in
this population. This study aimed to investigate the levels of discomfort induced by sound in patients with migraine and healthy controls
and to evaluate the anticipatory control with increasing levels of auditory disturbance.
Methods
This cross-sectional study evaluated 51 women with migraine and 21 healthy women. They performed 3 different walking tasks: crossing
an obstacle, steppingup and stepping-down a curb, in a control situation and with a loud sound condition ( 90 dBa). The Research
Ethics Committee approved this study (process HCRP 16210/2015). It was used t-tests, Spearman tests, and repeated- measures mixed
ANOVA, alpha=5%.
Results
Migraine group presented higher discomfort induced by sound (p=0.001). In the obstacle task in the ambient condition, migraine
group had greater step width than control group (p=0.038). For stepup task, there were main effects of condition for both leading limb
(F1,96=7.23, p=0.001) and trailing limb (F1,98=9.90, p<0.00001) in horizontal distances. For both variables, these distances increased
for sound (p=0.002 and p<0.00001) compared to ambient condition. For step- down, there were no group main effects or group by
condition interactions for any variable.
Conclusion
Migraine is related to higher discomfort induced by sound compared to controls. There was no difference between groups for the
ambient condition, except for the step width in the obstacle task. There was an effect of the sound increment in both groups on the
variable horizontal distance in the step-up task, the inadequate foot placement in relation to the obstacle/curb increases the risk of falls,
so the sound increment may increase the risk falls in migraine and healthy individuals during some tasks. Although the discomfort induced
by sound was higher for the migraine group, the increment in these stimuli did not make a difference between groups when walking on
uneven terrains.
Keywords:
Headache, Walking, Phonophobia
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 25
October 2020.
25
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.25
Rocha Filho, P. A; Silva, D. F.; Soares, M. C.; Oliveira, F. A. A.; Buarque, L. M. A.; Mota, A. B.; Magalhães, J. E.
Headache Medicine
Avaliação da cefaleia como fator prognóstico em pacientes internados por
Covid-19
Pedro Augusto Sampaio Rocha Filho, Djanino Fernandes Silva, Miriam Carvalho Soares, Felipe Araújo Andrade de Oliveira,
Lucas Marenga de Arruda Buarque, Andreia Braga Mota, João Eudes Magalhães
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução
Recentemente se levantou a hipótese de que os com COVID-19 que tem cefaleia tem melhor prognóstico. Temos como objetivos avaliar
a frequência de cefaleia em pacientes internados com COVID-19 e o valor prognóstico deste sintoma.
Método
trata- se de um estudo tipo coorte retrospectivo. Foram incluídos pacientes internados de março a maio de 2020, no Hospital Universitário
Oswaldo Cruz, Hospital das Clínicas, IMIP e Real Hospital Português, com diagnóstico de COVID-19 feito por RT-PCR. A coleta de
dados foi feita por revisão de prontuários utilizando-se questionário semi-estruturado. O projeto foi aprovado pelos comitês de ética
dos hospitais.
Resultados
Foram incluídos 426 pacientes, 56% eram mulheres, idade média: 49,7 ± 19,3 anos, 22,4% tiveram cefaleia. Os com cefaleia eram
mais jovens (Mann-Whitney; p< 0,05) e tinham menos doença renal crônica e insuciência cardíaca congestiva (qui-quadrado; p<
0,05). Não houve diferença entre os com e sem cefaleia em relação ao sexo, asma, acidente vascular cerebral, coronariopatia, diabetes
mellitus, doença hepática crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica, epilepsia, etilismo, brilação atrial, hipertensão arterial sistêmica,
imunodeciências, neoplasias, obesidade e tabagismo prévios (qui- quadrado; p> 0,05). A média de internação foi de 8±6,6 dias, 84
(19,7%) pacientes necessitaram de ventilação mecânica e 77 (18,1%) foram a óbito. Não houve diferença entre os com e sem cefaleia
em relação ao tempo de internação (Mann-Whitney; p: 0,804). O grupo com cefaleia teve signicativamente menos necessidade de
ventilação mecânica (OR: 0,18; IC95%:0,64-0,52; p:0,001; Regressão logística: controlado para idade, sexo, insuciência cardíaca,
doença renal crônica) e menos óbitos (OR: 0,12; IC95%:0,27-0,49; p:0,003; Regressão logística: controlado para idade, sexo,
insuciência cardíaca, doença renal crônica).
Conclusão
Os pacientes com COVID-19 tiveram uma alta frequência de cefaleia e a cefaleia foi associada a um melhor prognóstico.
Palavras-chave:
Cefaleia, COVID-19, Prognóstico
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 26
October 2020.
26
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.26
Pereira, T.; Dantas, M.; Santos, I.; Rodrigues, I.; Feitosa, A.; Ferreira, F.; DeSantana, J.
Headache Medicine
Relação entre gravidade de DTM e características da dor em
pacientes com enxaqueca crônica: estudo observacional
Thaís Pereira, Maria Dantas, Itanara Santos, Ingrid Rodrigues, Amanda Feitosa, Fernanda Ferreira, Josimari DeSantana
Universidade Federal de Sergipe
Introdução
A enxaqueca crônica é uma das dores orofaciais mais incapacitantes no mundo. Frequentemente, está aliada a outras disfunções na
região crânio-cervical, como a disfunção tempormandibular (DTM). Apesar de não haver uma relação de causalidade entre elas, a
gravidade da DTM parece piorar as características da dor da cefaleia. O objetivo desse estudo é avaliar as características da dor e
vericar associação com a gravidade da DTM na enxaqueca crônica.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo do tipo observacional, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFS (CAAE: 08310319.1.0000.5546).
Participaram da amostra indivíduos diagnosticados com enxaqueca crônica e DTM. Foram avaliados quanto à incapacidade
relacionada à cefaleia e frequência de dor pelo Migraine Disability Assessment (MIDAS), intensidade de dor pela escala numérica (EN)
de 11 pontos e limiar de dor por pressão (LDP) pela algometria. Para análise estatística, foi utilizado software SPSS, teste Shapiro-Wilk
para normalidade, Teste T Independente e correlação de Pearson (dados paramétricos) ou Mann Whitney e correlação de Spearman
(o paramétricos). Nível de signicância: 95%.
Resultados
Vinte e seis indivíduos foram divididos em 2 grupos: DTM leve (n=13) e DTM moderada/grave (n=13). Observou-se que a intensidade
de dor em repouso foi signicativamente maior no grupo com DTM moderada/grave (4,38±2,43) que DTM leve (1,46±1,66) (p=0,003),
assim como na intensidade de dor aos movimentos cervicais (p<0,05). A frequência de dor (dias por mês) foi maior no grupo DTM
moderada/grave (p<0,05). Além disso, o grupo DTM moderada/ grave (34±12,96) apresentou maior gravidade relacionada à cefaleia
do que o DTM leve (50±19,15) (p=0,01). Não houve diferença no LDP dos músculos temporais e masseteres (hiperalgesia primária)
(p>0,05), mas o LDP medido no tibial anterior (hiperalgesia secundária) foi menor no grupo DTM moderada/grave (3,99±1,22) em
comparação ao DTM leve (6,32±2,7) (p=0,009). Foi observada correlação positiva moderada entre DTM e MIDAS (r=0,52, p=0,006)
e entre DTM e EN (r=0,45, p=0,01).
Conclusão
A gravidade da DTM piora intensidade de dor em repouso e ao movimento, aumenta frequência de crises por mês e está relacionada
a maior incapacidade na enxaqueca crônica.
Palavras-chave:
Enxaqueca, Dor crônica, Disfunção temporomand
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 27
October 2020.
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ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.27
Ambrosini, A.; Estemalik, E.; Pascual, J.; Rettiganti, M.; Stroud, C.; Day, K.; Ford, J.
Headache Medicine
Effects of galcanezumab on acute medication use and health care resource
utilization in treatment-resistant migraine: results from randomized, double blind,
placebo-controlled clinical trial, conquer
Anna Ambrosini, Emad Estemalik, Julio Pascual, Mallikarjuna Rettiganti, Chad Stroud, Kathleen Day, Janet Ford
Headache Clinic, IRCCS Neuromed
Introduction
Acute headache medication use (AHM) and health care resource utilization (HCRU) in patients with protocol-dened treatment-resistant
migraine treated with galcanezumab (GMB).
Material and methods
In the 3-month double-blind (DB) study phase, patients with episodic or chronic migraine and 2-4 migraine preventive category failures
due to lack of effectiveness or safety/tolerability, received GMB 120 mg/month (following initial 240 mg loading dose) or placebo
(PBO); an optional 3-month open-label (OL) GMB treatment followed. AHM was self-reported daily with eDiary and paper-forms. HCRU
was reported at baseline (retrospectively for previous 6 months) and at monthly visits.
Results
Of the 462 patients (GMB n=232, PBO n=230), baseline mean (±SD) days/month of AHM was 12.3 (±6.0); 44.8% had AHM overuse.
The percentage of patients reporting migraine-specic HCRU at baseline in the GMB and PBO groups were respectively: 40% and 50%
healthcare-professional visits (HCP), 6% and 5% emergency-room (ER) visits, and in each, 2% hospitalizations. LS mean reductions from
baseline in the mean number of days/month with AHM in the DB was greater for the GMB group (3.9 to 4.5 days) compared to PBO
(0.4 to 1.0 days) in each of the rst 3 months; change difference, -3.1 to -3.5, p<0.001 at each month during Months 1-3. During the
OL, reductions from baseline ranged -4.7 to -5.3 days; prior PBO group reductions were comparable to that observed in GMB. During
the DB, reductions from baseline of migraine-specic HCP (per 100 person- years) were numerically greater with GMB than PBO (-215.5
vs -155.3); during OL, the prior PBO group reductions (-212.9) were similar to GMB (-222.6). For both groups, migraine-specic ER visits
were <13 and hospitalizations were <2 per 100 person-years during the DB and OL.
Conclusions
GMB-treated patients with treatment-resistant migraine had clinically meaningful reductions in days with AHM and numerically greater
reductions in migraine-specic HCP. The abstract was previously presented at EHF (2020).
Keywords:
Acute Headache Medication Use, Health Care Resource Utilization, Treatment-Resistant Migraine
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 28
October 2020.
28
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.28
Santos, I.; Pereira, T.; Dantas, M.; Rodrigues, I.; Feitosa, A.; Ferreira, F.; DeSantana, J.
Headache Medicine
Alteração do limiar de dor e da amplitude de movimento na disfunção cervical
de pacientes com enxaqueca com e sem aura: estudo observacional
caso-controle
Itanara Santos, Thaís Pereira, Maria Dantas, Ingrid Rodrigues, Amanda Feitosa, Fernanda Ferreira, Josimari DeSantana
Universidade Federal de Sergipe
Introdução
A cronicação da enxaqueca está associada a maior ocorrência de disfunções musculo- esqueléticas, principalmente na região crânio-
cervical. A presença de aura, um dos subtipos de enxaqueca, tem sido relacionada a maior gravidade de incapacidades relacionadas
a cefaleia. Os objetivos desse estudo foram avaliar sintomas cervicais entre indivíduos com enxaqueca e saudáveis e analisar diferenças
entre esses sintomas em enxaquesosos com e sem aura.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo do tipo observacional caso-controle, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de
Sergipe (CAAE: 08310319.1.0000.5546). Participaram da amostra indivíduos de ambos os sexos divididos em 3 grupos: enxaqueca
com aura (n=14), enxaqueca sem aura (n=18) e controle (n=22). Foram avaliados quanto à incapacidade cervical pelo Neck Disability
Index (NDI), amplitude de movimento (ADM) pela eximetria cervical e limiar de dor por pressão (LDP) cervical pela algometria. A
intensidade de dor ao movimento foi avaliada pela escala numérica (EN) de 11 pontos. Análise estatística realizada no software SPSS
15.0 para determinar a normalidade com o teste Shapiro-Wilk, considerando Teste T independente (dados paramétricos) e Mann
Whitney (não paramétricos). Nível de signicância: 95%.
Resultados
Foi observado incapacidade cervical leve (64,2%), moderada (21,4%) e incapacitante (7,1%) no grupo enxaqueca com aura (EA),
enquanto que no grupo enxaqueca sem aura (ESA), observou- se incapacidade cervical leve (55,5%), moderado (27,7%) e grave
(16,6%). O controle apresentou incapacidade cervical ausente (63,6%) e leve (36,3%). Houve diferença estatisticamente signicante na
incapacidade cervical entre os grupos EA (2,02±7,56) e controle (0,69±3,26) (p<0,001) e entre ESA (2,05±8,72) e controle (0,69±3,26)
(p<0,001). A ADM cervical foi signicativamente menor nos grupos de enxaquecosos em comparação ao controle (p<0,05). Porém,
não houve diferença entre os grupos na intensidade de dor aos movimentos cervicais (p>0,05). O LDP nos músculos ECOM direito e
esquerdo, trapézio superior direito e esquerdo foi signicativamente menor nos grupos EA e ESA em comparação ao controle (p<0,001).
Não houve diferença entre os grupos de enxaqueca com aura e sem aura quanto a incapacidade cervical, ADM cervical, intensidade
de dor e LDP cervical (p<0,05).
Conclusão
Pacientes com enxaqueca apresentam maior gravidade de incapacidade cervical, menor limiar de dor nos músculos cervicais e
limitação de amplitude de movimento cervical em comparação a indivíduos saudáveis, independentemente da presença de aura.
Descritores:
Enxaqueca com aura, Enxaqueca sem aura, Dor crônica, Cervicalgia
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 29
October 2020.
29
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.29
Santos, L.; Araujo Neto, M.; Silva, L.; Ribeiro, N.; Campos, S.; Soares, K.; Gonçalves, M.
Headache Medicine
Severidade de disfunção temporomandibular e prevalência cefaleia em uma
comunidade ribeirinha da amazônia legal
Lana Santos, Manoel de Araujo Neto, Lidia da Silva, Nathalia Ribeiro, Soraya Campos, Karla Soares, Maria Gonçalves
Universidade CEUMA
Os sinais e sintomas da disfunção temporomandibular (DTM) são multifatoriais assim como sua etiologia, sua frequência é de 75%
na população em geral. A Cefaleia é um sintoma muito frequente na população de forma geral, os gastos socioeconômicos diretos e
indiretos da cefaleia para a população são estimados em 14 bilhões por ano. Avaliar a severidade dos sinais e sintomas de DTM e a
prevalência de cefaleia em indivíduos de comunidades ribeirinhas. Estudo transversal, os dados foram coletados nos meses de Março,
Abril e Maio de 2019, foram incluídos indivíduos de ambos os gêneros, 18 a 40 anos, que residiam no povoado de Bonm município
de Arari- MA, em um raio de 5 km do rio, excluídos aqueles que se recusaram a participar do estudo ou que não completaram todas
as etapas. A severidade dos sinais e sintomas de DTM foi feita através do Índice Anamnésico de Fonseca por um avaliador cego em
relação ao diagnóstico de DTM. Para avaliar a presença de cefaleia foi aplicado questionário desenvolvido no Hospital das clinicas
de Ribeirão Preto - SP elaborado segundo a Classicação internacional das cefaleias. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética
em pesquisa da Universidade CEUMA com o parecer nº da aprovação nº 2.477.570, os dados foram analisados pelo Excel. Foram
avaliados n=30 indivíduos, n=12 (40%) do gênero masculino e n=18 (60%) Feminino. A Média e DP ) dos dados sociodemográcos
como peso 67.3 (±8.6), idade 45.6 (±15) e altura 164.8 (±8.4) estiveram mais elevadas no gênero masculino. Quanto a prevalência
dos tipos de cefaleia, no gênero masculino foi Sem cefaleia n=6 (50%) e Migrânea n=3 (25%), e no feminino CTT n=8 (44,44%) e
outras Cefaleias n=4 (22,22%). índices de severidade de DTM mostraram que ambos os gêneros apresentaram maiores índices de
severidade, Masculino Sem DTM n=4(33,33%) e DTM Leve n=6 (50%) e Feminino, Sem DTM n=7 (38,89%) e DTM Leve n=8 (44,44%).
Concluiuse que, a prevalência de cefa- leia e a severidade de sinais e sintomas de DTM nas comunidades ribeirinhas da Amazônia
legal foi elevada.
Palavras-chave:
Disfunção Temporomandibular, Cefaleia, Dor
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 30
October 2020.
30
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.30
Araujo Neto, M.; Lima, W.; Silva, L.; Ramos, L.; Pinto, G.; Santos, A.; Gonçalves, M.
Headache Medicine
Conforto lumínico e cefaleia no ambiente escolar no ensino fundamental no
Maranhão
Manoel de Araujo Neto, Willyanna Lima, Lídia da Silva, Leonardo Ramos, Guilherme Pinto, Alisson Santos, Maria Gonçal-
ves
Universidade CEUMA
A prevalência de dores de cabeça aumenta signicativamente com a idade e cresce de 37% para 51% em crianças com idade de 7
anos e eleva-se gradativamente para 57% a 82% a partir dos 15 anos de idade. Avaliar a inuência da luminosidade na queixa de
cefaleia e o nível de luminância nas salas de aula de escolares do ensino fundamental. Estudo transversal analítico, realizado com
crianças, de ambos os sexos, idade entre 9 e 12 anos, de uma escola particular de São Luís - MA. Foram excluídas as crianças que
tinham algum problema cognitivos e que não apresentaram o consentimento assinado pelos pais. De início foi realizada uma coleta
dos dados gerais (idade, sexo, escolaridade) e percepção da iluminação ambiente. Seguida pela avaliação das queixas de cefaleia
que foi realizada com questionário feito pelo próprio autor, como, a intensidade da dor, frequência e os principais gatilhos para a
dor, como, luz, cheiro, fome, som, esforço e nervosismo. Para as medições do nível de luminância, foi utilizado um luxímetro portátil,
o espaço escolar (duas salas), foi dividido em 16 pontos, a uma altura de 0,50 m do chão e em cada sala foram realizadas quatro
medições diárias, duas de manhã (às 8 e 11 horas) e duas à tarde (às 14h e 17 horas). Este projeto foi submetido pelo Comitê de Ética
em pesquisa da Universidade CEUMA CAAE: 80335117.4.0000.5084. Foram avaliados 43 alunos, 53,49% eram do gênero feminino,
onde 100% apresentaram queixa de cefaleia, a principal característica associada a cefaleia no gênero feminino foram fotofobia e
osmofobia (82.61%) p=0,002, no gênero masculino foi 65% (p=0,04) fonofobia e (20%) p=0,002 fotofobia. Foi observada média com
luz natural 259.6 (±60.3) lux e com luz articial entre 162.4 (±78.2) lux, mostrando que as médias estavam abaixo do recomendado
pela NBR 5413. Pode-se concluir que houve alta prevalência de cefaleia em crianças expostas a niveis lumínicos fora dos padrões da
NBR, ainda, condições ambientais no âmbito escolar podem ser fatores prejudiciais para a aprendizagem e também economicamente
nas crianças.
Palavras-chave:
Cefaleia, Crianças, Luminosidade
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 31
October 2020.
31
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.31
Santos, M. A.; Tolentino, G.; Pinheiro, C.; Dach, F.; Bevilaquia-Grossi, D.
Headache Medicine
Perl de comorbidades associadas à migrânea em crianças e adolescentes de
um serviço terciário
Michelle Aparecida Santos, Gabriella Tolentino, Carina Pinehiro, Fabiola Dach, Débora Bevilaqua-Grossi
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
Introdução
A migrânea afeta 9,1% de crianças e adolescentes, e grande parte deles apresentam outras condições associadas à doença. Algumas
das comorbidades estudadas nesta população são as síndromes epiléticas, distúrbios psicológicos, como ansiedade e depressão, e
obesidade. Entretanto, outras condições também são frequentemente observadas, especialmente em pacientes atendidos em nível
terciário. Objetivo: Avaliar o tipo de comorbidades associadas à migrânea em crianças e adolescentes de um hospital terciário.
Métodos
Foi realizado um estudo transversal observacional descritivo, com base nos dados do prontuário de pacientes diagnosticados com
migrânea, atendidos entre março de 2017 e fevereiro de 2020 no Ambulatório de Cefaleia Infantil do Hospital das Clínicas de Ribeirão
Preto. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local (CAAE 31864020.0.0000.5440). De acordo com a idade,
os pacientes foram classicados como crianças (CR; <12 anos) e adolescentes (AD; 12 a 18 anos). As comorbidades apresentadas
foram registradas e categorizadas de acordo com o tipo de doença. Os dados foram analisados utilizando o programa Microsoft
Corporation®Excel.
Resultados
Dos 306 pacientes incluídos, 45,4% eram crianças (8,7 anos, DP 1,96) e 54,6% adolescentes (14,6 anos, DP 1,99). O diagnóstico mais
prevalente foi migrânea sem aura (CR 77%; AD 68,9%), seguido de migrânea com aura (CR 20,9%; AD 24,6%), migrânea crônica (CR
0,0%; AD 3,0%) e outros tipos de migrânea, que incluíram provável migrânea, migrânea hemiplégica, abdominal e vômitos cíclicos
(CR 2,2%; AD 3,6%). Na análise das comorbidades, as mais frequentes foram divididas em seis categorias: doenças neurológicas (CR
25,2%, AD 26,3%), doenças respiratórias (CR 20,1%; AD 16,2%), condições psicológicas (CR 11,5%; AD 19,8%), distúrbios do sono
(CR 10,8%; AD 6%), síndromes genéticas (CR 9,4%; AD 8,4%), e doenças metabólicas (CR 7,2%; AD 10,8%). Outras condições pouco
prevalentes foram reunidas e classicadas como outras doenças (CR 23%, AD 28,1%) e 25,9% das crianças e 27,5% dos adolescentes
não apresentaram comorbidades.
Conclusão
Crianças e adolescentes apresentaram alta prevalência de comorbidades associadas à migrânea, sendo as doenças neurológicas as
mais predominantes em ambos os grupos. Além disso, foi observado maior prevalência de doenças respiratórias nas crianças e de
condições psicológicas nos adolescentes.
Palavras-chave:
Cefaleia, Migrânea, Comorbidade, Centro de Atenção Terciária
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 32
October 2020.
32
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.32
Silva, J. F.; Freire, B.; Piffer, A.; Sukessada, M.; Fortunato, P.; Ueno, D.; Silva Junior, M. S.
Headache Medicine
Oftalmoplegia dolorosa secundária a aneurisma de carótida: relato de caso
João Fernando Silva, Bruna Freire, Ana Piffer, Mariana Sukessada, Pedro Fortunato, Danilo Ueno, Hilton Mariano da Silva
Junior
PUC-Campinas
Introdução
A Síndrome do Seio Cavernoso (SSC) pode ter diversas etiologias: inamatória, aneurismática, metastática, trombótica e autoimune.
Os aneurismas na porção cavernosa das carótidas internas representam apenas 2% a 9% do total dos aneurismas intracranianos. O
objetivo deste relato é descrever um caso com apresentação clínica exuberante da SSC, discutir suas relações anatômicas e as opções
de tratamento, as quais se mostram sempre um desao. A paciente assinou um termo de autorização livre e esclarecido para a descrição
deste caso.
Material e Métodos
A partir das informações extraídas da história clínica do paciente, reportamos o caso a m de aumentar a visibilidade e a importância
da compreensão das manifestações aneurismáticas que se manifestem como síndrome do seio cavernoso. A divulgação dos dados foi
autorizada pela paciente mediante Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Resultados
MSPN, sexo feminino, 73 anos, com antecedentes de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica, asma controlada, glaucoma
e osteoporose, iniciou cefaleia holocraniana progressiva com irradiação para região retro-orbitária associada à fotofobia. Paciente
procurou unidade de pronto atendimento devido à persistência dos sintomas. Recebeu medicação analgésica e foi liberada, com melhora
sintomática relativa. Após dois dias, o quadro evoluiu com ptose palpebral direita, piora da acuidade visual e proptose. Ao exame,
apresentava-se, além da ptose, anisocoria com midríase à direita (mais visível em ambiente claro), associada à paresia dos nervos
cranianos III, IV e VI do mesmo lado. A paciente queixava-se ainda de hipoestesia em território de nervo oftálmico (V1) em hemiface
direita. Sem demais alterações no exame neurológico. Após a realização da tomograa computadorizada com estudo angiográco e
ressonância magnética, concluiu-se que a paciente é portadora de aneurisma sacular de carótida interna na porção cavernosa.
Conclusões
Devido às relações anatômicas do seio cavernoso, a apresentação clínica das ndromes de compressão dessa região são ricas em
sinais semiológicos. Enfatizamos que, mesmo em pacientes diabéticas, a investigação com neuroimagem na SCC é essencial e pode
prevenir danos irreversíveis às estruturas orbitais, assim como perda visual. O diagnóstico adequado e precoce do aneurisma da artéria
carótida interna na porção cavernosa evita complicações graves e permite uma decisão terapêutica mais adequada.
Palavras-chave:
Seio Cavernoso, Aneurisma de Carótida Interna, Oftalmoplegia Dolorosa
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 33
October 2020.
33
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.33
Ianisky, R.; Wrubleski, T.; Tafarel, J.; Magalhães, M. F.; Dias, V.
Headache Medicine
Raro caso de trombose venosa cerebral apresentando-se com cefaleia e
alucinações visuais
Rafaela Ianisky, Thaise Wrubleski, Jean Tafarel, Maria Figueroa Magalhães, Vitor Dias
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Introdução
A trombose venosa cerebral (TVC) é uma forma rara de acidente vascular cerebral, mais prevalente entre as mulheres. Seu diagnóstico,
muitas vezes, é desao clínico devido aos seus variados padrões de apresentação; por essa razão, pode ser negligenciado não apenas
por médicos gerais, mas também em alguns casos por neurologistas. Vários sintomas, incluindo dor de cabeça grave, visão anormal,
desmaio ou perda de consciência, fraqueza da face, membros e convulsões podem ocorrer. Embora possa ser apresentada com
diferentes sintomas neurológicos, na TVC normalmente não ocorrem alucinações.
Relato de Caso
Um homem saudável de 59 anos foi internado com queixas de episódios recorrentes de dor de cabeça no último mês e subsequentes
alucinações visuais, especicamente prosooometamorfopsia - ele relatou ter visto imagens distorcidas de rostos e objetos. Não foi
associado a nenhuma reclamação sensorial ou motora. O exame médico e neurológico geral na admissão estava intacto, incluindo
estado mental, exame fundoscópico, nervos cranianos, motor, sensorial, coordenação e reexos. Ele não tinha meningismo. O exame de
sangue revelou uma alteração na proteína C-reativa (9,4 mg/L) e o líquido cefalorraquidiano apresentou apenas pleocitose linfocítica.
Realizada a tomograa computadorizada de crânio que mostrou uma lesão cortical hipodensa mal denida na região temporal e
occipital direita. A ressonância magnética conrmou a presença de trombose venosa cerebral nos seios sigmoides e transversais.
Paciente foi tratado com heparina de baixo peso molecular seguido de varfarina, mas as alucinações visuais permaneceram. Optou-se
por iniciar corticosteroide. Após excelente recuperação dos sintomas, em uma investigação mais aprofundada para trombolias, ele
foi considerado positivo para a mutação no gene da protrombina. O paciente assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e
foram utilizados apenas prontuários médicos para a elaboração desse relato.
Conclusão
Por essa razão, as ilusões devem ser adicionadas ao amplo espectro de apresentação clínica da trombose venosa cerebral. Esse
diagnóstico pode ser considerado, ainda, em pacientes que apresentam alucinações auditivas e visuais súbitas, particularmente no
contexto de cefaleia e com fatores de risco convencionais para trombose venosa cerebral.
Palavras-chave:
Cefaleia, Trombose venosa
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ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 34
October 2020.
34
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.34
Rocha Filho, P. A. S.; Albuquerque, P. M.; Carvalho, L. C. L. S.; Gama, M. D. P.; Silva, D. F.; Lira, V. S. T.; Magalhães. J. E.
Headache Medicine
Avaliação da cefaleia e suas características em pacientes com Covid-19: um
estudo transversal
Pedro Augusto Sampaio Rocha Filho, Pedro Mota Albuquerque, Larissa Clementino Leite Sá Carvalho, Mylana Dandara
Pereira Gama, Djanino Fernandes Silva, Victor Souza Tôrres Lira, João Eudes Magalhães
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução
Estima-se que a frequência de cefaleia em pacientes com COVID-19 em torno de 12%. No entanto, pouco se sabe sobre as características
destas cefaleias. Temos como objetivos estimar a frequência das cefaleias apresentadas por pacientes com COVID-19 e estudar suas
características.
Método
Trata-se de um estudo transversal. Pacientes atendidos no Hospital Universitário Oswaldo Cruz de março de 2020 a junho de 2020 com
diagnóstico de COVID-19 (RT-PCR positivo) foram incluídos. Os pacientes foram identicados a partir do registro no Setor de Vigilância
Epidemiológica do hospital e foram entrevistados por telefone sobre da presença e características das cefaleias. As entrevistas foram
feitas por médicos e estudante de medicina treinados. Foram utilizados questionário semi-estruturado e o migraine-ID. Esta pesquisa foi
aprovada pelo pala CONEP (CAAE: 30479220.8.0000.5192; Número do Parecer 4.082.904.
Resultados
Foram entrevistadas 183 pessoas, 100/183 (55%) eram mulheres, idade média de 48,6 ± 14,3 anos, 137/183 (74,9%) tiveram
cefaleias associadas à COVID-19, em 23/183 (13%) a cefaleia foi o sintoma que mais incomodou. As mulheres tiveram mais cefaleia
do que os homens (83% vs 65%; qui-quadrado; p< 0,05). Não houve diferença em relação à idade (47 ± 13 vs 53 ± 16 anos; Mann-
Whitney; p: 0,054). Em 74/137 (54%) esta cefaleia tinha um padrão não migranoso; em 74/137 (54%) a cefaleia foi incapacitante; em
49/137 (35,8%) foi associada à náuseas e em 62/137 (45,3%), à fotofobia. A duração média da cefaleia foi de 9 ± 9 dias. Em 56/183
(31%) das pessoas, a cefaleia foi o primeiro sintoma da COVID-19. Sessenta e nove pessoas com cefaleia associada à COVID-19 tinham
cefaleia prévia, desses, 52/69 (75,4%) avaliaram que a cefaleia da COVID-19 como diferente da cefaleia anterior.
Conclusões
A cefaleia é um sintoma frequente e importante em pessoas com COVID-19. Esta cefaleia em geral tem padrão não migranoso e é
diferente das cefaleias anteriores.
Palavras-chave:
Cefaleia, COVID-19, SARS-CoV-2
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 35
October 2020.
35
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.35
Siega, M.; Tauil, C.; Viana, C.; Starling, C.W.; Rosa, L.; Fernandes, F.
Headache Medicine
Ecácia de um protocolo de tratamento de enxaqueca com abordagem
multidisciplinar e baseado em metas – projeto “Brasília sem enxaqueca"
Marcio Siega, Carlos Tauil, Carlos Viana, Filipe Starling, Carolina Welker, Lia Rosa, Fernanda Fernandes
Clinica Modula Dor
Introdução
A enxaqueca é uma das doenças mais incapacitantes do mundo e seu tratamento é desaador. A literatura carece de protocolos e
uxogramas de tratamento dessa enfermidade. A educação médica no tema também é carente.
Métodos
O projeto Brasília sem Enxaqueca ocorreu entre a parceria de uma clínica terciária de tratamento de cefaleia e acadêmicos de
medicina participantes de uma liga de neurologia. Os critérios de inclusão foram indivíduos com diagnóstico de enxaqueca, realização
de pelo menos 2 tratamentos prévios com medicações proláticas para enxaqueca e encaminhados por algum prossional da rede
pública de saúde, limitados a 12 vagas. Os indivíduos receberam um diário de cefaleia pré-atendimento. O acompanhamento pre- visto
é de 6 meses. Nos atendimentos foram oferecidos orientações médicas, sioterápicas e psicológicas de forma a atender 13 principais
metas: 1 redução nos dias de enxaqueca; 2 redução da intensidade; 3 redução de dias de analgésico; 4 ecácia dos analgésicos; 5
ecácia da clorpromazina; 6 ecácia do desmame de analgésicos; 7ecácia do prolático; 8 controle da ansiedade; 9 depressão; 10
distúrbios de sono; 11 enxaqueca menstrual; 12 cervicalgia e 13 desordem têmporo-mandibular. Os desfechos primários con-sistiam na
contagem dos dias de enxaqueca por mês e o consumo de analgésicos por s, analisados a cada 2 meses. Os desfechos secundários
analisados foram a porcentagem de metas atingidas através da escala de Likert (concordo/ discordo) a respeito se determinada meta
trouxe bastante alívio (superior a 75%).
Resultados
Dos 12 indivíduos, oito completaram o acompanhamento de 6 meses. A migrânea crônica correspondeu a maioria dos pacientes
(62%). A presença de mais de 1 comorbidade também foi frequente (62%), especialmente no grupo de enxaqueca crônica (80%). A
média de dias de migrânea na linha de base foi de 21 dias, reduzindo para 8 nos acompanhamentos de 2 e 4 meses e encerrando
aos 6 meses com 4 dias, totalizando uma redução de 81%. A média de dias de analgésicos foram 13, 6 , 6 e 3 respectivamente,
também com redução de 81%. As 13 metas estipuladas foram alcançadas em 66% dos indivíduos em 2 meses, 84% em 4 meses e
92% ao nal do projeto.
Conclusões
O protocolo de tratamento de enxaqueca com abordagem multidisciplinar e baseado em 13 metas mostrou-se bastante ecaz.
Palavras-chave:
Transtornosde Enxaqueca, Protocolos Clínicos, Tratamento Interdisciplinar
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 36
October 2020.
36
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.36
Siega, M.; Viana, C.; Oliveira, B.; Agner, G.; Alves, L.; Rocha, G.; Botelho, G.
Headache Medicine
Ecácia e adesão a orientações sioterápicas e psicológicas aplicadas em
indivíduos com enxaqueca – Projeto Brasília sem Enxaqueca
Marcio Siega, Carlos Viana, Bruno Oliveira, Guido Agner, Leonardo Alves, Gustavo Rocha, Gabriela Botelho
Clinica Modula Dor
Introdução
A enxaqueca é uma das doenças mais incapacitantes do mundo e seu tratamento é desaador. A intervenção interdisciplinar tem se
mostrado ecaz, porém sua utilização protocolar ainda é escassa.
Material e Métodos
Os critérios de inclusão foram indivíduos com diagnóstico de enxaqueca e encaminhados da rede pública. No primeiro atendimento
foi oferecido, além das orientações dicas, treinamento em técnicas sioterápicas e psicológicas com duração de 1 hora cada. Cada
técnica oferecida foi avaliada individualmente a cada 2 meses sobre sua adesão e sua ecácia. São elas: 1 exercícios de sioterapia
ensinados e disponibilizados em folder para serem realizados diariamente; 2 exercícios de sioterapia para o momento de crise; 3
utilização do aplicativo de relaxamento Acalma”; 4 exercícios de respiração ensinados pela psicologia; 5 meditação (mindfulness)
ensinado pela psicologia; 6 relaxamento muscular progressivo ensinado pela psicologia; 7 técnica de visualização ensinado pela
psicologia. Os endpoints primários consistiam na contagem dos dias de enxaqueca por mês e o consumo de analgésicos por mês,
analisados a cada 2 meses. Os endpoints secundários, motivos desse estudo, foram a porcentagem de técnicas utilizadas ao nal dos 6
meses e o seu grau de satisfação elevado (bastante melhora) com as técnicas utilizadas através da escala de Likert (concordo/ discordo)
a respeito se determinada técnica trouxe bastante alívio (superior a 75%).
Resultados
Dos 12 indivíduos, oito completaram o acompanhamento de 6 meses. Quanto a adesão às técnicas oferecidas, 100% dos indivíduos
testaram alguma delas. Das 7 técnicas oferecidas, 6 tiveram indivíduos que referiram bastante melhora. Apenas o exercício para o
momento da crise não obteve bastante melhora. Todas as técnicas também tiveram indivíduos que não melhoraram e que não zeram
testaram vez. A técnica com melhor resultado foi o aplicativo Acalma” com 38% de usuários referindo bastante melhora. A técnica
menos ecaz foi o exercício para o momento da crise, com 75% discordando que melhoraram bastante. A técnica menos testada foi o
relaxamento muscular progressivo, com 50% de indivíduos testando.
Conclusões
Técnicas sioterápicas e psicológicas para enxaqueca apresentam boa adesão e propiciam bastante melhora em alguns indivíduos.
Recomenda-se oferecer sempre adicionalmente ao tratamento médico.
Palavras-chave:
Transtornos de Enxaqueca, Protocolos Clínicos, Pesquisa Interdisciplinar
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 37
October 2020.
37
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.37
Siega, M.; Souza, B.; Teles, L.; Binder, L.; Tokarski, L.
Headache Medicine
Uso dos anticorpos monoclonais para migrânea no Brasil: experiência de um
Centro Terciário de Cefaleia em Brasília
Marcio Siega, Bernardo Souza, Laís Teles, Laura Binder, Lucca Tokarski
Clinica Modula Dor
Introdução
A migrânea, ou enxaqueca, está incluída no ranking da Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma das doenças mais
incapacitantes do mundo e acomete cerca de 15% da população brasileira. Apesar disso segue sendo subdiagnosticada e subtratada.
E quando tratada, existe uma grande taxa de abandono por efeitos adversos. Faz-se imprescindível a inclusão de terapêuticas que
melhorem efetivamente a qualidade de vida desses indivíduos; e a utilização de anticorpos monoclonais toma lugar de destaque.
Material e Métodos
Foram entrevistados 86 pacientes que receberam a injeção subcutânea indicado para migrânea com erenumabe, galcanezumabe ou
fremanezumabe na primeira metade de 2020. Foi avaliado a quantidade de dias de dor forte a moderada, dias de analgésicos pré-
tratamento e nos últimos 30 dias. Também foi avaliado a quantidade de meses que recebeu aplicação, continuidade ou interrupção
ou troca de medicação e o motivo.
Resultados
Dos 86 indivíduos que aplicaram, 67 responderam o questionário. Média na idade de 40,6 anos, 17 dias de dor moderada ou forte
e 18 dias de analgésicos. A porcentagem de melhora de 100% nos dias de dor moderada ou forte ocorreu em 7 pacientes (10%). As
3 substâncias estudadas estão contidas nesse grupo. Indivíduos com melhora maior ou igual a 50 % correspondem a 48%. Melhora
discreta (10 a 49%) ocorreu em 10% dos casos e menor que 10% ou piora ocorreu em 42%. As 3 substâncias também estão contidas
no grupo dos não respondedores. Os resultados do consumo de analgésicos têm resultados semelhantes: melhora total 13%, metade ou
mais 37%, melhora discreta 16% e mantido ou piora 46%. Dez pacientes (15%) realizaram troca de medicação, e o principal motivo foi
falta de ecácia em 7 e questões nanceiras em 3. A maioria dos pacientes que experimentaram o tratamento interrompeu o tratamento
(63%), sendo o principal motivo a inecácia (64%), com dia de uso de 2,2 meses, seguido pelo preço da medicação (17%).
Interrupção por efeitos adversos ocorreu em 2 pacientes (alergia cutânea). Os pacientes que continuam usando o estão há 3,2 meses.
Conclusão
O tratamento com os anticorpos monoclonais apresentou resultados satisfatórios em elevada parcela dos indivíduos. No entanto a
maioria dos pacientes abandonou seu uso sendo a inecácia o principal motivo, mesmo usando em média mais que 2 meses. Taxa de
abandono pelo custo foi discreta e taxa de efeitos colaterais muito discreta.
Palavras-chave:
Transtornos de Enxaqueca, Anticorpos Monoclonais
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 38
October 2020.
38
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.38
Padilha, J.; Jorge, J. Wambier, L.; Gonçalves, D.
Headache Medicine
Existe associação entre a presença de hábitos
parafuncionais em vigília e a presença de DTM muscular?
Revisão sistemática da literatura
Juliana Padilha, Janaina Jorge, Leticia Wambier, Daniela Gonçalves
FOAr-UNESP
Introdução
Uma revisão sistemática da literatura foi conduzida para avaliar a associação entre a presença de hábitos parafuncionais e a disfunção
temporomandibular (DTM) de origem muscular.
Métodos
O protocolo da revisão sistemática foi registrado no banco de dados PROSPERO (Estudo – CRD 42020177807). Foi realizada uma
busca sistematizada por estudos observacionais nas bases PubMed, Scopus, Web of Science, Biblioteca Virtual em Saúde, Biblioteca
Cochrane e na literatura cinzenta. Foram estabelecidos como critérios de inclusão estudos observacionais conduzidos em amostras de
indivíduos adultos, e que tenham investigado a relação entre hábitos parafuncionais orais e DTM muscular de acordo com os critérios
do Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/ TMD). Os critérios da Escala de Newcastle-Ottawa (NOS)
para risco de viés foram usados para avaliar a qualidade interna dos estudos incluídos
Resultados
Após a busca nas bases de dados e a remoção das duplicações, 2514 estudos foram identicados. Após a leitura dos títulos, 1121
estudos foram incluídos. Este número foi então reduzido para 126 estudos após a leitura dos resumos e o acesso aos textos completos
para vericar a elegibilidade. Dentre eles, 07 estudos foram incluídos na análise qualitativa. De acordo com a classicação proposta
pela NOS, três estudos foram considerados com alto risco de viés, um foi pontuado como risco de viés moderado e três foram
classicados com baixo risco de viés. Os estudos detectaram uma relação entre a DTM de origem muscular e diferentes atividades orais
parafuncionais (presença de contato dentário não funcional, tensão na mandíbula, face e cabeça, hábito de ranger os dentes, apertar
os dentes, mascar chicletes, onicofagia, morder lápis e segurar o telefone no ombro). No entanto, o número de estudos selecionados foi
pequeno e dentre eles foi observada heterogeneidade dos dados em relação a escolha dos hábitos parafuncionais a serem avaliados
e o método utilizado nesta avaliação.
Conclusão
Embora a revisão tenha apontado uma relação entre as atividades orais parafuncionais avaliadas e a DTM de origem muscular, foi
evidenciada a necessidade de maior homogeneidade da metodologia de pesquisa a respeito do tema.
Palavras-chave:
Disfunções temporomandibulares, Hábitos orais, Comportamentos Orais.
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 39
October 2020.
39
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.39
Kicomoto, N.; Bossa, B.; Pelizaro, M.; Volante, A.; Silva, A.; Bello, V.; Cardoso, N.
Headache Medicine
Gatilho alimentar associou-se à migrânea com aura
Natalia Kicomoto, Beatriz Bossa, Milena Pelizaro, Amanda Volante, Aline Silva, Valéria Bello, Nicole Cardoso
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Introdução
A migrânea é caracterizada por ataques de cefaleia que podem ser desencadeados por determinados alimentos. Entretanto há escassa
evidência dos mecanismos siopatológicos deste gatilho e seus efeitos sobre outros aspectos da migrânea. O objetivo do presente
estudo é investigar se pacientes com gatilhos alimentares apresentam diferenças entre o tipo de migrânea e outras variáveis clínicas
comparado com indivíduos que não têm gatilhos alimentares.
Material e Métodos
Estudo prospectivo observacional composto por participantes com diagnóstico de migrânea de ambos os sexos, com idade entre 18
a 70 anos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUC-PR. Foram avaliados dados demográcos como sexo,
idade, índice de massa corporal (IMC) e etnia. Foram obtidas informações sobre tipo de migrânea (com ou sem aura; episódica ou
crônica), idade de início da doença, frequência das crises, sintomas acompanhantes e desencadeantes de cefaleia. Os pacientes
também responderam a questionário validado para avaliar a incapacidade (Migraine Disability Assessment - MIDAS). Os dados
categóricos foram avaliados por teste de qui-quadrado ou Exato de Fisher. Dados contínuos foram avaliados pelo teste de Mann-
Whitney. Foi considerada diferença estatística quando p<0,05.
Resultados
Participaram do estudo 111 indivíduos com migrânea, destes 83,7% eram do sexo feminino, 36,9% apresentavam aura e 54,9% tinham
a forma crônica da doença. Pacientes com gatilhos alimentares tiveram maior chance de apresentarem migrânea com aura (OR 1,56;
p=0,005) e osmofobia (OR 1,52; p=0,019), quando comparados a pacientes que não percebiam gatilhos alimentares. Da mesma
forma houve associação entre a presença de gatilho alimentar e gatilhos de odor (OR 1,55; p=0,008), estresse (OR 1,71; p=0,35) e
menstruação (OR1,59; p=0,190). Não houve diferença na idade, sexo, etnia, IMC, migrânea crônica, fonofobia, fotofobia, alodinia,
MIDAS, bem como de outros gatilhos entre pacientes com gatilhos alimentares comparado com os que não possuem este fator.
Conclusão
Indivíduos que perceberam gatilhos alimentares tiveram maiores chances de ter migrânea com aura e osmofobia ictal. Também
apresentaram maior frequência de ataques desencadeados por odores, estresse e menstruação. A relação entre dieta e migrânea ainda
é controversa e há necessidade de investigações adicionais.
Palavras-chave:
Migrânea, Aura, Dieta, Osmofobia
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 40
October 2020.
40
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.40
Barros, G.; Fortunato, P.; Ueno, D.; Junior, H.; Silva, J.; Gulhote, D.; Sukessada, M.
Headache Medicine
Oftalmoplegia dolorosa por inltração metastática do seio cavernoso: relato de
três casos
Gabriel Barros, Pedro Fortunato, Danilo Ueno, Hilton Junior, João Silva, Daniela Gulhote, Mariana Sukessada
PUC-Campinas
Introdução
Inltrações metastáticas para as estruturas intracranianas são manifestações tardias e infrequentes dos tumores de cabeça e pescoço.
Aqui, relatamos três casos de oftalmoplegia dolorosa secundária ao acometimento do seio cavernoso por carcinoma espinocelular
(CEC) de laringe, em dois dos casos, e adenocarcinoma espinocelular da glândula parótida, em um dos casos.
Material e Métodos
A partir das informações extraídas da evolução clínica do paciente, reportamos os casos a m de aumentar a visibilidade e a
importância da compreensão dos casos de metástases tumorais para o seio cavernoso, resultando em oftalmoplegia. A divulgação dos
dados foi autorizada pela paciente mediante Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
Resultados
Homem, 47 anos, apresenta dor retro-orbitária e oftalmoplegia progressiva 5 meses após ressecção de CEC de laringe e radioterapia
local. Paciente vem a óbito após dois meses. Homem, 44 anos, 9 meses após exérese de CEC de laringe e posterior radioterapia,
apresenta-se com dor severa e paralisia do NC VI esquerdo. Após 2 meses, houve intensicação da dor e o paciente faleceu em
1 mês. Em ambos os casos, os pacientes foram submetidos à ressecção cirúrgica do CEC de laringe e à radioterapia local. Nos
exames de imagem, foi evidenciado o acometimento do seio cavernoso. Mulher, branca, 67 anos, com massa tumoral na região pré-
auricular esquerda. Realizada biópsia, evidenciou-se adenocarcinoma espinocelular da glândula parótida. Após parotidectomia total,
foi realizada remoção do gânglio cervical supra-omohióideo. Após a cirurgia, o paciente recebeu radioterapia por 3 meses. Dezoito
dias após o m da sessões, a paciente se queixou de cefaleia frontal e temporal direita, mais intensa na região retro-orbital. Após um
mês, iniciou-se o desenvolvimento da síndrome do seio cavernoso completa, sendo que o NC VI direito foi o primeiro a ser acometido.
Nesse período, uma RNM cerebral revelou um lesão hipointensa na imagem ponderada em T1 e hiperintensa em T2, com hipersinal
periférico, no seio cavernoso direito, sugestivo de metástase. A paciente recebeu quimioterapia, mas evoluiu a óbito um s depois.
Conclusões
Nos pacientes com oftalmoplegia dolorosa as hipóteses mais comuns são a neuropatia diabética e síndrome de Tolosa-Hunt. O
envolvimento do seio cavernoso pode ser a primeira evidência de uma doença distante de cabeça e pescoço. Apesar do mau prognóstico,
cuidados paliativos devem ser considerados.
Palavras-chave:
Seio Cavernoso, Metástase, Oftalmoplegia Dolorosa
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 41
October 2020.
41
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.41
Lellis, C.; Junior, W.; Martins, C.; Silva, S.; Dib, A.; Tertuliano, P.; Silva, L.
Headache Medicine
A inuência da obesidade no desenvolvimento da migrânea: uma revisão
sistemática da literatura
Caio Lellis, Weldes Junior, Camila Martins, Sara Silva, Ana Dib, Pedro Tertuliano, Ledismar Silva
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
A migrânea é um tipo de cefaleia primária que apresenta alta prevalência na sociedade, ocasionando prejuízo na qualidade de vida
dos acometidos. Embora ainda questionado a relação entre obesidade e migrânea, observa-se uma maior prevalência dessa cefaleia
em indivíduos obesos. O objetivo desta revisão é buscar na literatura atual se há alguma relação da obesidade com a manifestação
da migrânea, avaliando a ecácia de dietas menos calóricas e redução de peso.
Material e Métodos
Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nos bancos de dados do PubMed e Lilacs, com os descritores: “Obesity AND
Migraine, sendo selecionados os relatos de caso, metanálises e ensaios clínicos publicados nos últimos 10 anos (n= 22 artigos). Foram
excluídos os estudos que ainda não foram concluídos e aqueles que não se enquadravam nos objetivos, assim restaram 13 artigos.
Resultados
Os estudos concluíram que há uma relação direta entre a obesidade e a pré-obesidade com o aumento da intensidade e frequência
da migrânea, independentemente da idade, sendo o sexo feminino mais afetado. Um dos artigos apontou que a dieta cetogênica
pobre em calorias é ecaz para a melhoria rápida e a curto prazo das crises de migrânea em pacientes com excesso de peso, no
entanto, necessita-se de mais estudos que apontem a duração efetiva da dieta e se ela se aplica a todos os pacientes obesos. Também,
foi apontado que a terapia comportamental e o exercício físico obtiveram efeitos signicativos sobre a intensidade e a frequência dos
episódios de migrânea nos pacientes obesos. Ademais, um ensaio clínico observou que o programa de intervenção interdisciplinar
reduziu signicativamente a adiposidade em adolescentes obesos entre 14 e 16 anos, sendo essa mudança no IMC associada com
uma melhora signicativa da migrânea nos 12 meses após a terapêutica. Acerca da cirurgia bariátrica, dois estudos concluíram
que houve relação entre essa técnica cirúrgica e o alívio acentuado da gravidade e duração da enxaqueca, bem como o aumento
signicativo do número de dias sem crises, principalmente em mulheres obesas na pré menopausa.
Conclusões
A redução de peso mostrou impacto positivo no manejo da migrânea em pacientes obesos, dessa forma, a dieta cetogênica pouco
calórica, exercícios físicos regulares, a terapia comportamental e, em casos necessários, a cirurgia bariátrica são opções terapêuticas
seguras e ecazes na redução da frequência e intensidade das crises de enxaqueca.
Palavras-chave:
Migrânea; obesidade; cefaleia
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 42
October 2020.
42
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.42
Peres, M.; Swerts, D.
Headache Medicine
Placebo effect in chronic migraine prevention. A systematic review
Diego Swerts, Mario Peres
FISCAE
Background
The preventive management of headaches has different routes of administration (Oral, Subcutaneous, Intravenous, and Application to the
head). Placebo effect is a powerful determinant of health outcomes in several disorders, Meta-analysis of clinical trials in pain conditions
such as bromyalgia and osteoarthritis shows placebo effect can contribute to up to 75% of the overall treatment effect. The placebo
effect on different routes of administration is poorly described. Thus, we seek to analyze in this meta-analysis the difference between the
routes of administration in the placebo effect in the management of chronic migraine.
Methods
We conducted a meta-analysis with 8 randomized , double blind, Placebo Clinical trials, with 2498 persons. Men and Women over 18
who suffer from chronic migraine (over 15 migraine episodes per month for 3 months) without associated comorbidities. We compared
those who received placeboadministered agent for preventive treatment of chronic migraine SC, EV or oral against those who received
placebo-administered head injection. The primary outcome was reduction in the number of days with migraine in the month assessed at
12 weeks of treatment compared with baseline.
Results
Our study showed that placebo responses were greater when botulinum toxin type A was applied in the head, followed by intravenous
injection of an anti-CGRP monoclonal antibody eptinezumab. Oral topiramate and subcutaneous Mabs had no difference, being inferior
to other routes of administration. Also, our analysis shows that much of the effect of drugs in the treatment of migraine is still due to the
high placebo effect, which contributes about 80% of the therapeutic gain.
Conclusions
Administration route affects placebo responses in CM preventive treatment but not therapeutic gain as much. Elucidating the underlying
mechanisms that mediate placebo effect in migraine treatment is benecial to clinical practice and drug development.
Keywords:
Chronic migraine, Placebo effect, Randomized clinical trials
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 43
October 2020.
43
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.43
Silveira, D. N.; Sakurai, G. S.; Soares, R. F.; Silva, J. O.; Silva, A. V.; Poli-Frederico, R. C.; Bello, A.
Headache Medicine
Desenvolvimento de e-book para auto-manejo da migrânea
Diogo Nabhan Silveira, Gabriel Sussumu Sakurai, Renato Rodrigues de Freitas Soares, João de Oliveira Silva, Aline Vitali
da Silva, Regina Célia Poli-Frederico, Valéria Aparecida Bello
PUCPR Londrina
Introdução
A Migrânea é um tipo de cefaleia primária que afeta muito a qualidade de vida dos pacientes. Com uma siopatologia complexa
e forte inuência genética, possui tratamento agudo e prolático com diversas opções disponíveis – e um futuro promissor de novas
drogas, bem como forte inuência de hábitos de vida, que incluem atividades físicas e qualidade de sono. A educação dos pacientes
tem sido cada dia mais valorizada e é muito importante porque proporciona maiores conhecimentos sobre a condição e estimula o
acompanhamento médico adequado, que se trata de uma doença de alta prevalência e notório impacto pessoal, econômico e social.
Objetivos
Desenvolver ferramenta que promova a compreensão da enxaqueca e a auto- gestão do tratamento pelo paciente através da educação
acerca de sua doença.
Material e Métodos
Foi desenvolvido um e-book voltado para pacientes com Migrânea, disponibilizado gratuitamente no site www.naoedrama.com.br.
As informações obtidas para a elaboração do mesmo foram trabalhadas para serem abordadas de forma simplicada, para a
compreensão por leigos. Após a leitura, os indivíduos foram convidados a responder avaliação sobre o conteúdo, por meio da
ferramenta Google Forms, com ciência e aceite do TCLE.
Resultados
Dentre mais de 1000 indivíduos que zeram o download do arquivo, 66 responderam ao questionário, dos quais 55 armaram
apresentar cefaleia frequentemente. Desse total, 89,1% pretendem mudar algumas atitudes ou tratamentos após a leitura do conteúdo,
principalmente hábitos de vida, que são muito ligados à prevenção da doença. A dia de idade foi de 33 anos, com níveis de
escolaridade altos: 95,5% dos participantes têm ensino médio completo. Os conteúdos foram considerados de fácil compreensão por
100% dos participantes e com informações novas por 89,4% deles.
Conclusões
A utilização de novas ferramentas tecnológicas, como o e-book, se provou como uma opção extremamente viável para a educação
do paciente, que houve considerável número de downloads do arquivo, ampla aprovação dos participantes da pesquisa e altos
níveis de compreensão das informações. A principal vantagem desse método foi a capacidade de inuenciar os pacientes a buscarem
melhorias em seu estilo de vida. De acordo com os resultados obtidos, o e-book gerou um impacto muito positivo para o auto-manejo da
Migrânea: cerca de 9 em cada 10 pacientes com cefaleia armaram que pretendem mudar algumas atitudes após a leitura do mesmo.
Palavras-chave:
E-book. Migrânea. Enxaqueca. Cefaleia. Educação do paciente.
Agência Financiadora:
Conselho Nacional de Desen- volvimento Cientíco e Tecnológico (CNPq). Parecer 3.029.972 do Comitê de Ética
em Pesquisa (CEP) da PUCPR.
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 44
October 2020.
44
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.44
Lellis, C.; Tertuliano, P.; Dib, A.; Silva, S.; Martins, C.; Junior, W.; Silva, L.
Headache Medicine
Bloqueio do gânglio esfenopalatino no manejo da cefaleia pós-punção dural:
uma revisão sistemática da literatura
Caio Lellis, Pedro Tertuliano, Ana Dib, Sara Silva, Camila Martins, Weldes Junior, Ledismar Silva
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
O gânglio esfenopalatino tem sido implicado na gênese das cefaleias pós-punção dural (CPPD). Sugere-se que o bloqueio do gânglio
esfenopalatino (BGEP) pode aliviar os sintomas dessa cefaleia que diminui a qualidade de vida de vários pacientes. O objetivo deste
estudo é averiguar se o BGE se mostrou uma opção terapêutica segura e ecaz no manejo da CPPD.
Material e Métodos
Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, delineada em dois dos quatro critérios da estratégia PICO, nos bancos de dados
PubMed e Lilacs, com os descritores: “Sphenopalatine Ganglion Block AND Headache”, totalizando 98 artigos. Os critérios de inclusão
foram: ensaios clínicos randomizados, relatos de caso, publicação a10 anos, língua inglesa. Excluiu-se os estudos duplicados,
aqueles artigos ainda não concluídos.
Resultados
Em um ensaio clínico randomizado, duplo cego, evidenciou- se que os pacientes que realizaram BGEP com 0,3 ml de bupivacaína a
0,5%, apresentaram uma queda signicativamente na escala de dor (NRS score), 15 e 30 minutos após administração do tratamento,
durando por 24h após o procedimento. Em consonância, um relato de caso, em que foi realizado um BGEP em contexto ambulatorial,
vericou- se que a administração de levobupivacaína a 0,5% no tratamento para CPPD causou uma melhora signicativa dos sintomas
por mais de 24 horas após o procedimento. Outros dois relatos de caso, um com três pacientes (lidocaína viscosa a 2%) e outro com
um paciente pediátrico, concluíram que o tratamento com BGEP reduziu signicativamente a intensidade da CPPD. Em desacordo, um
dos ensaios clínicos randomizados concluiu que o BGEP bilateralmente com 1 ml de anestésico local (lidocaína 4% e ropivacaína 0,5%)
ou placebo (solução salina) o teve efeito estatisticamente signicativo na intensidade da CPPD após 30 minutos. Por m, um relato de
caso concluiu que dois BGEP transnasal com lidocaína a 4% em cada narina de uma paciente grávida resultou em melhora signicativa
no mesmo dia, o estudo ressaltou que o bloqueio deve ser considerado para tratamento da dor de cabeça em grávidas, pelo profundo
alívio da dor e a prevenção de medicamentos sistêmicos.
Conclusão
O BGEP se mostrou seguro e ecaz na redução da intensidade da CPPD durante as primeiras horas, no entanto os estudos apresentaram
discordância a respeito da sua ecácia a longo prazo, necessitando de estudos de maior evidência cientíca sobre esse assunto.
Palavras-chave:
Bloqueio do Gânglio Esfenopalatino, Cefaleia pós-punção dural, Cefaleia
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 45
October 2020.
45
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.45
Lellis, C.; Oliveira, G.; Bessa, I.; Corrêa, M.; Cruz, I.; Silva, L.
Headache Medicine
Opções terapêuticas atuais na cefaleia do tipo tensional em idosos
Caio Lellis, Giovannade Oliveira, Isabela Bessa, Mônia Corrêa, Isabella Cruz, Ledismar da Silva
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
A cefaleia tensional (CTT) é o tipo mais comum de cefaleia primária, sendo caracterizada por ataques dolorosos em aperto, tipicamente
bilaterais, com duração de horas ou dias, prejudicando signicativamente as atividades diárias dos seus portadores. Tendo em vista as
mudanças na etrutura etária da população e a importância da medicina moderna oferecer uma melhor qualidade de vida (QV) para o
idoso, o objetivo deste estudo é buscar as formas de tratamentos atuais mais ecazes no manejo da CTT nesses pacientes.
Material e Métodos
Foi realizado uma revisão sistemática da literatura no banco de dados PubMed, com os descritores: “Tension headache AND Elderly”.
Foram usados os ltros: relatos de caso, ensaio clínico, metanálise, últimos 5 anos, idade acima de 65 anos. Excluiu-se os trabalhos
que não se enquadravam nos objetivos.
Resultados
Um estudo prospectivo concluiu que a combinação do tratamento medicamentoso padrão com o tratamento cognitivo-comportamental
(TCC) para CTT foi capaz de diminuir a intensidade e a frequência da cefaleia, além dos prejuízos especícos como a depressão e as
mudanças cognitivas relacionaas à dor. Foram incluídos no TCC: a psicoeducação, relaxamento muscular progressivo, estratégias de
enfrentamento da dor e do estresse. Outro estudo evidenciou que a toxina botulínica A (TXB-A), quando aplicada nos músculos frontal,
risório, abaixador do ângulo da boca, zigomático maior e menor e orbicular do olho, mostrou-se ecaz no tratamento da CTT causada
por espasmo hemifacial (EHF), apresentando melhora signicativa da cefaleia, em grau e frequência, em 70,6% dos pacientes. Em
consonância, outro estudo relacionou o uso de TXB-A com a diminuição do consumo de triptano e redução da gravidade e frequência
da cefaleia em pacientes com CTT. Ademais, dois ensaios clínicos apontaram que a cnica de inibição dos músculos suboccipitais
esteve associada a uma melhora signicativa na QV e nas dimensões física e emocional dos pacientes idosos com CTT episódica ou
crônica, tanto durante como no s-tratamento. Por m, a acupuntura como opção terapêutica da CTT apresentou rsultados divergentes
na literatura analisada.
Conclusão
Percebeu-se ecácia signicativa da TXB-A, da TCC e da técnica de inibição dos músculos subboccipitais na redução da intensidade e
frequência da dor em idosos com CTT. Além disso, necessita-se de estudos de maior rigor cientíco para analisar o papel da acupuntura
nesses pacientes.
Palavras-chave:
Cefaleia tensional, Idosos, Geriatria, Cefaleias primárias.
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 46
October 2020.
46
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.46
Rocha Filho, P. A. S.; Oliveira, F. A. A.
Headache Medicine
Cefaleia atribuída ao acidente isquêmico transitório: frequência e características
Pedro Augusto Sampaio Rocha Filho, Felipe Araújo Andrade de Oliveira
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução
Os poucos trabalhos que avaliaram a cefaleia atribuída ao acidente isquêmico transitório estimam sua frequência entre 7,4 e 34%
dos casos. Pouco se sabe sobre as características dessa cefaleia. Temos como objetivos avaliar a frequência da cefaleia atribuída ao
acidente isquêmico transitório e suas características.
Método
Trata-se de um estudo transversal. Foram incluídos pacientes consecutivos internados no Real Hospital Português de março de 2017 a
maio de 2020 com diagnóstico de acidente isquêmico transitório (AIT). Os pacientes foram avaliados por neurologista com experiência
no diagnóstico e tratamento de cefaleias. Para a coleta de dados, utilizou-se questionário semi-estruturado. Todos os pacientes zeram
exame físico e neurológico. Todos os pacientes zeram ressonância magnética de encéfalo. O projeto foi aprovado pelo comitê de
ética do hospital
Resultados
Foram incluídos 44 pacientes, 24/44 (55%) eram homens, idade mediana: 66 (59; 77,5) anos. O tempo mediano entre o início dos
sintomas e a chegada ao hospital foi de 2,8 horas (1,5; 5); a mediana da pontuação da escala de AVC do NIH à admissão foi de 0
(0 ; 0). Em relação à etiologia do AIT: doenças de grandes vasos (n=7), cardioembólico (n=6), outras causas (n= 3); indeterminado
(n= 28). Quinze (34,1%) pacientes tiveram cefaleia atribuída ao AIT, em 10/15 (67%) esta teve inicio insidioso; em 9/15 (60%) foi
bilateral, a mediana de duração foi de 3 horas (0,8; 15); intensidade mediana: 5 (3; 6). Em 6/15 (40%) a cefaleia iniciou-se antes do
AIT (mediana de 12 h antes; 10; 15); em 2, ao mesmo tempo, e em 7/15 (47%), depois (mediana de 4 h depois; 1; 27). Em relação
aos sintomas associados, um teve fonofobia, um teve fotofobia, 3 tiveram náuseas e um teve vômitos. A cefaleia possuía padrão de
migrânea em um paciente (6,6%), possuía padrão de cefaleia tipo tensional em 10 pacientes (66,6%) e em 04 pacientes (26,6%), esta
era inclassicável. A ocorrência de cefaleia atribuída ao AIT não teve associação com o sexo (qui-quadrado; p=0,60), idade (Mann-
Whitney; p: 0,804), com a pressão arterial sistêmica sistólica (Mann-Whitney; p: 0,81) ou com a pressão arterial sistêmica diastólica à
admissão (Mann-Whitney; p: 0,36).
Conclusão
A cefaleia atribuída ao AIT tem frequência alta, mais frequentemente tem inicio insidioso, é bilateral, inicia-se após os décits focais e
tem fenótipo de cefaleia tipo tensão.
Palavras-chave:
Cefaleia, Cefaleia secundária, Acidente insquêmico transitório
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 47
October 2020.
47
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.47
Lellis, C.; Campos, L.; Siqueira, L.; Braga, A.; Diniz, P.; Silva, L.
Headache Medicine
Termocoagulação por radiofrequência no tratamento da neuralgia do trigêmeo:
uma revisão sistemática da literatura
Caio Lellis, Luiza Campos, Laura Siqueira, Aline Braga, Paulo Diniz, Ledismar da Silva
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
A neuralgia do trigêmeo consiste em uma neuropatia que acomete uma ou todas as porções do V nervo craniano, resultando em uma
intensa dor facial. Nesse contexto, a termocoagulação por radiofrequência (TRF) consiste em uma técnica que visa destruir, de forma
seletiva, as bras nervosas do grupo C por meio do calor gerado pela radiofrequência. O objetivo desta revisão é analisar a ecácia
da termocoagulação como opção terapêutica da NT.
Material e Métodos
Realizou-se uma revisão sistemática da literatura no banco de dados do PubMed, com dos descritores: “Trigeminal neuralgia AND
Radiofrequency thermocoagulation. Foram selecionados apenas os ensaios clínicos e os relatos de caso publicados em inglês nos
últimos 10 anos. Excluiu-se os estudos que não se enquadravam nos objetivos, restando 13 estudos para compor a revio.
Resultados
Um ensaio clínico prospectivo apresentou o desenvolvimento de uma nova técnica de TRF para bloqueio seletivo do nervo trigêmeo V2
em forame rotundo (FR), alternativamente à abordagem clássica do forame oval (FO), concluindo que a nova terapêutica apresenta bom
alívio imediato e sustentado da dor. Acerca da abordagem clássica, outro estudo constatou que o RFT está associado a uma elevada
taxa de recorrência em pacientes com variações anatômicas do FO, propondo uma técnica acessando o gânglio de Gasser a partir
de um ângulo mandibular sob tomograa computadorizada (TC) e orientação de neuronavegação, que pode complementar a TRF.
Também, concluiu-se que a TRF se mostrou mais ecaz que a termocoagulação por rizólise percutânea de glicerol anidrido (PRGR) no
fornecimento de alívio completo e imediato da dor, sendo que 41% dos pacientes do grupo TRF não exigiram quaisquer medicamentos
adicionais durante o período de estudo e 82% relataram alívio signicativo da dor, enquanto o grupo do PRGR apresentou apenas
35% e 50%, respectivamente. Ademais, dois estudos apresentaram que a TRF é mais ecaz quando utilizada juntamente com a
radiofrequência pulsada (PRF), reduzindo as complicações pós-operatórias e elevando a velocidade de recuperação.
Conclusão
A TRF se mostrou uma opção terapêutica segura e ecaz no manejo da neuralgia trigeminal, sendo que a TC e as técnicas de
neuronavegação são recomendadas por conta das variações anatômicas. Além disso, foi proposta uma nova abordagem pelo FR que
mostrou resultados signicativos na redução da dor quando comparada com a abordagem tradicional pela FO.
Palavras-chave:
Neuralgia do trigêmeo, Termocoa- gulação por radiofrequência, Dor neuropática
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 48
October 2020.
48
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.48
Lellis, C.; Oliveira, M.; Lemos, L.; Oliveira, G.; Silva, S.; Junior, W.; Silva, L.
Headache Medicine
Toxina botulínica tipo a no manejo da neuralgia do trigêmeo: uma revisão
sistemática da literatura
Caio Lellis, Maria Oliveira, Luísa Lemos, Giovanna de Oliveira, Sara Silva, Weldes Junior, Ledismar da Silva
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
A neuralgia do trigêmeo se caracteriza através de episódios recorrentes de dor severa, localizada em pequenas áreas do rosto.
Acredita-se que a sua principal causa seja por uma compressão do quinto nervo craniano por uma alça arterial ou venosa aberrante,
levando à desmielinização das bras sensoriais do nervo trigêmeo. Alguns estudos têm demonstrado que o uso de Toxina Botulínica do
tipo A (Tb-A) apresenta efeitos positivos no manejo da neuralgia do trigêmeo. O objetivo desta revisão é avaliar a ecácia terapêutica
da Tb-A no manejo da dor em pacientes com NT.
Material e Métodos
Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, delineada nos 4 critérios da estratégia PICO, nos bancos de dados PubMed e Lilacs.
Os descritores utilizados foram: trigeminal neuralgia AND Botulinum toxin type A, sendo selecionados apenas os ensaios clínicos
randomizados, metanálises e relatos de caso publicados nos últimos 10 anos. Excluiu-se os estudos que não se enquadravam nos
objetivos, restando 15 artigos para compor a revisão.
Resultados
Um dos estudos analisados concluiu que a Tb-A é uma estratégia eciente e segura no alívio da dor em pacientes com NT, com
impactos positivos na ansiedade, depressão e qualidade do sono, sendo que as taxas de ecácia analisadas após 1, 2, 4 e 6
semanas de tratamento foram 48,28%, 66,67%, 78,16% e 80,46%, respectivamente. Também, um ensaio clínico que avaliou 15
pacientes com NT tratados com Tb-A concluiu que houve redução da frequência e da severidade dos ataques de dor em todo o grupo,
sendo que em 7 pacientes (46%) a dor foi completamente erradicada e não houve necessidade de mais medicação, em 5 os anti-
inamatórios não esteroides (AINEs) foram sucientes para aliviar os ataques de dor e apenas em 3 pacientes houve a necessidade
do uso de medicamentos anticonvulsivantes após a injeção da toxina. Por m, um relato de caso acompanhou um paciente em uso
carbamazepina há 3 anos para tratamento da NT, que foi submetido a injeção de 50 U de Tb-A intramuscular no masseter, concluindo
que esse tratamento produziu efetiva diminuição da dor por cerca de 5 meses nesse paciente. Os estudos não encontraram efeitos
colaterais signicativos secundários ao uso da Tb-A.
Conclusão
A Tb-A se mostrou uma opção terapêutica segura e efetiva no manejo da dor dos pacientes com NT, reduzindo o consumo de AINEs
e antiepiléticos, aumentando a qualidade de vida e do sono e, consequentemente, diminuindo os escores de depressão e ansiedade.
Palavras-chave:
Neuralgia do trigêmeo; Toxina botulínica tipo A; Dor neuropática
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 49
October 2020.
49
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.49
Bossa, B.; Kicomoto, N.; Vitali, A.; Bello, V.; Frederico, R.
Headache Medicine
Inuência do TGFB1 RS18004469 do alelo -509C>T E IFN-GAMA RS2069707
do alelo -764G>C E +874 com a patogênse da migrânea
Beatriz Bossa, Natalia Kicomoto, Aline Vitali, Valéria Bello, Regina Frederico
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Introdução
A migrânea é uma das doenças mais prevalentes e incapacitantes no mundo, sendo mais prevalente no sexo feminino. As causas da
migrânea são diversas, incluindo não somente fatores ambientais, tais quais o estresse e distúrbios do sono, como também componentes
genéticos de origem poligênica, com diversos polimorsmos e locus associados. Sabendo disso, o objetivo deste trabalho foi relacionar
os polimorsmos TGFB1 rs18004469 do alelo -509C>T e IFN-y rs2069707 do alelo -764G>C e +874 com a patogênese da migrânea.
Material e Métodos
Foi realizado um levantamento bibliográco nas bases de dados PubMed, Scielo, UpToDate, Science Research, Springer link e Science
direct, bem como a busca manual nas revistas The Lancet, Nature, Elsevier, The New England Journal of Medicine (NEJM) e Headache.
Na revisão de literatura, foram incluídos artigos nos idiomas inglês e português e relacionados aos polimorsmos TGFB1 rs18004469
do alelo -509C>T e IFN-y rs2069707 do alelo -764G>C e +874.
Resultados
A partir da revisão de literatura, pôde-se evidenciar que o polimorsmo TGFB1 rs18004469, que codica uma citocina antiinamatória,
está intimamente ligado a supressão da inamação no sistema nervoso central, sugerindo que os níveis de TGFB1 sejam mais elevados
nos pacientes migranosos. Em contrapartida, o IFNgama rs2069707 e rs2430561, com o alelo T na posição +874, é responsável
por codicar grandes quantidades de citocinas pró- infamatórias, as quais podem ativar vias cerebrais que alteram o metabolismo
da serotonina, inuenciando na inamação neurogênica e vasoconstrição, alterações que ocorrem na depressão e que encontram-se
intimamente ligadas a patogênese da migrânea
Conclusões
O estudo sugere que existe uma relação entre o TGFB1 rs18004469 e a supressão da cascata inamatória que ocorre na enxaqueca,
bem como uma interação dos polimorsmos rs2069707 e rs2430561 do IFN-gama na siopatologia da migrânea. Apesar disso, ainda
existem poucos estudos relacionando tais polimorsmos com a siopatologia da enxaqueca.
Palavras-chave:
Fisiopatologia, Fator de transformação do crescimento, Interferon-gama, Polimorsmo genético, Transtornos de enxaqueca
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 50
October 2020.
50
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.50
Lellis, C.; Cruz, I.; Corrêa, M.; Bessa, I.; Oliveira, G.
Headache Medicine
Opções terapêuticas e proláticas na cefaleia pós punção dural: uma revisão
sistemática da literatura
Caio Lellis, Isabella Cruz, Mônia Corrêa, Isabela Bessa, Giovanna de Oliveira
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
A International Classication of Headache Disorders dene a cefaleia pós-punção dural (CPPD) como aquela que ocorre em até cinco
dias após punção lombar (PL), causada por vazão de licor através do ponto de punção na dura-máter. Possui como fatores de risco ser
adulto jovem, sexo feminino, gestante, história prévia de CPPD, maior calibre da agulha e/ou bisel cortante. O objetivo deste estudo é
buscar as atuais opções terapêuticas e preventivas da CPPD, averiguando a segurança e a ecácia destas.
Metodologia
Foi feita uma revisão sistemática da literatura no banco de dados PubMed, com os descritores: “Post-Dural Puncture Headache AND
(Prevention OR Treatment)”. Selecionou-se apenas os ensaios clínicos e os estudos randomizados publicados integralmente em inglês
nos últimos 10 anos. Excluiu-se os estudos duplicados e aqueles que o se enquadravam nos objetivos da revisão, restando 13 artigos.
Resultados
Um ensaio clínico multicêntrico randomizado concluiu que a aminolina, metabólito ativo da teolina, pode ser útil não no tratamento,
como também na prevenção da CPPD, pois associou-se com redução da intensidade da dor, com escores positivos na Impressão Global
de Mudança para o Paciente e sem evidência de grandes efeitos adversos. Em acordo, um estudo realizado com gestantes, demonstrou
redução signicativa da incidência de CPPD com pré-administração de 250 mg de aminolina durante cesariana eletiva sob anestesia
combinada raqui-peridural. Também, outro ensaio duplo-cego, randomizado, com 61 mulheres, observou que a incidência de cefaleia
pós-punção dural foi de 78% no grupo de morna intratecal e de 79% no grupo de solução salina intratecal, não havendo diferenças
signicativas entre os grupos no início, duração ou gravidade da dor. Além disso, muitos estudos citaram o bloqueio do gânglio
esfenopalatino (BGE) como seguro e ecaz no manejo da CPPD, sendo que um deles evidenciou que os pacientes que realizaram esse
procedimento com 0,3 ml de bupivacaína a 0,5%, apresentaram uma queda signicativamente na escala de dor, 15 e 30 minutos após
administração do tratamento, durando por 24h após o procedimento.
Conclusão
A aminolina e o BGE se mostraram seguros e ecazes como opção terapêutica da CPPD, sendo que o primeiro também mostrou
bons resultados como opção prolática. a morna e solução salina intratecais não diminuíram signicativamente a incidência ou a
gravidade desse tipo de cefaleia.
Palavras-chave:
Cefaleia Pós-Punção Dural; CPPD; Aminolina; Bloqueio do gânglio esfenopalatino
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 51
October 2020.
51
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.51
Amaral, D.; Silva, M.; Silva, J.; Sequeira, R. B.; Sampaio, G.; Ribeiro, C.
Headache Medicine
Tendência das taxas de internação e mortalidade por acidente vascular
cerebral no centro-oeste estraticado por sexo, no período de 2009 a 2018
Danilo Amaral, Murilo Silva, Jonatan Silva, Mateus Sequeira, Ronan Borba, Guilherme Sampaio, Cejane Ribeiro
Universidade Federal de Goiás
Introdução
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) atualmente é uma das causas mais comuns de óbito no Brasil, podendo ser isquêmico ou
hemorrágico. O AVC consta na Lista Brasileira de Condições Sensíveis à Atenção Primária, sendo passível de redução com uma
atenção primária à saúde oportuna e ecaz, tornando necessários estudos sobre a situação no Centro-Oeste. Este trabalho objetiva
analisar a tendência das taxas de internação e mortalidade por Acidente Vascular Cerebral(AVC), não especicado como Hemorrágico
ou Isquêmico na região Centro-Oeste, estraticado por sexo.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais da taxa de internação (TI) e taxa de mortalidade (TM) por AVC, no período
entre janeiro de 2009 a dezembro de 2018 no Centro-Oeste. Para isso foram utilizados dados do SIH e SIM. Calculou-se a TI e a TM
utilizando a razão entre número de internações ou número de óbitos, respectivamente, e a população residente, multiplicando por
100.000.
Resultados
Foram analisadas 84007 internações por AVC, sendo o sexo masculino com maior número de internações, 45157, e o sexo feminino
com 38850 internações. O sexo masculino teve as maiores TI com média de 59,84 internações/100.000 habitantes. Para as análises
das tendências da taxa de internação e de mortalidade foi utilizado o todo de Prais-Winsten. As tendências das séries temporais
das TI foram crescentes (p-valor<0,05 e valor de beta > 0). O maior número de mortes é do sexo masculino, com 10970 mortes. As
maiores TM foram do sexo masculino com TM média de 14,67 mortes/100.000 homens, seguido da TM geral com média de 13,56
mortes/100.000 e pela TM feminina com 12,45 mortes/100.000 mulheres. A tendência temporal das TM masculina, geral e feminina
é decrescente (p<0,05 e beta<0). As limitações do presente estudo são em relação às fontes de dados (SIH e SIM), já que os valores
podem estar subestimados.
Conclusão
O estudo evidenciou uma tendência crescente das TI e decrescente das TM por AVCI no período em questão. Essa tendência das TI
pode evidenciar um mau controle de fatores de risco cardiovasculares como aterosclerose e embolias, por exemplo, o que sugere uma
ineciência na atenção primária a saúde. a tendência decrescente das TM pode sugerir que os serviços hospitalares recebem os
pacientes em estado não tão deteriorado ou uma ecácia da intervenção hospitalar nessas situações de AVC no período. Novos estudos
podem ser feitos para avaliar essas associações.
Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral, Mortalidade, Internações, Goiás
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 52
October 2020.
52
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.52
Tolentino, G.; Pinheiro, C.; Florencio, L.; Oliveira, A.; Fernandez-de-Las-Peñas, C.; Dach, F.; Bevilaqua-Grossi, D.
Headache Medicine
A incapacidade cervical está relacionada à frequência de crises de migrânea
e à presença de aura
Gabriella Tolentino, Carina Pinheiro, Lidiane Florencio, Anamaria de Oliveira, Cesar Fernandez-de-Las-Peñas, Fabíola
Dach, Debora Bevilaqua-Grossi
Universidade de São Paulo
Introdução
A presença de dor cervical é bem conhecida no quadro de migrânea, bem como a associação entre e a alta frequência de crises e
maior incapacidade cervical. No entanto, pacientes com aura apresentam alguns fatores que não são observados em indivíduos sem
aura, e a incapacidade cervical ainda não foi investigada neste grupo de pacientes. O objetivo do estudo foi comparar os níveis de
severidade da incapacidade relacionada à dor cervical entre pacientes com migrânea com e sem aura e migrânea crônica.
Métodos
Sessenta e duas mulheres com migrânea foram avaliadas e divididas em 3 grupos: Migrânea episódica sem aura (MoA, n=18, idade
32,3; DP 9,3), migrânea episódica com aura (MA, n=17, idade 32,8; DP 8,8) e migrânea crônica (CM, n=26, idade 34,1; DP 9,8). O
diagnóstico foi fornecido por um neurologista de acordo com a terceira edição da Classicação Internacional das Cefaleias. Todos
os participantes completaram o questionário Neck Disability Index e a severidade da incapacidade foi registrada. Os grupos foram
comparados pela severidade da incapacidade usando o teste quiquadrado (p<0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto-SP (nº12145/2016).
Resultados
Não foram observadas diferenças na idade, tempo de migrânea e intensidade da migrânea (p>0,05). A distribuição da severidade da
incapacidade cervical foi diferente entre os grupos (x2 = 21,89, p=0,001). Os grupos MA e MC apresentaram menor proporção de
indivíduos sem incapacidade (0% e 7,7%, respectivamente) do que o grupo MoA. Nos grupos MA e CM também foi observada maior
frequência de indivíduos com incapacidade moderada do que o grupo MoA (MA 52,9%, MC 38,5%, MoA 5,6%,).
Conclusão
A incapacidade relacionada à dor cervical é altamente prevalente em indivíduos com migrânea. No entanto, nos pacientes com aura e
migrânea crônica, essa incapacidade apresenta- níveis mais severos.
Palavras-chave:
cefaleia, dor cervical, incapacidade.
Estudo nanciado pela FAPESP – processo 2015/18031-5.
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 53
October 2020.
53
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.53
Amaral, D.; Silva, M.; Silva, J.; Sequeira, M.; Borba, R.; Pontes, L.; Silveira, C.
Headache Medicine
Análise das taxas de internações por enxaqueca e outras síndromes de algia
cefálica no estado de Goiás, no período de 2010 a 2019
Danilo Amaral, Murilo Silva, Jonatan Silva, Mateus Sequeira, Ronan Borba, Leanderson Pontes, Cejana Silveira
Universidade Federal de Goiás
Introdução
A enxaqueca é uma doença neurológica crônica caracterizada por ataques de cefaleia moderada ou grave e sintomas neurológicos
e sistêmicos reversíveis. Sua prevalência é de 15% da população, sendo mais comum no sexo feminino e é a segunda maior causa
neurológica de incapacitação. Portanto, são necessários estudos epidemiológicos sobre a situação da enxaqueca e outras síndromes
de algia cefálicas em Goiás. Este trabalho objetiva analisar a tendência das séries temporais das taxas de internações por Enxaqueca
e outras síndromes de algias cefálicas.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo ecológico das séries temporais das Taxas de Internações por Enxaqueca e síndromes de algia cefálica no estado
de Goiás estraticados por sexo e por faixa-etária (FE), no período de 2010 a 2019. Foram estraticadas 4 FE: até 19 anos, 20 a 39
anos, 40 a 59 anos e 60 anos ou mais. Os dados foram obtidos pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH-SUS), por isso, não
necessitou de submissão no comitê de ética em pesquisa.
Resultados
Foram analisadas 1957 internações, sendo 573 referentes ao sexo masculino e 1384 ao sexo feminino. A FE com maior números de
internações foi a de 20 a 39 anos com 798 internações e a FE com menor número foi a de até 19 anos com 4466 internações. A taxa
de internação média geral foi de 2,97 internações/100.000 habitantes. As maiores taxas de Internações são do sexo feminino com taxa
dia de 4,2 internações/100.000 habitantes. O sexo masculino tem taxa média de 1,73 internações/100.000 habitantes. A FE com
maior taxa de internação foi a de 60 anos ou mais com taxa média de 3,84 internações/100.000 habitantes. A tendência das séries
temporais foi calculada pelo método de Prais-winsten. A tendência das taxas de internações gerais foi crescente (b=0,013;p=0,039). A
tendência das taxas de internações do sexo masculino (b>0;p=0,111) e feminino(b=0,175;p=0,104) foram estacionárias. Em relação às
FE, todas apresentaram tendência estacionária, tendo p>0,05.
Conclusão
O estudo evidenciou um maior número de internações no sexo feminino e na FE de 20 a 39 anos, compatível com a maior prevalência
dessas cefaleias nessas populações. Apesar de as taxas de internações em ambos os sexos e todas as FE tiveram tendência estacionária,as
taxas de internações gerais da população goiana apresentaram tendência crescente, o que pode sugerir que pode haver um melhor
controle clínico dessas cefaleia. Novos estudos podem ser feitos a m de avaliar essas associações.
Palavras-chave:
Enxaqueca, Algias cefálicas, Epidemiologia, Internações, Goiás
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 54
October 2020.
54
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.54
Amaral, D.; Silva, M.; Silva, J.; Sequeira, M.; Borba, R.; Pontes, L.; Ribeiro, C.
Headache Medicine
Análise epidemiológica crítica das internações por infecções meningocócicas
em goiás entre 2010 e 2019
Danilo Amaral, Murilo Silva, Jonatan Silva, Mateus Sequeira, Ronan Borba, Leanderson Pontes, Cejana Ribeiro
Universidade Federal de Goiás
Introdução
As infecções meningocócicas são denidas como o conjunto de doenças causadas pela Neisseria meningitidis. Destas, mais de 90%
compreendem a meningite e sepse. No Brasil, os maiores coecientes de incidência de doença meningocócica são observados em
lactentes em seu primeiro ano de vida. No entanto, a infecção meningocócica pode se apresentar em qualquer idade, incluindo os
idosos. Diante disso, é necessário a continuidade de estudos epidemiológicos especicamente sobre a situação em Goiás.
Material e Métodos
Estudo ecológico realizado a partir do Sistema de Internações Hospitalares (SIH-SUS) e da Rede Interagencial de Informações para a
Saúde (RIPSA). Coletou-se dados das taxas de internação e mortalidade hospitalar relacionado à Infecção Meningocócica em Goiás
entre 2010 a 2019. Estraticou-se 4 FE: até 19 anos (FE1), 20 a 39 anos (FE2), 40 a 59 anos (FE3) e 60 anos ou mais (FE4). As taxas
empregadas são da ordem habitante/100.000.
Resultados
Foram encontradas 887 internações ao longo dos 10 anos. A FE com o maior número de internações foi FE1, apresentando um total
de 447, correspondente a 50,39% do total. Não houve prevalência de internação signicativa em relação ao sexo, isto é, o sexo
masculino, com o total de 460 casos e o feminino 427 casos. As taxas de mortalidade foram mais representativas estava presente nos
extremos etários, ou seja, para FE1 com 16,67 e FE4 com 28,57. Sobre taxa de internação, os grupos FE1 e FE4 têm maiores taxas
de internações, com 2,15 e 1,72 em 100.000, respectivamente. Em relação ao sexo, as taxas são próximas com 14,01 para o sexo
masculino e 13,03 para o feminino. Para a análise temporal utilizou- se o método de Prais-Winsten. A tendência da taxa de internação
por sexo foi estacionária (p-valor>0,05). Em relação a FE a taxa de internação fora o estacionária (p-valor<0,05) e decrescente
(b>0) para FE1 e estacionária para as outras FE.
Conclusão
O presente estudo evidenciou que em relação ao sexo não diferença signicativa nas taxas de internações, sendo os valores
aproximados. Nota-se uma taxa de mortalidade elevada nos extremos das idades, o que reforça o padrão de desenvolvimento infantil
ainda em formação e o processo siopatológico da população senil. Observa-se ainda que esses opostos etários apresentaram as
maiores taxas de internações. Além de, as taxas de internações na sua maioria ser estacionária, excetuando-se FE1 com comportamento
não estacionário e decrescente.
Palavras-chave:
Infecções, Meningocócicas, Epidemiologia, Goiás
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 55
October 2020.
55
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.55
Santos, T. F.; Santos, F. T.; Boari, L.
Headache Medicine
Comprometimento auditivo na migrânea vestibular
Thays Fernanda dos Santos, Fernanda Thaysa dos Santos, Leticia Boari
UNIFESP
Introdução
A migrânea vestibular (MV) é um dos distúrbios vestibulares mais comuns que afetam até 1% da população e 11% dos pacientes com
tontura em clínicas especializadas. Dos pacientes com MV, 61% apresentam perda auditiva subjetiva, pressão auditiva e zumbido
durante episódios de tontura e dores de cabeça
8
.
Material e Métodos
Projeto aprovado pelo comitê de ética e pesquisa parecer 2.709.353. Estudo prospectivo e transversal com avaliação de pacientes do
ambulatório de Otoneurologia do Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital do Servidor Público Estadual- FMO. Pacientes
entre 18 e 59 anos com diagnóstico de MV denida segundo os critérios da Bárany Society. Todos os pacientes foram submetidos a um
questionário, exame otorrinolaringológico, audiometria vocal e tonal e imitanciometria.
Resultados
Amostra foi composta por 50 pacientes, sendo toda do gênero feminino, com idades variando entre 20 e 58 anos — média de 48,1
anos. Foi realizada análise estatística com teste de Mann-Whitney e X
2
. A presença de queixa auditiva esteve presente em 76% dos
pacientes, sendo o zumbido a queixa mais prevalente, 52% dos indivíduos apresentaram mais que uma queixa auditiva. A perda
auditiva esteve presente em 44% dos indivíduos, sendo a maioria de caráter progressivo mostrando-se estatisticamente signicante,
visto que dos 33 indivíduos sem queixas, apenas oito se enquadrava no grupo acima de 5 anos. Quanto aos exames audiométricos,
58% estavam dentro dos padrões da normalidade.
Conclusão
A migrânea vestibular é uma entidade clinica altamente prevalente, que cursa com comprometimento auditivo em números expressivos,
bem como a doença de Meniere, havendo grandes sobreposições nos sintomas cocleovestibulares, o que pode levar a atraso no
diagnóstico clínico e tratamento adequado. Avaliar adequadamente os critérios diagnósticos, bem como estudos futuros sobre um padrão
de comprometimento auditivo na MV será de grande valia nessa patologia.
Descritores:
Migrânea Vestibular, Hipoacusia, zumbido, audiometria
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 56
October 2020.
56
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.56
Costa, B.; Carvalho, F.; Kubota, G.; Andrade, D.; Fortini, I.
Headache Medicine
Case report: migraine with aura in patient with cadasil
Bárbara Costa, Felipe Carvalho, Gabriel Kubota, Daniel Andrade, Ida Fortini
HC- FMUSP
Introduction
Cerebral autosomal dominant arteriopathy with subcortical infarcts and leukoencephalopathy (CADASIL) is the most frequent hereditary
cause of brain ischemic small vessel disease (1). Migraine with aura (MA) is typically the presenting and most common clinical feature of
CADASIL. The estimated prevalence of MA in CADASIL ranges from 20 to 40% (2).
Case Report
43-year-old woman, with previous history of hypertension, diabetes, and episodic migraine with visual aura, suffered three episodes of
hemihyposthesia in 2016, 2017 and 2018 (one on her right and the other two on her left). In the last of these episodes, she reported
worsening of the visual acuity of her right eye, and developed chronic migraine. Brain MRI showed extensive areas of conuent T2
hyperintensity in the white matter, as well as in the nucleocapsular and bilateral thalamic regions. In all three episodes the patient was
treated with IV or oral corticosteroids and had partial improvement of the symptoms. The patient had familiar history of relatives who
had suffered multiple strokes.
Discussion
The diagnosis of multiple sclerosis was rstly considered due to the evolution in clinical attacks and the response to corticotherapy.
However, the patients family history, MRI ndings and previous diagnosis of migraine with visual aurea lead to the suspicion of
CADASIL. This diagnosis was ultimately conrmed through genetic testing that showed C> T variation in NOTCH3 gene. Migraine was
successfully treated with greater occipital nerve blocks and topiramate.
Final Comment
CADASIL stroke-like attacks remain a therapeutic challenge. It is possible that corticosteroid treatment may benet these patients by
reducing the inammatory process that results from blood-brain barrier breakdown. More studies are needed to evaluate the efcacy and
safety of corticotherapy in this population.
Keywords:
CADASIL, migraine, aura, Leukoencephalopathy
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 57
October 2020.
57
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.57
Ramos, L.; Santos, A.; Azevedo, L.; Matalobos, J.; França, J.; Neto, M.; Gonçalves, M.
Headache Medicine
Frequência de desconforto crânio-orofacial relacionada ao uso de equipamen-
to de proteção individual – uma realidade da covid-19
Leonardo Ramos, Alisson Santos, Lisiane Azevedo, Juan Matalobos, Júlio França, Manoel Neto, Maria Gonçalves
Universidade CEUMA
Por se tratar de uma doença de condição altamente infecciosa a COVID-19, os prossionais de saúde precisaram intensicar o uso de
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) como máscara N95, óculos de proteção e visor facial, o que pode inuenciar no surgimento
ou piora da dor crânio-orofacial. Avaliar o surgimento e a piora de dor crânioorofacial devido ao uso de EPI. Estudo transversal
analítico, em prossionais de saúde, ambos os sexos, idade maior 18 anos, frequência >3 dias de trabalho na semana, com uso de EPIs
craniofaciais > 2horas p/dia, foram excluídos aqueles indivíduos que não responderem todo o questionário. Os dados dessa pesquisa
serão coletados via formulário Googlehttps://forms.gle/ i3jJn7XthYskuVQX9, contendo perguntas sobre dados sociodemográcos,
questões sobre uso do EPI e sinais e sintomas de dor orofacial conforme o Índice Anamnésico de Fonseca. Projeto aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa nº 2.629.868. A normalidade dos dados foi testada com o teste Kolmogorov-Smirnov, o teste exato de Fischer foi
utilizado para vericar a diferença entre os períodos e p<0,05 foi adotado. Foram avaliados 29 prossionais, 73,3% do sexo feminino,
com médias de idade 36 ± 9, 5 ± 1 trabalho semanal, 6 ± 4 horas de uso do EPI, os principais EPIs utilizados foram máscara N95
(93,10%), touca (89,66%) e óculos protetor (62%), as regiões com dor foram frontal (51,72%), temporal (44,83%), ATM e suboccipital
(24,14%), 85% tinham sinais e sintomas de DTM com score dio de 42 ± 27. Foi observada diferença do período pré-pandemia e
durante a pandemia na frequência de indivíduos que passaram a ter dor na região crânio-orofacial p=0,03, que passaram a utilizar
medicamentos para essa dor p=0,001 e na frequência de dias de dor na semana p=0,03. O uso de EPI por longos períodos aumentou
a frequência de dor na região crânio-orofacial apontando para a necessidade de prevenção da piora desses agravos por meio de EPIs
de usabilidade mais ergonômica e confortável associado a tratamentos para os indivíduos com condições mais severas.
Palavras-chave: Dor; orofacial; equipamento de proteção individual.
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 58
October 2020.
58
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.58
Nascimento, C.; Silveira, D.; Sakurai, G.; Soares, R.; Bello, V.; Silva, A.; Poli-Frederico, R.
Headache Medicine
Variante polimórca -308 g/a do gene tnf-a em pacientes
Com migrânea
Caio Nascimento, Diogo Silveira, Gabriel Sakurai, Renato Soares, Valeria Bello, Aline Silva, Regina Poli-Frederico
PUCPR
Introdução
A migrânea é uma doença neurológica que afeta os indivíduos, suas famílias e a sociedade, sendo a sétima patologia mais incapacitante
com prevalência mundial de 15 a 20% e uma incidência de 18% em pacientes do sexo feminino e 6% no sexo masculino. Clinicamente
caracteriza-se como uma cefaleia de intensidade moderada a forte, pulsátil, na maioria das vezes unilateral e pode ter sintomas
disautonômicos associados às crises, como náusea, vômitos, fotofobia, fonofobia e osmofobia. Além disso, pode ser classicada como
enxaqueca com aura ou sem aura. A etiopatogenia da doença está relacionada, principalmente, a suscetibilidade a uma inamação
neurogênica, na qual as citocinas modulam a dor e o gatilho para desencadear as crises. Sendo assim, este estudo teve como objetivo
avaliar o polimorsmo genético -308G/A do gene TNF-alfa na população avaliada.
Material e Métodos
Os participantes do estudo são provenientes do Ambulatório Acadêmico da PUCPR – Campus Londrina, em que foram diagnosticados
de acordo com a 3ª CIH, responderam a um formulário desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Cefaleia e às 3 escalas: MIDAS,
STAI-Y1/ STAI-Y2 e HIT-6. Foram obtidas 90 amostras de DNA dos participantes da pesquisa (46 do grupo com enxaqueca e 44 do
grupo controle). A genotipagem foi realizada por meio da técnica de PCR-SSP.
Resultados
Os grupos caso e controle foram pareados por idade, sexo e IMC (p<0,05). Foi encontrado uma maior parcela de indivíduos
heterozigotos AG (63,3%) e a frequência do alelo A se fez mais prevalente tanto no grupo controle (52%) quanto no grupo caso (54%)
não havendo diferenças estatísticas para as frequências genotípicas e alélicas (Qui-quadrado, p>0,05).
Conclusões
Em suma, não houve diferença signicativa dos genótipos e alelos do gene TNF-alfa entre os participantes com e sem enxaqueca. Estudos
futuros com maior número amostral e em diferentes populações devem ser investigados para avaliar o papel dos diferentes genótipos e
alelos da variante no gene -308G/A TNF-alfa na migrânea.
Palavras-chave:
Transtornos de Enxaqueca, Polimorsmo Genético, Fator de Necrose Tumoral alfa
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 59
October 2020.
59
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.59
Lellis, C.; Diniz, P.; Campos, L.; Dib, M.; Paniago, S.
Headache Medicine
Tratamento e prevenção da dor orofacial idiopática persistente: uma revisão
sistemática da literatura
Caio Lellis, Paulo Diniz, Luiza Campos, Maria Dib, Samyla Paniago
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
A dor orofacial idiopática persistente (DFIP) é um fenômeno que compreende um quadro de origem neuropática, composto pela
dor facial persistente, restrita à hemiface. Nesse contexto, sabe-se que o uso de antidepressivos tricíclicos, como a amitriptilina ou
nortriptilina, embora sejam o tratamento padrão, nem sempre se mostram ecazes. O objetivo deste estudo é revisar a literatura em
busca dos tratamentos e prolaxias atuais no manejo da DOIP.
Material e Métodos
Trata-se de uma revisão sistemática da literatura no banco de dados PubMed, com os descritores: “Persistent Idiopathic Orofacial Pain
AND (Treatment OR Prevention)”, selecionando os ensaios controlados randomizados, ensaios clínicos e relatos de caso publicados nos
últimos 10 anos (n = 18 artigos). Excluiu-se os estudos ainda não concluídos e aqueles que não se enquadravam nos objetivos.
Resultados
Um relato de caso concluiu que o bloqueio do gânglio esfenopalatino (BGEP) com anestésico local de curta ação gerou alívio
temporário da DOIP, independentemente da medicação utilizada, enquanto a implantação de um eletrodo neuroestimulante neste
gânglio levou a melhora do quadro clínico de dor e redução do consumo de opióides. Junto a isto, um ensaio clínico apontou que
pacientes com essa síndrome dolorosa apresentam menor inibição intracortical de curto intervalo em comparação aos controles, fato
que não possui relação com o uso de medicações analgésicas. Também, um relato de caso concluiu que a ablação dos nervos cervicais
superiores, seguida por analgesia epidural cervical contínua por 3 semanas, fornecem controle satisfatório da dor em pacientes com
DOIP. Por outro lado, um estudo randomizado, duplo cego, avaliou que a hipnose não inuenciou signicativamente a sensibilidade
somatossensorial relacionada a DOIP quando comparada com o grupo placebo. Ademais, um ensaio clínico não controlado concluiu
que a toxina botulínica tipo A (BoNT-A) se mostrou uma opção terapêutica segura e ecaz no manejo da odontalgia atípica, sub forma
da DOIP, aliviando signicativamente o desconforto e a dor intermitente.
Conclusão
As opções terapêuticas envolvendo neuromodulação, a ablação dos nervos cervicais superiores e injeções de BoNT-A mostraram
segurança e ecácia no manejo da DOIP, enquanto o BGEP mostrou alívio temporário da dor e a hipnose não apresentou resultados
positivos.
Palavras-chave:
Dor orofacial idiopática persistente, DOIP, Odontalgoa
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 60
October 2020.
60
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.60
Moreira, J.; Pinheiro, C.; Maciel, N.; Carvalho, G.; Dach, F.; Grossi, D.
Headache Medicine
Comparação do equilíbrio entre pacientes migranosos com e sem histórico de
quedas
Jéssica Moreira, Carina Prinheiro, Nicoly Maciel, Gabriela Carvalho, Fabiola Dach, Débora Grossi
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo
Introdução
Décits no controle do equilíbrio tem sido observado em pacientes com migrânea, bem como maior prevalência e medo de quedas.
No entanto, ainda não são conhecidas as alterações do equilíbrio relacionadas com a recorrência de quedas nestes pacientes. O
objetivo deste estudo foi comparar a preocupação com quedas e o controle postural de indivíduos com migrânea com e sem histórico
de quedas.
Material e Métodos
Este é um estudo transversal, no qual foram avaliadas 51 mulheres entre 18 e 55 anos diagnosticadas com migrânea de acordo com a
Classicação Internacional de Cefaleias. De acordo com a presença de histórico de quedas, os participantes foram divididos em dois
grupos: migrânea com histórico de quedas (n=24, 30,1 ± 7,4 anos) e migrânea sem histórico de quedas (n=27, 34,8 ± 9,4 anos). Todas
as voluntárias preencheram a Escala Internacional de Ecácia de Quedas (FES-I), que avalia a preocupação com o risco de quedas
durante a realização das atividades de vida diária. Para a avaliação do equilíbrio, as participantes foram orientadas a se manter
em pé sobre uma plataforma de força, em quatro condições que combinavam superfície de apoio (estável e instável) com input visual
(olhos abertos e olhos fechados). A área de oscilação do centro de pressão (CoP) foi mensurada em todas as condições. O estudo foi
aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o processo 16210/2015.
Resultados
Os grupos foram comparados com Teste T de Student (p<0,05). O grupo de com histórico de quedas apresentou maior a área de
oscilação do CoP (em cm2) nas condições de apoio em superfície estável com os olhos fechados (1,91±1,80) e em superfície instável com
olhos abertos (6,29±3,31) e olhos fechados (15,22±7,60) em comparação ao grupo sem histórico de quedas (1,08±0,63; 4,55±2,54;
10,42±2,70; respectivamente). Na condição de superfície estável com olhos abertos não houve diferença na área de oscilação entre
os grupos (p>0,05). A preocupação com o risco de quedas mensurada pelo FES-I também foi maior no grupo com histórico de quedas
(29,1±6,93 pontos) em comparação com o grupo sem histórico de quedas (22,9±5,0 pontos).
Conclusão
A presença de quedas recorrentes está relacionada com pior controle postural de pacientes com migrânea durante condições que
exigem maior integração entre os sistemas que compõem o equilíbrio, bem como com uma maior preocupação em cair durante
atividades de vida diárias.
Palavras-chave:
Transtornos de Enxaqueca. Quedas. Oscilação
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 61
October 2020.
61
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.61
Konzen, A.; Ribeiro, P.; Guimarães, A.; Caumo, W.; Rodrigues, L.
Headache Medicine
Correlação entre medidas psicofísicas de dor e sensibilização central
em pacientes com síndrome da dor crônica miofascial da face
Andressa Konzen, Pollyanna Ribeiro, Antônio Guimarães, Wolnei Caumo, Luciane Rodrigues
Slmandic Campinas
Introdução
A síndrome dolorosa miofascial (SDM) é uma das causas mais comuns de dor musculoesquelética, acompanhada de limitação de
abertura bucal ou desvio em abertura, além da exacerbação da dor em função. Em alguns casos, a perpetuação da dor sugere o
envolvimento de uma Sensibilização Central. O objetivo deste trabalho foi avaliar alterações de sensibilidade em indivíduos com a
Síndrome da Dor Crônica Miofascial da Face diagnosticados pelo DC/ TMD Eixo I, por meio da vericação do Limiar de Dor à Pressão.
Material e Métodos
O estudo aprovado pelo CEP sob protocolo número 2.655.433 com uma amostra de 40 indivíduos de ambos os gêneros e idade a
partir de 18 anos, foi recrutada na Clínica de DTM/Dor Orofacial da Faculdade de Odontologia São Leopoldo Mandic de Campinas-
SP, sendo 28 referentes ao grupo de estudo e 12 ao grupo controle. O presente estudo de abordagem quantitativa, descritiva,
observacional e transversal, consistiu na aplicação de um estímulo mecânico de pressão por meio de um algômetro. Estas medidas
psicofísicas de dor, juntamente com as medidas de amplitude de abertura de boca e força de mordida foram correlacionadas com níveis
de Sensibilização Central. Além disso, foram correlacionados dados desses dois grupos e estes também associados à Questionários
de Catastrozação de Dor e Questionário de Sono de Pittsburgh. Inicialmente foram realizadas análises descritivas e exploratórias dos
dados. A seguir, os dois grupos foram analisados pelo teste Exato de Fisher, teste t de Student, análises de correlação de Pearson e de
Spearman. As análises foram realizadas nos programas R e SAS, considerando o nível de signicância de 5%.
Resultados
Observou-se diferença signicativa no grupo de estudo quanto ao uso de medicamentos, qualidade de sono, menor limiar de dor à
pressão com algometria, sensibilização central e catastrozação da dor. Não houve diferença signicativa entre os grupos quanto à
abertura bucal e força de mordida.
Conclusão
Os resultados encontrados sugerem o envolvimento de uma Sensibilização Central no grupo com SDM e corroboram com estudos que
relacionam a SDM a distúrbios de sono e aspectos de catastrozação de dor.
Palavras-chave:
Dor Miofascial, Limiar de Dor à Pressão, Sensibilização Central
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
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-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 62
October 2020.
62
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.62
Vilela, A.; Fernandes, A. M. M.; Pacheco, G. N.; Sant-Ana, G. C.; Sousa, L. G.; Faria, L.; Jurno, M.
Headache Medicine
Migrânea e anticoncepcionais: riscos e autoconhecimento
Arthur Vilela, Alexandre da Matta Machado Fernandes, Gabriel do Nascimento Pacheco, Giovany da Costa Sant-Ana,
Lucas Godoy de Sousa, Lucca Faria, Mauro Jurno
Faculdade de Medicina de Barbacena FAME/FUNJOBE
Introdução
Os anticoncepcionais hormonais (ACH) são o método de maior prevalência entre as medidas medicamentosas, pois constituem o
mais ecaz e reversível recurso de contracepção. Ademais, tais medicamentos também estão associados a uma maior prevalência
de migrânea em suas usuárias, combinação essa comprovadamente apontada como fator de risco para desenvolvimento de doenças
cerebrovasculares (DCV).
Material e Métodos
A presente pesquisa compreendeu um estudo transversal observacional. A amostra foi composta por 1000 mulheres, de 18 a 44 anos
de idade que são usuárias do sistema público de saúde na cidade de Barbacena - MG. Foi aplicado a elas o ID-Migraine, formulário
que contempla realizar o diagnóstico de migrânea, além de perguntas relacionadas ao objetivo do trabalho.
Resultados
Observou-se que das 1000 entrevistadas, 613 (61,3%) (IC 95% 58,0% - 64,0%) foram diagnosticadas como migranosas. Dessas, 305
(49,7%) (IC 95% 45,7% - 53,7%) faziam uso de ACH. Das 305, 264 (86,5%) (IC 95% 88,2% - 90,3%) eram usuárias de ACH por
prescrição dica, das quais 150 (57%) (IC 95% 50,8% - 62,8%) tinham conhecimento prévio do risco de desenvolver DCV com uso
de ACH, e apenas 87 (32,9%) (IC 95% 27,2% - 38,6%) conheciam sobre a relação do uso de ACH associado à migrânea e o risco de
desenvolvimento/agravo de DCV.
Conclusão
Observou-se que mesmo sob prescrição médica, grande parte da população estudada migranosa e usuária de ACH não tinha
conhecimento sobre os riscos de seu uso, e que uma parcela ainda maior desconhecia os riscos de desenvolvimento/agravo de DCV
com o uso de ACH e presença concomitante de migrânea. Evidenciando-se assim a necessidade de melhoria na atenção primária da
mulher.
Palavras-chave:
Migrânea, Anticoncepcional, Doença cerebrovascular
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 63
October 2020.
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ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.63
Silva, M. S. V.; Amaral, D.; Silva, J.; Sequeira, M.; Borba, R.; Correia, I.; Ribeiro, C.
Headache Medicine
Uso de cafeína em pacientes com cefaleia: uma revisão sistemática
Murilo Souza Vieira da Silva, Danilo Amaral • Jonatan Silva, Mateus Sequeira, Ronan Borba, Isadora Correia, Cejane
Ribeiro
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás
Introdução
Aproximadamente 11% dos adultos em todo o mundo têm enxaqueca, um distúrbio neurológico crônico caracterizado por ataques
episódicos de dor de cabeça acompanhados por sintomas autonômicos, bem como sensibilidade à luz e sons. A enxaqueca difere da
cefaleia do tipo tensional (CTT), uma condição mais comum que se caracteriza por cefaleia leve a moderada com poucos ou nenhum
sintoma associado. Os medicamentos para dor de cabeça com cafeína, isoladamente ou em combinação com outros tratamentos, são
amplamente usados por pacientes com dor de cabeça. Os médicos devem estar familiarizados com seu uso, bem como com a química,
farmacologia, fontes dietéticas e médicas, benefícios clínicos e possíveis problemas de segurança da cafeína.
Material e Métodos
Os bancos de dados MEDLINE e Cochrane foram pesquisados combinando “cafeína” com os termos “dor de cabeça”, “enxaqueca”
e “tipo de tensão”. Foram excluídos os estudos que não foram controlados por placebo ou que envolveram medicamentos disponíveis
apenas com receita, bem como aqueles que não avaliaram pacientes com enxaqueca e / ou cefaleia tensional (CTT).
Resultados
Em comparação com a medicação analgésica isolada, as combinações de cafeína com medicações analgésicas, incluindo
acetaminofeno, ácido acetilsalicílico e ibuprofeno, mostraram ecácia signicativamente melhorada no tratamento de pacientes com
TTH ou enxaqueca, com tolerabilidade favorável na grande maioria dos pacientes. Os eventos adversos mais comuns foram nervosismo
(6,5%), náuseas (4,3%), dor / desconforto abdominal (4,1%) e tontura (3,2%). Esta revisão fornece evidências para o papel da cafeína
como um adjuvante analgésico no tratamento agudo da cefaleia primária com medicamentos de venda livre, doses de cafeína de 130
mg aumentam a ecácia dos analgésicos no TTH e doses de 100 mg aumentam os benefícios na enxaqueca
Conclusão
Em pacientes com dores de cabeça, a monoterapia com cafeína pode ser útil em algumas formas de cefaleia primária ou secundária.
Seu papel principal é como um adjuvante em combinações xas com medicamentos analgésicos para o tratamento agudo de
HTT e enxaqueca. Evidências de ensaios clínicos indicam que a combinação de cafeína com medicamentos analgésicos melhora
signicativamente a ecácia em relação ao analgésico sozinho. Como seria de se esperar a tolerabilidade é boa para a grande
maioria dos pacientes.
Palavras-chave:
cefaleia, cafeína, analgésicos, enxaqueca
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 64
October 2020.
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ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.64
Mendes, L.; Barreto, M.
Headache Medicine
Associação da classicação do grau de dor crônica e a qualidade de vida em
indivíduos com disfunção temporomandibular
Luana Mendes, Marina Barreto
Universidade Federal do Ceará
Introdução
Disfunção temporomandibular (DTM) é um termo que engloba uma série de disfunções e desordens que podem afetar a articulação
temporomandibular (ATM), os músculos mastigatórios e as estruturas associadas. Pacientes acometidos por DTM tem o desconforto
psicológico, a deciência física e as limitações funcionais do sistema orofacial causando grande impacto negativo no cotidiano,
afetando as atividades de vida diária e até mesmo as atividades laborais, tendo uma inuência negativa na qualidade de vida (QV)
desses pacientes. Esse estudo tem como objetivo vericar a associação entre a Classicação do Grau de Dor Crônica (CGDC) e a
qualidade de vida em indivíduos com DTM
Material e Métodos
Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal. O eixo I do RDC/TMD foi utilizado para o diagnóstico de DTM e o eixo II para
a avaliação da CGDC, que permite classicar o comprometimento relacionado à dor com base em cinco graus de severidade. A QV
foi avaliada através do WHOQoL- bref. Os dados foram analisados através do software Stata 15.1 assumindo um valor de signicância
de 5%.
Resultados
Foram avaliados 100 sujeitos com diagnóstico de DTM de acordo com o RDC/TMD. A amostra foi composta em sua maioria por
mulheres (78%), com média de idade de 33,68 (±13,52) anos, estudantes (38%) ou que exerciam algum trabalho remunerado (37%) e
que nunca foram casadas (55%). O diagnóstico de DTM na grande maioria foi de Desordens Musculares (81%) podendo ou não estar
associado a outro diagnóstico. Quanto a CGDC, 11% foram classicados no grau 0, 33% no grau I, 39% no grau II, 16% no grau III e
1% no grau IV. A relação entre a CGDC e os valores de QV foi analisada através do Teste de Kruskal-Wallis (domínio físico, psicológico
e relações sociais) e ANOVA (domínio meio-ambiente, auto-avaliação de QV e valor geral). Foi encontrada uma diferença signicativa
entre os grupos nos 5 domínios (p=0,000/ p=0,002/ p=0,015/ p=0,009/ p=0,000) e no valor geral de QV (p= 0,002).
Conclusão
Existe uma associação signicativa entre a CGDC e a QV em indivíduos com DTM, tendo melhores indicadores quem tem um menor
grau de comprometimento relacionado a dor.
Palavras-chave:
Dor Crônica, Qualidade de Vida, Síndrome da Disfunção da Articulação Temporo-mandibular
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 65
October 2020.
65
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.65
Krol, L.; Linham, R.; Lopes, M.; Zanluchi, V.; Silva, A.; Bello, V.; Frederico, R.
Headache Medicine
Aumento da suscetibilidade a migrânea associada à variante genética +3953
t>c (rs1143634) da interleucina-1b
Louise Krol, Rebeca Linham, Milene Lopes, Vitoria Zanluchi, Aline da Silva, Valeria Bello, Regina Frederico
PUC-PR
Introdução
A siopatologia da migrânea baseia- se na ativação do nervo trigêmeo com liberação de Calcitonin Gene-Related Peptide (CGRP) e
substância P (SP) em suas terminações. Os neuropeptídeos ativam células gliais satélites do gânglio trigeminal e mastócitos meníngeos
que passam a secretar citocinas. A Interleucina (IL) 1b é uma citocina p-inamatória e seu aumento plasmático foi demonstrado em
indivíduos migranosos. Este estudo tem o objetivo identicar a associação da variante genética +3953 da IL-1b (rs1143634) com a
suscetibilidade e efeitos clínicos na migrânea.
Sujeitos e Métodos
Estudo caso-controle composto por 81 participantes, sendo 33 com diagnóstico de migrânea e 48 controles saudáveis. Os participantes
foram pareados por sexo, idade, índice de massa corporal (IMC) e etnia. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa
da PUC-PR e os participantes assinaram Termo de Consentimento. Dados clínicos e demográcos foram avaliados. Foram obtidas
informações do tipo de migrânea (com ou sem aura, episódica ou crônica), idade de início da doença, frequência das crises, sintomas
acompanhantes e desencadeantes de cefaleia. Avaliou-se também o grau de incapacidade da migrânea, por meio do questionário
Migraine Disability Assessment (MIDAS). As variantes genéticas da IL1-b foram identicadas através da realização de reação em cadeia
da polimerase seguida de Restriction Fragment Length Polymorphism. Os dados categóricos foram avaliados por teste de qui-quadrado
ou Exato de Fisher e dados contínuos foram avaliados pelo teste de Mann Whitney. Foram calculados Odds Ratio (OD) e Intervalo de
Conança de 95% (IC 95%). Foi considerada diferença estatística quando p<0,05
Resultados
Os grupos controle e migrânea não diferiram quanto a idade, sexo, etnia e IMC (p>0,05). Pacientes com a presença do alelo T nos
genótipos TT e CT da IL-1b tiveram chance 45% maior de serem diagnosticados com migrânea quando comparados com indivíduos
com genótipo CC. (OR= 1,45; IC95% 1,04 - 2,03; p=0,03). Osmofobia foi mais frequente em indivíduos com o genótipo TT quando
comparado com os genótipos CT e CC (OR= 2,133; IC95% 1,11-4,08; p=0,03). Não houve diferença no tipo de migrânea com ou
sem aura, crônica ou episódica entre os genótipos. Também não houve diferença na apresentação clínica, manifestações associadas,
gatilhos ou MIDAS.
Discussão
Este trabalho sugere que a o alelo T, maior produtor da citocina IL-1b, aumenta a suscetilidade a migrânea e favorece a apresentação
clínica de osmofobia.
Palavras-chave:
Migrânea, Citocinas, Fisiopatologia, Variantes Genéticas IL-1
b
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 66
October 2020.
66
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.66
Pinheiro, C.; Florencio, L.; Oliveira, A.; Will-Lemos, T.; Dach, F.; Fernández-de- Las-Peñas, C.; Bevilaqua-Grossi, D.
Headache Medicine
A força muscular cervical está mais relacionada à
severidade dos sintomas de alodinia cutânea do que à frequência das crises
de migrânea
Carina Pinheiro, Lidiane Florencio, Anamaria Oliveira, Tenysson Will-Lemos, Fabiola Dach, Cesar Fernández-de- Las-
-Peñas, Debora Bevilaqua-Grossi
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Introdução
A disfunção cervical é uma condição frequentemente observada em pacientes com migrânea, e está associada com o risco para a
cronicação. A força muscular cervical reduzida é um dos fatores dessa disfunção, e pode estar relacionada com a apresentação
clínica da migrânea. O objetivo deste estudo foi vericar a correlação entre as características clínicas da migrânea e a força muscular
isométrica cervical.
Métodos
Participaram deste estudo 71 mulheres com migrânea (32,8 anos, DP 9,3), diagnosticadas de acordo com a terceira edição da
Classicação Internacional de Cefaleias. As características da migrânea avaliadas foram a frequência e intensidade da migrânea,
tempo de doença, incapacidade relacionada à migrânea avaliada pelo Migraine Disability Assessment (MIDAS), e a severidade da
alodinia cutânea mensurada pelo questionário 12-item Allodynia Symptom Checklist (ASC-12). Para a avaliação da força muscular
cervical, as voluntárias foram posicionadas sentadas no equipamento Multi Cervical Rehabilitation Unit, onde foi mensurada a força
muscular cervical isométrica em exão, extensão e inclinação bilateral. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética local (12145/2016).
Resultados
A correlação entre a força muscular cervical e as características clínicas da migrânea foi avaliada com o coeciente de correlação
de Pearson (p<0,05). A magnitude da correlação foi classicada como fraca (rho< 30), moderada (0,30 < rho < 0,70) e forte (rho>
0,70). Foi observada correlação fraca a moderada entre a severidade da alodinia e a força muscular cervical em exão (rho= -0,31;
p=0,008), extensão (rho= -0,35;p=0,003), inclinação à direita (rho= -0,25; p=0,03) e inclinação à esquerda (rho= -0,39; p= 0,001).
Não foi observada correlação signicativa entre a força muscular cervical e a frequência da migrânea (rhoFL 0,15; rhoEX 0,15; rhoID
0,21; rhoIE 0,23; p>0,05), intensidade da migrânea (rhoFL 0,10; rhoEX 0,16; rhoID 0,02; rhoIE 0,13; p >0,05), tempo de doença (rhoFL
0,07; rhoEX -0,001: rhoID 0,13; rhoIE 0,01; p>0,05) e incapacidade da migrânea (rhoFL - 0,06; rhoEX -0,23; rhoID -0,09; rhoIE -0,19
; p>0,05).
Conclusão
A força muscular cervical foi negativamente correlacionada com a pontuação do ASC-12, indicando que quanto maior a severidade da
alodínia cutânea, menor a força isométrica esperada. Tal resultado sugere que a disfunção musculoesquelética associada à migrânea
pode estar relacionada com a sensibilização central destes pacientes.
Palavras-chave:
Cefaleia, Pescoço, Força, Incapacidade
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 67
October 2020.
67
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.67
MIoto, E.; Utiumi, M.; Küster, J.; Tan, B.; Kotsifas, N.; Canalli Filho,, L.; Piovesan, E.
Headache Medicine
Migrânea e sintomas autonômicos: associação com cronicação, sintomas de
tronco e depressão
Eldislei Mioto, Marco Utiumi, João Küster, Bin Tan, Nikolai Kotsifas, Luiz Canalli Filho, Elcio Piovesan
Universidade Federal do Paraná
Introdução
Os ataques de migrânea são caracterizados por sintomas álgicos e não álgicos. Além disso, a migrânea ocorre associada a diversas
comorbidades. Tanto os sintomas não álgicos como as comorbidades podem se caracterizar por sintomas autonômicos. Este trabalho
tem por objetivo avaliar a disautonomia em migranosos e diferenças relacionadas entre os grupos episódico (ME) e crônico (MC).
Material e Métodos
Estudo transversal de pacientes atendidos em ambulatório especializado, diagnosticados pela International Classication of Headache
Disorders 3 como ME ou MC, convidados de forma consecutiva e utilizando entrevistas semi-estruturadas. O questionário Composite
Autonomic Symptom Score (COMPASS) foi utilizado para avaliação de sintomas autonômicos, o Patient Health Questionnaire (PHQ)
9 para avaliação de sintomas depressivos e o Short Form (SF) 36 para avaliação de qualidade de vida. O estudo foi aprovado pelo
comitê de ética do HC- UFPR.
Resultados
Foram incluídos 210 pacientes dos quais 97 (46%) apresentavam ME e 113 (54%) MC. Destes, 78 (69%) consumiam analgésicos
excessivamente. A média de idade era de 39,5±12,6 anos e 189 (90%) pacientes eram do sexo feminino. O grupo CM apresentou um
escore COMPASS mais alto (34,7±18,3) que o grupo EM (26,4±14,8). A regressão múltipla foi empregada para analisar a associação
das variáveis clínicas com o COMPASS. O modelo nal ajustado mostra que para cada sintoma não álgico tipicamente vistos na aura
de tronco encefálico, há um incremento médio de 2,17-6,3 no COMPASS. Para cada ponto a mais no PHQ9, o COMPASS eleva-se entre
0,78-1,84 em média. Todos os processos de inferência consideraram um valor alpha de 0.05.
Conclusão
O processo de cronicação pode cursar com mais sintomas disautonômicos. Estes, por sua vez, estão associados a mais sintomas
atribuídos a alterações de tronco e à depressão, indicando esta área como potencialmente envolvida nesta gama de sintomas.
Palavras-chave:
Migrânea, Comorbidade, Complicações, Fisiopatologia, Sistema nervoso autônomo.
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 68
October 2020.
68
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.68
Ribeiro, N.
Headache Medicine
Tratamento sioterapeutico do paciente pós-trauma
cranioencefalico – relato de caso
Nathália Ribeiro
Universidade Ceuma
Introdução
o traumatismo crânio-encefálico (TCE) é uma causa comum de morte, incapacidades e sequelas motoras e neurológicas, dessa forma é
a principal causa etiológica de fraturas mandibulares com frequência de 57,7% dos casos sendo o sexo masculino o mais afetado em
uma faixa etária entre 18 a 25 anos . Os locais da mandíbula mais acometidos São: a região da parassínse, o corpo e o ângulo. Na
presença de trauma de face associado, os do tipo zigomático-orbitário e da maxila (Le Fort) são os principais. Objetivo: avaliar o efeito
da sioterapia no aumento da amplitude de movimento mandibular pós trauma crânio-encefálico.
Material e Métodos
Apresentação do caso: Paciente do gênero masculino, 45 anos, vítima de acidente automobilístico grave, com sequela de traumatismo
craniano atendido na sioterapia no segundo mês do s-operatório. Avaliação inicial: exame físico: Inspeção: paralisia facial do lado
esquerdo, cicatrizes na região sagital e dentro da mandíbula, os metálicos aparentes no arco dentário inferior. Foram avaliadas as
amplitudes de movimento mandibular de abertura, desvio lateral direito, desvio lateral esquerdo e protrusão com paquímetro digital
300 mm da marca Digimess, dor ao movimento mandibular de abertura de em uma escala de 0 a 10. Conduta realizada: Mobilização
articular (artocinemática e osteocinematica) da articulação temporomandibular (ATM) 5 vezes seguidas de 30 segundos; Alongamento
passivo da musculatura mastigatória, 10 vezes por 20 segundos, Exercícios ativos para abertura da boca, exercícios de facilitação
neuromuscular proprioceptiva (FNP), exercícios com carga manual, durante 10 minutos; Exercícios ativo livre de reeducação dos
movimentos mandibulares: abertura e fechamento da boca e lateralização bilateral durante 15 minutos.
Resultados
Foram realizadas 17 sessões de 40 minutos e analisados os seguintes movimentos pré e pós tratamento: abertura ativa sem dor: pré:
23,08 mm, pós: 39,45 mm; abertura máxima com dor: pré: 31,08 mm, pós: 40,90 mm; lateralização esquerda: pré: 1 mm, pós: 6,46
mm; lateralização direita: pré: 0 mm, Pós: 8,09 mm.
Conclusão
O tratamento sioterapêutico contendo mobilização articular, alongamentos, fortalecimento e educação do paciente foi efetivo par
aumentar a ADM mandibular nos casos de traumatismo craniano.
Palavras-chave:
Articulação temporomandibular, trauma cranioencefalico, tratamento
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 69
October 2020.
69
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.69
Melo, A. C.; Paranhos, V. R.; Pereira, S.; Pereira, B. D.; Mota, M.; Costa, A. C.; Carneiro, W.
Headache Medicine
Desaos de um diagnóstico diferencial nos casos de cefaleia secundária as-
sociados à dtm
Ana Clara de Melo, Vitória Régia Paranhos, Samuel Pereira, Bruno Daniel Pereira, Mariana Mota, Ana Carolina Costa,
Waleska Carneiro
Centro Universitário de Anápolis- Unievangélica
Introdução
A articulação temporomandibular (ATM) é uma articulação móvel que, para funcionar adequadamente, necessita da harmonia do
espaço articular com a oclusão dental e o equilíbrio neuromuscular. A disfunção temporo-mandibular (DTM) é denida como o grupo
de alterações nas articulações, que ligam a mandíbula ao osso temporal, que causam dor local e nos músculos mastigatórios, podendo
irradiar para outras regiões do crânio, sendo confundida muitas vezes com a cefaleia. A presente revisão tem como objetivo evidenciar
as diferenças entre a cefaleia secundária causada pela DTM e a cefaleia primária, facilitando o diagnóstico diferencial.
Metodologia
Trata-se de uma revisão da literatura, baseada em 11 artigos com base de busca na Scielo, Google Acadêmico e PubMed, entre os
anos de 2008 a 2019.
Resultados
A cefaleia primária trata-se da dor atribuída a nenhuma alteração, seja metabólica, estrutural ou outra. Assim, para diferenciar, deve-
se levar em conta que a cefaleia associada à DTM é classicada como secundária, pois trata-se de um sintoma desse distúrbio. A
disfunção da ATM relacionada aos tipos de cefaleia têm resultados conitantes, que pacientes que apresentam três ou mais sintomas
dos critérios de disfunção do sistema oromandibular possuem cefaleia do tipo tensional. Logo, a atual classicação internacional de
cefaléia foca na importância de fatores musculares e recomenda a observação dos músculos da região, principalmente nos que têm
maior sensibilidade a palpacao, pois a DTM manifesta-se pelo estimulo da dor provocado nos músculos masseter e tibial anterior. O
diagnóstico requer uma avaliação adequada para instituir o tratamento, este, que se baseia na eliminaçã o de fatores predisponentes.
Lembrando que os fatores etiopatogênicos resultam de uma articulaçã o predisposta a disfunção por traumas antigos, problemas
hormonais, idade, próteses mal adaptadas, infecções e problemas articulares.
Conclusão
A alteração da ATM pode resultar em algumas complicações na região da cabeça e ser etiologia demonstrável para a cefaleia
secundária, que funciona como gatilho para gerar dor local e facial, já que o indivíduo faz uso contínuo dessa articulação e dos
músculos miofasciais. Assim, o diagnóstico pode ser realizado de forma mais eciente quando o paciente é avaliado de forma ampla
e direcionada na descrição e caracterização do seu tipo de cefaleia, para buscar uma causa base que explique a sua dor de cabeça.
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 70
October 2020.
70
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.70
Souza, M.; Calderaro, M.; Kubota, G.; Oliveira, A.; Fonseca, A.; Carvalho, R.; Pincerato, R.
Headache Medicine
Análise de 814 exames de tomograa de crânio consecutivas de pacientes
com enxaqueca atendidos em pronto socorro de hospital terciário
Marcio Souza, Marcelo Calderaro, Gabriel Kubota, Ana Oliveira, Ana Fonseca, Ruann Carvalho, Rita Pincerato
Hospital Samaritano
Introdução
Enxaqueca é uma das principais causas de atendimento de urgência. O uso de recursos que não se traduzem em benefício clínico para
o paciente, como exames de neuroimagem em hipótese de crise de enxaqueca, gera grande impacto nanceiro no sistema de saúde.
Objetivo
Avaliar a taxa de exames de tomograa de crânio com achados positivos signicativos em pacientes com enxaqueca em Pronto
Atendimento (PA) de hospital terciário.
Material e Métodos
Estudo retrospectivo descritivo com avaliação de 814 tomograas computadorizadas de crânio consecutivas de pacientes admitidos
no PA do Hospital Samaritano Higienópolis entre 2018 e 2019 com o diagnóstico nal de enxaqueca (CID G43). As imagens foram
avaliadas de forma independente pela equipe de neurorradiologia e classicadas em três grupos: A- dentro da normalidade; B-
alterado com achados não relevantes; e C- alterado com achados relevantes.
Resultados
Das 814 tomograas avaliadas, 510 (62,6%) eram totalmente normais, 269 (33%) apresentavam achados que não justicavam a clínica
de cefaleia e 35 (4,2%) apresentavam achados potencialmente relevantes. O principal achado relevante foi sinusopatia aguda em 33
pacientes (94% daqueles com achados relevantes), sugerida pela presença de nível líquido no interior de seios da face. Um paciente
apresentou aneurisma sacular no segmento comunicante da carótida interna e outro apresentou lesão expansiva parasselar sugestiva
de meningioma. Os demais achados, classicados como não relevantes, incluíam a presença de microangiopatia/gliose, redução
volumétrica encefálica, espessamentos mucosos nos seios maxilares sem sinais de agudização, cistos aracnóides, dentre outros.
Conclusão
Os resultados apontam para uma baixa porcentagem de alterações de neuroimagem em pacientes com hipótese de enxaqueca
avaliados por médico emergencista, com mais de 95% dos exames apresentando-se normais ou com achados não relevantes. Apenas
0,2% dos exames apresentaram achados considerados relevantes e não estavam associados a sinusopatia, condição infecciosa
aguda de diagnóstico clínico. Os achados indicam uso potencialmente inadequado de recursos e exposição de pacientes a radiação
desnecessária. Estudos prospectivos podem avaliar se atividades de educação continuada podem aumentar a acurácia do diagnóstico
clínico e consequentemente reduzir desperdício e melhorar o desfecho de paciente com enxaqueca na emergência.
Palavras-chave:
Cefaleia, Enxaqueca, Tomograa computadorizada
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
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-ISSN 2763-6178
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Supplement
p. 71
October 2020.
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.71
Aguiaar, C.; Aroucha, J. M.; Melo, R. E.; Lima, L. M.; Waked, J.; Gomes, P.
Headache Medicine
Transtornos temporomandibulares e transtornos alimentares em adolescentes
Camilla de Aguiar, João Marcílio Aroucha, Ricardo Eugenio de Melo, Lohana Maylane de Lima, Arnaldo Caldas Júnior,
Jorge Waked, Pollyanna Gomes
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução
As disfunções temporomandibulares (DTM) e os transtornos alimentares (TA) envolvem a função e a parafunção da cavidade oral,
mas, mesmo com a sua alta prevalência na sociedade ocidental, pouco se sabe sobre suas possíveis associações. Poucos estudos
investigaram a prevalência de TA em pacientes com DTM e até agora a maioria deles fez apenas associações entre pacientes com
diagnóstico de TA e sinais e sintomas de DTM que não permitem uma conrmação do diagnóstico de DTM
Material e Métodos
Estudo Trasversal, aprovado pelo comitê de ética local que consistiu na análise 1342 estudantes de vinte escolas públicas estaduais
localizadas na cidade do Recife, com idades entre 10 e 17 anos que foram avaliados através de exame clínico e questionários auto-
aplicáveis. O Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders (RDC/TMD) foi usado para vericar a presença de DTM, o
Eating Attitudes Test – EAT-26 (EAT) para vericar a presença de sintomas de TA e o Bulimic Investigatory Test of Edinburgh (BITE) para
identicar sintomas de bulimia ou alimentação compulsiva.
Resultados
Após análise dos dados, vericou-se que a prevalência de DTM foi de 33.2%. De acordo com o EAT, os sintomas de transtornos
alimentares estavam presentes em 29.1% dos adolescentes. De acordo com a escala de sintomas do BITE, 37.2% apresentaram
padrão alimentar não usual e 4.5% apresentaram padrão alimentar compulsivo com grande possibilidade de bulimia nervosa, 12,3%
tinham gravidade clinicamente signicativa e 2.8% um alto grau de intensidade na escala de gravidade do BITE. Adolescentes com
DTM apresentaram uma prevalência mais alta de sintomas de TA de acordo com o EAT e a escala de sintomas do BITE, porém ela
foi signifativamente maior apenas de acordo com a escala de severidade do BITE. A prevalência da coexistência de sintomas de TA
de acordo tanto com o EAT como com o BITE foi signicativamente maior em adolescentes com diagnóstico positivo para o grupo I
(desordens musculares).
Conclusão
Os resultados desse estudo conrmam que adolescentes com DTM tem maior risco de TA. Atenção especial deve ser dada aos
adolescentes com disfunções do grupo I que tem aproximadamente de duas a três vezes mais chance de apresentar TA. O estudo da
comorbidade dessas disordens poderá permitir uma melhor compreensão das suas etiologias e uma abordagem multidisciplinar no
tratamento desses pacientes.
Palavras-chave:
Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular, Transtornos da Alimentação, Adolescente
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
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-ISSN 2763-6178
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p. 72
October 2020.
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.72
Oliveira, A.; Mercante, J.; Peres, M.; Molina, M.; Lotufo, P.; Benseñor, Goulart, A.
Headache Medicine
Physical inactivity and headache disorders: cross-sectional analysis in the
Brazilian longitudinal study of adult health (ELSA-Brasil)
Arao Oliveira, Juliane Mercante, Mario Peres, Maria Molina, Paulo Lotufo, Isabela Benseñor, Alessandra Goulart
Universidade de São Paulo
Background
Physical inactivity has been linked to headache disorders, but data regarding the current recommended leisure-time (LTPA) and commuting
physical activity (CPA) levels is unknown.
Objective
To test the associations between headache disorders (denite and probable migraine tension type headache-TTH) and physical inactivity
in these domains (LTPA and CPA) in the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil).
Methods
In a cross-sectional analysis, logistic regression models computed the odds ratio (OR) for the relationship between headache disorders
and physical activity (LTPA and CPA) in the following levels: “active” (Reference), “insuciently active”, and “inactive. The full models were
controlled for the effects of sociodemographic data, cardiovascular risk prole, and use of headache medication (migraine prophylaxis)
Results
Of 15,0105 participants, 14,847 (45.6 % of men and 54.4 % women) responded the baseline interviews regarding physical activity
levels and headache disorders. Overall, most signicant physical inactivity was observed in LTPA domain for denite migraine [OR:
1.32 (1.10-1.57)] and probable migraine [OR: 1.33 (1.17-1.50)]. Similar ndings were replicated by sex. Physical inactivity (LTPA) was
positively associated with denite migraine in women [OR: 1.29 (1.04-1.59)], probable migraine in both men [OR: 1.40 (1.15-1.69)]
and women [OR: 1.29 (1.04-1.59)]. Physical inactivity in CPA domain was associated to increased OR for probable TTH in men [OR:
1.33 (1.01-1.75)], while CPA was inversely associated to denite migraine [OR: 0.79 (0.64-0.98)] and probable migraine [OR: 0.80
(0.67-0.96)] in women. Considering all headaches, unmet vigorous physical activity levels were associated to increased OR for denite
migraine [OR: 1.36 (1.13-1.65)] and probable migraine [OR: 1.37 (1.20-1.57)]. Finally, we found higher odds for daily headaches
among LTPA-inactive [OR: 1.73 (1.20-2.49)] and CPA-insufciently active [ OR: 1.36 (1.04-1.79)] participants.
Conclusion
Physical inactivity is associated with headache disorders in the ELSA-Brasil study, with distinct associations regarding headache subtype,
sex, physical activity domain and intensity, and headache frequency.
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
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Supplement
p. 73
October 2020.
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.73
Calabria, A.; Ferreira, G.; Souza, L.; Krieger, D.
Headache Medicine
Cefaleia e blood patch epidural: revisão de literatura
André Calabria, Gabrielle Ferreira, Luana de Souza, Denise Krieger
Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC)
Fundamentação/Introdução
A cefaleia pós-punção da dura-máter é a complicação neurológica mais comum de procedimentos neuroaxiais intervencionistas,
sobretudo raquianestesia. Uma das principais opções terapêuticas é o Blood Patch Epidural, no qual se remove pequena quantidade de
sangue autólogo e o injeta no espaço peridural. É considerada a terapia padrão-ouro quando ocorre falha do tratamento conservador.
Delineamento e Métodos
Pesquisa descritiva a partir da revisão narrativa de artigos publicados em línguas inglesa e portuguesa nas bases de dados eletrônicos
Scielo, PubMed e Medline.
Resultados
Os fatores predisponentes mais comuns para cefaleia pós-punção da dura-máter são o grosso calibre das agulhas utilizadas, múltiplas
punções realizadas, pacientes jovens, do sexo feminino e gestantes. A maioria das cefaleias após punção lombar desaparece em até
seis semanas apenas com uso de analgésicos, cafeína, hidratação e repouso no leito. No entanto, se essas medidas não aliviarem a dor
de cabeça, o Blood Patch Epidural deve ser considerado 72 horas após o início da dor, evitando as complicações do escape de líquido
cefalorraquidiano, como hematoma subdural e convulsão, que podem ser fatais. O Blood Patch Epidural é um procedimento no qual 10 a
20mL de sangue do próprio paciente é injetado no espaço peridural para interromper o vazamento de líquor, selar o local da punção
e controlar a vasodilatação cerebral, fazendo a cefaleia desaparecer entre 48 horas a uma semana. Não obstante, vericou-se que a
taxa de sucesso é baixa se for administrada prolaticamente ou dentro de 24 horas após a punção lombar. Os riscos são relativamente
pequenos e incluem insucesso, infecção, reação alérgica, sangramento ou dor no local da injeção.
Conclusão
Embora muitas vezes autolimitada, a cefaleia é uma importante complicação pós-punção dural e, às vezes, é associada a distúrbios
secundários. O tratamento conservador pode ser recomendado para alguns pacientes, mas produz alívio a curto prazo e pode não ser
satisfatório. Por outro lado, o Blood Patch Epidural é uma maneira altamente ecaz e segura para tratar cefaleia moderada a grave que
não está respondendo à terapia convencional.
Palavras-chave: Cefaleia, Raquianestesia, Tratamento
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 74
October 2020.
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DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.74
Aguiar, C.; Lima, L. M.; Aroucha, J.; Waked, J.; Fonseca, H. A.; Melo, R. E.; Caldas Junior, A.
Headache Medicine
Modelo para previsão de disfunção temporomandibular: uso da análise de
árvore de classicação
Camilla de Aguiar, Lohana Maylane de Lima, João Aroucha, Jorge Waked, Hudso Augusto Fonseca, Ricardo Eugenio de
Melo, Arnaldo Caldas Junior
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução
A disfunção da articulação temporomandibular (DTM) consiste em um conjunto de patologias que acometem a ATM, os músculos
mastigatórios e estruturas adjacentes. Sua etiologia é multifatorial e está relacionada com fatores estruturais, neuromusculares ou
oclusais, tendo como principal consequência a dor orofacial.
Material e Métodos
Realizar um modelo preditivo que utiliza a análise estatística de árvore de classicação para predizer a ocorrência de disfunção
temporomandibular, dividindo a amostra em grupos de alto e baixo risco para o desenvolvimento da doença. Foi realizado a partir
de um estudo transversal analítico de base populacional que envolveu uma amostra de 776 indivíduos que procuraram atendimento
médico ou odontológico nas Unidades de Saúde da Família de Recife, PE, Brasil. A amostra foi submetida à anamnese por meio do
instrumento Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders. Os dados foram inseridos no software Statistical Package
for the Social Sciences 20.0 e analisados pelo teste Qui-quadrado de Pearson para análise bivariada e pelo método de árvore de
classicação para análise multivariada.
Resultados
O distúrbio temporomandibular pode ser previsto através da árvore de decisão por dor orofacial, idade e depressão. As regras
de classicação resultantes da representação da árvore foram os seguintes: se o indivíduo não apresentava dor orofacial, então a
probabilidade de ocorrência de DTM seria de 17,6% e isso se fez não depende de outras variáveis (primeiro nó terminal). Se o indivíduo
teve dor orofacial, então a previsão de DTM era de 47%, e também dependia da idade. Se a idade fosse a partir de 15 a 24 anos ou
a partir de 60 ou mais, a probabilidade era de 33,1% e não dependia de outra característica. Mas se a idade variou de 25 a 59 anos,
a probabilidade de ter a DTM seria de 51,9% e também dependeria de depressão. Se o sujeito não fosse depressivo, a probabilidade
de DTM seria de 40,3%, porém se o indivíduo tivesse depressão, a probabilidade de DTM seria de 55,1%. O poder global de predição
da árvore foi de 0,682; essa é a árvore prever corretamente em 68,2% das vezes.
Conclusão
Os autores puderam concluir que o melhor preditor para a disfunção temporomandibular foi a dor orofacial e que o modelo preditivo
proposto pela árvore de classicação pode ser aplicado como ferramenta para simplicar a tomada de decisão em relação à
ocorrência de disfunção temporomandibular.
Palavras-chave: Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular, Análise de Decisões, Árvores de Decisão, Técnicas de
Suporte à Decisão
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 75
October 2020.
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ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.75
Aguiar, C.; Lima, L. M.; Aroucha, J.; Waked, J.; Gomes, P.; Melo, R. E.; Caldas Junior, A.
Headache Medicine
Fatores associados à prevalência de DTM em adolescentes e adultos
Camilla de Aguiar, Lohana Maylane de Lima, João Marcílio Aroucha, Jorge Waked, Pollyanna Gomes, Ricardo Eugenio de
Melo, Arnaldo Caldas Júnior
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução
As disfunções temporomandibulares (DTM) são um conjunto de desordens articulares e/ou musculares crânio-orofaciais que apresentam
etiologia multifatorial, porém, os fatores associados à sua ocorrência em adolescentes ainda não são bem compreendidos.
Material e Métodos
Trata-se de um estudo transversal de base populacional com amostra de 2118 adolescentes e adultos brasileiros. Todos os participantes
elegíveis e que concordaram em participar do estudo foram entrevistados e examinados utilizando-se os Critérios diagnósticos para
pesquisa em DTM (RDC/TMD). Os dados coletados foram apresentados descritivamente através de distribuições absolutas e percentuais.
O teste Qui-quadrado de Pearson foi utilizado para vericar associação entre as variáveis e a força desta associação foi avaliada
através da razão de prevalências. A margem de erro adotada foi de 5% e o intervalo de conança de 95%.
Resultados
Vericou-se que 34,1% da amostra pesquisada apresentou diagnóstico de DTM, sendo a prevalência de 32,9% e 36,4% para
adolescentes e adultos, respectivamente. A disfunção obteve maior ocorrência na faixa etária de 45 a 59 anos em adultos e de 10
a 14 anos em adolescentes, no sexo feminino e entre os indivíduos com sintomatologia depressiva. Além disso, foi observado que a
prevalência de DTM demonstrou um aumento com a idade, decrescendo a partir dos 60 anos.
Conclusão
A DTM foi altamente prevalente em adolescentes e adultos brasileiros, com associações entre DTM com variáveis relacionadas ao
sexo, presença de sintomatologia depressiva e idade foram observadas enquanto que os fatores socioeconômicos estudados não
apresentaram relação estatisticamente signicativa.
Palavras-chave: Transtornos da Articulação Temporomandibular, Adolescentes, Adultos, Epidemiologia, Prevalência.
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
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-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 76
October 2020.
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ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.76
Aguiar, C.; Melo, V. L.; Beck, J.; Melo, B. H.; Souza, J. L.; Caldas Junior, A.; Melo, R. E.
Headache Medicine
Correlação entre a disfunção da articulação temporomandibular e cefaléia
Camilla de Aguiar, Victor Leonardo de Melo, Júlia Beck, Bruna Heloísa de Melo, José Leonardo Souza, Arnaldo Caldas
Júnior, Ricardo Eugenio de Melo
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução
Disfunção temporomandibular (DTM) caracteriza-se por um conjunto de sinais e sintomas, como dores na região da ATM, nos músculos
da mastigação e em regiões radiadas da cabeça e do pescoço. A relação entre essas disfunções temporomandibulares (DTM) e os
diferentes tipos de cefaléias ainda não está bem compreendida, mas a dor de cabeça é provavelmente o sintoma mais comum DTM.
Material e Métodos
Revisão de literatura, utilizando a base de dados Embase, Scielo e pubmed, utilizando os descritores: Cefaleia, Dor Facial, Síndrome
da Disfunção da Articulação Temporomandibular. Utilizou-se restricão temporal de 2016 a 2020 com artigos na língua inglesa como
critérios de inclusão e critérios de exclusão foram excluídos os trabalhos que não tinham correlação a temática estudada.
Resultados
Tem sido sugerida e apresentada, na literatura, uma correlação existente entre dor de cabeça e sinais e sintomas de anomalias do
aparelho mastigatório. A cefaléia pode ser denida como qualquer dor manifestada no segmento cefálico, que tem como fatores
predisponentes as condições relacionadas ao sistema estomatognático. Muitos estudos encontraram dados de cefaleias recorrentes em
70% a 80% dos pacientes com disfunção temporomandibular, queixa de cefaléia esteve presente, na sua maioria, no gênero feminino,
com uma parcela signicativa dos indivíduos em uma faixa etária que varia entre 33 a 83 anos de idade.
Conclusão
Observa-se nos estudos que a maioria dos pacientes com DTM apresentam quadro de cefaléia como um dos sintomas da disfunção, e
deve-se conscientizar esses pacientes a procurarem os prossionais especializados nessa área, para que possam tratar a DTM através
de recursos especícos para cada caso e, assim, se atenuarem os possíveis quadros de cefaléia, permitindo, dessa maneira, uma
melhora na qualidade de vida de tais indivíduos.
Palavras-chave: Cefaleia, Dor Facial, Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
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-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 77
October 2020.
77
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.77
Caetano, I.; Khouri, B.; Rocha, A.; Rezende, D.; Juliani, M.; Silva, A.; Frederico, R.
Headache Medicine
Sexo feminino associado a maior chance hipersensibilidade sensorial
Igor Caetano, Bárbara Khouri, Amanda Rocha, Debora Rezende, Maria Juliani, Aline Silva, Regina Frederico
Acadêmico de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná
Introdução
A migrânea é uma doença caracterizada por cefaleia acompanhada de hipersensibilidade sensorial como fotofobia, fonofobia,
osmofobia e alodinia. Objetivo: Investigar a associação entre a sensibilidade sensorial (alodinia, fonofobia, fotofobia e osmofobia) e
outras variáveis clínicas relacionadas a migrânea.
Métodos
Estudo observacional composto por participantes com diagnóstico de migrânea com e sem aura de ambos os sexos, com idade entre 18
a 70 anos. Foram avaliados sexo, idade, índice de massa corpórea (lMC) e etnia. Foram obtidas informações sobre tipo de migrânea
(com ou sem aura; episódica ou crônica), idade de início da doença, frequência das crises, sintomas acompanhantes e desencadeantes
de cefaleia. Os participantes responderam sobre a presença ou ausência de alodinia, fonofobia, fotofobia e osmofobia. Avaliou-
se também o grau de incapacidade da migrânea, por meio do questionário Migraine Disability Assessment (MIDAS). Os dados
categóricos foram avaliados por teste de qui-quadrado ou Exato de Fisher. Dados contínuos foram avaliados pelo teste de Mann-
Whitney. Foi considerada diferença estatística quando p<0,05
Resultados
Participaram do estudo 111 indivíduos com migrânea, destes 83,7% eram do sexo feminino, 36,9% apresentavam aura e 54,9% tinham
a forma crônica da doença. Pacientes do sexo feminino tiveram mais frequentemente alodinia (OR 1,246; p=0,009), fonofobia (OR
1,458; p=0,007) e osmofobia (OR 1,430; p<0,001). Pacientes com osmofobia tinham menor IMC comparado com os que não tinham
essa condição (24Kg/m2 Vs 28 Kg/m2; p=0,046). Pacientes com alodinia tiveram chance 70% maior de terem migrânea com aura
(OR 1,707; p=0,004) e maior quantidade de dias de cefaleia no último mês (10 dias Vs 5 dias; p=0,003) comparado com os que
não tinham alodinia. Tinham maior pontuação no MIDAS aqueles indivíduos com alodinia (26 Vs 12; p=0,001) e fonofobia (20 Vs 14;
p=0,018). O gatilho menstrual foi mais frequente entre mulheres com alodinia (OR 1,56; p= 0,041) e fotofobia (OR 1,211; p=0,012).
Odor como gatilho foi mais comum em indivíduos com alodinia (OR 1,794; p= 0,003), fonofobia(OR 1,190; p=0,027) e osmofobia (OR
1,621; p=0,002), Gatilhos alimentares ocorreram mais frequentemente entre indivíduos com osmofobia (OR 1,438; p=0,019).
Conclusão
O sexo feminino foi associado a maior chance de alodinia, fonofobia e osmofobia. A alodinia foi a manifestação de hipersensibilidade
sensorial mais associada a gravidade e a gatilhos de migrânea.
Palavras-chave: Cefaleia, Migrânea, Fotofobia, Alodinia, Hipersensibilidade sensorial
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 78
October 2020.
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ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.78
Aguiar, C.; Melo, V. L.; Melo Junior, F. M.; Melo, B. H.; Souza, L.; Caldas Júnior, A.; Melo, R. E.
Headache Medicine
Correlação entre a dor da articulação temporomandibular e a covid-19
Camilla de Aguiar, Victor Leonardo de Melo, Frederico Marcio de Melo Júnior, Bruna Heloisa de Melo, José Leonardo Sou-
za, Arnaldo Caldas Júnior, Ricardo Eugenio de Melo
UFPE
Introdução
A Desordem Temporomandibular (DTM) pertence a um grupo heterogêneo de condições musculoesqueléticas e neuromusculares
envolvendo o complexo articular temporomandibular, a musculatura e os componentes adjacentes. Essas condições podem gerar sinais
e sintomas e serem inuenciadas por uma condição biopsicossocial alterada.
Material e Métodos
Revisão de literatura, utilizando a base de dados Embase, Scielo e pubmed, utilizando os descritores: Infecção por Coronavírus, Dor
Facial, ndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular. Utilizou-se restricão temporal de 2016 a 2020 com artigos na língua
inglesa como critérios de inclusão e critérios de exclusão foram excluídos os trabalhos que não tinham correlação a temática estudada.
Resultados
A pandemia de COVID-19 afetou o funcionamento dos serviços dicos e odontológicos de rotina, restringindo- se apenas ao
atendimento de emergência, gerando potencial impacto direto no tratamento de doenças bucais, principalmente em pacientes com
distúrbios psicossomáticos, como distúrbios da mucosa oral, disfunção temporomandibular e bruxismo que é diretamente inuenciado
pelo estado emocional desses pacientes. Os resultados mostram que a pandemia de COVID-19 e a necessidade de isolamento social,
gera impacto psicológico que eleva o padrão de ansiedade e pode afetar diretamente pacientes com bruxismo e DTM.
Conclusão
Fatores psicológicos associados à pandemia podem levar a um maior risco de desenvolver, piorar e perpetuar o bruxismo, principalmente
bruxismo de vigília e DTM, por isso os cirurgiões-dentistas devem estar atentos a ocorrência de sinais e sintomas para gerenciar os
aspectos multifatoriais dessa condição.
Palavras-chave: Infecção por Coronavírus, Dor Facial, Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 79
October 2020.
79
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.79
Silva, A. V.; Gonzalez, L.; Vuolo, I.; Galvão, R.; Farges, S.; Bello, V.; Frederico, R. P.
Headache Medicine
Anticoncepcional hormonal combinado associado a aumento da chance de
osmofobia em mulheres com migrânea
Aline Vitali da Silva, Lara Gonzalez, Isabella Vuolo, Renata Galvão, Silvia Farges, Valeria Bello, Regina Poli Frederico
PUC-PR
Introdução
A migrânea é uma doença caracterizada por episódios recorrentes de cefaleia e afeta predominantemente mulheres jovens. O
estrógeno exerce inuência sobre a migrânea, sendo sua queda, no período mestrual, predispõe a crises e seu uso exógeno é
associado ao surgimento de aura.
Objetivo
Avaliar a inuência do uso de anticoncepcional hormonal combinado sobre sintomas da migrânea.
Material e Métodos
Esta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da PUC-PR. Estudo prospectivo observacional do tipo caso-controle composto
por mulheres com migrânea maiores de 18 anos que não estavam na menopausa ou gestantes. Foram incluídas participantes que
preenchessem os critérios diagnósticos da Classicação Internacional de Cefaleias de 2018 e/ou tivessem pontuação > 2 no ID-
Migraine. As participantes responderam a um questionário on-line através do GoogleForms®. Foram obtidos dados demográcos,
sobre o método contraceptivo, índice de massa corporal (IMC), tabagismo e características da migrânea. As participantes também
responderam a questionários validados auto-aplicados sobre a incapacidade relacionada a migrânea (Migraine Disability Assessment
MIDAS) e de hiperacusia. Os dados categóricos foram avaliados por teste exato de Fisher ou qui-quadrado conforme apropriado.
Variáveis numéricas foram avaliadas pelo teste de Mann-Whitney. Foi considerada diferença estatisticamente signicativa quando
p<0,05
Resultados
Participaram do estudo 214 mulheres, destas 88(41,1%) faziam uso de anticoncepcional hormonal combinado (AHC), 89 (41,6%) não
usavam nenhuma forma de hormônio exógeno, 15 (7,0%) faziam uso de progestágeno isolado e 19 (8,8%) eram usuárias de DIU
hormonal. O grupo de mulheres usuárias de AHC eram mais jovens (22 Vs 25 anos; p<0,001) do que as não usuárias de AHC, não
houve diferença na etnia, IMC, tabagismo ou na frequência de diagnóstico de migrânea com aura. Participantes usuárias de AHC
tiveram maior chance de osmofobia (OR 1,59; p=0,004). Não houve diferença na prevalência de fonofobia e fotofobia. Também não
houve diferença nas escalas MIDAS e de hiperacusia.
Conclusão
Mulheres com migrânea usuárias de AHC tiveram chance 59% maior de apresentarem osmofobia. Esta é uma análise parcial de
um estudo em andamento. Acredita-se que o estrógeno esteja envolvido na hiperexcitabilidade sensorial que ocorre na migrânea,
acometendo também o olfato e precipitando maior chance de osmofobia.
Palavras-chave: Migrânea, Anticoncepcional Hormonal Combinado, Estrógeno, Osmofobia
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 80
October 2020.
80
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.80
Aguiar, C.; Melo, V. L.; Melo, J. D.; Pinheiro, M.; Souza, J. L.; Caldas Júnior, A.; Melo, R. E.
Headache Medicine
Acupuntura ou dry needling no controle da dor orofacial?
Camilla de Aguiar, Victor Leonardo de Melo, Jussara Diana de Melo, Milena Pinheiro, José Leonardo Souza, Arnaldo
Caldas Júnior, Ricardo Eugenio de Melo
UFPE
Introdução
A acupuntura é uma técnica milenar da medicina tradicional chinesa, uma forma de medicina alternativa e um ramo da medicina
tradicional chinesa no qual nas agulhas são inseridas no corpo do paciente de acordo com um uxo de energia que é denido como
meridianos corporais. o dry needling ou agulhamento a seco foi desenvolvido nos Estados Unidos em 1940 graças aos estudos
aplicados de Janet Travell, o qual utiliza de agulhamento em pontos de tesão corporal para diminuição da sintomatologia dolorosa.
Material e Métodos
Revisão de literatura, utilizando a base de dados Embase, Scielo e pubmed, utilizando os descritores: Medicina Tradicional Chinesa,
Acupuntura, Dor Facial, Agulhamento seco. Utilizou- se restrição temporal de 2016 a 2020 com artigos na língua inglesa como critérios
de inclusão e critérios de exclusão foram excluídos os trabalhos que não tinham correlação a temática estudada.
Resultados
O agulhamento seco é uma técnica caracterizada pela inserção de uma agulha lamentar sólida, sem medicação, através da pele, para
tratar várias disfunções, incluindo – mas não se limitando – a dor miofacial. Essa técnica tem como objetivo desativar bras musculares
tensas que geram dor. O seu conhecimento mais importante encontra-se na anatomia e siologia muscular e na compreensão da
formação dos pontos-gatilho. A acupuntura visa o reequilíbrio energético através da harmonização do funcionamento dos órgãos
internos, e com isso é capaz de melhorar dores sejam estas musculares ou não, além de outras muitas doenças. o Dry Needling
visa diminuir a dor muscular que angustia o paciente. As únicas semelhanças entre a acupuntura e o Dry Needling se encontram na
utilização do mesmo tipo de agulha e no efeito mecânico que a mesma exerce sobre o músculo, aumentando a circulação sanguínea.
Conclusão
Com essa revisão de literatura conclui-se que tanto o uso da acupuntura como do agulhamento seco são utilizados como controle da
dor orofacial, tendo diferenças em suas aplicações e durabilidades. Então cabe ao prossional saber qual melhor técnica aplicar para
melhorar a sintomatologia dolorosa de casa paciente.
Palavras-chave: Medicina Tradicional Chinesa, Acupuntura, Dor Facial, Agulhamento seco
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 81
October 2020.
81
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.81
Aguiar, C.; Melo, J. D.; Freitas, N. D.; Pinheiro, M.; Souza, J. L.; Caldas Júnior, A.; Melo, R. E.
Headache Medicine
Alongamento e calcicação do processo estilóide em pacientes com disrbios
temporomandibulares, associado a síndrome de eagle: aspectos clínicos e
radiográcos
Camilla de Aguiar, Victor Leonardo de Melo, Jussara Diana de Melo, Milena Pinheiro, José Leonardo Souza, Arnaldo
Caldas Júnior, Ricardo Eugenio de Melo
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução
Síndrome de Eagle é caracterizada por uma sintomatologia dolorosa principalmente nas regiões cervical e garganta, de forma crônica
associada ao alongamento e calcicação do processo estilóide. De etiologia incerta, a síndrome acomete ambos os sexos e os sintomas
apresentados podem facilmente ser confundidos com outras desordens que atingem a região de cabeça e pescoço, como os Distúrbios
da Articulação Temporomandibular, neuralgia do trigêmeo, dor miofacial, entre outras.
Material e Métodos
Estudo transversal, Aprovado pelo comitê de ética local que consistiu na análise de radiograas panorâmicas e prontuários de 1300
pacientes atendidos no Ambulatório de Cirurgia e Traumatologia Buco Maxilo Facial da Universidade Federal de Pernambuco até o
ano de 2015, aprovado pelo comitê de ética local.
Resultados
Foram estudados 1201 prontuários e radiograas de pacientes na qual correlacionou-se signicativa relação da presença da síndrome
e as DTMs, contribuindo com o correto diagnóstico e posterior tratamento de ambas as condições. Em sua maioria eram mulheres com
44 anos e o tipo de calcicação mais presente foi a forma completa em ambos os sexos, seguido da forma parcial, de contorno e
nodular.
Conclusão
A partir desse estudo pode-se correlacionar que pacientes diagnosticados com DTM, são suspeitos em potencial para desenvolver
a Síndrome de Eagle, visto que a calcicação e alongamento faz-se presente com maiores porcentagens que em pessoas sem DTM.
Palavras-chave: Articulação temporomandibular, Sinais e Sintomas, Desordens temporomandibulares
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 82
October 2020.
82
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.82
Silva, D.; Rocha, M.; Pinheiro, C.; Carvalho, G.; Dach, F.; Grossi, D.
Headache Medicine
Correlação entre cinesiofobia e equilíbrio em indivíduos controle e diferentes
subtipos de migrânea
Daiane Silva, Michely Rocha, Carina Pinheiro, Gabriela Carvalho, Fabíola Dach, Débora Grossi
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo
Introdução
A migrânea é uma disfunção neurovascular incapacitante cujos pacientes apresentam alterações no equilíbrio, dentre outros fatores.
Ademais, a cinesiofobia também pode ser frequentemente percebida por esses pacientes e por se tratar de um comportamento de
evitação de movimento, pode afetar o controle de equilíbrio. No entanto, essa relação ainda não é conhecida. O objetivo deste estudo
é vericar a associação entre o nível de cinesiofobia e o equilíbrio de pacientes com migrânea com e sem aura, migrânea crônica e
indivíduos controle.
Métodos
Foram avaliadas 105 mulheres entre 18 e 55 anos, divididas em quatro grupos: migrânea sem aura (MSA, n= 27, 32,8 anos DP 8,4),
migrânea com aura (MCA, n=25, 33,6 anos DP 9,3), migrânea crônica (MC, n=27, 35,0 anos DP 9,0) e grupo controle (GC, n=26, 32,8
anos DP 9,9). O diagnóstico de migrânea seguiu os critérios da Classicação Internacional de Cefaleias. As participantes responderam
a Escala Tampa de Cinesiofobia (ETC) e realizaram o teste de organização sensorial (SOT) na plataforma Equitest NeuroCom®.
O SOT consiste na avaliação do controle de equilíbrio em apoio bipodal durante seis condições que avaliam a interação entre os
sistemas vestibular, visual e somatossensorial. Com base no desempenho do participante em cada uma dessas condições, é obtida
uma pontuação nal do teste, e valores baixos indicam pior controle de equilíbrio. Na ECT, quanto maior a pontuação, maior o nível
de cinesiofobia. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa (Processo n 14371/2018).
Resultados
Os dados foram comparados entre os grupos com ANOVA one-way e post-hoc de Bonferroni, e o teste de correlação de Pearson foi
utilizado para análise da associação entre a pontuação da ECT e na pontuação nal do SOT em cada um dos grupos (p<0,05). Os
grupos de migrânea apresentaram maior pontuação na escala Tampa em relação ao grupo controle, (GC 25,6 DP 6,4; MsA 31,3 DP
6,4, MCA 35,6 DP 7,3; MC 33,0 DP 8,4; p<0,05). O score nal do SOT foi menor nos grupos migrânea com aura e crônica do que
no controle (GC 83,2 DP 4,2; MA 66,0 DP 13,4 e MC 71,1 DP 11,4; p<0,05). Foi observada correlação negativa e moderada entre o
nível de cinesiofobia e a pontuação do SOT apenas no grupo migrânea crônica (r -0,44, p<0.05).
Conclusão
A cinesiofobia está associada com décits de equilíbrio apenas em pacientes com migrânea crônica, embora migranosos com aura
também apresentem altos níveis e cinesiofobia e baixos scores de equilíbrio.
Palavras-chave: Cefaleia, Cinesiofobia, Equilíbrio
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 83
October 2020.
83
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.83
Aguiar, C.; Melo, L.; Seixas, Z.; Pinheiro, M.; Almeida, E. C.; Caldas Júnior, A.; Melo, R. E.
Headache Medicine
Neuroma traumático e a dor orofacial
Camilla de Aguiar, Victor Leonardo de Melo, Zélia Seixas, Milena Pinheiro, Elvia Christina de Almeida, Arnaldo Caldas
Júnior, Ricardo Eugenio de Melo
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução
O termo neuroma traumático é usado para descrever uma proliferação reativa de tecido neural após dano a um nervo adjacente,
após corte parcial ou completo do nervo. A lesão representa uma resposta exagerada, por uma hiperplasia reativa como resultado
de tentativas de regeneração, caracterizada por hiperplasia de células de Schwann. O neuroma traumático já foi descrito com outras
origens, como danos nervosos causados por pressão, lesão por esmagamento, lacerações, alongamento, sangramento no tecido que
circunda do nervo, infecção e isquemia
Material e Métodos
Revisão de literatura, utilizando a base de dados Embase, Scielo e pubmed, utilizando os descritores: Neuroma, Dor Facial, Dor
Referida. Utilizou-se restricão temporal de 2016 a 2020 com artigos na língua inglesa como critérios de inclusão e critérios de exclusão
foram excluídos os trabalhos que não tinham correlação a temática estudada.
Resultados
Os neuromas tem origem de acidentes traumáticos, tem maior ocorrência no sexo feminino, na quarta década de vida. Clinicamente,
as lesões orais geralmente aparecem como um nódulo normal ou acinzentado coloração de superfície lisa e branca, e os pacientes
podem se queixar de dor como um sintoma frequente. Mais da metade dos pacientes relatam sintomatologia dolorosa que variam de
sensibilidade ocasional à dor constrante e intensa que pode ser referida devido a compressão do nervo pelo tumor. O tratamento de
escolha para neuromas traumáticos é a excisão cirúrgica. Uma técnica ideal com mínima manipulação e separação das bras nervosas
é essencial para um resultado adequado A maioria das lesões não ocorre, mas em alguns casos sintomáticos, a dor pode persistir ou
retornar posteriormente
Conclusão
Com essa revisão de literatura conclui-se que oa neuromas traumáticos em região de face são desecadeadores de dor odofacial e que
seu tratamento é necessário para dar maior conforto e diminuir a sintomatologia dolorosa do paciente.
Palavras-chave: Neuroma, Dor Facial, Dor Referida
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 84
October 2020.
84
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.84
Aguiar, C.; Lima, L. M.; Freitas, N. D.; Pinheiro, M.; Souza, J. L.; Caldas Júnior, A.; Melo, R. E.
Headache Medicine
O uso de acupuntura e terapias integrativas no tratamento da síndrome da
disfunção na articulação temporomandibular
Camilla de Aguiar, Lohana Maylane de Lima, Nely Dulce Freitas, Milena Pinheiro, José Leonardo Souza, Arnaldo Caldas
Júnior, Ricardo Eugenio de Melo
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução
Os distúrbios temporomandibulares (DTM) são caracterizados por vários sinais e sintomas de dor e disfunção, que ocorrem em todas
as áreas da face, do pescoço, do temporal, occipital e zona frontal da cabeça, e até mesmo no aparelho auditivo. A acupuntura é
uma terapia milenar, parte da Medicina Tradicional Chinesa, com mecanismos de ação energéticos e com propriedades analgésicas,
anti-inamatórias, ansiolíticas, miorrelaxantes e ativadoras da função imunológica, que pode ser um bom instrumento para melhora
desses distúrbios.
Material e Métodos
Ensaio Clinico Randomizado, aprovado pelo comitê de ética local em que foram selecionados 50 pacientes dentre os pacientes
atendidos no Ambulatório de CTBMF da UFPE que foram diagnosticados com DTM. Foram randomizados 25 pacientes destes a am
de utilizar da acupuntura para analisar a melhora na sintomatologia dolorosa, conjuntamente foram analisados outros 25 pacientes
que foram tratados com o uso das terapias convencionais.
Resultados
A demostrou que a técnica da acupuntura ofereceu ao paciente uma melhor qualidade de vida, alivio das dores na ATM, mudança
da qualidade da dor e diminuição de pontos-gatilhos, tudo isso em menos sessões e menor tempo de tratameto em relação as técnicas
convencionais.
Conclusão
A pesquisa demostrou um excelente resultado da técnica de acupuntura, que além de ser menos invasiva, se demonstrou altamente
ecaz no tratamento da DTM.
Palavras-chave: Terapia por Acupuntura, Acupuntura, Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 85
October 2020.
85
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.85
Aguiar, C.; Melo, V. L.; Melo, R. H.; Freitas, N. D.; Pinheiro, M.; Souza, J. L.; Melo, R. E.
Headache Medicine
Otalgia e a sua relação com os distúrbios temporomandibulares: aspectos
clínicos e radiográcos
Camilla de Aguiar, Victor Leonardo de Melo, Rodrigo Henrique de Melo, Nely Dulce Freitas, Milena Pinheiro, José Leonardo
Souza, Ricardo Eugenio de Melo
Universidade Federal de Pernambuco
Introdução
Os distúrbios temporomandibulares (DTM) são caracterizados por vários sinais e sintomas de dor e disfunção, que ocorrem em todas as
áreas da face, do pescoço, do temporal, occipital e zona frontal da cabeça, e até mesmo no aparelho auditivo que tem como principais
sintomas a otalgia, zumbido, estalos e perda de audição.
Material e Métodos
Estudo Trasversal, Aprovado pelo comitê de ética local que consistiu na análise dos prontuários e exames de imagem de 3700 pacientes
atendidos no Ambulatório de CTBMF da UFPE nos anos de 2012-2019, com objetivo de traçar um perl dos pacientes com sintomas
otológicos e disfunções temporomandibulares.
Resultados
A pesquisa teve um total de 3.418 pacientes da pesquisa que um total de 53,04% pacientes não apresentou queixa ou sintomatologia
clínica e/ou aspectos radiográcos de DTM, sendo excluídos da pesquisa. Assim o total de pacientes analisados que zeram parte
do estudo foram um total de 1605 prontuários. Na qual eram maioria do sexo feminino, com uma média de 38 anos de idade com
sintomas mais prevalentes de cefaléia, dor orofacial e otalgia. Nos achados clínicos era prevalente a ausência dentária e subluxação
da articulação. Já nos achados radiográcos a calcicação do ligamento estiloide bilateral era a mais frequente.
Conclusão
Demostrou a prevalência dos achados clínicos e radiográcos dos pacientes com DTM, podendo assim delimitar um diagnóstico dos
futuros pacientes e melhor tratamento.
Palavras-chave: Articulação temporomandibular, Sinais e Sintomas, Desordens temporomandibulares
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 86
October 2020.
86
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.86
Lellis, C.; Paniago, S.; Tertuliano, P.; Dib, M.; Guisolphi, N.; Silva, V.
Headache Medicine
Dor orofacial em pacientes com disfunção temporomandibular: uma revisão
sistemática da literatura
Caio Lellis, Samyla Paniago, Pedro Tertuliano, Maria Dib, Natalia Guisolphi, Vitória da Silva
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Introdução
Segundo a Sociedade Brasileira de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, a dor orofacial (DOF) é uma condição dolorosa
associada a tecidos moles e mineralizados da cavidade oral e da face. Entre crianças e adolescentes brasileiros, estima-se que haja
uma prevalência de DOF de 25,2% que se relaciona com fatores como cefaleia e bruxismo, afetando demasiadamente a qualidade de
vida dessa população. Dentre as opções de manejo da DOF, podem ser utilizados tratamentos invasivos ou não, ainda em discordância
quanto à ecácia no público jovem. O objetivo deste estudo é buscar na literatura as opções terapêuticas atuais mais ecazes no
manejo da dor orofacial de crianças e adolescentes com DTM.
Material e Métodos
Trata-se de uma revisão sistemática da literatura nos bancos de dados PubMed, Lilacs e MedLine, com os descritores: (Temporomandibular
Dysfunction OR DTM) AND Treatment” (n = 133). Foram selecionados os ensaios clínicos randomizados, relatos de caso e metanálises
publicados nos últimos 10 anos, outros ltros utilizados foram: idade até 18 anos e texto completo (n = 31). Foram excluídos os estudos
duplicados e aqueles que não se enquadravam nos objetivos. (n = 10).
Resultados
Anquilose da Articulação Temporomandibular (ATM) é uma doença articular multifatorial que se refere à adesão óssea ou brosa dos
componentes anatômicos da articulação, resultando na perda da função e em intensa e persistente DOF. Um relato de caso concluiu
que, embora não haja consenso sobre a totalidade do tratamento cirúrgico no caso de ATM, indica-se começar o manejo terapêutico
assim que for feito o diagnóstico com mobilização precoce, sioterapia agressiva e acompanhamento clínico, tendo como objetivo
restaurar a mobilidade mandibular e reduzir os episódios de dor. Ademais, um ensaio clínico randomizado constatou que a ATM é
uma das desordens mais signicativas do sistema estomatognático, pois causa dores associadas a graves limitações funcionais, como
diculdade de mastigação e problemas psicológicos e clínicos devido à má higiene bucal, sendo bastante signicativos em crianças,
pois o tratamento é ainda mais complexo devido ao fato da região condilar ser um local de crescimento ativo.
Conclusão
A DTM associou-se muito a ATM e o seu tratamento precoce é fundamental para o manejo desse tipo de dor, principalmente quando
envolve pacientes pediátricos.
Palavras-chave: Dor orofacial, Anquilose da articulação temporomandibular, ATM