Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 14
October 2020.
14
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.14
Torres, B.; Santos, A.; Freire, I.; Souza, N.; Afonso, B.
Headache Medicine
Cefaleia em estudantes de medicina: uma revisão sistemática
Bruna Torres, Aline dos Santos, Izabela Freire, Nyaria de Souza, Bruna Afonso
Universidade Federal de Alagoas
Introdução
As cefaleias possuem alta prevalência e prejudicam a funcionalidade dos indivíduos acometidos. São classicadas etiologicamente em
primárias, que se manifestam independentemente de um quadro patológico preexistente, e secundárias, causadas por outras doenças
ou traumas. Entre os fatores desencadeantes das cefaleias primárias estão os hábitos de vida e as situações estressantes, condições
comuns em acadêmicos de medicina, tornando-os um provável grupo de risco. Diante disso, este trabalho tem como objetivo reconhecer
a prevalência e a associação da cefaleia em acadêmicos de medicina.
Material e Métodos
Pesquisou-se, nesta revisão sistemática, estudos nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO com sinônimos dos descritores
“Headachee “Medical Students, disponíveis no Medical Subject Headings (MeSH), combinados na estratégia de busca. Utilizamos
artigos publicados entre 2010 e 2020, os quais foram submetidos ao Checklist para Estudos Transversais, do Joanna Briggs Institute,
denido como critério para excluir os que pontuaram menos de quatro dos oito itens existentes. Em relação aos tipos de estudos incluídos
neste trabalho, desconsideramos apenas as revisões de literatura. A busca e a análise foram realizadas por quatro autores de forma
independente.
Resultados
A estratégia de busca resultou em 82 artigos, os quais, após remoção dos duplicados, passaram pela avaliação citada anteriormente
e, ao total, foram incluídos 26 estudos transversais. Observa-se uma prevalência signicativa de cefaleia nos estudantes de medicina em
relação à população em geral. Nesse segmento universitário, foram mais frequentes os tipos tensional e migrânea, correspondendo a,
respectivamente, 64,7% e 18,7% dos casos. Essa condição perpetuada pela baixa procura por ajuda médica e por maus hábitos de
vida, como: aspectos psíquicos (estresse e distúrbios do sono), ano de graduação e muitas horas de leitura prejudica a produtividade
acadêmica e é intensicada por fatores relacionados a ela.
Conclusão
A prevalência de cefaleia é elevada nos acadêmicos de medicina, o que sugere uma necessidade de orientação prossional a esse
grupo, com foco em prolaxia e em mudança dos hábitos de vida associados aos fatores desencadeantes. São necessários estudos
multicêntricos e ensaios clínicos relacionados ao tema para uma melhor compreensão dessa realidade e descrição das peculiaridades
do tratamento em acadêmicos.
Palavras-chave:
Estudantes de Medicina, Prevalência, Cefaleia