TY - JOUR AU - Pinheiro, Nicolle Lavínia de Souza AU - Nascimento, Mariana Ramos do AU - Teodoro, Gabriele Rapanha AU - Tirintan, Ana Laura Marques AU - Bello, Valéria Aparecida AU - Frederico, Regina Célia Poli AU - Silva, Aline Vitali da PY - 2021/11/18 Y2 - 2024/03/29 TI - Avaliação do efeito da obesidade e obesidade abdominal na migrânea JF - Headache Medicine JA - Headache Med VL - 12 IS - Supplement SE - Abstracts DO - 10.48208/HeadacheMed.2021.Supplement.36 UR - https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/539 SP - 36 AB - <p><strong>Introdução</strong></p><p><span style="font-weight: 400;">A migrânea é uma doença neurológica prevalente e incapacitante. A obesidade está associada a aumento na gravidade, frequência das crises e cronificação da migrânea, mas há lacunas neste conhecimento.</span></p><p><strong>Objetivos</strong></p><p><span style="font-weight: 400;">Analisar o efeito da obesidade avaliada pelo índice de massa corporal (IMC) e da obesidade abdominal sobre parâmetros clínicos da migrânea.</span></p><p><strong>Material E MÉTODOS</strong></p><p><span style="font-weight: 400;">Estudo prospectivo do tipo caso-controle composto por indivíduos com migrânea. </span><span style="font-weight: 400;">Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, n° 3.029.972. </span><span style="font-weight: 400;">Foram obtidos dados demográficos, antropométricos, clínicos, classificação e sintomas da migrânea, uso de profilaxia e uso excessivo de analgésico. Os pacientes responderam a questionários validados sobre ansiedade (STAIY2), depressão (IDB), incapacidade (MIDAS) e alodinia (ASC-12). O paciente foi considerado obeso quando IMC≥30kg/m</span><span style="font-weight: 400;">2</span><span style="font-weight: 400;"> e circunferência abdominal &gt;88cm em mulheres e &gt;102cm em homens. Foi considerada diferença estatística quando p≤0,05.</span></p><p><strong>Resultados</strong></p><p><span style="font-weight: 400;">Participaram do estudo 439 pacientes, com idade mediana de 32 anos, 86,1% do sexo feminino, 56,2% com migrânea episódica e 37,1% tinham aura. Pacientes com IMC≥30kg/m</span><span style="font-weight: 400;">2</span><span style="font-weight: 400;"> eram mais velhos (34vs.30; p=0,015) e a obesidade foi mais frequente no sexo masculino (22,2%vs.12,4%; p=0,023). Pacientes obesos também apresentaram maior taxa de depressão (76,6%vs.60,7%; p=0,003) e uso excessivo de analgésicos (50,0%vs.37,2%; p=0,048). De forma semelhante, a obesidade abdominal ocorre em indivíduos mais velhos (26vs.40; p=0,001), maior taxa de depressão (80,3%vs.70,3%; p=0,042), de uso excessivo de analgésicos (57,6%vs.31,6%; p&lt;0,001) e de migrânea crônica (56,6%vs.36,8%; p&lt;0,001). Não houve associação entre obesidade ou obesidade abdominal com presença de aura, fonofobia, fotofobia, osmofobia, alodinia, uso de medicamento preventivo ou sintomas de ansiedade.</span></p><p><strong>Conclusões</strong></p><p><span style="font-weight: 400;">A Obesidade avaliada pelo IMC e a circunferência abdominal são parâmetros clínicos importantes e podem estar associados a maior gravidade na migrânea.</span></p> ER -