TY - JOUR AU - Lellis, Caio AU - Tertuliano, Pedro AU - Dib, Ana AU - Silva, Sara AU - Martins, Camila AU - Junior, Weldes AU - Silva, Ledismar PY - 2020/12/30 Y2 - 2024/03/29 TI - Bloqueio do gânglio esfenopalatino no manejo da cefaleia pós-punção dural: uma revisão sistemática da literatura JF - Headache Medicine JA - Headache Med VL - 11 IS - Supplement SE - Abstracts DO - 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.44 UR - https://headachemedicine.com.br/index.php/hm/article/view/130 SP - 44 AB - <p><strong>Introdução</strong><br>O gânglio esfenopalatino tem sido implicado na gênese das cefaleias pós-punção dural (CPPD). Sugere-se que o bloqueio do gânglio esfenopalatino (BGEP) pode aliviar os sintomas dessa cefaleia que diminui a qualidade de vida de vários pacientes. O objetivo deste estudo é averiguar se o BGE se mostrou uma opção terapêutica segura e eficaz no manejo da CPPD.<br><strong>Material e Métodos</strong><br>Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, delineada em dois dos quatro critérios da estratégia PICO, nos bancos de dados PubMed e Lilacs, com os descritores: “Sphenopalatine Ganglion Block AND Headache”, totalizando 98 artigos. Os critérios de inclusão foram: ensaios clínicos randomizados, relatos de caso, publicação até 10 anos, língua inglesa. Excluiu-se os estudos duplicados, aqueles artigos ainda não concluídos.<br><strong>Resultados</strong><br>Em um ensaio clínico randomizado, duplo cego, evidenciou- se que os pacientes que realizaram BGEP com 0,3 ml de bupivacaína a 0,5%, apresentaram uma queda significativamente na escala de dor (NRS score), 15 e 30 minutos após administração do tratamento, durando por 24h após o procedimento. Em consonância, um relato de caso, em que foi realizado um BGEP em contexto ambulatorial, verificou- se que a administração de levobupivacaína a 0,5% no tratamento para CPPD causou uma melhora significativa dos sintomas por mais de 24 horas após o procedimento. Outros dois relatos de caso, um com três pacientes (lidocaína viscosa a 2%) e outro com um paciente pediátrico, concluíram que o tratamento com BGEP reduziu significativamente a intensidade da CPPD. Em desacordo, um dos ensaios clínicos randomizados concluiu que o BGEP bilateralmente com 1 ml de anestésico local (lidocaína 4% e ropivacaína 0,5%) ou placebo (solução salina) não teve efeito estatisticamente significativo na intensidade da CPPD após 30 minutos. Por fim, um relato de caso concluiu que dois BGEP transnasal com lidocaína a 4% em cada narina de uma paciente grávida resultou em melhora significativa no mesmo dia, o estudo ressaltou que o bloqueio deve ser considerado para tratamento da dor de cabeça em grávidas, pelo profundo alívio da dor e a prevenção de medicamentos sistêmicos.<br><strong>Conclusão</strong><br>O BGEP se mostrou seguro e eficaz na redução da intensidade da CPPD durante as primeiras horas, no entanto os estudos apresentaram discordância a respeito da sua eficácia a longo prazo, necessitando de estudos de maior evidência científica sobre esse assunto.</p> ER -