TY - JOUR AU - Costa, Bárbara de Alencar Leite AU - Teixeira, Mauricio Silva AU - Kubota, Gabriel Taricani AU - Simioni, Caio Grava AU - Souza, Marcio Nattan Portes AU - Duarte, Kleber Paiva AU - Fortini, Ida PY - 2021/11/18 Y2 - 2024/03/29 TI - Dor central neuropática craniana: um diagnóstico diferencial de cefaléia primária. JF - Headache Medicine JA - Headache Med VL - 12 IS - Supplement SE - Abstracts DO - 10.48208/HeadacheMed.2021.Supplement.38 UR - https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/541 SP - 38 AB - <p><strong>Introdução</strong></p><p><span style="font-weight: 400;">Dentre os diagnósticos diferenciais de cefaleia secundária, pouco são descritos os casos de dor neuropática central em região craniana secundárias a lesões medulares altas.&nbsp;</span></p><p><strong>Objetivos</strong></p><p><span style="font-weight: 400;">Descrever um caso de cefaleia secundária a lesão desmielinizante em medula cervical.</span></p><p><strong>Material e Métodos</strong></p><p><span style="font-weight: 400;">Esse trabalho consiste em um relato de caso atendido no ambulatório de cefaleia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP).</span></p><p><strong>Resultados&nbsp;</strong></p><p><span style="font-weight: 400;">Paciente do sexo masculino, 60 anos de idade, com antecedente de neuromielite óptica (NMO), apresentando queixa de cefaleia iniciada após o primeiro surto da doença, em 2016. Caracterizava cefaleia como em pontada localizada bitemporal e no vértex, com duração de segundos, ocorrendo três a quatro vezes ao dia. Após cerca de dois meses, relato de nova dor descrita como contínua bitemporal associada a alodínea. Na investigação complementar, ressonância magnética (RM) com lesão sequelar em bulbo anterior e medular longitudinalmente extensa desde a transição crânio-cervical até o nível de C7, de predomínio centromedular. Diante de achado de imagem, aventada hipótese de dor neuropática central com nível em C2-C3. Foi iniciado tratamento com gabapentina até a dose de 2700 mg/dia, com melhora parcial da dor Dor neuropática central decorre de lesões do sistema somatossensorial sendo frequente em doenças neurológicas como esclerose múltipla e NMO. Entre diversas incapacidades relacionadas às doenças desmielinizantes, a dor crônica é frequente, sendo cefaleia primária muito prevalente. Ainda, estima-se que cerca de 50% desses pacientes com lesão medular enfrentam dor do tipo neuropática, com predomínio em membros e região lombar. O acometimento de região cefálica é pouco relatado na literatura.</span></p><p><strong>Conclusões</strong></p><p><span style="font-weight: 400;">A partir da descrição deste caso, acreditamos ser importante considerar o diagnóstico diferencial de dor neuropática central nos pacientes com cefaleia e lesões medulares cervicais altas.</span></p> ER -