114 Headache Medicine, v.7, n.3, p.77-128, Jul./Aug./Sep. 2016
XXX CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XI CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
objective is to describe the report of a patient with
neurosarcoidosis presented with headache and multiple
mononeuropathy. Methods: Case Report: A 40-year-old
woman developed a new daily persistent headache, frontal,
severe, varying from pulsating to pressing, with photophobia,
tingling in the right upper face, with neither phonophobia nor
nausea thirty days before ask for medical attention. The
neurological examination showed infra nuclear paralysis of the
left facial nerve, right eye mydriasis with reduced photoreaction,
sensory loss in right V1 distribution, and tongue deviation
toward the right side. Results: Magnetic Resonance Imaging
of the brain showed enhancement of the intracanalicular
portion of facial nerve after gadolinium injection.
Cerebrospinal fluid analysis showed 5 white blood cells/μL,
total protein 38 mg/dL, glucose 46 mg/dL. The blood count
showed lymphopenia. Chest tomography identified enlarged
lymph nodes in the supraclavicular, mediastinal, symmetrical
and bilateral hilar regions. The abdominal computerized
tomography presented an increase in lymph nodes in the
hepatic hilum as well as other smaller nodes in the gastro-
heptatic ligament. A biopsy of the the right paratracheal lymph
node was performed. Immunohistochemistry revealed
noncaseating epithelioid cell granulomas. Considering the
probable neurosarcoidosis diagnosis, corticosteroid therapy
was recommended. There was a complete remission of
symptoms, including headache, after 3 months of treatment.
Conclusion: Headaches attributed to neurosarcoidosis have
no typical characteristics and may present themselves in many
different forms. The headache of this patient had a temporal
relation to neurosarcoidosis which was resolved after treatment.
Palavras-chaves: Headache, sarcoidosis, cranial nerve palsy,
biopsy, Immunohistochemistry
PCE 41
PRESENÇA DE PONTOS GATILHO MIOFASCIAIS NOS
MÚSCULOS DO PESCOÇO EM MULHERES COM MIGRÂNEA
Samuel Straceri Lodovichi
1
, Marcela Mendes Bragatto
1
,
Mariana Tedeschi Benatto
1
, Lidiane Lima Florêncio
1
,
Gabriela Ferreira Carvalho
1
, Ana Izabela Sobral de
Oliveira
1
, Fabiola Dach
1
, César Fernández De-Las-Peñas
2
,
Anamaria Siriani de Oliveira
1
, Debora Bevilaqua-Grossi
1
1
FMRP-USP – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP
(Ribeirão Preto, SP)
2
URJC – Universidad Rey Juan Carlos (Madrid, Espanha)
Objetivos: Comparar a presença de Pontos-Gatilho (PG) nos
músculos cervicais entre mulheres com migrânea, migrânea
crônica e sem cefaleia. Métodos: Foram avaliadas 22 mu-
lheres do grupo sem cefaleia (média de idade: 32; DP: 9,0);
21 grupo migrânea (média de idade=34; DP=11,8) média
de 5 dias de cefaleia por mês e 17 do grupo migrânea crô-
nica (média de idade=34; DP=10,2) média de 22 dias de
cefaleia/mês. O diagnóstico de migrânea foi realizado por
neurologistas experientes de um serviço terciário seguindo a
terceira edição da Classificação Internacional de Cefaleias.
A palpação dos músculos esternocleidomastoideo, escaleno
anterior, esplênio da cabeça e trapézio superior para a iden-
tificação de PG foi realizada por um fisioterapeuta experien-
te e cego quanto ao diagnóstico da cefaleia. As frequências
de PG para cada grupo em geral e separado por músculo
foram comparadas pelo χ² utilizando o software SPSS 20.0,
com nível de significância de 0.05. Resultados: A
prevalência de pelo menos um PG na musculatura cervical
foi 86% no grupo migrânea crônica, 82% no grupo migrânea
episódica e 55% no grupo sem cefaleia (p=0,04). O trapézio
superior foi quem apresentou mais PG tanto do lado direito
(36% do grupo sem cefaleia; 67% do grupo migrânea e 59%
do grupo migrânea crônica) quanto do lado esquerdo (23%
do grupo sem cefaleia; 52% do grupo migrânea e 35% do
grupo migrânea crônica), com diferença na proporção de
presença de PG entre os grupos apenas para o músculo
esternocleidomastoideo esquerdo (p=0,02). Conclusão:
mulheres com migrânea, independente da frequência, apre-
sentaram maior frequência de PG na musculatura cervical
que mulheres sem cefaleia. O músculo com maior frequência
de PG em todos os grupos foi o trapézio superior. Mulheres
migranosas apresentaram mais PG no esternocleidomas-
toideo que mulheres sem cefaleia.
Palavras-chaves: Migrânea, cervical, pontos-gatilho
PCE 42
ASSOCIAÇÃO ENTRE TROMBOSE VENOSA CEREBRAL E
MASTOIDITE: RELATO DE CASO
Wellington Gondim de Oliveira
1
, Ana Helena Gomes de
Barros Murgolo
2,1
, Dheybson Markes Batista de Sousa
2,1
,
Karine Queiroz Vieira
2,1
, Sílvia de Araújo Rezende
2,1
,
Simone Kitamura Moura
2,1
, Thayane Cabral Lopes
2,1
1
HGP – Hospital Geral de Palmas (Palmas, TO)
2
Unirg – Centro Universitário UNIRG (Gurupi, TO)
3
ITPAC - Porto – Instituto Tocantinense Presidente Antônio
Carlos (Porto Nacional, TO)
4
UFT – Universidade Federal do Tocantins (Palmas, TO)
Objetivos: Relatar o caso de um paciente de 70 anos de
idade, sexo masculino, admitido no serviço de Neurologia
do Hospital Geral de Palmas, que desenvolveu Trombose Ve-
nosa Cerebral (TVC), após quadro de mastoidite. Métodos:
Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, através do qual
foram analisados fatores de risco, quadro clínico e exames
de imagem para TVC. Resultados: Diagnóstico de TVC em
paciente com quadro de cefaleia crônica, que teve início após
episódio de mastoidite à esquerda confirmada por tomografia
computadorizada (TC) de crânio. Apesar da tomografia
computadorizada do crânio não ter visualizado trombos, a
suspeita de TVC foi confirmada após angioressonância mag-
nética do encéfalo, que detectou falha de enchimento de seio
venoso transversal esquerdo. O paciente apresentou melhora
sintomática após anticoagulação, porém houve recidiva do
quadro após suspensão do anticoagulante oral após trata-
mento com este por quatro meses. Conclusão: A TVC é uma
doença cerebrovascular rara, potencialmente fatal, que pos-
sui um difícil diagnóstico, uma vez que apresenta manifesta-
ções clínicas variáveis e inespecíficas. Assim, não se deve des-
valorizar nenhum sinal clínico que possa ser suspeito, como
cefaleia, difusa ou localizada, que é o sintoma mais frequen-
te na TVC, e o único sintoma encontrado no paciente
supracitado. O quadro de TVC pode ser acompanhado de
hipertensão intracraniana, déficits neurológicos focais,