Headache
Medicine
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 61
CONTENTS
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA E XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
MENSAGENS DO PRESIDENTE E DO COORDENADOR ............................................................................... 65
Mauro Eduardo Jurno - Presidente da SBCe e do Congresso de Cefaleia
Ricardo Tanus Valle - Coordenador do Comitê de Dor Orofacial
COMISSÕES................................................................................................................................................ 67
PALESTRANTES ............................................................................................................................................ 68
INFORMAÇÕES GERAIS .............................................................................................................................. 70
PROGRAMA CIENTÍFICO ............................................................................................................................. 72
SESSÃO DE PÔSTERES - CEFALEIA E DOR OROFACIAL ............................................................................... 81
RESUMO DOS TEMAS LIVRES/ABSTRACTS - CEFALEIA E DOR OROFACIAL .................................................. 87
INFORMAÇÕES AOS AUTORES .................................................................................................................. 112
Scientific Publication of the Brazilian Headache Society
Volume 8 Number 3 July/August/September 2017
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
62 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
Headache Medicine
ISSN 2178-7468
A revista Headache Medicine é uma publicação de propriedade da Sociedade Brasileira de Cefaleia, indexada no Latindex e no Index Scholar, publicada pela
Trasso Comunicação Ltda., situada na cidade do Rio de Janeiro, na Rua das Palmeiras, 32 /1201 - Botafogo - Rio de Janeiro-RJ - Tel.: (21) 2521-6905 - site:
www.trasso.com.br. Os manuscritos aceitos para publicação passam a pertencer à Sociedade Brasileira de Cefaleia e não podem ser reproduzidos ou publicados,
mesmo em parte, sem autorização da HM & SBCe. Os artigos e correspondências deverão ser encaminhados para a HM através de submissão on-line, acesso pela
página www.sbce.med.br - caso haja problemas no encaminhamento, deverão ser contatados o webmaster, via site da SBCe, a Sra. Josefina Toledo, da Trasso
Comunicação, ou o editor (mmvalenca@yahoo.com.br). Tiragem: 1.500 exemplares. Distribuição gratuita para os membros associados, bibliotecas regionais de
Medicina e faculdades de Medicina do Brasil, e sociedades congêneres.
Editor-in-Chief
Marcelo Moraes Valença
Vice-Editor-in-Chief
Fabíola Dach
Past Editors-in-Chief
Edgard Raffaelli Júnior (1994-1995)
José Geraldo Speciali (1996-2002)
Carlos Alberto Bordini (1996-1997)
Abouch Valenty Krymchantowsky (2002-2004)
Pedro André Kowacs and Paulo H. Monzillo (2004-2007)
Fernando Kowacs (2008-2013)
Editors Emeriti
Eliova Zukerman, São Paulo, SP
Wilson Luiz Sanvito, São Paulo, SP
International Associate Editors
Cristana Peres Lago, Uruguai
Gregorio Zlotnik, Canadá
Isabel Luzeiro, Portugal
José Pereira Monteiro, Portugal
Marcelo Bigal, USA
Nelson Barrientos Uribe, Chile
Abouch Valenty Krymchantowski, Rio de Janeiro, RJ
Alan Chester F. Jesus, Aracaju, SE
Ana Luisa Antonniazzi, Ribeirão Preto, SP
Carla da Cunha Jevoux, Rio de Janeiro, RJ
Carlos Alberto Bordini, Batatais, SP
Célia Aparecida de Paula Roesler, São Paulo, SP
Claudia Baptista Tavares, Belo Horizonte, MG
Cláudio M. Brito, Barra Mansa, RJ
Daniella de Araújo Oliveira, Recife, PE
Deusvenir de Sousa Carvalho, São Paulo, SP
Djacir D. P. Macedo, Natal, RN
Élcio Juliato Piovesan, Curitiba, PR
Elder Machado Sarmento, Barra Mansa, RJ
Eliana Meire Melhado, Catanduva, SP
Fernando Kowacs, Porto Alegre, RS
Henrique Carneiro de Campos, Belo Horizonte, MG
Hugo André de Lima Martins, Recife, PE
Jano Alves de Sousa, Rio de Janeiro, RJ
João José de Freitas Carvalho, Fortaleza, CE
Joaquim Costa Neto, Recife, PE
José Geraldo Speziali, Ribeirão Preto, SP
Luis Paulo Queiróz, Florianópolis, SC
Marcelo C. Ciciarelli, Ribeirão Preto, SP
Marcelo Rodrigues Masruha, Vitória, ES
Marcos Antônio Arruda, Ribeirão Preto, SP
Mario Fernando Prieto Peres, São Paulo, SP
Maurice Vincent, Rio de Janeiro, RJ
Mauro Eduardo Jurno, Barbacena, MG
Paulo Sergio Faro Santos, Curitiba, PR
Pedro Augusto Sampaio Rocha Filho, Recife, PE
Pedro Ferreira Moreira Filho, Rio de Janeiro, RJ
Pedro André Kowacs, Curitiba, PR
Raimundo Silva-Néto, Teresina, PI
Renan Domingues, Vitória, ES
Renata Silva Melo Fernandes, Recife, PE
Thais Rodrigues Villa, São Paulo, SP
Headache Medicine
Scientific Publication of the Brazilian Headache Society
Editorial Board
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Sociedade Brasileira de Cefaleia – SBCe
filiada à International Headache Society – IHS
Rua General Mario Tourinho, 1805 – Sala 505/506 - Edifício LAKESIDE
80740-000 – Curitiba - Paraná - PR, Brasil
Tel: +55 (41) 9911-3737
www.SBCe.med.br – secretaria@sbcefaleia.com.br
Secretário executivo: Liomar Luis Miglioretto
Presidente
Mauro Eduardo Jurno
Secretária
Fabíola Dach
Tesoureira
Célia Aparecida de Paula Roesler
Departamento Científico
Célia Aparecida de Paula Roesler
Eliana Melhado
Fabíola Dach
Jano Alves de Souza
José Geraldo Speziali
Luis Paulo Queiróz
Marcelo Ciciarelli
Pedro André Kowacs
Editor da Headache Medicine
Marcelo Moraes Valença
Vice-Editor da Headache Medicine
Fabíola Dach
Diretoria Biênio 2016/2018
Comitês
Comitê de Dor Orofacial
Ricardo Tanus Valle
Comitê de Cefaleia na Infância
Marcos Antônio Arruda
Thais Rodrigues Villa
Comitê de Leigos
Claudia Baptista Tavares
Henrique Carneiro de Campos
João José de Freitas Carvalho
Pedro Augusto Sampaio Rocha Filho
Delegado junto à IHS
João José Freitas de Carvalho
Responsáveis pelo Portal SBCe
Elder Machado Sarmento
Paulo Sergio Faro Santos
Representante junto à SBED
José Geraldo Speziali
Representante junto à ABN
Célia Aparecida de Paula Roesler
Fernando Kowacs
Raimundo Pereira da Silva Neto
Responsável pelas Midias Sociais
Thais Rodrigues Villa
www.congressocefaleia.com.br
Realização:
Organização:
Prédio Central da FMRP - FMRP -USP
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XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
Prezados Colegas,
É com muito prazer que recebemos a todos no XXXI Congresso Bra-
sileiro de Cefaleia e XII Congresso de Dor Orofacial em Tiradentes.
Quando esta Diretoria assumiu, no ano passado, tinha certeza que
enfrentaria um período muito difícil devido aos enormes problemas po-
líticos e econômicos pelos quais vem passando o Brasil, motivo pelo
qual desde o primeiro dia iniciamos um trabalho a várias mãos para
enfrentar e vencer as dificuldades que se prenunciavam.
Tivemos que fazer algumas modificações da estrutura administrativa
da SBCe para enfrentarmos as dificuldades e redimensionar nosso Con-
gresso, para que se realizasse com a grandeza que sempre foi sua marca,
visto que as dificuldades para nós enfrentadas foram de toda monta.
Mas, graças à valiosíssima colaboração de todos os envolvidos, na tarefa de constru-
ção deste evento, conseguimos manter o alto nível científico do nosso congresso, o que
sempre foi nossa marca, e vivo nossos fortes laços de amizade, característica marcante da
nossa Sociedade.
Espero que durante o Congresso possamos, além de trocarmos conhecimento a res-
peito dos novos avanços no estudo e tratamento das cefaleias e da dor orofacial, estreitar
nossos vínculos de amizade e construirmos novos, com uma boa proza mineira e regado pela
costumeira gastronomia mineira.
Forte abraço a todos!
Dr. Mauro Eduardo Jurno
Presidente da SBCe Biênio 2016-2018
MENSAGEM DO PRESIDENTE DA SBCe E PRESIDENTE DO CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA
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MENSAGEM DO COORDENADOR DO XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
Prezados colegas,
Temos o prazer de recebê-los na linda cidade de Tiradentes-MG,
cidade que é certamente uma das mais charmosas de nossas cidades
históricas. Suas ruas e calçadas com pedras pés-de-moleque, suas igre-
jas do século 18 dividem a atenção com o preservado casario formado
por sobrados que abrigam restaurantes, pousadas, antiquários e lojas
de artesanato que acendem seus lampiões na fachada ao anoitecer. O
cenário encantador e que já serviu de locação para filmes, seriados e
novelas, exibe ainda uma imponente moldura - a Serra de São José, com
montanhas típicas de Minas Gerais.
E nessa linda e aconchegante cidade é que realizaremos nosso XXXI
CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA E XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL, que é de
vocês, realizado com muito esforço e dedicação para que possamos ter mais uma oportunida-
de de experimentarmos uma convivência harmoniosa e estudos, debates e reflexões sobre os
rumos das Dores Orofaciais, DTMs e Cefaleias no Brasil.
É com muita satisfação que damos boas-vindas aos participantes desse evento e esperamos
que todos possam receber informações importantes, aprender, renovar e desenvolver nossas
melhores práticas. Sentimo-nos honrados por recebê-los aqui e torcemos para que este evento
seja um sucesso.
Sejam bem-vindos a cidade de Tiradentes-MG e um bom Congresso a todos.
Dr. Ricardo Tanus Valle
Coordenador do XII Congresso de Dor Orofacial
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
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XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
Ricardo Tanus Valle
Coordenador do Comitê de Dor Orofacial da SBCe
Antônio Albuquerque de Brito
Eduardo Grossmann
Eduardo Januzzi
Renata Silva Melo Fernandes
COMISSÕES
COMISSÃO CIENTÍFICA
Carlos Alberto Bordini
José Geraldo Speziali
Marco Antônio Arruda
Pedro André Kowacs
Pedro Ferreira Moreira Filho
REALIZAÇÃO
SBCe – Sociedade Brasileira de Cefaleia
COMISSÃO ORGANIZADORA
Mauro Eduardo Jurno
Presidente da SBCe
Célia Aparecida de Paula Roesler
Tesoureira da SBCe
Fabíola Dach
Secretária da SBCe
COMISSÃO LOCAL
Claudia Baptista Tavares
Henrique Carneiro de Campos
SESSÃO PARA LEIGOS
Claudia Baptista Tavares
Henrique Carneiro de Campos
João José Freitas de Carvalho
Ricardo Tanus Valle
CAMINHADA E CORRIDA
«VENCENDO AS CEFALEIAS»
Claudia Baptista Tavares
Henrique Carneiro de Campos
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PALESTRANTES DOR OROFACIAL
Alain Haggiag
Alfredo Lopes Pereira Filho
Antonio Albuquerque de Brito
Betania Mara Franco Alves
Bruno Cavellucci
Cibele Dal Fabro
Daniela Siqueira Mota
Debora Bevilaqua Grossi
Eduardo Grossmann
Eduardo Januzzi
Helen Rose Neutzling Valente
PALESTRANTES
PALESTRANTES CEFALEIA
Alan Chester Feitosa de Jesus
Alan Christmann Fröhlich
André Brasil Tollendal
Carlos Alberto Bordini
Célia Aparecida de Paula Roesler
Claudia Baptista Tavares
Djacir Dantas Pereira de Macedo
Elder Machado Sarmento
Eliana Meire Melhado
Erasmo Barros da Silva
Fabíola Dach
Fernando Kowacs
Henrique Carneiro de Campos
Hilton Mariano da Silva Júnior
Ida Fortini
Jano Alves de Souza
Jayme Antunes Maciel Júnior
André Mariz de Almeida
Carlos Federico Buonanotte
Lucas Bonamico
PALESTRANTES ESTRANGEIROS
Maria Teresa Goicochea
Michel Volcy Gomes
Renata Silva Melo Fernandes
Ricardo Tanus Valle
Roberto Brígido de Nazareth Pedras
Rodrigo Estêvão Teixeira
Rodrigo Vasconcellos Vilela
Rogério Augusto Valle Caetano
Thais Rodrigues Villa
Wagner de Oliveira
Wagner Hummig
João José Freitas de Carvalho
Jorge Luiz da Rocha Paranhos
Jose Geraldo Speziali
José Lúcio de Oliveira Dantas
Karen dos Santos Ferreira
Leandro de Souza Cruz
Luiz Paulo Bastos Vasconcelos
Luiz Paulo de Queiroz
Marcelo Cedrinho Ciciarelli
Marcelo Gabriel Vega
Marcelo Moraes Valença
Marco Antônio Arruda
Maria Eduarda N. de Magalhães
Costa
Mario Fernando Prieto Peres
Maurice Borges Vincent
Mauro Eduardo Jurno
Hélio Ribeiro Guedes Filho
Jose Geraldo Speziali
José Stechman Neto
Karina de Barros Pellegrinelli
Luciano Ambrosio Ferreira
Mara Lívia Carvalho Duffles Teixeira
Maria de Lourdes Rabelo Guimarães
Pedro Gonçalves de Oliveira
Rafael Tardin Rosa Ferraz Gonçalves
Renata Campi de Andrade Pizzo
Renata Lysia Soares Lima Farneze
Murilo Rubens Schaefer
Newman Teixeira de Nigro
Osvaldo José Moreira do Nascimento
Patricia Machado Peixoto
Priscila Colavite Papassidero
Paulo Sérgio de Faria
Paulo Sergio Faro Santos
Pedro André Kowacs
Pedro Augusto Sampaio Rocha Filho
Pedro Ferreira Moreira Filho
Raimundo Pereira Silva Néto
Renata Campi de Andrade Pizzo
Rodrigo Santiago Gomez
Sandro Blasi Esposito
Sandro Luiz de Andrade Matas
Thais Rodrigues Villa
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
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XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
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XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
Local: Pousada Pequena Tiradentes
Endereço: Avenida Governador Israel
Pinheiro, 670 - Estação, Tiradentes - MG
CEP: 36325-000 - Tel.: (32) 3355-1262
www.pequenatiradentes.com.br
Secretaria - Horários de Funcionamento
19/10 - 07:30 - 19:30
20/10 - 07:30 - 18:00
21/10 - 09:30 - 17:00
Sala VIP – Horários de Funcionamento
19/10 - 07:30 - 19:30
20/10 - 07:30 - 18:00
21/10 - 09:30 - 17:00
Assembleia da SBCe
20/10 - 18h00 às 19h00
Simpósio Satélite
ALLERGAN
20/10 - 12h30 às 14h00
Atividades Sociais
21/10 - Sábado - 7:30 - 3ª Caminhada e
Corrida "Vencendo as Cefaleias"
Participação gratuita. Faça sua inscrição na
Secretaria
Concentração, acreditação, boas-vindas e
alongamento: 7:30 - Início: 8:00.
Será oferecido transfer (ida e volta) aos participantes
que estiverem hospedados nas pousadas conveniadas do
XXXI Congresso Brasileiro de Cefaleia.
Horário de saída: 7:00 - Horário do retorno: 09h30.
Reunião do Congresso às 10h00
Rota: distância total de 5 km (2,5 km e retorno).
Rota: Rua da Caixa D'Água (Estação Ferroviária de
Behind Tiradentes).
21/10 - Sábado - 21:00
Festa “Boteco de Minas”
Espaço Vanilce Barbosa - Pousada Pequena Tiradentes
Necessário apresentação do convite.
(Atenção! Retirada de convites na secretaria somen-
te no dia 21/10, sábado, das 12h00 às 17h00).
INFORMAÇÕES GERAIS
Acompanhantes:
Os acompanhantes interessados em participar da Festa
“Boteco de Minas” deverão adquirir seus convites na
Secretaria até o dia 20/10 (sexta-feira).
Convites no local: R$ 150.00
Certificado
A SBCe, consciente de sua responsabilidade para
com o meio ambiente, emitirá eletronicamente os cer-
tificados de todas as categorias do Congresso. Os mes-
mos serão enviados por e-mail após o evento (último
dia) junto com a Pesquisa de Satisfação.
Trabalhos
Os trabalhos estão publicados nesta revista. Os tra-
balhos premiados serão divulgados na Festa de confrater-
nização no dia 22/10.
Programação científica
Para ter a programação científica do Congresso Bra-
sileiro de Cefaleia e Congresso de Dor Orofacial em seu
celular ou tablet, baixe o aplicativo QR Reader e insira o
leitor sobre o código abaixo.
Avisos
Credencial
Necessário uso da Credencial para todas as atividades
do Congresso.
Internet
Os participantes do Congresso terão acesso à internet
(wi-fi). Rede Libbs - Senha: Cefaleia2017
Alimentação
Sugestão: Restaurante Nona, localizado na Pousada
Pequena Tiradentes
Coffee-breaks
Os coffee-breaks mencionados na programação estarão
disponíveis na área de exposição. Visite os patrocinadores.
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Estacionamento
Estacionamento próprio da Pousada Pequena
Tiradentes.
Sistema de perguntas aos palestrantes
- Microfone: pedestal
- WhatsApp: O número será divulgado no sistema de
avisos dentro da sala. Faça sua pergunta em cada ses-
são. Direcione cada questão informando o palestrante e
a pergunta.
Agência de Viagem
Dúvidas sobre transfers,
hospedagem, passagens aéreas e/
ou passeios turísticos em Tiradentes,
entre em contato por:
Cel: (16) 9.9770-3197
E-mail: congresso@renatacalil.com.br ou
daiana@renatacalil.com.br
O atendimento da agência de viagem está na área de
exposição em frente à secretaria.
SBCe
A secretaria da SBCe está localizada na área de ex-
posição em frente a secretaria do Congresso.
Transfer
Aeroporto de Confins/Tiradentes/Aeroporto de
Confins
Valor in/out por pessoa: R$ 350,00
Dia 18/10/17
Horários de saídas do aeroporto (haverá um ponto de
encontro) : 11:00 / 14:00 / 17:00 / 20:00
Dia 22/10/17
Horários de saída do Ponto de Encontro (em Frente
Pousada Pequena Tiradentes):
06:00 / 09:00 / 12:00 / 15:00
Valor in/out por pessoa: R$ 350,00
Para os demais dias, será oferecido traslado privativo,
conforme demanda/solicitações.
OBS: Valores para mínimo de 10 pessoas viajando
juntas (Serviço Regular). Caso não seja atingido este nú-
mero, haverá complemento de valor.
Telefones Úteis
Código da Área: 32
Polícia Militar: 190
Ambulância: 192
Corpo de Bombeiros: 193
Hospital de Emergência: 32 3355-1532
Terminal Rodoviário: 32 3355-1124
Taxi: 32 3355-1196
Aeroporto Internacional de Confins / Tancredo
Neves: 31 3689-2700
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
PONTUAÇÃO DO CNA PARA
CEFALEIA
Organização
www.oxfordeventos.com.br
Programa Científico
XXXI Congresso Brasileiro de Cefaleia
XII Congresso de Dor Orofacial
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Maria Eduarda Nobre de Magalhães
Costa
Karen dos Santos Ferreira
Priscila Colavite Papassidero
Sandro Luiz de Andrade Matas
HORÁRIO
TEMA
TERÇA-FEIRA - 17/10/2017
QUINTA-FEIRA - 19/10/2017
08:30 - 12:10
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA - XXXI Congresso Brasileiro de Cefaleia
Classificação das Cefaleias - uso raciocional da
classificação
O exame cefaliatrico
Cefaleia na Unidade de Emergência - quando
investigar
Cefaleia tipo tensional - tratamento a curto e
longo prazo
08:30 - 08:50
08:50 - 09:10
09:10 - 09:30
09:30 - 09:50
Café com Pão de Queijo e visita aos pôsteres
10:00 - 10:30
Cefaleias em Salvas - o que de novo
Cefaleia crônica diária - 10 passos para o sucesso
terapêutico
Cefaleias responsivas à Indometacina
Manejo da migrânea na gravidez e lactação
Discussão
10:30 - 10:50
10:50 - 11:10
11:10 - 11:30
11:30 - 11:50
11:50 - 12:10
Intervalo12:10 - 13:40
Simpósio Presidencial - Discussão de 3 casos
com atividade interativa
Coordenadores:
Carlos Alberto Bordini
Lucas Bonamico
Pedro Ferreira Moreira Filho
13:40 - 14:40
P R O G R A M A C I E N T Í F I C O C E FA L E I A
Henrique Carneiro de Campos
Marcelo Gabriel Vega
Claudia Baptista Tavares
Leandro de Souza Cruz
HORÁRIO ATIVIDADE
CONVIDADO
Apresentadores:
Jano Alves de Souza
Marcelo Cedrinho Ciciarelli
Pedro André Kowacs
Debatedores:
Carlos Alberto Bordini
Pedro Ferreira Moreira Filho
Curso pré-congresso: Novas Abordagens
Coordenadores:
Célia Aparecida de Paula Roesler
Luiz Paulo Bastos Vasconcelos
20:00 - 22:00
Sessão para Leigos: Dor de cabeça? Fale
com um especialista!
Coordenadores:
Claudia Baptista Tavares
Henrique Carneiro de Campos
Mauro Eduardo Jurno
Ricardo Tanus Valle
Local: Auditório da Faculdade de Medicina
de Barbacena
Participação Gratuita
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 73
Marcelo Moraes Valença
Fabíola Dach
Maurice Borges Vincent
Renata Campi de Andrade Pizzo
Lucas Bonamico
Maria Teresa Goicochea
14:40 - 16:00
Gânglio Esfenopalatino e as cefaleias
Bloqueios anestésicos nas cefaleias e nevralgias
cranianas
Fonofobia, fotofobia e circuito retino talâmico
Síndrome da boca urente e odontalgia atípica
14:40 - 15:00
15:00 - 15:20
15:20 - 15:40
15:40 - 16:00
Café com Pão de Queijo e visita aos pôsteres16:00 - 16:30
16:30 - 18:00 Simpósio Internacional
Coordenadores:
Erasmo Barros da Silva
Mauro Eduardo Jurno
Cerimônia de Abertura
18:00 -19:30
Terapías físicas en cefalea, la visión del
neurologo
Más que una Neuralgia Occipital
Discussão
16:30 - 17:10
17:10 - 17:50
17:50 - 18:00
TEMA
QUINTA-FEIRA - 19/10/2017
CONVIDADO
P R O G R A M A C I E N T Í F I C O C E FA L E I A
HORÁRIO
Simpósio a vez da Periferia
Coordenadoras:
Célia Aparecida de Paula Roesler
Fabíola Dach
PROGRAMA CIENTÍFICO CEFALEIA
SEXTA-FEIRA - 20/10/2017
Sandro Blasi Esposito
Pedro Augusto Sampaio Rocha Filho
08:30 - 11:30
A complexa inter-relação entre duas doeas
paroxísticas: a migrânea e a epilepsia
Qualidade de vida em crianças com cefaleia
Discussão
08:30 - 09:00
09:00 - 09:30
09:30 - 10:00
Café com Broa e visita aos pôsteres
10:00 - 10:30
Funções executivas em crianças com migrânea:
um novo alvo no tratamento?
Tratamento da migrânea na infância: uma visão
crítica da pesquisa e da prática clínica
Réplicas e Tréplicas
10:30 - 10:50
10:50 - 11:10
11:10 - 11:30
Cefaleia na infância
Coordenadores:
Marco Antônio Arruda
Thais Rodrigues Villa
Marco Antônio Arruda
Thais Rodrigues Villa
74 v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 Headache Medicine,
Michel Volcy Gomes
Carlos Frederico Buonanotte
SEXTA-FEIRA - 20/10/2017
P R O G R A M A C I E N T Í F I C O C E FA L E I A
HORÁRIO TEMA CONVIDADO
Mini-Simpósio Internacional
11:30 - 12:30
Coordenadores:
Carlos Alberto Bordini
José Lucio de Oliveira Dantas
Treatment responses in episodic vs chronic
migraine
Mecanismos de la migraña, la evolución desde
el sistema trigemino-vascular
11:30 - 12:00
12:00 - 12:30
*Simpósio Satélite
Novas recomendações e Estratégias na
Abordagem Terapêutica da Migrânea Crônica
Peculiaridades da Cefaleia na Mulher
Estratégias na Abordagem Terapêutica da
Migrânea Crônica
Novas Recomendações do PREEMPT: Aspectos
Práticos e Otimização de Resultados
Discussão
12:30 - 14:00
12h35 - 13h00
13h00 - 13h25
13h25 - 13h50
13h50 - 14h00
Moderador: Fernando Kowacs
Eliana Meire Melhado
Maria Eduarda Nobre de Magalhães
Costa
Fernando Kowacs
Todos
14:00 - 16:20
Cefaleias Variadas
Coordenadores:
Jorge Luiz da Rocha Paranhos
Murilo Rubens Schaefer
Hilton Mariano da Silva Júnior
Alan Christmann Fröhlich
Fernando Kowacs
Ida Fortini
Luiz Paulo de Queiroz
Eliana Meire Melhado
Rodrigo Santiago Gomez
Tratamento da cefaleia persistente e diária desde
o início - conceito e tratamento
Distúrbios do sono e migrânea
Migrânea menstrual e fase tardia da
menstruação
Neuroimagem em cefaleias primárias
Aura da migrânea e migrânea com aura -
caracterização e tratamento
Migrânea com e sem aura e anticoncepção -
mudou tudo?
Confins da migrânea: MELAS, CADASIL e
migrânea hemiplegica familiar
14:00 - 14:20
14:20 - 14:40
14:40 - 15:00
15:00 - 15:20
15:20 - 15:40
15:40 - 16:00
16:00 - 16:20
Assembleia da SBCe18:00 - 19:00
Café com Prosa e visita aos pôsteres16:20 - 16:50
Conferências Magnas
16:50 - 17:50
Coordenadores:
Alan Chester Feitosa de Jesus
Paulo Sergio Faro dos Santos
Dor antinosciceptiva, neuropática e central
Anticorpos Monoclonais: o que o cefaliatra
precisa saber?
16:50 - 17:20
17:20 - 17:50
Osvaldo José Moreira do Nascimento
Carlos Alberto Bordini
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 75
SÁBADO - 21/10/2017
HORÁRIO TEMA INFORMAÇÕES IMPORTANTES
HORÁRIO TEMA CONVIDADO
P R O G R A M A C I E N T Í F I C O C E FA L E I A
07:30 - 09:30
3ª Caminhada e Corrida "Vencendo as
Cefaleias"
Coordenadores:
Claudia Baptista Tavares
Henrique Carneiro de Campos
O percurso será em uma área
extremamente agradável, aproveite!
10:00 - 11:30
11:30 - 13:00
Cefaleias Variadas
Coordenadores:
André Brasil Tolendall
Patrícia Machado Peixoto
Paulo Sergio Faro Santos
Elder Machado Sarmento
Djacir Dantas Pereira de Macedo
Paulo Sérgio de Faria
A teoria trigêmino-vascular ainda é atual?
Cefaleia atribuída a trauma cranioencefálico
leve
Cefaleia, sintomas neurológicos transitórios e
pleocitose liquórica: diagnóstico diferencial
Trigeminalgia - terapias emergentes
Discussão
10:00 - 10:20
10:20 - 10:40
10:40 - 11:00
11:00 - 11:20
11:20 - 11:30
A primeira consulta para dor de cabeça:
perpectivas, desafios e oportunidades
Coordenadores:
Carlos Alberto Bordini
Pedro Ferreira Moreira Filho
Pedro André Kowacs
João José Freitas de Carvalho
Mario Fernando Prieto Peres
SIM, eu falo sobre os fatores deflagradores na
primeira consulta
NÃO, eu não falo sobre os fatores deflagradores
na primeira consulta
Debate
SIM, todo paciente deve ter um exame
neurológico na primeira consulta
11:30 - 11:45
11:45 - 12:00
12:00 - 12:15
12:15 - 12:30
Intervalo13:00 - 14:30
NÃO, nem todo paciente deve ter um exame
neurológico na primeira consulta
Debate
12:30 - 12:45
12:45 - 13:00
Apresentação Oral
Coordenador
Jose Geraldo Speziali
14:30 - 15:30
Miscelânea
Coordenador:
Newman Teixeira de Nigro
15:30 - 16:30
Migrânea e Cognição
Migrânea e Osmofobia - o que podemos fazer
Varfarina na cefaleia em salvas refratária
15:30 - 15:50
15:50 - 16:10
16:10 - 16:30
Festa de Encerramento e Premiação dos Trabalhos21:00
Jose Geraldo Speziali
Jayme Antunes Maciel Júnior
Raimundo Pereira Silva Néto
Jano Alves de Souza
PROGRAMA CIENTÍFICO CEFALEIA
76 v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 Headache Medicine,
TERÇA-FEIRA - 17/10/2017
P R O G R A M A C I E N T Í F I C O D O R O R O FAC I A L
HORÁRIO TEMA INFORMAÇÕES IMPORTANTES
20:00 - 22:00
Sessão para Leigos: Dor de cabeça? Fale com
um especialista!
Coordenadores:
Claudia Baptista Tavares
Henrique Carneiro de Campos
Mauro Eduardo Jurno
Ricardo Tanus Valle
Local: Auditório da Faculdade de
Medicina de Barbacena
Participação Gratuita
HORÁRIO
TEMA
QUINTA-FEIRA - 19/10/2017
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA - XII Congresso de Dor Orofacial
CONVIDADO
08:30 - 12:10 DTM Articulares
Coordenador: Rogério Augusto Valle Caetano
A importância da multidisciplinaridade nas
DTM e DOF
Deslocamento do côndilo
Estratégias de tratamento dos deslocamentos
do Disco Articular
Viscossuplementação da ATM – Resultados
clínicos: O que se espera das
viscossuplementações nos deslocamentos dos
discos?
08:30 - 08:50
08:50 - 09:10
09:10 - 09:30
09:30 - 09:50
José Geraldo Speziali
José Stechman Neto
Ricardo Tanus Valle
Eduardo Januzzi
Café com Pão de Queijo e visita aos pôsteres10:00 - 10:30
Viscossuplementação: há diferenças entre os
produtos?
Limites da abordagem clínica baseado em
evidência
O uso racional do diagnóstico por imagem da
ATM
Discussões: Perguntas e respostas
Sinais de alerta em patologias articulares em
crianças e adolescentes
10:30 - 10:50
10:50 - 11:10
11:10 - 11:30
11:30 - 11:50
11:50 - 12:10
Intervalo12:10 - 13:40
Coordenadora: Helen Rose Neutzling Valente13:40 - 16:00
Laserterapia nas DTM e DOF: Evidência x
Experiência
Diretrizes para o tratamento cirúrgico das DTM
articulares
Tratamento cirúrgico dos distúrbios internos da
ATM : Como eu faço ?
O uso do Spidufen nas dores agudas
Discussões: Perguntas e respostas
13:40 - 14:00
14:00 - 14:30
14:30 - 15:00
15:00 - 15:30
15:30 - 16:00
Pedro Gonçalves de Oliveira
Rodrigo Estêvão Teixeira
Renata Silva Melo Fernandes
Luciano Ambrosio Ferreira
Renata Campi de Andrade Pizzo
Eduardo Grossmann
Antonio Albuquerque de Brito
Wagner Hummig
Headache Medicine, 77 v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
P R O G R A M A C I E N T Í F I C O D O R O R O FAC I A L
QUINTA-FEIRA - 19/10/2017
HORÁRIO ATIVIDADE
Café com Pão de Queijo e visita aos pôsteres16:00 - 16:30
Coordenadora: Daniela Siqueira Mota16:30 - 18:00
Consequências dos aparelhos intra-orais para
ronco e apneia nas DTM
Cefaleias e distúrbios do sono
Discussões: Perguntas e respostas
16:30 - 17:10
17:10 - 17:50
17:50 - 18:00
Cerimônia de abertura
18:00 - 19:30
Maria de Lourdes Rabelo Guimarães
Cibele Dal Fabbro
SEXTA-FEIRA 20/10/2017
HORÁRIO
TEMA
CONVIDADO
DTM Musculares
08:30 - 10:00
Coordenador: Wagner Hummig
O papel das placas oclusais no controle das
DTM musculares
DMF: agulhamento seco ou ondas de choque?
Discussões: Perguntas e respostas
Como identificar as dores miofasciais nos
músculos mastigatórios
08:30 - 08:50
08:50 - 09:10
09:10 - 09:30
09:30 - 10:00
Café com Broa e visita aos pôsteres10:00 - 10:30
Coordenador: Eduardo Grossmann10:30 - 12:30
Bruxismo de A a Z
Bruxismo em vigília e suas implicações clínicas
Discussões: Perguntas e Respostas
10:30 - 11:30
11:30 - 12:10
12:10 - 12:30
Wagner de Oliveira
Bruno Cavellucci
Helen Rose Neutzling Valente
André Mariz de Almeida
(Lisboa - Portugal)
Alain Haggiag
Intervalo
12:30 - 14:00
PROGRAMA CIENTÍFICO DOR OROFACIAL
78 v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 Headache Medicine,
SEXTA-FEIRA 20/10/2017
P R O G R A M A C I E N T Í F I C O D O R O R O FAC I A L
HORÁRIO
TEMA CONVIDADO
Dores Orofaciais14:00 - 16:20
Coordenador: Antonio Albuquerque de Brito
Desafios no controle da ansiedade e depressão
sob a ótica da Psicologia
Dor Orofacial: Porque alguns pacientes não
melhoram?
Bloqueio dos Nervos periféricos na DOF
Dor Orofacial no paciente com câncer de
cabeça e pescoço
Zumbido: Diagnóstico e tratamento: Visão do
Médico
Zumbido: Diagnóstico e tratamento: Visão do
Dentista
Discussões: Perguntas e respostas
14:00 - 14:20
14:20 - 14:40
14:40 - 15:00
15:00 - 15:20
15:20 - 15:40
15:40 - 16:00
16:00 - 16:20
Karina de Barros Pellegrinelli Guedes
Ricardo Tanus Valle
Wagner Hummig
Roberto Brígido de Nazareth Pedras
Alfredo Lopes Pereira Filho
José Stechman Neto
Café com Prosa e visita aos pôsteres16:20 - 16:50
16:50 - 17:50
Coordenador: José Stechman Neto
DTM... que não é
O uso da Acupuntura nas DTM e DOF! É
realmente efetivo?
16:50 - 17:20
17:20 - 17:50
Assembleia da SBCe18:00 - 19:00
Eduardo Grossmann
Wagner de Oliveira
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 79
SÁBADO - 21/10/2017
P R O G R A M A C I E N T Í F I C O D O R O R O FAC I A L
HORÁRIO TEMA INFORMAÇÕES IMPORTANTES
07:30 - 09:30
Terapia comportamental cognitiva no controle
da hiperatividade muscular
Recuperação biomecânica da ATM
Recursos fisioterapêuticos na dor
musculoesquelética
Recursos fisioterapêuticos nos deslocamentos
dos discos articulares
Discussões: Perguntas e respostas
Interface: Cefaleia x DTM x Psiquiatria
Como tratar as cefaleias por uso abusivo de
analgésico
Migrânea em crianças e adolescentes e sua
relação com as DTM
Discussões: Perguntas e respostas
10:00 - 10:20
10:20 - 10:40
10:40 - 11:00
11:00 - 11:20
11:20 - 11:30
11:30 - 11:50
11:50 - 12:10
12:10 - 12:30
12:30 - 13:00
Cefaleia
Apresentação Oral
11:30 - 13:00
14:30 - 15:30
Coordenadora: Renata Silva Melo Fernandes
Coordenador: Eduardo Grossmann
Mara Lívia Carvalho Duffles Teixeira
Rafael Tardin Rosa Ferraz Gonçalves
Debora Bevilaqua Grossi
Betania Mara Franco Alves
Rodrigo Vasconcellos Vilela
Renata Lysia Soares Lima Farneze
Thais Rodrigues Villa
O percurso será em uma área
extremamente agradável, aproveite!
3ª Caminhada e corrida "Vencendo as
Cefaleias"
Coordenadores:
Claudia Baptista Tavares
Henrique Carneiro de Campos
Fisioterapia
10:00 - 11:30
Coordenador: Helio Ribeiro Guedes Filho
Intervalo
Festa de Encerramento e Premiação dos Trabalhos
13:00 - 14:30
21:00
HORÁRIO
TEMA CONVIDADO
PROGRAMA CIENTÍFICO DOR OROFACIAL
80 v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 Headache Medicine,
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 81
XXXI Congresso Brasileiro de Cefaleia
XII Congresso de Dor Orofacial
Temas Livres - Sessão de Pôsteres
Cefaleia e Dor Orofacial
82 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
CÓDIGO NOME TEMA AUTORES
SESSÃO PÔSTERES - CEFALEIA
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 83
CÓDIGO NOME TEMA AUTORES
SESSÃO PÔSTERES - CEFALEIA
SESSÃO DE PÔSTERES
84 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
CÓDIGO NOME TEMA AUTORES
SESSÃO PÔSTERES - CEFALEIA
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 85
CÓDIGO NOME TEMA AUTORES
SESSÃO PÔSTERES- DOR OROFACIAL
SESSÃO DE PÔSTERES
86 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
SESSÃO PÔSTERES- DOR OROFACIAL
CÓDIGO NOME TEMA AUTORES
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 87
XXXI Congresso Brasileiro de Cefaleia
XII Congresso de Dor Orofacial
Temas Livres - Resumos/Abstracts
Cefaleia e Dor orofacial
88 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
CEFALEIA
PCE 01
USO DA ESCALA DE DEPRESSÃO GERIÁTRICA DE YESAVAGE
PARA AVALIAR A PREVALÊNCIA DE DEPRESSÃO EM IDOSOS
ATENDIDOS AMBULATORIALMENTE POR CEFALEIA
Bernardo Felsenfeld Junior, Ida Fortini
HC-FMUSP – Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da USP – São Paulo, SP
Objetivos: Avaliar a prevalência de depressão em idosos
atendidos ambulatorialmente por cefaleia através da aplica-
ção da Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage em ver-
são reduzida (GDS-15) e o impacto dessa comorbidade na
apresentação da cefaleia. Métodos: Estudo transversal, para
o qual foi realizada uma amostragem consecutiva, de conve-
niência, onde foram incluídos pacientes acima de 60 anos,
em seu atendimento inicial no Ambulatório de Cefaleia do
Hospital das Clínicas da FMUSP durante o período de feve-
reiro de 2015 a julho de 2017. Todos os pacientes foram sub-
metidos à aplicação de duas escalas: GDS-15 e HIT-6
(Headache Impact Test). Resultados: Dos 60 pacientes estu-
dados 14 eram do sexo masculino e 46 do sexo feminino. Os
resultados da escala de GDS-15 revelaram a presença de
depressão em 29 (48%) dos indivíduos estudados, sendo 4
homens (28%) e 25 mulheres (54%). Dentre os pacientes com
escore acima de 5 no GDS, 24 (82%) apresentavam cefaleia
crônica diária e o HIT-6 médio 54,34. Já os 31 pacientes que
não apresentam escore para depressão no GDS, apenas 3
(9%) apresentavam cefaleia crônica diária e o HIT-6 médio
40,77. Conclusão: Neste estudo, foi observada prevalência
elevada de depressão nos idosos, mais alta que os dados
encontrados na literatura, decorrente do fato de a amostra
ser composta por idosos com dores crônicas, tornando-os mais
suscetíveis a sintomas depressivos. Além disso, os próprios sin-
tomas depressivos acabam tendo maior impacto tanto na in-
tensidade quanto na frequência dos sintomas de cefaleia. Por-
tanto, é de vital importância, durante o atendimento de paci-
entes idosos com cefaleia, a identificação de depressão como
comorbidade clínica que acabará influenciando o tratamen-
to da dor.
Palavras-chaves: Cefaleia; Depressão; Idosos; GDS;
Prevalência
Referências: Paradela EM, Lourenço RA, Peixoto RV. Validation of
geriatric depression scale in a general outpatient clinic. Rev Saude Pu-
blica 2005;39(6); Yang, M. Varon, S. Korsinski, M. Validation of the
Headache Impact Test (HIT-6™) across episodic and chronic migraine.
Cephalalgia. 2011 Feb
PCE 02
AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDAS E A PREOCUPAÇÃO DE
CAIR EM PACIENTES COM MIGRÂNEA
Carolina de Almeida Silva, Gabriela Ferreira Carvalho,
Carina Ferreira Pinheiro, Fabiola Dach,
Marcelo Eduardo Bigal, Débora Bevilaqua-Grossi
1
FMRP – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto –
Ribeirão Preto, SP
Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar a frequência,
repercussão das quedas e a preocupação em cair de mulhe-
res com migrânea e indivíduos sem cefaleia. A hipótese deste
estudo é que mulheres com migrânea apresentem maior pre-
ocupação de cair em suas atividades de vida diária em rela-
ção ao grupo controle. Métodos: Foram recrutadas 210 mu-
lheres com 18 a 55 anos, divididas em dois grupos: grupo
migrânea e grupo controle. O grupo migrânea foi triado do
ambulatório de cefaleia do Hospital das Clínicas de Ribeirão
Preto e diagnosticado por neurologistas de acordo com a
Classificação Internacional das Cefaleias. Foram excluídos os
voluntários com doenças sistêmicas, diagnóstico de cefaleia
associada, índice de massa corpórea (IMC) acima de 30 ou
comprometimento musculoesquelético em membros inferio-
res. A avaliação foi realizada por meio de um questionário
sobre as características demográficas e história de quedas e/
ou desequilíbrios. Para avaliar o nível de preocupação com a
possibilidade de queda, foi utilizado a Escala Internacional
de Eficácia de Quedas (FES-I-BRASIL). Para a comparação
entre os grupos sobre o relato de quedas foi usado o teste de
Qui-quadrado e para a análise dos dados do FES-I foi usado
o teste T não pareado. Resultados: Pacientes com migrânea
apresentaram uma frequência de quedas 11,6 maior que as
pacientes do grupo controle, já na comparação entre os
subtipos de migrânea e o grupo controle, o relato do grupo
de migrânea com aura foi 7,2 maior. De acordo com o ques-
tionário FES-I os pacientes com migrânea tiveram grande pre-
ocupação de quedas (pontuação: 29,8, IC 95%: 28,2 a 31,4),
enquanto que os controles apresentaram preocupação mo-
derada (pontuação:20,1, IC 95%: 21,9 a 24,3) (p <0,0001).
Conclusão: Confirmamos a hipótese de que pacientes com
migrânea apresentam uma maior preocupação com quedas,
maior relato de quedas e desequilíbrios em comparação ao
grupo controle, especialmente se a migrânea estiver acom-
panhada de aura.
Palavras-chaves: FES-I; Migrânea; Quedas
PCE 03
CEFALEIA NAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO:
UMA ANÁLISE DE 163.207 CASOS NA CIDADE DE FORTALEZA
Breiner Chaves
1
, João José de Carvalho
2
1
ISGH – Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar – Fortaleza, CE
2
HGF – Hospital Geral de Fortaleza – Fortaleza, CE
Objetivos: Na última década, como reflexo da instituição
da Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde
(SUS), centenas de Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24
horas) foram inauguradas em todo o país. Estruturas interme-
diárias entre a atenção primária e a rede hospitalar, as UPA's,
pela proximidade, atendem muitos pacientes com agravos
agudos, dentre eles cefaleia. Pouco se sabe, no entanto, como
se dá este atendimento. Este trabalho tem por objetivo estu-
dar o perfil dos pacientes que procuram as UPA's com a quei-
xa principal de cefaleia. Métodos: Foram estudados os da-
dos de 163.207 atendimentos realizados em 09 UPA's na ci-
dade de Fortaleza, Ceará, de 13 de abril de 2013 a 31 de
junho de 2017 a pacientes com queixa principal de cefaleia.
Resultados: Os 163.207 atendimentos (3% do total), foram
feitos a 118.623 pessoas, (82.295 mulheres ou 69,4%) com
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 89
idade de 37,2 (±15,7) anos. Quanto à Classificação de Risco
de Manchester, 84.443 ou 51,7% foram verde, 60.844 ou
37,3% amarelo, 16.640 ou 10,2% laranja e apenas 4 casos
vermelho. Todos foram acolhidos e classificados em 01 minu-
to e 22 segundos (média). Os casos laranja e vermelho foram
atendidos em 07 minutos (em média). A maioria dos pacien-
tes (162.798 ou 99,75%) teve alta para casa, 351 (0,22%) fo-
ram internados em hospitais e 21 (0,01%) faleceram. Quanto
ao CID10, 26.638 (16,3%) casos foram diagnosticados como
enxaqueca (CID10 = G43) e 1.833 (1,1%) como outras
síndromes de algias cefálicas (CID10 = G44). Os demais
134.736 (82,6%) tiveram o CID10 R51 (cefaleia) anotado no
prontuário. Conclusão: Este estudo inédito demonstra que
as UPA's representam importante canal de assistência a paci-
entes com cefaleia aguda. Enquanto metade dos pacientes
poderia ser atendida em instâncias primárias do SUS, a outra
metade tem características de urgência e emergência. A en-
xaqueca foi diagnosticada em 16,3% dos casos, o percentual
de cefaleias não identificadas faz supor que esta taxa é bem
maior
Palavras-chaves: Cefaleia; Unidade de Pronto Atendimento,
UPA
PCE 04
COMPROMETIMENTO COGNITIVO EM PACIENTES COM
MIGRÂNEA CRÔNICA É INDEPENDENTE DO USO DE
TOPIRAMATO E COMORBIDADES
Karen dos Santos Ferreira, Caroliny Trevisan Teixeira,
Carolina Cáfaro, Gabriela Zucatto Oliver, Larissa Sangali,
Brenda Gabriele Silva, Gabriela Lellis Pizzi Carvalho,
Fernanda Belinassi Balarini, Marcelo Cedrinho Ciciarelli
CUBM – Faculdade de Medicina do Centro Universitário
Barão de Mauá – Ribeirão Preto, SP
Objetivos: Avaliar em pacientes com migrânea crônica, uti-
lizando ou não a medicação Topiramato, a presença de
déficits cognitivos em comparação com grupo controle. Mé-
todos: Foram incluídos 30 pacientes de ambos os sexos, com
idade entre 18 anos e 60 anos, com diagnóstico de Migrânea
crônica (MC) de acordo com os critérios da International
Headache Society, utilizando ou não Topiramato. Foram ava-
liados a frequência e intensidade de crises de cefaleia, doses
de medicações utilizadas, comorbidades associadas. Foi re-
crutado um grupo controle (GC) de 30 pacientes pareados
por sexo, idade e escolaridade. Todos os pacientes foram sub-
metidos a uma avaliação neuropsicológica que incluiu o tes-
te MoCA (Montreal Cognitive Assessment), Fluência verbal, Teste
do Relógio, Teste Stroop, Teste das Trilhas Coloridas, Subteste
dígitos, Vocabulário e Raciocínio matricial da WAIS III, RAVLT
(Rey Auditory Verbal Learning Test), Inventário de Beck para
depressão e ansiedade. Resultados: Os pacientes com MC
apresentaram uma performance no MoCA inferior ao GC
(p=0.00, Mann-Whitney teste). Houve também uma pior
performance no grupo MC com relação ao GC nos testes Flu-
ência Verbal (p=0.00), Teste de Stroop (p=0.00), Teste do Re-
lógio (p=0.00), Subteste Dígitos (p=0.00) e Raciocínio
matricial da WAIS III (p= 0.01). Após ajuste estatístico através
de Regressão Linear, considerando-se uso de Topiramato,
Transtorno Depressivo, Transtorno de Ansiedade e Sono não
reparador, a migrânea se manteve como único fator relevan-
te para pior desempenho em MoCA teste, Fluência verbal,
Teste do relógio e Teste de Stroop. O grupo em uso de
Topiramato apresentou uma pior performance no Subteste
Dígitos e Teste de Vocabulário. Conclusão: Os pacientes com
Migrânea crônica apresentam déficits cognitivos que envol-
vem a cognição em geral, incluindo linguagem, habilidades
visuo-espaciais e atenção, sendo estes déficits independentes
da presença de Transtornos Psiquiátricos ou uso de medica-
ções como o Topiramato.
Palavras-chaves: Migrânea crônica; Déficits cognitivos;
Topiramato
PCE 05
CLOMIPHENE TREATMENT MAY BE EFFECTIVE IN REFRACTORY
EPISODIC AND CHRONIC CLUSTER HEADACHE
Maria Eduarda Nobre de Magalhães Costa
1
,
Mario Fernando Prieto Peres
2
, Pedro Ferreira Moreira Filho
1
1
UFF – Universidade Federal Fluminense – Niterói, RJ
2
SBIBAE – Hospital Israelita Albert Einstein – São Paulo, SP
Objective: To describe the evolution of 15 patients who were
treated for difficult-to-control episodic and chronic cluster
headaches with clomiphene. Methods: Clomiphene treatment
was used for seven chronic and eight episodic cluster headache
patients. The chronic patients were refractory to the medication
being used, and the episodic patients, in addition to being
resistant to conventional medication, had longer cluster
headache periods, exceeding the average time of previous
cluster cycles. Our main analysis was of the time to pain-free,
complete remission, and the length of pain-free time and com-
plete remission. Results: Clomiphene was used for 45-180
days. The average time to being pain-free was 15 days and
total cluster remission was up to 60 days. The end of the actual
cluster cycle occurred in all patients, including the chronic
individuals. Half the patients reported the disappearance of
pain and the remission of clusters within 15 and 60 days,
respectively. Once the pain had disappeared, half the patients
reported the remission of clusters in up to 26 days.
Conclusions: Our study suggests clomiphene could be used
for chronic and episodic cluster headache patients,
considerably improving their quality of life. Clomiphene could
be tried before a surgical procedure is indicated. Randomized
clinical trials should be performed to test the role of clomiphene
in cluster headaches. It was effective and tolerable in refractory
episodic and chronic cluster headaches. It interrupted chronicity
in all patients. If there are no contraindications, clomiphene
should be indicated for episodic cases of extended cluster
periods and for general chronic headaches, and not limited to
refractory patients. Additionally, patients should only be
considered refractory after clomiphene treatment.
Palavras-chaves: Cluster; Treatment; Clomiphene; Testosterone
Referências: Rozen T. Clomiphene for treatment refractory chronic cluster
headache. Headache. 2008;48(2):286-90; Rozen TD, Saper JR, Sheftell
FD, Dodick DW. Clomiphene citrate as a new treatment for SUNCT:
hormonal manipulation for hypothalamic-influenced trigeminal autonomic
cephalalgias. Headache. 2005;45(6):754-6.
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
90 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
PCE 06
CONFIABILIDADE DO LIMIAR DE DESCONFORTO VISUAL E
AUDITIVO EM MULHERES COM MIGRÂNEA
Nicoly Machado Maciel
1
, Carina Ferreira Pinherio
1
,
Laís Sestari
1
, Gabriela Ferreira Carvalho
1
,
Renato de Moraes
1
, Adriana Ribeiro Tavares Anastásio
1
,
Fabiola Dach
1
, Débora Bevilaqua Grossi
1
1
USP – Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto, SP
Objetivos: Avaliar a confiabilidade do limiar de desconfor-
to visual e auditivo em mulheres com migrânea. Métodos:
Foram incluídas 14 mulheres com média de idade de 30,6
anos (IC95% 24,6 - 36,6), diagnosticadas com migrânea, com
queixa de cefaleia há 13,7 anos (IC95% 7,9 - 19,6). Para ava-
liar o limiar de desconforto visual foram utilizados refletores
que emitiram iluminância aumentada gradualmente em 100
lux, entre 300 a 2000 lux. O limiar de desconforto auditivo foi
avaliado utilizando um fone com emissão de tom puro nas
frequências de 500, 1000, 2000 e 4000 Hz, com aumento
gradual da intensidade sonora entre 50 e 110 dB. Foram con-
siderados limiares as intensidades sonoras e luminosas que
causaram desconforto mínimo relatado pelas voluntárias. O
procedimento foi repetido com intervalo de 1 a 3 semanas,
em período interictal. Para determinar a confiabilidade entre
as avaliações 1 e 2 foi utilizado o coeficiente de correlação
intraclasse (CCI), o erro padrão da medida (EPM) e a mínima
mudança detectável (MMD). Resultados: A mediana para o
limiar de desconforto visual foi de 400 lux (intervalo interquartil
- IIQ 100); para limiar de desconforto auditivo em 500Hz e
1000Hz foi 80dB (IIQ 18,75); 2000Hz foi 75dB (IIQ 13,75);
4000Hz foi de 75dB (IIQ 10). O limiar de desconforto visual
demonstrou confiabilidade muito boa (CCI 0,72; EPM 54,5;
MMD 151,1). Para o desconforto auditivo, os limiares apre-
sentaram confiabilidade excelente em 500 Hz (CCI 0,83; EPM
5,8; MMD 16,1), boa em 1000hz (CCI 0,57; EPM 8,4; MID
23,3); muito boa em 2000hz (CCI 0,69; EPM 6,7; MMD 18,7)
e 4000hz (CCI 0,78; EPM 9,2; MMD 25,7). Conclusão: A
análise do limiar sonoro e luminoso de mulheres com migrâ-
nea no período interictal apresentou confiabilidade boa a
excelente e, portanto, pode ser utilizada para a avaliação
destes pacientes.
Palavras-chaves: Dor de cabeça; Transtornos de enxaqueca;
Fotofobia; Fonofobia
PCE 07
ESTUDO COMPARATIVO DAS CARACTERÍSTICAS DA CEFALEIA
ENTRE CASOS DE TROMBOSE VENOSA CEREBRAL E MIGRÂNEA
Paulo Sergio Faro Santos, Vanessa Rizelio,
Pedro André Kowacs
INC – Instituto de Neurologia de Curitiba – Curitiba, Paraná
Objetivos: Avaliar a presença de trombose venosa cerebral
(TVC) de acordo com as características relativas ao perfil
sociodemográfico e clínico dos pacientes com cefaleia, com-
parando-os com as características de pacientes com migrânea
sem aura. Métodos: Estudo retrospectivo, transversal e com-
parativo, realizado no Instituto de Neurologia de Curitiba (PR)
entre janeiro de 2008 até junho de 2016. Foram seleciona-
dos todos os indivíduos que sofreram TVC e se apresentaram
clinicamente com cefaleia, comparando-os com o grupo con-
trole de portadores de migrânea sem TVC. Neste período so-
maram-se 63 indivíduos, comparou-se então este grupo com
63 portadores de migrânea. Realizou-se análise diferencial
utilizando a regressão logística binomial (hierárquica e méto-
do enter) para informações em comum entre os grupos: ida-
de, sexo, lateralidade, caráter e intensidade da cefaleia.
Odds ratio e intervalo de confiança de 95% foram utiliza-
dos, sendo considerado nível de significância estatística va-
lores de p 0,05. Resultados: A regressão logística demons-
trou que o fator de maior capacidade explicativa do grupo
TVC foi o caráter da cefaleia em pressão, sendo que os paci-
entes que apresentaram essa queixa exibiram quase 8 vezes
mais chances de possuírem o diagnóstico de TVC (OR =
8,06; IC 95%; p < 0,001). Além dessa variável, o sexo
masculino (OR = 1,50; IC 95%; p = 0,008), a cefaleia uni-
lateral (OR = 1,47; IC 95%; p = 0,003) e a intensidade forte
(OR = 1,55; IC 95%; p = 0,013) se mostraram fatores de risco
estatisticamente significativos para a presença de TVC. Quanto
à idade, não houve significância estatística. Conclusão: Este
estudo visou detectar a presença de TVC de acordo com o
perfil sociodemográfico e clínico dos pacientes com cefaleia
e encontrou que os homens, indivíduos com cefaleia de cará-
ter em pressão, unilateral e de forte intensidade apresenta-
ram maior chance de desenvolver TVC.
Palavras-chaves: Cefaleia; Migrânea; Trombose venosa
cerebral
PCE 08
SÍNDROME DA VASOCONSTRIÇÃO CEREBRAL REVERSÍVEL
APÓS USO DE TERMOGÊNICO: RELATO DE CASO
Abdiel Leite de Souza, Marilia Gabriela da Costa,
Alexandre Guerreiro, Helena Fussiger
HMD – Hospital Mae de Deus - Porto Alegre, RS
Objetivos: Relatar o caso de um paciente com "thunderclap
headache" após uso de termogênicos. Métodos: Revisão de
prontuário e seguimento clínico durante hospitalização no
Hospital Mãe de Deus, em Agosto de 2017. Resultados: Pa-
ciente masculino, 28 anos, procurou atendimento após 03 epi-
sódios de "thunderclap headache", precipitados por esforço
físico, em vigência de uso de termogênicos. Foi submetido à
punção lombar, que não mostrou alterações, e à angio-
tomografia computadorizada de crânio, que evidenciou
estenoses segmentares difusas de artérias cerebrais. A resso-
nância magnética de crânio não apresentava complicações.
Iniciou tratamento com Nimodipino e tem plano de repetir a
angiotomografia em 03 meses para documentar a reversão
das alterações. Conclusão: A síndrome de vasoconstrição
cerebral reversível é caracterizada por vasoconstrições e dila-
tações de artérias cerebrais que revertem em até 03 meses.
Embora sua etiologia seja desconhecida, a natureza remitente
das vasoconstrições sugere uma anormalidade no controle
da dinâmica cerebrovascular. Uma variedade de condições
diversas foi associada à síndrome, incluindo exposição a dro-
gas ilícitas, medicamentos vasoativos, relações sexuais e gra-
videz recente. A apresentação clínica geralmente é dramáti-
ca, com cefaleia súbita e severa, simulando hemorragia
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 91
subaracnoidea aneurismática. A "thunderclap headache" ge-
ralmente se repete em uma extensão de uma a quatro sema-
nas. Nos dias subsequentes, muitos pacientes desenvolvem
complicações como acidentes vasculares cerebrais isquê-
micos, hemorragias subaracnoideas convexas, hemorragia
lobar e edema cerebral reversível, isolados ou em combina-
ção. Essas anormalidades se resolvem espontaneamente ao
longo de algumas semanas. Apesar da etiologia não ser de-
finida, existem hipóteses de que as disfunções de pequenos
vasos, endotelial e mitocondrial, além de fatores hormonais,
bioquímicos e genéticos estejam envolvidas. Não existe uma
terapia comprovada. O cuidado de suporte é direcionado
para controlar a pressão arterial, cefaleias, crises epilépticas,
entre outras complicações. Os bloqueadores de canais de
cálcio orais são frequentemente administrados para tratar a
vasoconstrição, mas a evidência de suporte para esta estraté-
gia é fraca.
Palavras-chaves: Cefaleia; Reversível; Thunderclap;
Vasoconstrição
PCE 09
ASPECTOS CLÍNICOS DA CEFALEIA: O EXAME CEFALIÁTRICO -
REVISÃO DE LITERATURA. “CLINICAL ASPECTS OF HEADACHE:
CEPHALIATRIC EXAM - LITERATURE REVIEW”
Alice Ramalho Gomes
1
, Dandhara Martins Rebello
1
,
Gabrielle de Almeida Dias Rocha
1
,
Carolina de Paula Migotto
1
, Thalita Carvalho Nagib
1
,
Thaísa Suckow Custódio
1
, Priscila Paiva dos Santos
1
,
Stefany Paula Torres Pinto
1
, Carolina Alves Arantes
1
,
Ana Beatriz Calmon Nogueira da Gama Pereira
2
1
USS - Universidade Severino Sombra – Vassouras, RJ
2
USS - Universidade Severino Sombra – Vassouras, RJ
Objetivos: A cefaleia é uma queixa neurológica muito fre-
quente e é uma das principais causas de procura de atendi-
mento de urgência. Com isso, surgiu o exame cefaliátrico, de-
senvolvido para melhorar o diagnóstico, tratamento e quali-
dade de vida desses pacientes. Por se tratar de um exame
pouco discutido por profissionais da saúde, o trabalho objeti-
va ressaltar a importância de sua execução, bem como mos-
trar como fazê-la, através de uma descrição completa do mes-
mo. Métodos: Realizado estudo descritivo, utilizando termi-
nologias cadastradas nos Descritores em Ciências da Saúde
e uma busca nos bancos de dados eletrônicos Lilacs, Scielo,
Pubmed, Medline e nos livros Raffaeli EJ; Roester CP.; Neto
RS.; O exame cefaliátrico. Libbs SNC Cap III Unidade 23 e Jr
Martins RC. Semiologia Neurológica. Unicamp; Ed. Revinter.
Resultados: O exame cefaliátrico engloba inspeção estáti-
ca e dinâmica, palpação, percussão, ausculta, rinoscopia e
otoscopia. A inspeção estática e dinâmica é importante pois
verifica a presença de cicatrizes de ferimentos ou cirurgias, e,
em crianças auxilia na detecção de micro ou macrocefalia.
Na palpação pode se encontrar a localização da dor, dife-
renciando o tipo de cefaleia, e sendo fundamental para defi-
nir pontos-gatilhos miofasciais. Além disso, a percussão é re-
alizada para descartar sinusopatia, e a ausculta deve ser rea-
lizada à procura de sopros cervicais, para identificar atero-
matose ou dissecção carotídea. Já a otoscopia e a rinoscopia
são fundamentais para descartar infecção, trauma ou tumo-
res em todos os pacientes com cefaleia atribuída a orelha,
nariz ou garganta. Conclusão: Dessa forma, o artigo mos-
tra-se relevante para o estudo neurológico, pois além da
cefaleia ser um dos mais frequentes quadros dolorosos que
afligem os pacientes, existem poucas referências específicas
sobre o assunto, fazendo com que um estudo aprofundado
seja de extrema importância para o tratamento e melhora na
qualidade de vida. No entanto, os achados clínicos ainda
estão em estudo, não tendo sido totalmente explorados e de
total conhecimento por parte acadêmica.
Palavras-chaves: Cefaleia; Exame cefaliátrico; Estudo
neurológico; Semiologia da cefaleia
PCE 10
VALOR TERAPÊUTICO DE ACONSELHAMENTO EM
CEFALEIA POR USO EXCESSIVO DE MEDICAMENTOS:
UM ESTUDO PILOTO
Anna Letícia Moraes Alves
2
, Eric Crevanzi Arraes
2
,
Filipe Tupinambá Di Pace
2
,
Pedro Augusto Sampaio Rocha-Filho
1,2,3
1
HUOC – Hospital Universitário Oswaldo Cruz – Recife, PE
2
UPE – Universidade de Pernambuco – Recife, PE
3
UFPE – Universidade Federal de Pernambuco – Recife, PE
Objetivos: Avaliar o aconselhamento estruturado para o
abandono do uso excessivo de medicamentos na cefaleia por
uso excessivo de medicação. Métodos: Trata-se de um en-
saio clínico randomizado realizado com portadores de cefa-
leia por abuso medicamentoso. Os indivíduos foram aleato-
riamente divididos em dois grupos, ambos orientados a pa-
rar o uso de medicações para cefaleia. Em um grupo, isto foi
feito através de aconselhamento estruturado, utilizando-se o
método FRAMES (Feedback, Responsibility, Advice, Menu of
strategies, Empathy, Self-efficacy). O segundo foi submetido
a aconselhamento não estruturado, rotineiro, feito durante a
consulta. Foram utilizados: questionário semiestruturado, di-
ário de cefaleia, Headache Impact Test 6 e a Escala de Ansie-
dade e Depressão Hospitalar. Os pacientes foram avaliados
antes da intervenção e com 30 e 60 dias após a mesma. Re-
sultados: Foram incluídos 32 pacientes, 20 no grupo FRAMES
e 12 no controle. Não houve diferença entre os 2 grupos quan-
to às características sociodemográficas ou quanto às caracte-
rísticas das cefaleias antes da intervenção. Houve perda de
15 indivíduos após 4 semanas, sendo 8 do grupo FRAMES e 7
do controle. A interrupção do uso de medicações para dor
após 30 e 60 dias nos grupos FRAMES e controle foi, respecti-
vamente, de 13 (87%) versus 10 (100%); p = 0,22 e 10 (83%)
versus 4 (80%) pacientes; p = 0,31. A média de dias em que
se usou medicação para cefaleia foi de 5,7 ± 5,6 (FRAMES)
versus 2,9 ± 4,3 (controle); p=0,15 nas primeiras 4 semanas
e de 4 ± 5,5 (FRAMES) versus 4,4 ± 6,2 (controle); p=0,82
entre a quarta e a oitava semanas. Número de dias de
cefaleia/mês após 60 dias foi de 10,6 ± 7,7 (FRAMES) versus
23,4 ± 10,4 (controle); p=0,02. Conclusão: Ambas as es-
tratégias se mostraram eficazes para que se parasse o uso
excessivo de medicações, não havendo diferença entre os mé-
todos de aconselhamento utilizados.
Palavras-chaves: Aconselhamento; Cefaleia por uso exces-
sivo de analgésico; Ensaio clínico; FRAMES
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
92 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
PCE 11
PREVALÊNCIA DE OSMOFOBIA EM PACIENTES MIGRANOSOS E
ANÁLISE DE FATORES DESENCADEANTES
Emanuelle Mendonça, Ana Carolina de Almeida Milagres,
Caio Liguori de Paula, Lara Maria da Silva Gonçalves Costa,
Marcela Silva Assis, Mauro Eduardo Jurno
1
FAME – Faculdade de Medicina de Barbacena
Barbacena, MG
Objetivos: Avaliar a prevalência de osmofobia em pacien-
tes migranosos e verificar a família de odor que seria pior
interpretada ou atuaria como gatilho para crise. Métodos:
Foi conduzido um estudo clínico de corte transversal experi-
mental com cento e trinta pacientes, em que a presença de
osmofobia foi avaliada em pacientes previamente diagnosti-
cados com migrânea em ambulatório de neurologia na cida-
de de Barbacena- MG. Inicialmente o paciente foi questiona-
do se apresentava osmofobia e a sua avaliação foi feita por
meio da inalação de seis odores primários, preparados se-
guindo a técnica recomendada pela perfumista que forneceu
o material. Os odores foram apresentados de forma casual,
aleatória e sem sugestão quanto à sua identificação. O paci-
ente foi instruído a cheirar os perfumes e atribuir uma nota ao
incomodo provocado segundo a intensidade de 0 a 10, sen-
do considerado "0" indiferente e "10" insuportável. Foi tam-
bém questionado se algum dos odores foi capaz de provocar
crise de dor e em caso de resposta positiva, qual o odor
desencadeante. Resultados: A maioria dos pacientes
migranosos relatou osmofobia, sendo a prevalência condi-
zente com a literatura disponível. A minoria dos entrevistados
apresentou crise de dor ao final dos testes e desses a maioria
foi capaz de identificar o odor desencadeante. Assim, foi pos-
sível distinguir associações estatisticamente significantes nas
diferentes categorias de odores no desencadeamento de
cefaleia. Conclusão: A identificação de um odor que funcio-
naria como um principal desencadeador de crises tem impor-
tância na caracterização da sensibilidade olfatória individu-
al, para portadores de migrânea, em oposição ao que seria
bem tolerado pela população em geral. Isso possibilitaria a
abertura de outros estudos na área, já que poucos trabalhos
comprovam essa relação.
Palavras-chaves: Migrânea; Osmofobia; Fatores desenca-
deantes
PCE 12
EFEITO REVERSO NO TRATAMENTO DA CEFALEIA :
UMA REALIDADE
Erica Possa de Abreu
1
, Afonso Celso de Abreu
2
,
Leandro de Souza Cruz
1,2
, Nathalia Chebli de Abreu
1
,
Vitoria Liduenha Vilas Boas
1
, Sacha Tâmara Nogueira Nissan
1
1
Suprema – Faculdade de Ciências Medicas e da Saúde de
Juiz de Fora – Juiz de Fora, MG
2
UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora
Juiz de Fora, MG
Objetivos: Demonstrar, através de uma revisão sistemática,
as implicações clínicas que a exposição frequente e prolon-
gada a fármacos analgésicos causam em pacientes portado-
res de cefaleia, bem como as principais estratégias terapêuti-
cas que norteiam sua terapia. Métodos: Para este estudo de
revisão sistemática foi feita uma pesquisa no MedLine de arti-
gos de revisão, em inglês, publicados entre janeiro de 2004 e
agosto de 2014 que abordaram a relação causal entre cefaleia
e excesso de medicação utilizada em seu tratamento
(medication overuse headache - MOH). O nível de evidência
dos artigos selecionados foi determinado com base no
American Academy of Neurology Clinical Practice Guideline
Manual. Resultados: Considerando as atuais evidências ci-
entíficas disponíveis, MOH é um problema de saúde pública
que acomete cerca de 1% a 2 % da população. Seu impacto
na vida pessoal do paciente assim como seu custo socio-
econômico foi comprovadamente superior quando compa-
rado às outras cefaleias. O diagnóstico é determinado pelos
critérios da International Classification of Headache Disorder
(ICHD-3 beta) tendo como parâmetro básico o número de
dias da duração da cefaleia. Apesar da sua fisiopatologia e
mecanismos biológicos não terem sido claramente elucida-
dos, admite-se que a toxicidade secundária ao uso crônico
de fármacos sintomáticos em um paciente com cefaleia pri-
mária, somada a polimorfismos genéticos predisponentes
estejam implicados nesse processo. As principais classes de
medicamentos envolvidos na etiogênese da MOH incluem
aqueles utilizados no tratamento abortivo da dor, como os
acetaminofenos, opioides, triptanos, anti-inflamatórios não-
esteroides e analgésicos. Conclusão: Por fim, estudos ainda
precisam ser desenvolvidos a fim de prover novas metodo-
logias terapêuticas e garantir perspectivas futuras aos paci-
entes vítimas de MOH. Entretanto, considerando o atual esta-
do da arte e o efeito reverso que o excesso de medicação
sintomática acarreta, o manejo atual inclui uma intervenção
personalizada com uma abordagem gradativa baseada na
supressão dos fármacos abortivos utilizados em desmando
combinado com a terapia profilática da cefaleia primária.
Palavras-chaves: Cefaleia crônica; Cefaleia por excesso de
medicação; Efeito reverso por excesso de analgésico;
Profilaxia; Tratamento
PCE 13
FREQUÊNCIA DE CEFALEIAS PRIMÁRIAS E DE DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
Fábio Henrique Ferreira Pereira
1
, Paulo Henrique Martins de
Sousa
1
, Beatriz Barbosa Bezerra da Silva
1
,
Tatiana Arruda Oliveira
1
, Laryssa Castro Vale
1
,
Alisson Sousa Santos
1
, Manoel Gomes de Araújo Neto
1
,
Guilherme Gonçalves Silva Pinto
2
,
Patricia Maria Wiziack Zago
1
, Maria Claudia Gonçalves
1
1
UNICEUMA – Centro Universitário do Maranhão
São Luís, MA
2
FACIPLAC – Faculdades Integradas da União Educacional
do Planalto Central – Brasília, DF
Objetivos: Avaliar a frequência de sinais e sintomas de DTM
e de cefaleia primária em alunos do curso de fisioterapia.
Métodos: Foram avaliados 100 alunos do curso de fisiotera-
pia, com idades entre 18 e 35 anos, de ambos os sexos que
aceitaram participar da pesquisa mediante a assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 93
exclusos do estudo alunos que tinham feito cirurgia ortognática
ou que utilizam aparelho ortodôntico. Foi utilizado o Índice
Anamnésico de Fonseca, para avaliar os sinais e sintomas da
DTM e o Questionário desenvolvido no Hospital das Clínicas
de Ribeirão Preto, para avaliar a frequência e os tipos de
cefaleias. Resultados: Do total de 100 alunos avaliados 73%
pertenciam ao gênero feminino, com média de idade de 21,79
± 4,04, sendo que 49% estudam no turno matutino, 20% estu-
dam no 8º período do curso e 65% estado civil solteira. Foi
observada uma frequência de 64% de cefaleia, o possível di-
agnóstico mais frequente foi de migrânea 45%, seguido pela
cefaleia do tipo tensional 15% e 3% de outros tipos de cefaleia.
No que diz respeito às características associadas à cefaleia, o
barulho incomoda (fotofobia) foi a mais frequente resposta. A
frequência de sinais e sintomas de DTM foi de 64%, DTM leve
40%, seguido por 31% sem DTM, 18% DTM moderada e 10%
DTM severa, quando separados por gênero, o feminino apre-
sentou maior frequência em todas as severidades. Conclu-
são: Pode-se concluir que é elevado o número de estudantes
com queixa de cefaleia e de sinais e sintomas DTM principal-
mente no gênero feminino.
Palavras-chaves: Cefaleia; Frequência; Prevalência
PCE 14
CEFALEIA SECUNDÁRIA A TROMBOSE VENOSA CEREBRAL:
ESTUDO DE CASOS
Francisco de Assis Pinto Cabral Junior Rabello,
Giovanni Agnelo Martins Filho, Camila Emanuele Peixoto
Avelar, Waldemar de Souza Monteiro, Tulio Marcus Ribeiro
Bellard, André Brasil Tollendal, Mauro Eduardo Jurno
FHEMIG – Hospital Regional de Barbacena – Barbacena, MG
Objetivos: Discutir aspectos clínico-radiológicos de interes-
se no diagnóstico da cefaleia secundária a Trombose Venosa
Cerebral (TVC) contextualizando a partir de estudo de sete
casos clínicos. Objetivamos tornar acessível dados que corro-
borem a importância do reconhecimento precoce dessa con-
dição. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo e
observacional. Foi realizada uma busca ativa no cadastro
geral de pacientes do Sistema Integrado de Gestão Hospita-
lar (SIGH) do Hospital Regional de Barbacena (HRB-FHEMIG)
por pacientes atendidos com diagnóstico de Trombose Veno-
sa Cerebral entre março 2016 e maio 2017. Os casos dos
pacientes selecionados foram estudados do ponto de vista
epidemiológico, clínico, radiológico e terapêutico. Foi obser-
vado, ainda, desfecho clínico final/mortalidade e avaliação
de possível recorrência. Resultados: Caso 1. Paciente de
43 anos com cefaleia intensa e progressiva ao longo de 7
dias, nos últimos 3 dias associada a náusea refratária. Caso
2. Paciente de 31 anos com paralisia facial central, hemi-
paresia desproporcionada e hipoestesia tátil à esquerda de
instalação súbita. Caso 3. Paciente de 49 anos com crise
convulsiva e rebaixamento do nível de consciência. Caso 4.
Paciente de 66 anos com cefaleia nova hemicraniana à es-
querda há 30 dias com piora progressiva. Caso 5. Paciente
de 22 anos, previamente hígida, com status epilepticus. Caso
6. Paciente de 39 anos com hemiplegia à direita de instala-
ção súbita. Caso 7. Paciente de 41 anos com cefaleia, verti-
gem e hemiparesia à esquerda. Conclusão: Apesar de rara,
a trombose venosa cerebral é um diagnóstico diferencial que
deve ser considerado em todos pacientes com síndrome de
hipertensão intracraniana isolada, encefalopatia, síndrome
focal e crises convulsivas de causa não esclarecida. A cefaleia
é o sintoma mais prevalente e pode preceder em dias a se-
manas outros sintomas da trombose. Pode, ainda, simular
migrânea, devido a sua forte intensidade, padrão localiza-
do e associação a náuseas. O clínico deve estar atento aos
sinais de alarme como maneira de suspeitar da etiologia
secundária da dor.
Palavras-chaves: Trombose venosa cerebral; Cefaleia secun-
dária
PCE 15
RELAÇÃO ENTRE FORÇA MUSCULAR CERVICAL E
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DA CEFALEIA E DOR CERVICAL
EM MIGRANOSOS
Gabriella de Almeida Tolentino, Lidiane Lima Florencio,
Gabriela Ferreira Carvalho, Mariana Tedeschi Benatto,
Fabiola Dach, Debora Bevilaqua Grossi
FMRP-USP – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto, SP
Objetivos: O objetivo desse estudo foi verificar a correlação
entre a força muscular cervical em todas as direções de movi-
mento, com as variáveis clínicas relacionadas à cefaleia e à
dor cervical. Métodos: Foram incluídas 70 mulheres com
migrânea, diagnosticadas pelos critérios da IHS, e idade en-
tre 18 e 55 anos de um hospital terciário. Foram registradas a
frequência de cefaleia (dia/mês), início da cefaleia (anos) e
características da dor cervical, incluindo a frequência (dia/
mês) e intensidade (escala numérica de dor - END, 0-10). Para
avaliar a incapacidade relacionada a cervical, foi utilizado o
questionário Neck Disability Index. A avaliação da força
cervical foi mensurada a partir de três contrações isométricas
voluntárias máximas utilizando um dinamômetro manual nos
movimentos de flexão, extensão e flexão lateral bilateral, ale-
atoriamente. Para a análise estatística, utilizamos média e
desvio padrão e o coeficiente de correlação de Spearman foi
calculado para verificar a correlação das variáveis. Resulta-
dos: Das voluntárias com cefaleia, 83% delas apresentaram
dor cervical com frequência média de 13 dias/mês e intensi-
dade média de 6 (END). Todas as correlações significativas
foram negativas. A frequência da cefaleia apresentou mode-
rada correlação com a força de extensão (r=-0.31; IC 95%: -
0.07 a -0.51; p=0.01) e fraca correlação com a flexão lateral
cervical (r=-0.27; IC 95%: -0.04 a -0.48; p=0.02). A frequência
da dor cervical teve correlação fraca com a força em exten-
são (r=-0,25; IC 95%: -0,01 a -0,46). Já a intensidade da
dor cervical e a pontuação do NDI apresentaram correla-
ções entre fraca a moderada com todas as direções avalia-
das (-0.24<r<-0.29). Conclusão: Os pacientes com migrânea
apresentam correlações moderadas a fracas entre a força
muscular cervical e a incapacidade cervical, a intensidade da
dor cervical e a frequência da cefaleia. Portanto, a força mus-
cular cervical deve ser considerada durante a avaliação e tra-
tamento de pacientes com migrânea.
Palavras-chaves: Coluna cervical; Correlação; Força mus-
cular; Migrânea
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
94 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
PCE 16
ANÁLISE DO TESTE DE RESISTÊNCIA DOS MÚSCULOS
EXTENSORES E FLEXORES CERVICAIS EM INDIVÍDUOS COM
MIGRÂNEA E CONTROLE
Iuri Valoti de Oliveira, Samuel Straceri Lodovichi,
Lidiane Lima Florencio, Fabiola Dach, Debora Bevilaqua Grossi
FMRP-USP - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -
Ribeirão Preto, SP
Objetivos: Avaliar a resistência dos músculos do pescoço
em indivíduos com migrânea e controles. Métodos: Foram
incluídos 26 indivíduos com migrânea (GM) recrutados de um
hospital terciário e 26 controles(GC) da população em geral.
O teste de resistência de flexores e extensores cervicais foi re-
alizado por um avaliador cego. A resistência flexora foi reali-
zada com o paciente na posição supina e posicionando a
cabeça e o pescoço em ligeira flexão. A mão do examinador
foi posicionada sob a cabeça e o teste foi encerrado se a ca-
beça tocava a mão do examinador ou se perdesse a posição.
Já o teste de resistência extensor foi realizado com o paciente
em decúbito ventral. Uma faixa de Velcro foi fixada ao redor
da cabeça dos participantes e um peso de 2 kg foi anexado a
esta faixa. O teste era interrompido quando o sujeito já não
conseguia segurar a posição, ou se a posição da cabeça ul-
trapassava 5° da posição inicial, mensurado pelo CROM®.
O tempo de sustentação nos testes foi cronometrado em se-
gundos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética Huma-
na da Universidade de São Paulo (6861/2016), e cada parti-
cipante assinou um termo de consentimento. Os grupos fo-
ram comparados utilizando o teste t para amostras indepen-
dentes, adotando um nível de significância de p<0,05. Re-
sultados: O GM apresentou pior desempenho nos testes de
resistência para os flexores (p=0,01) e extensores (p=0,02)
quando comparado ao GC, com uma média do tempo de
sustentação de 43,6s (DP:27,4) para os flexores e 231,8s
(DP:169,2) para os extensores no GM e 68,5s (DP:43,1) e
334,1s (DP:151,7) para o GC respectivamente. Conclusão:
Indivíduos com migrânea apresentaram pior desempenho nos
testes de resistência dos músculos flexores e extensores
cervicais, caracterizados por um tempo de sustentação me-
nor, quando comparados aos indivíduos controle.
Palavras-chaves: Cervical; Resistência; Migrânea
PCE 17
SÍNDROME SUNCT E A IMPORTÂNCIA DE
TRATAMENTOS ESPECÍFICOS
João Vitor Mortari Lisboa
Uniara – Universidade de Araraquara – Araraquara, SP
Objetivos: Discutir os aspectos clínicos e patológicos da
Síndrome SUNCT, destacando a importância de um diagnós-
tico preciso, devido a necessidade de terapia específica dife-
rente de outros tipo de cefaleias mais frequentes. Métodos:
Foram avaliados 25 artigos e textos literários, extraídos de
bases de dados como PubMed e ScienceDirect, analisados
sistematicamente, buscando a compreensão e atualização em
diagnóstico e tratamento da Síndrome SUNCT. Resultados:
A Síndrome de SUNCT apresenta uma ativação da área
póstero-inferior do hipotálamo ipsilateral a dor, alteração
igual à encontrada na cefaleia em salvas, como também uma
ativação hipotalâmica bilateral. Tais características indicam
que a síndrome tem origem central. Apresenta como princi-
pal diagnóstico diferencial a neuralgia do primeiro ramo do
nervo trigêmeo, sendo a principal diferença a severidade dos
sintomas autonômicos, podendo estar presentes na neuralgia
do trigêmeo, mas mais tênues. Esta cefaleia cursa com dor
unilateral, orbitária, supraorbitária ou temporal, podendo ser
em pontada ou pulsátil, com duração de 5-240 segundos.
Acomete principalmente indivíduos entre 41 e 70, sendo mais
comum em homens. Dor com frequência bastante variável,
podendo ocorrer desde uma crise por dia e 10-30 crises por
hora, revelando o importante comprometimento na qualida-
de de vida do paciente. A dor se inicia comumente após ma-
nobras mecânicas do pescoço e através de zonas de gatilho
em topografias trigeminais e extratrigeminais. O manejo
terapêutico deve ser escolhido individualmente e de forma
bastante cuidadosa, pois a síndrome tem alta chance de
refratariedade. Dentre as opções de terapia pode ser optado
pelo manejo clínico, sendo a Gabapentina uma boa opção,
ou pelo tratamento cirúrgico, com o uso bloqueio local do
gânglio cervical superior com opioide. Conclusão: O co-
nhecimento sobre a Síndrome de SUNCT se mostra impor-
tante para um diagnóstico preciso, ajudando a reduzir o
subdiagnóstico, e possibilitando o uso de terapias mais efeti-
vas para a melhora da qualidade de vida do paciente.
Palavras-chaves: Cefaleia; Síndrome SUNCT
PCE 18
O DESCONFORTO VISUAL INDUZIDO PELA LUZ ALTERA O
EQUILÍBRIO SEMIESTÁTICO DE PACIENTES COM MIGRÂNEA
Lais Sestari
1
, Carina Ferreira Pinheiro
1
, Renato Moraes
2
,
Gabriela Ferreira Carvalho
1
, Nicoly Machado Maciel
1
,
Anamaria Siriani Oliveira
1
, Fabíola Dach
1
,
Débora Bevilaqua Grossi
1
1
FMRP – Faculdade de Medicina de Ribeirão
Ribeirão Preto, SP
2
EEFERP – Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão
Preto -Ribeirão Preto, SP
Objetivos: Verificar alterações no equilíbrio de mulheres com
migrânea em apoio bipodal sob diferentes intensidades de
luz. Métodos: 14 mulheres com migrânea
(1)
foram selecio-
nadas de um hospital terciário e da população, com idade
entre 18 e 55 anos (média 29,28, IC 95% 23,61 a 34,96),
IMC inferior a 30 kg/cm² (média 23,62; IC 95% 23,22 a 24,02).
As participantes foram expostas a aumento de luz gradual (100
lux a cada 30s) entre 270 e 2000 lux, e questionadas sobre a
intensidade do desconforto visual. O equilíbrio foi avaliado
na postura bipodal na plataforma de força (Bertec, Columbus,
OH, EUA) por 30s e repetido três vezes nas diferentes condi-
ções de luz: 1) ambiente apenas com luz da sala (LS) (270
lux); 2) limiar de desconforto visual (LV), em que foi relatado
mínimo desconforto visual e 3) desconforto visual (DV), com
relato de desconforto visual moderado a intenso. A intensi-
dade da luz foi medida por um luxímetro digital posicionado
ao lado dos olhos da participante. Todas foram avaliados
no período interictal. ANOVA medidas repetidas com post
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 95
hoc DMS (p <0,05) foi utilizada para comparar os dados da
área de deslocamento do centro de pressão (CoP) e a veloci-
dade de deslocamento do CoP entre as três condições de luz
testadas. Resultados: Os participantes apresentaram LV em
400 lux (IIQ 400 a 500) e DV em 2000 lux (Intervalo interquartil-
IIQ 1900 a 2000). A área de deslocamento do CoP na condi-
ção DV (Média 5,03cm²; IC 95% 1,82 a 8,25) foi maior em
comparação à condição LV (Média 3,54cm², IC 95% 0,87 a
6,20) e à condição LS (Média 1,52cm², IC 95% 0,99 a 2,06)
porém a velocidade de deslocamento do CoP não foi dife-
rente entre as condições. Conclusão: O desconforto visual
induzido pela luz aumentou a área do deslocamento do CoP
dos pacientes com migrânea em posição bipodal semiestática.
Palavras-chaves: Cefaleia; Controle motor; Equilíbrio;
Fotofobia; Luz
Referência: 1. Olesen J. The International Classification of Headache
Disorders, 3rd edition. Cephalagia [Internet]. 2013;33(9):629-808.
PCE 19
MIGRÂNEA COMO FATOR DE PROTEÇÃO PARA O
ALCOOLISMO
Arailton Francisco de Oliveira Neto, Júlia Aguiar Rath, Lais
Souza Vilela, Tiago Cunha de Castro, Mauro Eduardo Jurno
FAME - Faculdade de Medicina de Barbacena - MG
Objetivos: Relatar a prevalência de etilistas em pacientes
migranosos, assim como a prevalência de migranosos em pa-
cientes etilistas. Métodos: Estudo clínico prospectivo de cor-
te transversal em dois grupos. Um grupo composto por
migranosos e outro de etilistas sendo submetidos ao Alcohol
Use Disorders Identification Test (AUDIT) e à Classificação In-
ternacional das Cefaleias (ICHD III beta) em busca do diag-
nóstico e presença dos distúrbios. Resultados: Foram avali-
ados 174 (100%) pacientes, dos quais 125 (71,84%) corres-
pondem aos pacientes diagnosticados como migranosos e
49 (28,16%) correspondem aos pacientes etilistas. Entre os
pacientes etilistas verificou-se que 7 (14,29%) eram mulheres
enquanto 42 (85,71%) eram homens. Nesse mesmo grupo,
em relação ao AUDIT, foi observado que apenas 2 (4,08%)
pacientes faziam uso considerado como consumo de baixo
risco, 7 (14,29%) faziam uso de risco, 4 (8,16%) consumiam
de forma nociva e 36 (73,47%) pacientes foram considerados
como prováveis dependentes. Em relação ao ICHD III, 0 pa-
cientes (0%) apresentaram migrânea unicamente com aura; 6
(12,24%) apresentaram migrânea com e sem aura; 6 (12,24%)
apresentavam migrânea sem aura e 37 (75,51%) não apre-
sentavam migrânea de nenhum tipo. Dos 125 pacientes
migranosos, 15 (12%) eram do sexo masculino enquanto 110
(88%) eram do sexo feminino. Com relação ao questionário
AUDIT 125 (100%) faziam o uso considerado como de baixo
risco. Em relação ao ICHD III, 9 (7,20%) apresentavam
migrânea com aura; 17 (13,60%) apresentavam migrânea
com e sem aura; 99 (79,20%) apresentavam migrânea sem
aura; 0 (0%) não apresentavam migrânea de nenhum tipo.
Conclusão: Foi possível perceber que dentre aqueles paci-
entes diagnosticados com migrânea, seja ela com ou sem
aura, há uma menor prevalência de etilistas. Assim como nos
pacientes etilistas há uma menor prevalência de enxa-
quecosos.
Palavras-chaves: Álcool; Fator desencadeante; Menor con-
sumo; Migrânea; Prevalência
Referência: Classification Committee of the International Headache
Society. The International Classification of Headache Disorders, 3rd edition
(beta version). Cephalalgia 2013; 33: 629-808.
PCE 20
SÍNDROME DE ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS:
UM RELATO DE CASO
Laryssa Crystinne Azevedo Almeida, Marcelo Moraes Valença
UFPE – Universidade Federal de Pernambuco – Recife, PE
Objetivos: Relatar o caso de uma paciente com migrânea
que apresentou dois episódios durante a vida de distorções
na percepção do tempo concomitantemente aos episódios
de migrânea. As alucinações experimentadas pela paciente
se enquadram dentre os sintomas descritos na Síndrome de
Alice no País das Maravilhas. Métodos: Relato de caso clíni-
co. Resultados: Paciente do sexo feminino, 32 anos, com
história de cefaleia fronto-temporal à direita, em caráter
pulsátil associada a vômitos, tontura e sintomas autonômicos
(lacrimejamento, edema orbitário) desde a adolescência. A
frequência dos sintomas era de cerca de duas vezes por mês.
Apresentou dois episódios paroxísticos compatíveis com os
sintomas relatados na Síndrome de Alice no País das Maravi-
lhas. O primeiro episódio ocorreu quando a mesma tinha 16
anos e estava em um festival de quadrilhas juninas, no qual a
paciente apresentou distorção na percepção do tempo, rela-
tando sensação de que ela própria estava acelerada e as
pessoas e objetos adjacentes estavam desacelerados. O epi-
sódio durou cerca de 10-15 minutos e foi acompanhado por
uma forte cefaleia que ocorreu concomitantemente aos sinto-
mas. O segundo episódio ocorreu aos 31 anos, quando a
mesma estava caminhando pela rua e percebeu a mesma
sintomatologia, com percepção de que as pessoas e carros
estavam desacelerados, "em câmera lenta", episódio também
acompanhado de cefaleia. Conclusão: Foi observado que
a síndrome de Alice no País das Maravilhas pode apresentar-
se em indivíduos com migrânea e a apresentação dos sinto-
mas varia entre os indivíduos. Os relatos de alterações na per-
cepção do tempo só foram descritos três vezes na literatura
vigente, sendo, portanto, uma forma rara de apresentação
da síndrome.
Palavras-chaves: Alucinações; Cefaleia; Síndrome de Alice
no País das Maravilhas; Transtornos de enxaqueca
PCE 21
CEFALEIA HÍPNICA: RELATO DE CASO
Liliane de Oliveira Dutra, Drusus Perez Marques,
Alessandro Luis Gonçalves
HVC – Hospital Vera Cruz – Belo Horizonte, MG
Objetivos: O objetivo deste trabalho é relatar o caso de
uma paciente de 54 anos que foi ao ambulatório de neu-
rologia do HVC, com queixa de dor de cabeça moderada
hemicraniana D, com curta duração dos sintomas e que des-
pertava a mesma durante o sono, sendo diagnosticada
como cefaleia hípnica. Quadro com início há 10 meses.
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
96 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
Nega outros sintomas. Relata que a dor melhora espontane-
amente ou com uso de analgésicos e esta acontecia aproxi-
madamente 20 vezes durante o mês, relatos que ajudaram a
fechar os critérios diagnósticos que são: cefaleia/ocorre du-
rante o sono e acorda a paciente/pelo menos 2 dos seguintes
critérios (ocorre mais de 15 vezes por mês; duração maior
que 15 minutos; ocorre pela primeira vez após 50 anos) ,sem
sinais autonômicos e com não mais que uma das seguintes
manifestações: náusea, foto ou fonofobia, não ser atribuída a
outra desordem. Métodos: Relato de caso, revisão biblio-
gráfica tendo como fonte Google acadêmicos, uptodate,
bireme. Conclusão: por se tratar de uma forma rara e be-
nigna de cefaleia associada ao sono, foi nomeada de cefaleia
hípnica ou cefaleia do despertar. A importância do conheci-
mento desta comorbidade e de seus critérios diagnósticos
possibilita um melhor manejo da doença e com tratamento
adequado melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-chaves: Cefaleia hípnica; Sono
PCE 22
HEMICRANIA PAROXÍSTICA ASSOCIADA A NEURALGIA
TRIGEMINAL: TIC-SÍNDROME
Lisandra Panzoldo dos Santos, Fellipe Roland Pereira, Ida Fortini
HC-FMSUP – Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da USP – São Paulo, SP
Objetivos: Introdução: Cefaleias trigêmino-autonômicas
(CTA) e neuralgias trigeminais são distúrbios raros caracteri-
zados por dor craniana ou facial unilateral. Hemicrânia
paroxística (HP) tem incidência de 0.1/100.000 pessoas por
ano, sendo a segunda CTA mais prevalente. A associação de
características de HP e neuralgia trigeminal é chamada de
hemicrânia paroxística tic. Relatamos um caso atípico de HP
com componentes trigeminais associados. Métodos: Paci-
ente do sexo feminino, 61 anos, há 3 meses passou a apre-
sentar dor em choque e em fisgada em região malar e orbital
à direita que se estende para região superior da face ipsilateral
com duração aproximada de 20 minutos. Tem dores 4 dias
na semana com um episódio por dia de dor, VAS 10, associa-
do a edema palpebral, rinorreia, lacrimejamento, rubor facial
e semiptose ipsilateral. Relata ainda gatilhos como lavar o
rosto. Realizou-se ressonância nuclear magnética para des-
cartar contato neurovascular e outras causas. Iniciamos
indometacina 25 mg 3 vezes ao dia com redução importante
nos números de crise e intensidade da dor. Resultados: Dis-
cussão: Apesar de alguns relatos reportarem respostas com
outras drogas, a resolução terapêutica absoluta com indo-
metacina é o principal critério diagnóstico para HP. Conclu-
são: Hemicrânia paroxística tic síndrome é um distúrbio raro
caracterizado pela ocorrência de HP e neuralgia trigeminal,
preenchendo cada uma os devidos critérios diagnósticos e
devendo receber tratamentos distintos. Devemos estar aten-
tos a essa entidade, pois pode ser subdiagnosticada acarre-
tando prejuízo ao paciente.
Palavras-chaves: Hemicrânia paroxística; Neuralgia
trigeminal; tic-sindrome
PCE 23
CEFALEIA EM SALVAS SECUNDÁRIA À SCHWANNOMA EM
PLEXO SIMPÁTICO CAROTÍDEO. UM DIAGNÓSTICO
PRESUNTIVO?
Lisandra Panzoldo dos Santos, Bernardo Felsenfeld Júnior,
Eustaquio Martins Gomes Arouca, Ida Fortini
HC-FMSUP – Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da USP - São Paulo, SP
Objetivos: Cefaleia em salvas são infrequentes e com
prevalência menor que 1% e entre 2% e 9% quando compara-
da à migrânea clássica. Estima-se que ocorra mais em ho-
mens do que mulheres (2:1). Relatamos um caso de cefaleia
em salvas provavelmente associada a schwannoma de plexo
simpático carotídeo. Métodos: Paciente do sexo feminino,
56 anos, inaugurou o quadro aos 14 anos com dor hemicrânia
à esquerda, em aperto, VAS 10, associada a lacrimejamento,
rinorreia, hiperemia conjuntival, edema palpebral e rubor
facial ipsilateral. A dor durava entre 40 e 180 minutos. Por um
período de dois meses teve crises de dor três dias na semana
com quatro episódios por dia de dor. As crises sempre vinham
acompanhadas de intensa agitação. A dor era precedida en-
tre um e dois dias por diplopia vertical e tontura tipo dese-
quilíbrio para a esquerda. Apresentou alguns períodos de re-
missão da doença, quando no início de 2016 apresentou
novos episódios que mantém até hoje e com as mesmas ca-
racterísticas. Em exame de imagem foi encontrada lesão em
base de crânio à esquerda, envolvendo o segmento petroso e
parte do segmento cavernoso da artéria carótida interna com
características compatíveis com schwannoma do plexo sim-
pático. Após a introdução do Verapamil 80 mg 3 x ao dia, a
paciente refere melhora na intensidade da crise. Conclusão:
Schwannoma é o tumor de bainha de nervo mais comum e
compreende 9% dos tumores base de crânio, sendo a maio-
ria benignos e solitários. Foram relatados previamente três
casos de cefaleia com diplopia associados a schwannoma
de plexo simpático carotídeo em que a diplopia ocorre pro-
vavelmente pelo efeito de massa. No caso apresentado fica a
dúvida de relacionar a lesão não só com a diplopia como
também com a cefaleia em salvas.O relato chama atenção
para uma rara associação em que o schwannoma pode ser a
causa para cefaleia em salvas e suscita a discussão de abor-
dagem neurocirúrgica como tratamento.
Palavras-chaves: Cefaleia; Salvas; Schwannoma
PCE 24
AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA CEFALEIA, INCAPACIDADE E
MODULAÇÃO DA DOR EM MULHERES JOVENS NO
PERÍODO MENSTRUAL
Luiz Henrique Gomes Santos
1,2
,
Pablo Augusto Silveira da Silva
1
, Fernando Amparo Tranches
1
1
UNIFEG – Centro Universitário da Fundação Educacional
Guaxupé – Guaxupé, MG
2
ISCP – Instituto Sulmineiro de Cabeça e Pescoço
Guaxupé, MG
Objetivos: Avaliação dos fatores psicossociais na dor orofa-
cial e cefaleia em mulheres jovens no período menstrual. Mé-
todos: Trata-se de um estudo quantitativo experimental
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 97
prospectivo em fase inicial de coleta, que utilizou escala visu-
al analógica de dor (VAS). Para avaliação da incapacidade
pela cefaleia, utilizou-se o Midas, que consiste em cinco ítens
atribuindo um ponto por cada dia em que, nos últimos três
meses, suas atividades diárias foram limitadas pela dor. Utili-
zou-se a algometria para avaliar a dor, determinada pelo
aumento gradual da pressão proporcionada até o momento
em que a sensação se tornou dolorosa. Com o mesmo foi
realizada a somação temporal, onde a pressão foi aumenta-
da a uma taxa de aproximadamente 2 kg/s para cada pulso
e a participante foi solicitada a avaliar verbalmente sua dor
no primeiro, quinto e décimo pulso. Ainda para analisar o
papel do cérebro na dor, realizou-se a avaliação da modula-
ção condicionada da dor, onde um manguito foi inflado a
aproximadamente 200 mmHg/s até o momento em que a
sensação se tornou dolorosa e os participantes foram instruí-
dos a dizer "parar". Resultados: O índice de incapacidade
ocasionada pela cefaleia apresentou um dado crescente de
leve a moderada, e esta foi equivalente aos dados relaciona-
dos a cinesiofobia. Apesar destes resultados, as entrevistadas
não apresentaram sinais de tontura, alodínia, fatores psicosso-
ciais e nem nociceptivos que pudessem estar relacionados a
estes. Na avaliação de somação temporal não apresentou
dados relevantes que pudessem ter relação com a incapaci-
dade. O mesmo foi observado para a modulação condicio-
nada da dor, pois as mesmas apresentaram pequenas varia-
ções e não mostram até o momento, grandes modificações
em relação a produção de substâncias amplificadoras de dor.
Conclusão: Até o presente momento as jovens avaliadas não
demonstraram influência significativa do período menstrual
na amplificação do quadro de dor, cefaleia e a possível inca-
pacidade ocasionada pelas mesmas. O seguimento da pes-
quisa poderá afirmar novas premissas relacionadas a pes-
quisa.
Palavras-chaves: Cefaleia; Dor orofacial; Menstruação
PCE 25
PRESENÇA E CARACTERÍSTICA DA CINESIOFOBIA EM
PACIENTES MIGRANOSOS
Marcela Mendes Bragatto, Lidiane Lima Florencio,
Mariana Tedeschi Benatto, Samuel Lodovichi, Gabriela
Ferreira Carvalho, Fabiola Dach, Debora Bevilaqua Grossi
FMRP-USP - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -
Ribeirão Preto, SP
Objetivos: Verificar a presença e característica da cinesio-
fobia em pacientes migranosos de um serviço de neurologia
de um hospital terciário. Métodos: Foram avaliados 89 pa-
cientes migranosos (70 mulheres e 19 homens), com faixa
etária de 18 a 55 anos, do serviço de neurologia, no período
entre novembro de 2015 a março de 2017. O medo do
movimento (cinesiofobia) foi avaliado pelo questionário Tam-
pa Scale for Kinesiophobia, composto por 17 afirmações, cuja
pontuação varia entre 17 a 68 pontos, sendo considerados
cinesiofóbicos aqueles cujo escore final é 37 (1). Para análi-
se estatística foram realizados os testes de Fisher, Qui quadra-
do e teste T-Student adotando um nível de confiança de 0,05.
Resultados: Dos 89 pacientes, 47(53%) foram considerados
cinesiofóbicos e 42(47%) não cinesiofóbicos com idade se-
melhante entre os grupos (p=0,059) de 36,5anos (DP:10,2) e
32,5 anos (DP:9,6) respectivamente. Os migranosos cinesio-
fóbicos apresentavam em média 15,6 anos com migrânea
(DP:11,1) e 15,1 dias de dor/mês (DP:8,8) enquanto os não
cinesiofóbicos apresentavam em média 14,1 anos com
migrânea (DP:9,3) e 14,3 dias de dor/mês (DP:10,3). Não
houve diferença entre grupos na frequência (p=0,70) e tempo
de doença (p=0,42). Considerando as três questões respon-
didas com maior frequência identificou-se que o grupo
cinesiofóbico geralmente sente "medo de se machucar aci-
dentalmente" (n=39; 83%); acreditam que a "dor avisa a hora
que deve parar o exercício para não se machucar" (n=38;
81%) e que "o corpo está dizendo que algo errado está acon-
tecendo" (n=33;70%). Conclusão: A cinesiofobia está pre-
sente na maioria dos pacientes com migrânea que conside-
ram que a dor pode ter potencial lesivo e que indica mau
funcionamento do seu corpo.
Palavras-chaves: Migrânea; Cinesiofobia
Referência: 1. Siqueira FB., Teixeira-Salmela LF., Magalhães LC. Aná-
lise das propriedades psicométricas da versão brasileira da escala tampa
de cinesiofobia. Acta ortop. Bras. v.15, n.1, p.19-24, 2007.
PCE 26
SÍNDROME DE TOLOSA-HUNT: RELATO DE CASO
Maria Virgínia Gomes Ribeiro
1
, Mauro Eduardo Jurno
1,2
,
Giovanni Angelo Martins Filho
1,2
, Carolina Lima Laignier
Scherr
1
, Laís Campos de Miranda Andrade
1
, Larissa Freitas
Moreira Malta
1
, Lara Maria da Silva Gonçalves Costa
1
,
Taís Meireles David
1
, Thamires Ribeiro de Paula
1
1
FAME - FUNJOB – Faculdade de Medicina de Barbacena
Barbacena, MG
2
HRBJA - FHEMIG – Hospital Regional de Barbacena Dr.
José Américo – Barbacena, MG
Objetivos: Descrever um caso suspeito de Síndrome de
Tolosa-Hunt do ponto de vista clínico-neurológico, relacio-
nando com a importância da suspeição através do exame
físico e exames complementares a fim de excluir outros pos-
síveis diagnósticos, bem como seu manejo para tratamento.
Métodos: Relato de caso individual. Resultados: Paciente
de 37 anos procurou pronto atendimento queixando-se de
cefaleia progressiva intensa, iniciada há uma semana em
região frontal, que evoluiu como hemicrania à direita pre-
dominante em região frontal, associada à diplopia e difi-
culdade para abrir os olhos. Relatou atendimento prévio onde
foi diagnosticada sinusite, sendo iniciada Amoxicilina com
Clavulanato e Nimesulida. Ao exame físico apresentava
paresia do III nervo à direita, plegia do IV/ VI à direita,
alodínia em hemiface à direita (V), sem alterações nos de-
mais pares. Não havia história de enxaqueca, HAS, DM ou
outras comorbidades. Na tomografia computadorizada de
crânio não havia evidência de alterações isquêmicas,
hemorrágicas e neoplásicas. Hemograma, coagulograma
e eletrólitos sem anormalidades. Paciente foi tratada inicial-
mente com pulsoterapia de metilprednisolona 1 g/kg/dia
por três dias seguido por dose oral de prednisona 60 mg/
kg/dia com melhora dos sintomas. Paciente recebeu alta e
mantém acompanhamento ambulatorial com neurologia.
Conclusão: A síndrome de Tolosa-Hunt é uma doença rara
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
98 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
caracterizada por estenose da porção cavernosa da artéria
carótida interna devido a um processo inflamatório granu-
lomatoso idiopático. Clinicamente, se apresenta com dor
periorbital ou hemicraniana associada à oftalmoplegia de
um ou mais nervos cranianos oculomotores. Pode haver re-
gressão espontânea e há boa resposta à corticoterapia. Não
possui marcador biológico específico que auxilie em seu di-
agnóstico. Sendo assim, a exclusão de outras causas de
oftalmoplegia dolorosa ainda é obrigatória. A utilização dos
critérios diagnósticos da International Headache Society é
de grande valia na condução de casos semelhantes em que
haja a suspeita clínica dessa rara doença.
Palavras-chaves: Alodínia; Doença cerebrovascular;
Oftalmoplegia; Síndrome de Tolosa-Hunt
PCE 27
AVALIAÇÃO DA FORÇA DE FLEXÃO E EXTENSÃO CERVICAL E A
RAZÃO EXTENSORES/FLEXORES EM MULHERES COM
MIGRÂNEA EM COMPARAÇÃO A MULHERES SAUDÁVEIS
Mariana Tedeschi Benatto, Lidiane Lima Florencio,
Marcela Mendes Bragatto, Samuel Lodovichi, Fabiola Dach,
Débora Bevilaqua-Grossi
FMRP-USP – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto, SP
Objetivos: Verificar a razão extensores/flexores no âmbito
de força muscular em mulheres migranosas e saudáveis. Mé-
todos: Foram incluídas no grupo migrânea mulheres com
idade entre 18 e 55 anos e diagnóstico de migrânea de acor-
do com a Classificação Internacional de Cefaleias. No gru-
po controle, mulheres com a mesma faixa etária e sem his-
tórico de cefaleia. Para ambos os grupos, os critérios de ex-
clusão foram: diagnóstico de outra cefaleia, abuso de anal-
gésicos, histórico de trauma na região da cervical ou da face,
gravidez, diagnóstico de hérnia ou degeneração discal na
cervical, doenças sistêmicas ou bloqueio anestésico nos últi-
mos três meses. Dados gerais e características da migrânea
foram coletados e os questionários Migraine Disability
Assessment (MIDAS) e 12 ítens do Allodynia Symptom Checklist
(ASC-12/Brasil) foram aplicados no grupo migrânea. O tes-
te de força muscular da região cervical foi realizado por um
fisioterapeuta treinado com um dinamômetro isométrico
manual (Lafayette Instrument Company®, modelo 2201163,
Lafayette, IN, USA) com o paciente em decúbito dorsal ou
ventral. Foram obtidas três repetições de 3 segundos cada
com um intervalo de 20 segundos entre cada repetição e 3
minutos entre os grupos musculares. Foi realizada uma aná-
lise descritiva dos dados e a comparação entre as médias
foi feita pelo Teste T de Student pelo software SPSS versão
20.0 adotando um nível de significância de 0.05. O estudo
foi aprovado pelo comitê de ética local (HCRP nº 6861/
2016). Resultados: Foram avaliadas 52 mulheres com
migrânea e 25 saudáveis, sendo a média de idade de 33,7
± 10,56 e 30,4 ± 9,07 (p=0,1), respectivamente. Para am-
bos os questionários, MIDAS e ASC-12/Brasil, a classifica-
ção mais observada foi a severa (54,9% e 55,8%, respecti-
vamente). No âmbito de força muscular houve evidência de
diferença entre os grupos apenas para os extensores
(p=0,04). Conclusão: Conclui-se que indivíduos com
migrânea apresentam redução da força na musculatura
extensora cervical em relação aos controles.
Palavras-chaves: Razão; Migrânea; Força muscular
PCE 28
DOENÇA DE MOYAMOYA: RELATO DE DOIS CASOS DE
DESAFIO DIAGNÓSTICO E REVISÃO LITERÁRIA
Marianna Sotte da Silva, Josevânia Fulgêncio de Lima
Arruda, Bruna Duarte Pinto, Pedro Henrique Alves Pereira
HU-UFJF – Hospital Universitário da UFJF – Juiz de Fora, MG
Objetivos: Descrever as características primordiais para a
suspeita da doença de Moyamoya, analisar suas formas de
apresentação mais comuns, bem como as doenças com que
faz diagnóstico diferencial, através de levantamento literário
e exposição de dois casos. Apresentar os principais fatores de
confusão que determinem em postergação do diagnóstico.
Métodos: Revisão literária atualizada em base de dados e
estudo de dois pacientes com a doença em questão. Resul-
tados: A doença de Moyamoya tem sido cada vez mais
diagnosticada principalmente devido aos avanços dos méto-
dos diagnósticos por imagem. Sua relação com outras doen-
ças como anemia falciforme e síndrome de Down é elucidada,
bem como a participação de mutações genéticas. O trata-
mento proposto atualmente é através de neurocirurgia, com
bons resultados. Conclusão: Torna-se importante o conheci-
mento desta entidade, de forma a aumentar seu diagnóstico,
já que é uma doença que afeta pessoas em plena idade pro-
dutiva, passível de tratamento.
Palavras-chaves: Moya-moya; Cefaleia, Relato de caso
PCE 29
SÍNDROME DE EAGLE: RELATO DE CASO E
REVISÃO DA LITERATURA
Patrícia Barbosa da Rocha
1
, Elder Machado Sarmento
1,2
,
Sérgio Elias Vieira Cury
1
, Nara Teixeira Barbosa
2
,
Leonardo Faria Sarmento
1
, Maxwell Goulart Barreto 8
3
,
Eliane Camargo de Jesus Araújo
2
, Miguel Guzzo Lima
1
1
UniFOA – Centro Universitário de Volta Redonda
Volta Redonda, RJ
2
SCMBM – Santa Casa de Misericórida de Barra Mansa
Barra Mansa, RJ
3
CSSM – Casa de Saúde Santa Maria – Barra Mansa, RJ
Objetivos: O objetivo deste trabalho é relatar a história
clínica e o diagnóstico de um caso de síndrome de Eagle.
Além disso, elaborou-se uma revisão da literatura com a in-
tenção de familiarizar os neurologistas e neurocirurgiões com
os sintomas, diagnóstico diferencial desta referida síndrome.
Métodos: O paciente do gênero masculino, causasiano, 36
anos, médico, procurou atendimento com queixa de disfagia,
dispneia e odinofagia com cerca de sete meses de evolução
e com múltiplas internações hospitalares. Conjuntamente aos
sintomas acima descritos, o paciente passou a descrever a
presença de uma cefaleia, sensação de corpo estranho na
garganta e dor durante a rotação da cabeça. Resultados:
No presente artigo, apresenta-se um quadro clínico e radio-
lógico com as características da síndrome de Eagle, que é
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 99
uma causa frequentemente negligenciada de dor crônica no
pescoço e na cabeça. Mediante essa situação, faz-se refletir
que a anatomia da inervação sensitiva das regiões profun-
das da face e transição cervicofacial, e a teoria da compres-
são neurovascular de diversas estruturas algumas das quais
estão associadas ao surgimento dos sintomas relatados. A
convergência das vias nociceptivas trigeminais descenden-
tes com fibras sensitivas medulares cervicais poderia, de al-
guma forma, gerar dor para o pescoço e cabeça, caracteri-
zando a cefaleia cervicogênica observada neste paciente.
Conclusão: Após o diagnóstico e respectivo tratamento ci-
rúrgico, o paciente evoluiu com remissão parcial dos sinto-
mas. Faz-se necessária uma apurada análise dos sinais e
sintomas e dos achados radiográficos nos pacientes com
sintomatologia dolorosa e idiopática na região de cabeça
e pescoço para que se possa estabelecer o diagnóstico dife-
rencial, visto que outras enfermidades podem apresentar
achados semelhantes aos da Síndrome de Eagle.
Palavras-chaves: Cefaleia cervicogênica; Ligamento estilo
hioideo; Neuralgia; Síndrome de Eagle
PCE 30
HIPERTENSÃO INTRACRANIANA SEGUIDA POR DEMÊNCIA
RAPIDAMENTE PROGRESSIVA EM PACIENTE COM FÍSTULA
ARTERIOVENOSA DURAL: RELATO DE CASO
Paulo Sérgio de Faria
1
, Victor Cardoso de Faria
2
, Luiza
Borges da Veiga Jardim Meirelles
1
, Raquel Nogueira de
Sousa Peixoto
1
, Mariana Martins Arruda
1
1
HGG – Hospital Geral de Goiânia – Goiânia, GO
2
HC-UFG – Hospital das Clínicas de Goiás – Goiânia, GO
Objetivos: Relatar um caso atípico de fístula arteriovenosa
dural. Métodos: Relato de caso: MZS, 48 anos, sexo fe-
minino, encaminhada em 2015 à neurologia por déficit vi-
sual bilateral, relatava cefaleia há 4 anos, com piora pro-
gressiva até tornar-se diária, difusa, de intensidade modera-
da a grave, associada a despertares noturnos, agravada por
esforço físico e decúbito. Realizada punção lombar, com pres-
são de abertura de 48 cm de água e líquor normal. Trazia
uma ressonância nuclear magnética (RNM) de crânio de 2015
com sinais de hipertensão intracraniana (HIC). Foi aventado
o diagnóstico de HIC idiopática e instituído acetazolamida,
até 2 gramas/dia, sem resposta ao medicamento. Feitas
punções lombares seriadas, sempre com pressão de abertu-
ra acima de 48 cm de H2O, com melhora parcial da dor e
recidiva após alguns dias. No final de 2016, iniciou apraxia
e congelamento de marcha, confusão mental e pseudo-
alucinações visuais. Encontrava-se acamada, totalmente
dependente de terceiros para atividades instrumentais de vida
diária, com comprometimento cognitivo flutuante, paratonia
e reflexos axiais de face. Nova RNM de crânio demonstrou
extensa leucoencefalopatia e sinal do taco de Hockey. Angio-
RNM evidenciou importante dilatação das veias cerebrais
superficiais à esquerda. A paciente foi internada para inves-
tigação diagnóstica e submetida a arteriografia, a qual con-
firmou a presença de fístula arteriovenosa dural (FAVD) di-
reita. Encaminhada para embolização. Discussão: Rara-
mente uma FAVD pode ter como única manifestação a HIC.
A evolução atípica do caso, com demência rapidamente
progressiva e sinais de parkinsonismo é igualmente rara.
Leucoencefalopatia, com sinal do taco de Hockey, é secun-
dária à hipertensão venosa profunda no território de drena-
gem da veia cerebral magna. A descrição desta lesão nas
FAVD não foi encontrada na literatura. Conclusão: A FAVD
é uma causa rara de HIC e deve ser avaliada no diagnósti-
co diferencial da HIC idiopática. Casos de demência rapi-
damente progressiva e leucoencefalopatia, simulando
parkinsonismo e hidrocefalia de pressão normal, também
devem incluir FAVD como hipótese diagnóstica.
Palavras-chaves: Cefaleia crônica; Declínio cognitivo;
Pressão intracraniana
PCE 31
CARDIAC CEPHALALGIA: A DEADLY CASE REPORT
Paulo Sergio Faro Santos, Matheus Kahakura Franco Pedro
INC – Instituto de Neurologia de Curitiba – Curitiba, Paraná
Objectives: Cardiac cephalalgia is a nosologic entity that
has only been acknowledged by the turn of the century, and
is, consequently, often underdiagnosed, even by experienced
neurologists. We aim to describe a case report on cardiac
cephalalgia. Methods: We aim to report he case of ES, a 62
years old Caucasian male with no previous history of
headache who went to the ER due to a aching, holocranial,
and intense headache lasting over two weeks, with few
moments of respite in the meantime, with nausea and emesis
but no photo/phonophobia. He developed angina pectoris
at the exact same time, and was subjected to a series of
cardiac exams in the weeks before the pain, which appeared
normal. His comorbities included having been subjected to
a kidney transplantation in 2004, being still in dialysis, cardiac
pacemaker in 2012, as well as diabetes, heart failure and
hypertension. Results: His admission laboratory workup
showed creatinine of 9,16, troponine of 1,95 and CK-MB of
24,24; six hours later, the exams showed an increase to 1,85
and 26,83, respectively. His EKG showed no ST-segment
elevation. The hypothesis of cardiac cephalalgia was raised
and his care was transferred to the cardiology department.
He was admitted to the Coronary Unit, received ASA and
clopidogrel and underwent a percutaneous intervention,
demonstrating critical lesions in anterior descending and right
coronaries as well as thrombus in circumflex artery. After an
emergency coronary artery bypass, he developed
hyperkalemia and went into cardiac arrest, with unsuccessful
reanimation attempts. Conclusion: He fulfilled criteria for
cardiac cephalalgia, as the headache developed in close
temporal relation to the ischaemia and had both moderate
to severe intensity, nausea and absence of photophobia. This
case illustrates the need to promptly recognize this rare entity
since failure to diagnose it can have devastating
consequences.
Keywords: Acute myocardial ischaemia; Cardiac cefalalgia;
Secondary headache
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
100 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
PCE 32
PREVALÊNCIA DE SINAIS E SINTOMAS DO DISTÚRBIO
TEMPOROMANDIBULAR E SUA RELAÇÃO COM CEFALEIA EM
ACADÊMICOS DE MEDICINA DE BARBACENA
Camila Guerra
1
, Izadora Brauer de Souza Pinho
1
,
Laura Torres Guerra Camilo de Oliveira
1
, Leda Marília
Fonseca Lucinda
2
, Pedro Henrique de Almeida Nicésio
1
,
Polliana Boa Vida Faria Rocha
1
1
FAME-FUNJOB – Faculdade de Medicina de Barbacena,
Barbaxena, MG
2
UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora, MG
Objetivos: Avaliar a prevalência de sinais e sintomas do dis-
túrbio temporomandibular e os correlacionar com cefaleia
em acadêmicos da Faculdade de Medicina de Barbacena.
Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal que ava-
lia a relação do distúrbio temporomandibular com a cefaléia.
Foi utilizado o questionário Índice Anamnésico de Fonseca
(1992), que avalia e caracteriza a presença e a severidade
dos sintomas do distúrbio temporomandibular. A amostra foi
composta por acadêmicos matriculados no período de agos-
to de 2016 a agosto de 2017 na Faculdade de Medicina de
Barbacena- FAME/FUNJOB, nos primeiros, quintos e oitavos
períodos. Não participaram da pesquisa indivíduos com com-
prometimento neuropsicomotor; que estavam ou tinham sido
submetidos a tratamento fisioterapêutico, fonoaudiológico ou
ortodôntico (há menos de 6 meses); que utilizassem placas
oclusais; possuíssem alterações labirínticas; histórico de trau-
mas ortodônticos ou má formação na região facial. Também
não participaram os portadores de doença reumatológica e
aqueles que estivessem em uso de medicamentos analgési-
cos, anti-inflamatórios, miorrelaxantes, uma vez que esses
medicamentos podem alterar o metabolismo e a atividade
dos músculos mastigatórios, comprometendo os resultados
das variáveis da pesquisa. Resultados: Observou-se que
quanto mais severo o distúrbio temporomandibular, maior
a prevalência da cefaleia. Conclusão: Através da aplica-
ção do questionário foi avaliada a dificuldade de abrir a
boca, de movimentar a mandíbula para os lados, cansaço
ou dor muscular ao mastigar, dores de cabeça, dor na nuca,
dor de ouvido ou na região das articulações, presença de
ruídos ao mastigar ou abrir a boca e hábito como apertar e
ou ranger os dentes. A relação mais significativa encontrada
foi entre o distúrbio temporomandibular e a prevalência de
cefaleia.
Palavras-chaves: Distúrbio temporomandibular; Cefaleia;
Acadêmicos de medicina; Barbacena
PCE 33
MUDANÇA NO PADRÃO DA CEFALEIA COMO FATOR DECISIVO
NO DIAGNÓSTICO DE RARA COMPLICAÇÃO DE
CISTO ARACNOIDE INTRACRANIANO: RELATO DE CASO E
REVISÃO DA LITERATURA
Raquel Ida Ferreira
1
, Ítalo Guilherme Giarola de
Freitas Mariano
1
, Leopoldo Mandic Ferreira Furtado
2
1
FAME – Funjob – Faculdade de Medicina de Barbacena –
Barbacena, MG
2
Biocor Instituto – Nova Lima, MG
Objetivos: Cistos aracnoides intracranianos, malformações
congênitas raras, manifestam-se comumente com cefaleia e
crises convulsivas. Hemorragias intracisto são consideradas
incomuns. Objetiva-se relatar um caso raro de hemorragia
intracisto aracnoide temporal após traumatismo cranio-
encefálico leve (TCE leve). Métodos: P. L. S, masculino, 11
anos. Há três anos, apresenta cefaleia frontotemporal esquer-
da três vezes semanalmente, insidiosa, em aperto, matutina,
responsiva a analgésicos comuns sem intensificação inicial da
dor, fatores desencadeantes ou pródromos. Vômitos e altera-
ção da consciência ausentes. Escala Analógica de Dor (EAD)=5.
A dor intensificou-se um mês após um TCE leve (EAD=8), re-
fratária aos analgésicos comuns e associada com diplopia
há 2 dias. Caracterizando-se como holocraniana e com um
episódio de vômito. Ao exame neurológico, paciente estava
alerta, eufásico, Glasgow 15. Pupilas simétricas; fotomo-
tricidade direta e consensual preservadas; músculo reto late-
ral esquerdo parético. Ressonância magnética revelou sinal
de hemorragia em cisto aracnoide temporal esquerdo (Galassi
3). Realizou-se craniotomia, drenagem do hematoma intracisto
e fenestração para a cisterna interpeduncular. Houve melhora
imediata da cefaleia e, após 15 dias, da diplopia. Resulta-
dos: Hemorragias nos cistos aracnoides, raras após TCEs le-
ves, apresentam fisiopatologia pouco conhecida. Considera-
se que traumas constituam fator de desequilíbrio pressórico
intracisto com lesão dos vasos sanguíneos em seu interior. Na
literatura há 37 relatos de hemorragia intracística associada
a patologias como hematomas subdurais agudos e extra-
durais. A cefaleia é secundária a pressão exercida sobre es-
truturas da fossa média do crânio que possuem suplência sen-
sitiva das vias trigeminais. Sua evolução, para caráter agudo,
indica processo expansivo. Portanto, essa mudança confirma
a necessidade da propedêutica complementar adequada,
permitindo o direcionamento de um diagnóstico e tratamen-
to adequados para a rara hemorragia intracisto. O tratamen-
to, em presença de hemorragia, é cirúrgico apesar da indica-
ção em apresentações assintomáticas ser controversa. Con-
clusão: A possibilidade de hemorragia nos cistos aracnoides
após TCEs deve ser considerada no manejo dos pacientes com
essa doença.
Palavras-chaves: Cefaleia; Cisto aracnoide temporal; Hemor-
ragia intracística; TCE leve
Referências: Arruda, Marco A. Abordagem clínica das cefaleias na in-
fância. Simpósio Ribeirão Preto, Cefaleia 449-457,out./dez.1997.
Farias da Silva, W. Cefaleias: diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro:
Medsi, 1989.
PCE 34
HTLV COMO CAUSA DE CEFALEIA POR HIPOTENSÃO
LIQUÓRICA - RELATO DE CASO
Talisia Nascimento Vianez, Ronaldo Marques Pontes Rabelo
HUGV – UFAM – Hospital Getulio Vargas – Universidade
Federal do Amazonas – Manaus, AM
Objetivos: Relatar caso de cefaleia por hipotensão liquórica
secundária à neuroinfecção pelo HTLV. Métodos: Mulher, 59
anos, apresentou em 2015, intensa cefaleia têmporo-occipital
bilateral, pulsátil, contínua, com piora à ortostase. Exame neu-
rológico normal. Sem febre ou trauma. Ressonância magnéti-
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 101
ca (RM) de crânio mostrou lesões inespecíficas na substância
branca, realce paquimeníngeo difuso e abaulamento da
hipófise. Sorologia para HTLV foi positiva no sangue e líquor.
Diante da hipótese de cefaleia por hipotensão liquórica, bus-
cou-se, sem sucesso, vazamento de líquor em RM de neuroeixo
e cisternocintilografia visto nesta menor velocidade de fluxo
liquórico. A cefaleia foi debelada, gradualmente, com cafeí-
na, nortriptilina, prednisona; as medicações foram retiradas
no ano seguinte. Alterações de imagem também desapare-
ceram. Discussão: O HTLV causa paraparesia espástica tro-
pical, polineuropatia, doença do neurônio motor, síndrome
demencial. Sorologias positivas no sangue e no líquor suge-
rem o diagnóstico. Comumente há realce leptomeníngeo,
atrofia medular, lesões na substância branca encefálica. A
cefaleia por hipotensão liquórica ocorre por lesões com va-
zamento de líquor, frequentemente na região cervical ou
torácica, mas nem sempre encontrado. Lesões após trauma
mínimo ou doenças do tecido conjuntivo podem causa-la. A
dor é holocraniana, opressiva, aparece minutos após pacien-
te se levantar, cessa em decúbito dorsal. Zumbido, fotofobia,
diplopia, náuseas, galactorreia, dor radicular, sonolência po-
dem ocorrer. A pressão de abertura do líquor é menor que 7
cm H2O. Em 2/3 dos casos se encontram coleção líquida
subdural, realce paquimeníngeo, hiperemia hipofisária, dila-
tação das estruturas venosas, diminuição das cisternas basais.
Sítios de vazamento são investigados na RM, mielotomografia,
cisternocintilografia. O quadro é autolimitado geralmente,
bastando repouso, aumento da ingestão hídrica e anti-infla-
matórios não hormonais. Casos persistentes são tratados com
corticosteroides, xantinas, patch com sangue autólogo ou
neurocirurgia. Conclusão: Este é o primeiro caso de cefaleia
por hipotensão liquórica concomitante à neuroinfecção pelo
HTLV. Lesões meníngeas não identificadas, sem história de
trauma ou doenças do tecido conjuntivo. O tratamento clíni-
co trouxe alívio da cefaleia.
Palavras-chaves: Cefaleia; Hipotensão liquórica; HTLV
PCE 35
CEFALEIA ASSOCIADA À HIPERTROFIA DA
MUSCULATURA TEMPORAL
Thaisa Bereta Jardini 1, Ana Luisa Oliveira,
Leticia Andrade Santos, Ruth Maria Ribeiro Guerra,
Fílippe da Cruz Machado Teixeira
Uniube – Universidade de Uberaba – Uberaba, MG
Objetivos: A cefaleia secundária à hipertrofia da muscula-
tura temporal é uma condição benigna incomum, de fisio-
patologia ainda desconhecida. Pode ocorrer de forma uni ou
bilateral, sendo a última mais prevalente. O objetivo deste
trabalho é relatar um caso de cefaleia com características
migranosas associada à hipertrofia desta musculatura, aten-
tando-se para a importância em considerar-se essa alteração
muscular no diagnóstico diferencial das cefaleias secundári-
as. Métodos: Estudo descritivo do tipo relato de caso basea-
do em dados obtidos através da anamnese, exame físico e
exames complementares, além de experiência clínica medica-
mentosa. Resultados: GNVJ, 23 anos, sexo masculino. Com-
parece ao ambulatório de neurologia referindo cefaleia há
08 anos, a qual apresentou piora na intensidade e frequência
nos últimos 20 dias precedentes a data da consulta. Com ca-
racterísticas migranosas, não era responsiva ao uso de anal-
gésicos comuns. Referia episódio único de desmaio uma se-
mana após a intensificação do quadro, não sabendo infor-
mar maiores detalhes. De antecedentes pessoais, informava
crise convulsiva após libação alcoólica há dois anos e episó-
dios prévios de desmaio. Ausência de história familiar positi-
va para enxaqueca. Ao exame físico e neurológico, não fo-
ram constatadas alterações. Exames bioquímicos de rastreio
apresentavam-se inalterados. O eletroencefalograma encon-
trava-se dentro dos limites da normalidade. Pela tomografia
de crânio sem contraste, evidenciou-se como única alteração
a hipertrofia de musculatura temporal bilateral. O tratamen-
to inicial sugerido utilizou como base o ácido valproico de
250 miligramas, com administração de um comprimido a
cada 12 horas. Em consulta de retorno, o paciente relatou
melhora sintomática significativa. Conclusão: Este caso ilus-
tra como é de suma importância diante de uma cefaleia com
mudanças de características a pesquisa de cefaleia secundá-
ria. No presente relato, considerou-se a hipótese diagnóstica
de uma cefaleia secundária ao aumento volumétrico da mus-
culatura temporal, a qual apresentou resposta terapêutica
após a utilização de ácido valproico ter contribuído para a
melhora do quadro álgico do paciente.
Palavras-chaves: Ácido valproico; Cefaleia; Hipertrofia da
musculatura temporal
PCE 36
SÍNDROME DE ENCEFALOPATIA POSTERIOR REVERSÍVEL EM
ADOLESCENTE GESTANTE
Thaisa Bereta Jardini, Ana Luisa Oliveira,
Leticia Andrade Santos, Luana Cesarini Lopes,
Fílippe da Cruz Machado Teixeira
Uniube – Universidade de Uberaba – Uberaba, MG
Objetivos: A síndrome de encefalopatia posterior reversível
(PRES) é caracterizada por início agudo ou subagudo de
cefaleia, alterações visuais, do estado de consciência, con-
vulsões e sinais neurológicos focais. Tratando-se de uma pa-
tologia rara, pode estar associada à encefalopatia hiper-
tensiva, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, insuficiência renal e tera-
pia com imunossupressores. O prognóstico é bom quando a
causa subjacente é corrigida precocemente. Este trabalho tem
como objetivo ilustrar um caso de PRES em gestante com pico
hipertensivo, no qual alterações na tomografia de crânio não
foram evidenciadas. Métodos: Estudo descritivo do tipo re-
lato de caso baseado em dados obtidos por meio de
anamnese, exame físico e exames complementares. Resulta-
dos: LMS, 17 anos, sexo feminino, branca, gestante. Paciente
admitida na ginecologia com idade gestacional de 41 sema-
nas referindo cefaleia de forte intensidade occipital bilateral
com irradiação para a região parietal e amaurose bilateral,
associados a pico hipertensivo de 150x100 mmHg. Diante
do quadro, prescreveu-se hidralazina e sulfato de magnésio.
Submetida a cesariana sem intercorrências, porém persistiu
com déficit visual, sem quaisquer outras alterações ao exame
neurológico. Considerando-se tais achados clínicos, estabe-
leceu-se diagnóstico de PRES associada à iminência de
eclâmpsia, uma vez que a tomografia de crânio com e sem
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
102 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
contraste encontravam-se dentro dos limites da normalida-
de. Foi mantida conduta expectante com melhora do quadro
visual em quatro dias e alta hospitalar. Conclusão: A PRES
compreende uma síndrome de mecanismos fisiopatológicos
desconhecidos e apresentação clínica inespecífica, fazendo-
se necessária a realização de exames de imagem para
elucidação de diagnóstico diferencial. No presente relato, a
paciente apresentava fator de risco e quadro clínico compatí-
vel com a doença, sendo que, mesmo na ausência de altera-
ções tomográficas, foi possível concluir o diagnóstico e
direcionar o tratamento. Ainda pouco diagnosticada, torna-
se de suma importância alertar-se para essa causa de cefaleia
secundária frente à sintomatologia correspondente.
Palavras-chaves: Cefaleia; Déficit visual; Encefalopatia pos-
terior reversível
PCE 37
FISTULA SUBARACNOIDEA-PLEURAL COMO CAUSA DE
CEFALEIA POR HIPOTENSÃO LIQUÓRICA
Verena Viuniski
1
, George Vasconcelos Calheiros
2
,
Renata Gomes Londero
1,2,3
1
HMV – Hospital Moinhos de Vento – Porto Alegre, RS
2
HCPA – Hospital de Clínicas de Porto Alegre, RS
3
HNSC – Hospital Nossa Senhora da Conceição
Porto Alegre, RS
Objetivos: Relatar caso de paciente feminina, 58 anos, dia-
bética/ex-tabagista, com cefaleia diária, contínua, 7 dias após
ressecção de Schwannoma no ápice do hemitórax esquerdo,
de difícil controle. Métodos: Paciente encaminhada da Ci-
rurgia Torácica à Neurologia - Cefaleias do Hospital de Clíni-
cas de Porto Alegre (HCPA) devido ao surgimento de cefaleia
contínua diária 7 dias após ressecção de Schwannoma no
ápice do hemitórax esquerdo. Descrita como intensa, latejante,
parieto-occipital ora hemicraniana esquerda, ora bilateral e
irradiada para região cervical; piorava à ortostase prolon-
gada, à mobilização cervical, deambulação, atividades de
vida diária, e à noite, ocasionando despertares noturnos.
Havia alívio parcial ao deitar-se, com retorno à intensidade
basal em minutos a horas. Associavam-se tontura, diplopia,
náuseas e vômitos. Negava fono ou fotofobia. Refratária a
analgésicos, AINEs, amitriptilina ou pregabalina, foi reinter-
nada no HCPA quatro meses após o procedimento para in-
vestigação. Resultados: Tomografia de crânio sem contras-
te foi sugestiva de hipotensão liquórica e a RNM de coluna
cervical e torácica contrastada evidenciou alargamento do
neuroforame entre T1-T2 à esquerda, com LCR se estendendo
do seu interior para a cavidade torácica, ali de aspecto
multiloculado e com efeito compressivo sobre o parênquima
pulmonar, caracterizando fístula subaracnóideo-dural (FSP),
além de realce paquimeníngeo e aracnoide da medula espi-
nhal cervical até nível do sacro. A maior coleção intratorácica
media 12 x 6,8 x 4,8 cm. Devido à persistência de sintomas
incapacitantes e à ausência de melhora com manejo conser-
vador, a paciente foi submetida à combinação de rafia refor-
çada com tampão de músculo, drenagem torácica e lombos-
tomia e evoluiu, ainda no pós-operatório imediato, sem
cefaleia. Conclusão: A relação temporal entre nova cefaleia
intensa contínua e um trauma penetrante ou cirurgia torácica,
particularmente envolvendo manipulação do ângulo costo-
vertebral, deve chamar atenção do especialista para cefaleia
por hipotensão liquórica por FSP para que o reparo cirúrgico
seja obtido com brevidade.
Palavras-chaves: Cefaleia secundária, Hipotensão liquórica,
Fistula subaracnoidea-pleural
PCE 38
CEFALEIA DE CURTA DURAÇÃO, UNILATERAL, NEURALGIFORME
COM HIPEREMIA CONJUNTIVAL E LACRIMEJAMENTO (SUNCT)
EM PACIENTE APRESENTANDO HIPERPROLACTINEMIA
Verena Subtil Viuniski
1
, Renata Gomes Londero
1,2,3
1
HMV - Hospital Moinhos de Vento – Porto Alegre, RS
2
HCPA – Hospital de ClÍnicas de Porto Alegre, RS
3
HNSC - Hospital N. Senhora da Conceição - Porto Alegre, RS
Objetivos: Relatamos caso de paciente masculino, 39 anos,
portador de Hérnia Discal Cervical em tratamento conserva-
dor, Hipertensão Arterial em uso de anti-hipertensivo e Rinite
Alérgica apresentando dores em fincadas, episódicas, de cur-
ta duração em região periocular esquerda, associadas a ver-
melhidão, lacrimejamento e semiptose palpebral em Outu-
bro/2015. Métodos: Investigação laboratorial e imagiológica
evidenciou aumento da prolactina sérica e progesterona bai-
xa, RNM de Outubro/2015 normal. Endocrinologista iniciou
cabergolina + clomifeno em Novembro/2015. Avaliado no
Ambulatório de Cefaleia do Hospital Moinhos de Vento (HMV)
em Janeiro/2016. Prednisona em tapering (20 dias),
Verapamil 80mg/dia e Sumatriptano se necessário. Reavaliado
uma semana após, sem paraefeitos, porém trouxe diário de
cefaléia com até 90 crises diárias. Realizamos bloqueio dos
nervos occipitais com lidocaína+metilprednisona à esquer-
da e aumento da dose do Verapamil 200 mg/dia. Redução
progressiva do número de crises/dia, chegando a 2-3 episó-
dios/dia. Melhor resposta ao tratamento no primeiro mês após
o bloqueio, fazendo uso diário de Sumatriptano 3x/dia nos
primeiros meses, desmame/cessação do uso contínuo após
terceiro bloqueio. Resultados: O paciente permaneceu pouco
sintomático durante quase um ano após o controle medica-
mentoso das crises, porém voltou a apresentar piora progres-
siva após novo ciclo de cabergolina, realizado por aumento
em prolactina sérica. Realizamos então novo curso de
Prednisona em tapering (30 dias) e iniciamos Gabapentina
600 mg/dia com aumento até 1800 mg/dia. Conclusão: A
associação entre lesões hipofisárias e SUNCT está estabe-
lecida, e sabe-se que esta cefaleia trigêmino-autonômica
pode preceder os sintomas pituitários em 3-10 anos, porém
sua relação não está completamente elucidada. Uma das hi-
póteses é a possível excitação mecânica do trigêmeo ao nível
do seio cavernoso, o que não explicaria relação com micro-
adenomas. Outra possibilidade seria por alterações neuro-
humorais causadas pelo tumor, reforçadas por relatos de exa-
cerbação/início de SUNCT ao uso de agonistas dopami-
nérgicos e outros com melhora após instituido tratamento. O
papel da dopamina na fisiopatologia da SUNCT ainda não
está determinado, porém estudos realizados até o momento
indicam sua relevância.
Palavras-chaves: Cefaleias trigêmino-autonômicas; SUNCT;
Hiperprolactinemia
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 103
PCE 39
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO DAS CEFALEIAS
ATENDIDAS NO AMBULATÓRIO DE CEFALEIA
- CONJUNTO HOSPITALAR DE SORACABA
Sandro Blasi Esposito, Taisa Alessandra Pulla,
Victor Eduardo Corrêa
PUC-SP/FCMS – Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo – Sorocaba, SP
Objetivos: O presente estudo tem o objetivo de avaliar o
perfil sociodemográfico e clínico das cefaleias atendidas no
ambulatório de Cefaleia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba
(AmbCef-CHS), visando ampliar os dados epidemiológicos
sobre a doença no país, comparando-o com outros centros
terciários e com os estudos populacionais publicados nos úl-
timos cinco anos. Métodos: Trata-se de estudo transversal e
descritivo que incluiu 60 pacientes atendidos no AmbCef-CHS
de setembro de 2016 a fevereiro de 2017. Foi utilizado ques-
tionário próprio, elaborado com base nos critérios de diag-
nóstico da Classificação Internacional das cefaleias (ICHD-
II). Foram coletados os seguintes dados: idade, sexo, etnia,
tipo de dor de cabeça, frequência da dor de cabeça, intensi-
dade da dor, evolução da dor, localização da dor, sintomas
que acompanham a dor, duração da dor, relação com o mo-
vimento, uso de medicamentos, hereditariedade e impacto
socioeconômico. A análise dos dados foi realizada no pro-
grama Epi-info_7. Resultados: A migrânea foi o diagnósti-
co mais frequente (43%), tensional (30%), crônica diária
(16,7%), as cefaleias foram mais frequentes no sexo feminino
(60%) na faixa etária de 50 a 60 anos (39%). Mais da metade
dos entrevistados possui o diagnóstico de cefaleia há mais de
dez anos (53%) e apresentam dor diariamente (45%), e fazem
uso diário de analgésicos (53,3%). Metade já deixou de ir ao
trabalho nos últimos três meses e 61,5% relataram casos de
migrânea na família. Conclusão: O presente estudo confir-
ma dados da literatura que mostram a migrânea como
cefaleia mais comum em centro terciário e também mais pre-
sente no sexo feminino, a discrepância fica por conta da faixa
etária mais elevada encontrada nesse estudo. O número ex-
pressivo de diagnósticos de longa duração e uso abusivo de
analgésicos nas crises indicam que o serviço primário deve
identificar e encaminhar os casos da forma mais rápida pos-
sível e que o terciário atue conjuntamente através do trata-
mento preventivo para uma melhor qualidade de vida dos
pacientes.
Palavras-chaves: Cefaleia; Diagnóstico; Migrânea; Socio-
demográfico; Terciário
PCE 39
PRESENÇA DE CINESIOFOBIA, PREOCUPAÇÃO COM
QUEDAS E NÍVEL DE INCAPACIDADE EM HOMEMS E
MULHERES COM MIGRÂNEA
Gabriela Ferreira Carvalho, Carina Ferreira Pinheiro, Nicoly
Machado Maciel, Lidiane Lima Florencio,
Carolina de Almeida Silva, Fabiola Dach,
Débora Bevilaqua-Grossi
FMRP-USP – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto - SP
Objetivos: Investigar a presença de cinesiofobia, preocupa-
ção com quedas e nível de incapacidade relacionada à
migrânea e tontura em homens e mulheres com migrânea.
Métodos: Pacientes diagnosticados com migrânea de acor-
do com a ICHD-III foram triados de um centro terciário e divi-
didos em dois grupos: mulheres (n=38) e homens (n=17). In-
divíduos com doenças sistêmicas, história de patologia vesti-
bular, diagnóstico de outro tipo de cefaleia e presença de com-
prometimento musculoesquelético foram excluídos. Foram
coletadas as informações demográficas e relacionadas à pre-
sença de tontura e características da cefaleia. Além disso, fo-
ram aplicados os questionários: Escala Tampa de Cinesio-
fobia, Escala de Eficácia de Quedas (FES-I Brasil), Dizziness
Handicap Inventory Brasileiro e MIDAS. A análise foi realiza-
da por meio do test t de student, Mann-Whitney e Teste Exato
Fisher. A correlação entre os questionários foi realizada pelo
teste de correlação de Pearson e classificada de acordo com
Cohen (0.1-0.3: fraca, 0.3-0.5: moderada e >0.5: alta corre-
lação). Resultados: Homens e mulheres com migrânea não
apresentaram diferenças quanto a idade (p=0,12), IMC
(p=0,13), frequência, intensidade e duração da migrânea
(p>0,09). Não houve diferenças entre os grupos nos questio-
nários FES-I, TAMPA e MIDAS. A pontuação de ambos os gru-
pos na maioria dos questionários foi considerada de mode-
rada a alta, embora a presença de cinesiofobia foi identificada
apenas nos homens (DHI=0,08, FES=0,17, MIDAS=0,06,
TAMPA=0,08). A presença e incapacidade devido à tontura
foi maior em mulheres (p<0,05). Correlação moderada foi
verificada entre o questionário TAMPA e FES-I (r=0,35), e en-
tre TAMPA e MIDAS (r=0,41). Conclusão: Poucos estudos
avaliam homens com migrânea e estes resultados evidenci-
am a ausência de diferença significativa entre os sexos na in-
capacidade relacionada à cefaleia, cinesiofobia e preocupa-
ção com quedas, com pontuações moderadas a altas para
todos os migranosos. A cinesiofobia está correlacionada po-
sitivamente com a incapacidade da cefaleia e preocupação
com quedas. Estes aspectos se relacionam com a qualidade
de vida de migranosos e devem ser consideradas na prática
clínica.
Palavras-chaves: Cefaleia; Quedas; Incapacidade;
Cinesiofobia
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
104 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
PDO 01
ASSOCIAÇÃO ENTRE HÁBITOS PARAFUNCIONAIS E
DISFUNÇÃOTEMPOROMANDIBULAR
Alan Sérgio Costa Nascimento
1
, Alison Sousa Santos
1
,
Caroline Fernanda de Oliveira Faria Lopes
1
, Manoel Gomes
Araújo Neto
1
, Maria Cláudia Gonçalves
1
, Paulo Henrique
Martins Sousa
1
, Renan Castro Silva
1
, Laryssa Castro Vale
1
,
Fábio Henrique Ferreira
1
, Tatiana Oliveira
1
1
Uniceuma - Universidade Ceuma – São Luís - MA
Objetivos: Avaliar a associação entre hábitos parafuncionais
e disfunção temporomandibular. Métodos: Realizou-se um
estudo observacional, com abordagem analítica, transversal
e natureza quantitativa, com acadêmicos de fisioterapia do
Uniceuma, Campus Renascença II. A pesquisa envolveu 130
alunos dos turnos matutino e vespertino, divididos em dois
grupos: Grupo I, incluindo discentes do primeiro e segundo
período e Grupo II, com discentes do sétimo e oitavo perío-
do. Foram inclusos na amostra, alunos independentes do gê-
nero e raça, com idade entre 18 e 30 anos, que estiveram
presente na sua respectiva sala de aula no dia da coleta de
dados e que concordaram em participar espontaneamente
da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e Es-
clarecido. Foi realizada coleta no período de Agosto a Se-
tembro de 2016, nas salas de aula dos alunos do primeiro,
segundo, sétimo e oitavo período do Curso fisioterapia, no
turno correspondente a cada turma. Como instrumentos de
coleta de dados, foram utilizados o Índice Anamnésico de
Fonseca e um questionário sobre os hábitos parafuncionais
mais frequentes. Resultados: Analisando cada hábito para-
funcional, considerando os 130 participantes da pesquisa,
observou-se que os mais frequentes foram respectivamente:
colocar a mão no queixo (77%; 80%), dormir de bruços (68%;
72%), mastigar mais de um lado só (45%; 80%) e mascar chi-
clete (49%; 62%) (Gráfico 1). Na comparação dos hábitos re-
ferentes aos dois grupos, foi verificado diferença estatistica-
mente significativa em relação a mastigar mais de um lado
(p=0,001) e dormir de um lado (p=0,05), sendo estes hábitos
comuns nos estudantes do Grupo II. Considera-se que hábitos
parafuncionais, por não ser uma característica fisiológica na-
tural do indivíduo, acaba sendo uma das principais causas
da DTM. Por ser realizado, na maioria das vezes, de forma
inconsciente e relacionado a aspectos psicossociais, destaca-
se a necessidade de conscientização dos estudantes quanto a
mudanças de tais hábitos. Conclusão: Diante deste resulta-
do, considera-se a necessidade de conscientização dos uni-
versitários estudados quanto aos sintomas de DTM e os hábi-
tos parafuncionais adotados, visando o diagnóstico e trata-
mento precoce, evitando assim a evolução do grau da severi-
dade da disfunção.
Palavras-chaves: Hábitos parafuncionais; Associação;
Disfunção temporomandibular; Estomatognático; Comparação
PDO 02
POLIMORFISMO DO CANAL DE SÓDIO NAV1.7 E DO
RECEPTOR TRKA DO FATOR DE CRESCIMENTO NERVOSO EM
PACIENTES COM NEURALGIA DO TRIGÊMEO
Grazielle Mara Ferreira Costa
1
, Luiz Paulo Carvalho Rocha
2
,
José Maurício Siqueira
3
, Silvia Regina D. Tesseroli de
Siqueira
4
, Paula Rocha Moreira
5
,
Camila Megale de Almeida Leite
1,5
1
UFMG – Faculdade de Medicina - Universidade Federal de
Minas Gerais – Belo Horizonte, MG
2
PPGBioCel – Programa de Pós-Graduação em Biologia
Celular – UFMG – Belo Horizonte, MG
3
HFR – Hospital Felício Rocho – Belo Horizonte, MG
4
USP – Faculdade de Medicina – Universidade de São Paulo
São Paulo, SP
5
ICB-UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
Dep. de Morfologia – Belo Horizonte, MG
Objetivos: Polimorfismos genéticos têm sido relacionados
à maior percepção à dor e ao desenvolvimento de dores
neuropáticas. O objetivo deste trabalho foi avaliar os poli-
morfismos genéticos dos genes do canal de sódio Nav1.7
(SCN9A/rs6746030) e do receptor TrkA do Fator de Cresci-
mento Nervoso (NGF) (NTRK1/rs6334) em pacientes com
neuralgia do trigêmeo (NT). Métodos: Noventa e seis indi-
víduos foram recrutados em centros de especialização em
dor da região sudeste do Brasil e na comunidade em geral e
foram divididos em dois grupos: 48 com diagnóstico de NT
clássica e 48 controles. A dor foi avaliada através da escala
visual analógica (EVA) e do Questionário de McGill. O DNA,
obtido a partir de esfregaços orais, foi analisado por PCR
em tempo real. Resultados: Não foram observadas dife-
renças no perfil genético entre pacientes e controles. A
frequência genotípica dos pacientes para o polimorfismo
rs6746030 do canal de sódio Nav1.7 foi de 89,6% AG, 8,3%
GG e 2,1% AA, enquanto que a frequência alélica foi de 53%
para o alelo G e de 47% de alelo A. Para o polimorfismo
rs6334 do receptor TrkA do NGF, a frequência genotípica
dos pacientes foi de 50,0% AG, 50,0% GG, enquanto que a
frequência alélica foi de 75% para o alelo G e 25% para o
alelo A. A associação entre genótipos, frequência alélica e
níveis de dor (intensa para 83% dos pacientes) não detectou
diferenças significativas. Conclusão: Embora não tenha sido
observada associação entre os polimorfismos avaliados e o
diagnóstico de NT ou a intensidade da dor, é possível que
outros polimorfismos nesses genes ou que fatores epige-
néticos estejam relacionados à susceptibilidade à doença.
A escassez de trabalhos abordando fatores genéticos em
pacientes com NT ressalta a relevância do presente estudo e
a presença ou a ausência de associação entre polimorfismos
e NT é de grande interesse para avanços no campo da me-
dicina personalizada.
Palavras-chaves: Neuralgia do Trigêmeo; Polimorfismo; Canal
de sódio; Fator de crescimento nervoso
DOR OROFACIAL
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 105
PDO 03
ANÁLISE DA RELAÇÃO DE INCAPACIDADE CERVICAL, DOR
OROFACIAL E FATORES PSICOSSOCIAIS EM MULHERES
JOVENS NO PERÍODO MENSTRUAL
Luiz Henrique Gomes Santos
1,2
, Fernando Amparo Tranches
1
,
Pablo Augusto Silveira da Silva
1
1
UNIFEG – Centro Universitário da Fundação Educacional
Guaxupé – Guaxupé, MG
2
ISCP – Instituto Sulmineiro de Cabeça e Pescoço –
Guaxupé, MG
Objetivos: Avaliar a influência dos fatores biopsicossociais
na incapacidade cervical e na dor orofacial em mulheres jo-
vens durante o período menstrual. Métodos: Trata-se de uma
Pesquisa quantitativa experimental prospectiva em fase inici-
al de pesquisa. Foi realizada a avaliação da amplitude de
movimento cervical com o Cervical Range of Motion (CROM)
onde foi avaliada a rotação da coluna cervical. Avaliação
eletromiográfica (EMG) do músculo temporal por meio do
equipamento Neuroup, avaliação de ansiedade e depressão
por meio da Escala Hospitalar de Ansiedade e depressão,
índices de distúrbios da articulação temporomandibular por
meio do DC/TMD, cinesiofobia pela Tampa (TKD-TMD-Br) e
incapacidade cervical por meio do Neck disabilities index
(NDI). Estas que foram realizadas nos períodos pré (uma se-
mana antes), durante e pós (uma semana após) o período
menstrual. Resultados: Por meio do DC/TMD, relataram dor
na face em média, há mais de 3 anos, porém, não procura-
ram profissionais da saúde, e, apesar da dor orofacial, con-
cluíram que têm uma boa saúde bucal. Não houve sinal de
artralgia, pois o acometimento é muscular nas três semanas.
Apesar disso, não apresentaram sinais de cinesiofobia da ATM.
Na semana pré apresentaram uma possível depressão e nas
semanas consecutivas, se tornou improvável. Com relação à
ansiedade, na semana pré as mesmas apresentaram alto ín-
dice, que se tornou decrescente nas demais semanas. Com
isso, ansiedade e depressão se correlacionam, pois são mai-
ores na primeira semana. Para incapacidade cervical foi ob-
servada incapacidade branda na semana pré, que decresce-
ram nos demais períodos avaliados. Porém, não houve rela-
ção com redução da amplitude de movimento da coluna
cervical. Para a avaliação da EMG, foram encontrados altos
índices tensionais no período menstrual, que regrediram na
semana após. Conclusão: A presente pesquisa em estágio
inicial mostrou relação dos três períodos menstruais com a
redução da mobilidade cervical e quadros tensionais da mus-
culatura orofacial, que pode estar relacionado com fatores
psicossociais e redução funcional da ATM.
Palavras-chaves: Articulação temporomandibular; Fatores
psicossociais; Dor menstrual
PDO 04
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR E HÁBITOS
PARAFUNCIONAIS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Manoel Gomes de Araújo Neto
1
, Alisson Sousa Santos
1
,
Paulo Henrique Martins Sousa
1
, Laryssa Castro Vale
1
,
Caroline Fernanda de Oliveira Farias Lopes
1
,
Guilherme Gonçalves Silva Pinto
2
, Ana Lurdes Avelar
Nascimento
1
, Adelzir Malheiros e Silva C. B. Haidar
1
,
Sarah Tarcísia Rebelo Ferreira de Carvalho
1
,
Maria Claudia Gonçalves
1
1
Uniceuma – Universidade CEUMA – São Luís, MA
2
FACIPLAC – Faculdades Integradas da União Educacional
do Planalto – Brasília, DF
Objetivos: Avaliar a presença do diagnóstico da DTM e de
hábitos parafuncionais orais em crianças e adolescentes. Mé-
todos: Participaram deste estudo 44 crianças e adolescen-
tes, regularmente matriculados em uma escola municipal na
cidade de São Luís, MA, com idade entre 10 e 15 anos, fo-
ram excluídos aqueles que tinham realizado cirurgias
ortognáticas prévias, tenham feito ou estejam realizando tra-
tamentos ortodônticos, que tivessem sofrido trauma na face
e que não apresentassem o consentimento assinado pelos
pais. O diagnóstico de DTM foi avaliado com o Critério di-
agnóstico em pesquisa RDC/TMD. Este projeto foi aprovado
pelo Comitê de Ética em pesquisa da Universidade CEUMA,
parecer nº 1.307.233. Todos os pais e responsáveis assina-
ram o termo de Consentimento Livre e esclarecido. Resul-
tados: 47 estudantes foram avaliados, 3 alunos foram ex-
cluídos por fazerem uso de aparelho ortodôntico. Do total
de 44 indivíduos da amostra, 59,09% (n=26) pertenciam ao
gênero feminino, foi observada uma frequência de 29,54%
(n=13) de DTM miogênica, onde o gênero feminino apre-
sentou maior frequência de diagnóstico 38,46% (n=10)
p<0,05. Foi observado risco quatro vezes maior de desen-
volvimento de DTM no gênero feminino em relação ao mas-
culino Odds ratio/IC 4,7 (2,22 - 9,93). 100% da amostra
apresentava algum hábito parafuncional os hábitos mais
constatados foram roer unha, mascar chiclete, morder obje-
tos, sendo que o item mais citado por ambos os gênero foi
mascar chiclete, feminino (77,78% n=14) e masculino
(92,31% n=24). Conclusão: A frequência de diagnósticos
de DTM e hábitos parafuncionais em crianças e adolescen-
tes foi alta e indivíduos do sexo feminino possuem quatro
vezes mais risco de desenvolver DTM quando comparado
ao gênero masculino.
Palavras-chaves: Frequência; DTM; Adolescentes
PDO 05
VISCOSSUPLEMENTAÇÃO COM ÁCIDO HIALURÔNICO EM
DISFUNÇÃO DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR:
RELATO DE CASO
Sarah Campos de Sales, Marco Túlio Becheleni,
Karoline Maia de Oliveira, Flávia Leite Lima,
Monique da Silva Costa Porto, Vitor José da Fonseca,
Felipe Eduardo Baires Campos, Luiz César Fonseca Alves
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdade de Odontologia – Belo Horizonte, MG
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
106 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
Objetivos: A disfunção temporomandibular pode ser defi-
nida como distúrbio articular e muscular da região orofacial.
É caracterizada por dor orofacial, ruído articular e função
mandibular anormal. Essa condição pode interferir na
homeostasia do indivíduo, nas suas relações sociais e quali-
dade de vida. Dentre os tratamentos das desordens
temporomandibulares pode-se destacar o tratamento con-
servador, minimamente invasivos e invasivos/cirúrgicos. No
presente estudo foi realizado o tratamento minimamente
invasivo de viscossuplementação com ácido hialurônico,
devido à facilidade de execução da técnica e a comprova-
da eficácia terapêutica. O ácido hialurônico tem um papel
importante na lubrificação, tamponamento, nutrição, anti-
inflamação, e reparação da cartilagem da articulação. O
objetivo deste estudo foi relatar um caso clínico de aplica-
ção de hialuronato de sódio em articulação temporo-
mandibular (ATM) bilateral e discutir os resultados obtidos.
Métodos: A paciente apresentava queixas álgicas e estali-
dos nas ATMs bilateralmente. Diante da análise clínica e
imaginológica, observa-se deslocamento anterior dos dis-
cos sem redução, associados a importante remodelação
condilar, compatível com o estágio IV da Classificação de
Wilkes para os desarranjos internos da ATM. O tratamento
proposto foi a viscossuplementação, consistindo em um ci-
clo de três injeções de 1mL contendo 10 mg de ácido
hialurônico em cada articulação com intervalo de duas se-
manas entre as aplicações. Resultados: Observou-se me-
lhora da mobilidade articular, ausência de estalidos e dimi-
nuição da dor. Também houve melhora da corticalização dos
côndilos, arredondamento das facetas de desgaste, dimi-
nuição dos osteófitos e discreta melhora da posição discal,
apesar de continuar anteriorizada. Não houve recidiva dos
sintomas em nove meses de acompanhamento. Conclusão:
A viscossuplementação é um procedimento amplamente uti-
lizado em articulações do joelho, quadril e ombro. A utiliza-
ção na ATM vem sendo difundida nos últimos anos e parece
ser promissora. Nesse relato de caso obteve-se melhora con-
siderável do quadro clínico da paciente, condizendo com
outros estudos prévios. Há a necessidade de estudos que
busquem a criação de protocolos de utilização que tornem
os resultados previsíveis.
Palavras-chaves: Articulação temporomandibular; Disfunção
temporomandibular; Dor orofacial; Viscossuplementação
PDO 06
UTILIZAÇÃO DE UM DISPOSITIVO INTEROCLUSAL DE VIGILIA
(DIVA) PARA CONTROLAR AS MIALGIAS DOS
MÚSCULOS MASSETER E TEMPORAL
Alain Haggiag
1
, Jose Tadeu Tesseroli de Siqueira
1
1
HC FMUSP – Hospital das Clínicas
Universidade de São Paulo – USP - São Paulo, SP
Objetivos: Avaliar a efetividade de um aparelho interoclusal
posterior no controle da dor muscular por bruxismo de vigí-
lia. Métodos: Sujeitos da pesquisa: Pacientes consecutivos
da clínica do Dr Alain Haggiag com queixa de dor orofacial
ou cefaleia atribuída a dor de músculos mastigatórios. Ins-
trumento de avaliação: Ficha clínica da Academia Europeia
de Dor Orofacial (traduzida para o Português) para avalia-
ção orofacial sistematizada Os pacientes foram avaliados
nos seguintes períodos e forma: Os pacientes foram avalia-
dos quanto a presença de dor e sinais clínicos antes de inici-
ar a terapia, para que se tenha uma relação mais tarde da
melhora da dor e a que tipo de paciente está associado.
Foram elas: Idade, Sexo, Queixa de: Dor, Artralgia , Mialgia,
Masseter, Temporal, Cervical, Bruxismo; Qualidade do Sono
e Diagnostico de Mialgia e Artralgia; Avaliação da melhora
destes índices após o uso do DIVA em 7-30 e 90 dias D 0
dias: Baseline - prenchimento de ficha de avaliação EACD e
colocação de DIVA D 7 dias: avaliação da melhor da dor
com Escala Numérica + questionário da dor D 30 dias: ava-
liação da melhora da dor com Escala Numérica + questio-
nário da dor D 90 dias: avaliação da melhora da dor com
Escala Numérica + questionário da dor Análise estatística:
Foi utilizado o programa de Estatística SPSS 23.0 da Empre-
sa IBM®. Resultados: Houve uma significante melhora da
queixa dor quando comprado os tempos 07- 30 e 90 dias
com o período pré tratamento e os tempos 30 e 90 quando
comparados a 7 dias após o início do tratamento. Conclu-
são: O tratamento foi efetivo em todos os termos.
Palavras-chaves: Biofeedback; Bruxismo; Masseter; Tempo-
ral; Vigília
PDO 07
PERFIL CLÍNICO DOS PACIENTES ATENDIDOS NA
CLÍNICA DE DOR OROFACIAL DA UFPE
Carina Ramos
1
, Renata Fernandes
1
1
UFPE – Universidade Federal de Pernambuco – Recife, PE
Objetivos: Verificar a ocorrência das disfunções temporo-
mandibulares em uma amostra de pacientes atendidos na
Clínica de Dor Orofacial da Universidade Federal de
Pernambuco propondo uma base científica para análise da
distribuição epidemiológica quanto ao sexo, faixa etária e
diagnóstico das DTM. Métodos: Foram coletados dados no
período entre março de 2016 a julho de 2017 de prontuári-
os da Clínica de Dor Orofacial da UFPE e os ítens analisa-
dos nos prontuários foram: faixa etária, sexo, e o diagnósti-
co obtido DC (eixo I). Resultados: Foram analisados 224
prontuários onde se observou uma predominância feminina
(83,93%), com idade média de 37,25 anos. Dos diagnósti-
cos extraídos das fichas clínicas a mialgia foi a mais
prevalente, seguido de dor miofascial, deslocamentos de
disco com redução e artralgias associada ou não a doença
inflamatória sistêmica. Conclusão: Na população estuda-
da predominou o gênero feminino e as patologias muscula-
res as mais prevalentes corroborando com dados de outros
estudos.
Palavras-chaves: Articulação temporomandibular; Dor
orofacial; DTM
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 107
PDO 08
LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DE PACIENTE COM
PARALISIA FACIAL APÓS REDUÇÃO DE FRATURAS NOS
MAXILARES. RELATO DE CASO CLÍNICO
Francine Barros de Oliveira
1
, Estela Suzane Marques
1
,
Leticia Gomes Gonçalves
2
, Danielle Roberta Rios
1
,
Gustavo Martin Oliveira
1
, Felipi Pinto da Fonseca
1
,
Fabrício Rezende Amaral
1
, Jeane de Fátima Correia Silva
Alves
1
, Gerdal Roberto de Sousa
1
, Lívio de Barros Silveira
1
1
Newton Paiva - Centro Universitário Newton Paiva
Belo Horizonte/MG
Objetivos: O presente trabalho consiste em descrever a atu-
ação da laserterapia em uma paciente com paralisia facial e
algesia da região após redução de fraturas nos maxilares em
reabilitação. Métodos: Trata-se de um relato de caso no qual
abordaremos o efeito da laserterapia em uma paciente en-
caminhada para a clínica de extensão "Tratamento Odonto-
lógico para Pacientes com Necessidades Especiais e Laser-
terapia", do Centro Universitário Newton Paiva, para trata-
mento de paralisia facial traumática no lado esquerdo com
sintomatologia dolorosa associada a limitação na abertura
de boca após cirurgia de redução de fratura dos maxilares. O
tratamento proposto foi de 21 aplicações, sendo que até o
presente momento foram realizadas 8 sessões com aplica-
ções pontuais de laser de baixa intensidade, com dosimetria:
energia de 8 Joules, potência de 100mW, dose de 200J/cm
2
,
tempo por ponto de 80 segundos, mantendo distância de 1,5
cm entre os vários pontos anatômicos seguindo o plexo bucal
do nervo facial para estimulação nervosa e diminuição da
dor somada a função dos maxilares. O equipamento de laser
infravermelho (λ= 808nm) utilizado foi o Laser Duo MMO. As
aplicações foram realizadas uma vez por semana conco-
mitante ao tratamento fisioterápico. Resultados: A paciente
está sendo reabilitada sob os cuidados do cirurgião buco-
maxilofacial e fisioterapeuta. Diante do quadro as aplicações
pontuais de laser de baixa intensidade para estimulação ner-
vosa e diminuição da dor somada a função dos maxilares
mostrou-se eficaz na estimulação do nervo facial, reparação
tecidual, revascularização e controle álgico sem a necessida-
de de farmacoterapia adjunta. Conclusão: A terapia com
Laser de baixa intensidade tem sido um método bastante efi-
ciente e promissor no tratamento dessa condição, visto que já
se observa melhora significativa com retorno de movimenta-
ção facial associada a conforto do paciente. Porém, mais es-
tudos científicos controlados, com amostragens significativas,
são necessários para o desenvolvimento de protocolos dessa
modalidade de tratamento.
Palavras-chaves: Laserterapia. Pacientes com necessidades
especiais; Paralisia facial; Paralisia facial de Bell; Tratamento
odontológico
PDO 09
INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA DO BRUXISMO DO SONO (BS) E
VIGÍLIA (BV) EM PACIENTES SUBMETIDOS AO USO DE
INIBIDORES SELETIVOS DA RECAPTAÇÃO DA
SEROTONINA (ISRS)
Katia Regina de Moura Vieira
1
, Caroline Mensor Folchini
1
,
Marcelo Daudt von Heyde
1
, Élcio Juliato Piovesan
1
,
Pedro André Kowacs
1
1
UFPR – Universidade Federal do Paraná – Curitiba, Paraná
Objetivos: Confirmar ou descartar a hipótese que os ISRS
têm papel precipitante ou agravante de bruxismo. Métodos:
Os ISRS têm sido implicados ao surgimento e/ou exacerba-
ção do bruxismo. Este é o piloto de um estudo com uma fase
transversal e outra longitudinal de coorte, aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa do HC-UFPR (CAAE:
69652317.0.0000.0096). Participaram 24 pacientes de am-
bos os gêneros diagnosticados com depressão e/ou ansieda-
de submetidos por duas ou mais semanas a tratamento com:
Grupo ISRS: fármaco ISRS, Grupo não-ISRS: tratamento
antidepressivo não-ISRS. Todos os voluntários assinaram o
TCLE previamente a sua participação no estudo. Foi aplicado
questionário sobre o fármaco antidepressivo em uso, deta-
lhando posologia, nome e categoria (ISRS ou Não-ISRS). Para
o Bruxismo do Sono, o questionário seguiu os critérios da Clas-
sificação Internacional dos Distúrbios do Sono, enquanto para
o Bruxismo em Vigília, os critérios do RDC-TMD. Tanto para
Bruxismo do sono quanto em vigília observou-se o apareci-
mento ou não dos sintomas após o início da terapia
antidepressiva ou em caso de bruxismo pré-existente, se hou-
ve alteração no padrão da atividade. O exame clínico inves-
tigou a presença de facetas de desgastes dentais, edentações,
hipertrofia dos músculos masseteres, dor da musculatura
mastigatória ou da articulação temporomandibular, rigidez e
travamento da mandíbula. Resultados: Não foi encontrada
diferença significativa entre os grupos ISRS e não-ISRS. Para o
BS obteve-se média e desvio padrão, respectivamente, 5,6 e
5,3 no grupo ISRS e 4,6 e 4,5 no grupo não ISRS (p 0,865).
Para o BV, 7,3 e 5,0 no grupo ISRS e 4,1 e 4,2 no grupo não-
ISRS (p 0,134). Foi usado intervalo de confiança de 95%. Se
este padrão de resultados for mantido em uma amostra mai-
or, é possível que estas diferenças, especialmente para BV,
passem a ser significativas. Conclusão: O estudo piloto des-
cartou preliminarmente a hipótese do estudo, indicando, no
entanto, o potencial da linha de pesquisa quando avaliada
em uma amostra maior.
Palavras-chaves: Bruxismo; ISRS; Depressão; Ansiedade
PDO 10
PREVALÊNCIA DE SINAIS E SINTOMAS DE DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR E HÁBITOS PARAFUNCIONAIS EM
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Laryssa Castro Vale
1
, Manoel Neto Araújo
1
,
Paulo Henrique Martins de Souza
1
, Tatiana Arruda Oliveira
1
,
Zulane Regina Chagas Nogueira Costa
1
, Renan Castro Silva
1
,
Sarah Tarcísia Rebelo Ferreira de Carvalho
1
,
Ana Lurdes Avelar Nascimento
1
, Maria Cláudia Gonçalves
1
1
Uniceuma – Centro Universitário do Maranhão – São Luís MA
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
108 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
Objetivos: Avaliar a frequência dos sinais e sintomas de
disfunção temporomandibular bem como hábitos parafun-
cionais orais em crianças e adolescentes. Métodos: Estudo
transversal em 44 crianças, regularmente matriculados em
uma escola municipal na cidade de São Luís, MA, com ida-
de entre 10 e 15 anos. Foram excluídos aqueles indivíduos
que tenham realizado cirurgias ortognáticas prévias, tenham
feito ou estejam realizando tratamentos ortodônticos ou para
DTM´s, que tivessem sofrido trauma na face e que não apre-
sentassem o consentimento assinado pelos pais. Foi aplica-
da uma ficha inicial para avaliar dados gerais como: ida-
de, sexo, escolaridade, peso e altura, juntamente com as
perguntas elaboradas no método de Meright para avalia-
ção dos hábitos parafuncionais. Seguida pela avaliação da
severidade dos sinais e sintomas de DTM com o Índice
Anamnésico de Fonseca. O projeto foi aprovado pelo Co-
mitê de Ética em pesquisa da Uniceuma, parecer nº
1.307.233. Resultados: Foi observada frequência de
97,86% (n=21) de severidade leve de DTM na amostra total
com a maior prevalência de sinais e sintomas no gênero fe-
minino. Foi observada diferença (p <0,05) entre as
frequências dos níveis de severidade de sinais e sintomas de
DTM para todos os níveis exceto para o nível moderado. A
frequência de hábitos parafuncionais orais realizados pelas
crianças também foi alta, pelo menos um hábito era prati-
cado pelos indivíduos representando 100% (n=44) na amos-
tra total e também mais frequente no gênero feminino 77,78%
(n=14). Os hábitos mais constatados foram roer unha, mas-
car chiclete, morder objetos, sendo que o item mais citado
por ambos foi mascar chiclete, feminino (77,78% n=14) e
masculino (92,31% n=24). Conclusão: Foi observada alta
prevalência de sinais e sintomas de DTM e hábitos para-
funcionais orais nas crianças e adolescentes avaliados o que
pode ser utilizado como preditores do agravamento da mes-
ma, sugerindo a necessidade de estudos de prevenção e pro-
moção do conhecimento ainda na infância sobre os fatores
que promovem o surgimento ou agravamento da DTM.
Palavras-chaves: Disfunção temporomandibular; Severida-
de; Sintomatologia
PDO 11
MANEJO DA DOR EM PACIENTES COM DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR
Letícia Lelis de Oliveira, Eduardo Stehling Urbano
UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora – Juiz de Fora, MG
Objetivos: Apresentar o caso clínico de uma paciente com
DTM que obteve alívio na dor com tratamento multidisciplinar.
Métodos: Paciente gênero feminino com DTM e hipo-
mobilidade condilar não responsiva a tratamento medica-
mentoso, fisioterapia e splint oclusal. Submetida à artrocentese
com viscossuplementação com hialuronato de sódio. Obte-
ve-se melhora na mobilidade articular e redução da dor. Re-
sultados: Inicialmente a terapêutica deve basear-se em con-
dutas conservadoras progressivas, com objetivo de fornecer
alívio sintomático, pois é possível que o quadro clínico me-
lhore ou se resolva ao longo do tempo, sem intervenções mais
invasivas, se não for o caso, é possível utilizar tratamentos
que visam corrigir o processo fisiopatológico. Para fazer o
manejo da dor, podem ser realizados recursos terapêuticos
alternativos como: laserterapia, uso de placas ou splints
oclusais miorrelaxantes, toxina botulínica e fisioterapia. Ou
ainda, fármacos, como: analgésicos, corticosteroides, rela-
xantes musculares, antidepressivos e ansiolíticos. É importan-
te analisar o uso contínuo de medicamentos visto o risco de
toxicidade, desenvolvimento de tolerância, dependência, ou
outros efeitos colaterais. Os lasers de baixa potência promo-
vem uma bioestimulação gerando efeitos analgésico, anti-
inflamatório e cicatrizante, auxiliando no tratamento da dor.
As placas, oclusal estabilizadora/miorrelaxante ou a repo-
sicionadora, podem ser utilizadas em casos de alterações
oclusais e possuem alto índice de sucesso no tratamento de
dores provocados pelas DTMs. A fisioterapia ajuda a aliviar
a dor musculoesquelética e a restaurar a função do aparelho
mastigatório. Ou uso de toxina botulínica no músculo masseter
e porção anterior do músculo temporal podem reduzir os ní-
veis de dor orofacial de forma satisfatória em casos de DTM,
sem causar grandes efeitos adversos. Conclusão: Há a ne-
cessidade de uma abordagem multidisciplinar nas DTMs.
Apesar de exames de imagens com alterações morfológicas
ou patológicas é fundamental a análise e correlação com os
dados clínicos para estabelecimento da conduta terapêutica.
Palavras-chaves: Dor orofacial; Transtornos temporo-
mandibulares; Articulação temporomandibular
PDO 12
ABORDAGEM TERAPÊUTICA DO LASER DE BAIXA INTENSIDADE
NA NEURALGIA DO TRIGÊMEO - RELATO DE CASO
Maisa de Freitas Silva
1
, Isabella da Costa Ferreira
1
,
Gabriela da Costa Ferreira
1
, Alice Machado Carvalho Santos
1
,
Cláudia Aparecida Ferreira
1
, Roberta Laura Valadares
1
,
Luana Tainá Marques Agostinho
1
, Fabricio Rezende do Amaral
1
,
Jeane de Fátima Correia Silva Alves
1
, Livio de Barros Silveira
1
1
Newton Paiva - Centro Universitário Newton Paiva
Belo Horizonte - Minas Gerais
Objetivos: A Neuralgia do Trigêmeo é uma patologia crôni-
ca debilitante, que deflagra episódios álgicos extremamente
dolorosos. Caracterizada por dores súbitas e intensas de
etiologia variável, a neuralgia do trigêmeo (IHS 13.1.1) é des-
crita pela Sociedade Internacional de Cefaleia (IHS) como um
transtorno geralmente unilateral, caracterizado por dores de
curta duração, comparados a choques elétricos, que têm início
e término repentinos e limitam-se a uma ou mais divisões do
nervo trigêmeo. Na maioria dos casos, o tratamento dá-se por
meio de terapias medicamentosas, sendo a carbamazepina o
fármaco de primeira escolha. É indispensável que se faça o
diagnóstico diferencial da trigeminalgia com outras síndromes
dolorosas, para que seja feito um plano de tratamento coeren-
te, de modo que alivie o sofrimento e melhore a qualidade de
vida desses pacientes portadores da doença. Deste modo, o
presente trabalho tem por objetivo descrever o relato de caso
de uma paciente que recebeu diagnóstico médico de neural-
gia do trigêmeo e foi submetida ao tratamento de laserterapia
de baixa intensidade no Centro Universitário Newton Paiva.
Métodos: Desde o diagnóstico a paciente foi submetida ao
uso de carbamazepina dentre outros fármacos, no entanto
mesmo com a terapia medicamentosa a paciente apresentava
Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017 109
episódios intensos de dor que a fez procurar por outra alterna-
tiva de tratamento. O método de abordagem clínico
odontológico adotado pela instituição foi o tratamento atra-
vés da laserterapia, com laser de baixa intensidade vermelho e
infravermelho. Resultados: Com base na evolução clínica fi-
cou evidente que houve um significante resultado no uso da
laserterapia no tratamento da sintomatologia dolorosa. Con-
clusão: Devido ao fato de que o laser atua bioestimulando a
regeneração do tecido nervoso lesionado, estabilizando os
potenciais de ação das células nervosas, os episódios de dor
diminuíram nos intervalos das sessões. É importante ressaltar
que a paciente continua em tratamento
Palavras-chaves: Laser de baixa intensidade; Laserterapia;
Neuralgia do Trigêmeo
PDO 13
LIMIAR DE DOR POR PRESSÃO EM ADOLESCENTES COM
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
Paulo Henrique Martins Sousa, Alisson Sousa Santos,
Alan Sérgio Costa Nascimento, Renan Castro Silva,
Zulane Regina Chagas Nogueira Costa, Manoel Gomes de
Araújo Neto, Sarah Tarcísia Rebelo Ferreira de Carvalho,
Patricia Maria Wiziack Zago, Ana Lurdes Avelar Nascimento,
Maria Cláudia Gonçalves
Uniceuma – Universidade CEUMA – São Luís - MA
Objetivo: Avaliar a diferença do Limiar de dor por pressão
(LDP) nos músculos craniocervicais em crianças e adolescen-
tes com DTM e indivíduos controle sem DTM. Métodos: Fo-
ram inclusas meninas com idade entre 10 e 15 anos dividi-
da em dois grupos, com e sem DTM, regularmente matricu-
ladas na Escola Luís Viana e Escola Nosso Mundo situadas
na cidade de São Luís- MA, foram excluídas aquelas que ti-
nham realizado cirurgias ortopédicas prévias e tratamentos
ortodônticos ou para DTMs, relatassem ter sofrido trauma
na face e que não apresentou o consentimento assinado pelos
pais. O diagnóstico da DTM foi realizado utilizando o Crité-
rio diagnostico em pesquisa par disfunção
temporomandibular (RDC/TMD) e o LDP por meio de um
algômetro digital (Kratos®, modelo A-30) nos músculos fron-
tal, temporal, masseter, trapézio e esternocleidomastoide. Os
dados foram analisados no SPSS 18.0 e o nível de
significância estatística de p? 0,05 foi adotado. Este projeto
foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Universi-
dade CEUMA, parecer nº 1.307.233. Resultados: Foram
avaliadas 28 meninas, 46,43% (n=13), com DTM miogênica.
Foi observada diferença significativa no LDP (p<0,05) entre
os grupos para os músculos frontal, temporal, masseter e
trapézio (1819/2097; 1961/2314; 1596/1810 e 2142/2411)
repetitivamente. Conclusão: Meninas com DTM apresen-
taram redução do LDP dos músculos craniocervicais em re-
lação a indivíduos controle o que permite sugerir que a
sensibilização periférica causada DTM já está presente na
infância, reforçando a necessidade de prevenção e tratamen-
to desta doença assim que surgirem os primeiros sinais e
sintomas
Palavras-chaves: Dor; Sensibilidade; Limiar de dor por
pressão
PDO 14
AVALIAÇÃO POSTURAL CERVICAL DE CRIANÇAS E
ADOLESCENTES COM DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
Alisson Sousa Santos
1
, Alan Sérgio Costa Nascimento
1
,
Caroline Fernanda de Oliveira Farias Lopes
1
,
Fábio Henrique Ferreira Pereira
1
, Laryssa Castro Vale
1
,
Guilherme Gonçalves Silva Pinto
2
, Ariane França Garcês
1
,
Sarah Tarcísia Rebelo Ferreira de Carvalho
1
,
Adelzir Malheiros e Silva C. B. Haidar
1
Maria Claudia Gonçalves
1
1
Uniceuma – Universidade CEUMA – São Luís-MA
2
FACIPLAC - Faculdades Integradas da
União Educacional do Planalto - Brasília-DF
Objetivos: Avaliar as alterações posturais craniocervicais en-
tre crianças e adolescentes com e sem disfunção temporo-
mandibular. Métodos: Foram inclusas 44 crianças e adoles-
cente de ambos os sexos com idade de 10 a 15 anos, matri-
culados na Unidade de Ensino básico Luís Viana, São Luís -
MA. Foram excluídos indivíduos que tinham realizado cirurgi-
as ortognáticas prévias, que não apresentaram o termo de
consentimento livre e esclarecido assinado pelo responsável
e o termo de assentimento assinado ou que estivessem reali-
zando tratamento para DTM. O diagnóstico da DTM foi feito
pelo eixo I do RDC/TMD e a análise da postura corporal foi
realizada pela fotogrametria computadorizada, com traça-
dos dos ângulos de protrusão de cabeça (ALC) e lordose
cervical (ALC) e posteriormente analisados pelo software de
análise fotográfica corporispro. Os dados foram analisados
no SPSS 18.0 e o nível de significância estatística de p? 0,05
foi adotado. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética
em pesquisa da Universidade CEUMA, parecer nº 1.307.233.
Resultados: Do total de 44 voluntários 55,12% (n=13) apre-
sentou diagnóstico de DTM miogênica, foi observada
homogeneidade nos dados demográficas. Nos voluntários
com DTM foi observada uma redução no APC em relação ao
grupo sem DTM (p<0,05), já para o ALC não foi observada
diferença significativa entre os grupos (P>0,05). Conclusão:
Indivíduos com DTM apresentam maior retificação da coluna
cervical e maior anteriorização de cabeça em relação a indi-
víduos sem DTM. Esses achados chamam a atenção para a
importância da avaliação da postura craniocervical em cri-
anças com diagnóstico ou mesmo com sinais e sintomas de
DTM.
Palavras-chaves: Postura; Coluna cervical; Disfunção
temporomandibular
PDO 15
AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO CERVICAL EM
CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR
Renan Castro Silva
1
, Paulo Henrique Martins Sousa
1
,
Manoel Gomes de Araújo Neto
1
, Zulane Regina Chagas
Nogueira Costa
1
, Alisson Sousa Santos
1
, Tatiana Arruda
Oliveira
1
, Sarah Tarcísia Rebelo Ferreira de Carvalho
1
,
Ana Lurdes Avelar Nascimento
1
, Ariane França Garcês
1
,
Maria Claudia Gonçalves
1
1
Uniceuma - Universidade CEUMA - São Luís-MA
TEMAS LIVRES / ABSTRACTS – PÔSTERES
110 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
Objetivos: Avaliar a amplitude de movimento cervical de
crianças e adolescentes com o sem Disfunção Temporo-
mandibular. Métodos: Foram avaliadas 44 crianças e ado-
lescentes, divididos em dois grupos, 26 do gênero feminino
e 18 do gênero masculino, regularmente matriculado na Es-
cola Novo Mundo, situados na cidade de São Luís-MA, com
idade entre 10 e 15 anos, foram excluídos indivíduos que
tenham realizado cirurgias ortopédicas prévias, tenham fei-
to tratamentos ortodônticos ou para DTMs e que não apre-
sentarem o consentimento assinado pelos pais e o termo de
assentimento. O diagnóstico da DTM foi feito utilizando o
Eixo I do RDC/TMD. A ADM cervical de flexão, extensão, in-
clinação e rotação direita e esquerda foi avaliada por meio
do Cervical range of motion (CROM). Este projeto foi apro-
vado pelo Comitê de Ética em pesquisa da Universidade
CEUMA, parecer no 1.307.233. Resultados: A amostra foi
composta de 44 voluntários, 55,12% (n=13) com DTM, com
média de idade 12,91±0,15 anos, 59,09% (n=10) do gêne-
ro feminino. Foi observada uma redução significativa
(p<0,05) na média da ADM cervical nos movimento de ex-
tensão (59,86°/63,17°), inclinação esquerda (37,25/40,96°)
e rotação direita (58,81/63,51°) entre alunos com DTM e
sem DTM. Conclusão: Foi demonstrada a maior frequência
de DTM em crianças e adolescentes do gênero feminino e a
redução significativa da ADM cervical em voluntários com
DTM comparados ao grupo controle.
Palavras-chaves: Coluna cervical; DTM; Adolescentes
PDO 16
PREVALÊNCIA DE SINTOMAS DE DISFUNÇÃO
TEMPOROMANDIBULAR EM UNIVERSITÁRIOS
Tatiana Arruda
1
, Juliana Galvão Magalhães
1
,
Alan Sérgio Costa do Nascimento
1
,Caroline Fernanda de
Oliveira Farias Lopes
1
, Fábio Henrique Ferreira Pereira
1
,
Ariane França Garcês
1
, Bruna Katarine Beserra Paz
1
,
Sarah Tarcisia Rebelo Carvalho
1
,
Patricia Maria Wiziack Zago
1
, Maria Claudia Gonçalves
1
1
CEUMA - Universidade CEUMA – São Luís - MA
Objetivos: Comparar a prevalência de sintomas de DTM
em discentes do curso de fisioterapia do primeiro e segundo
período com os discentes do sétimo e oitavo período de uma
Universidade particular. Métodos: Estudo observacional, com
abordagem analítica, transversal, e natureza quantitativa,
desenvolvido com 130 acadêmicos de fisioterapia da Univer-
sidade Ceuma, em São Luís, MA, divididos em dois grupos.
Grupo I, incluindo discentes do primeiro e segundo período e
grupo II, com discentes do sétimo e oitavo período. A coleta
de dados foi realizada através do Índice Anamnésico de Fon-
seca. Resultados: 65,4% dos estudantes apresentaram sin-
tomas de DTM, sendo que o grupo II apresentou índices signi-
ficativamente maiores destes sintomas (p=0,032). Quanto à
severidade da DTM, a maioria apresentou grau leve (40%;
40%), seguida pelos graus moderado (15,38%; 26,15%) e gra-
ve (1,54% e 7,69%), no grupo I e II respectivamente. A compa-
ração entre os grupos mostrou que os alunos do sétimo e oi-
tavo período do curso de Fisioterapia apresentaram índices
de prevalência de sintomas DTM significativamente maior
(p=0,032) ao ser comparado com alunos do primeiro e se-
gundo período. Conclusão: Considera-se a necessidade de
conscientização dos universitários pesquisados quanto aos
sintomas de DTM, visando o diagnóstico e tratamento preco-
ce, evitando assim a evolução do grau da severidade da
disfunção. Também sugere-se a realização de estudos longi-
tudinais que possam comparar o diagnóstico e evolução da
DTM nos universitários com o passar do tempo.
Palavras-chaves: Transtornos da articulação temporo-
mandibular; Sinais; Sintomas
XXXI CONGRESSO BRASILEIRO DE CEFALEIA / XII CONGRESSO DE DOR OROFACIAL
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112 Headache Medicine, v.8, n.3, p.61-112, Jul./Aug./Sep. 2017
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