Headache Medicine
ISSN 2178-7468
e
-ISSN 2763-6178
v.11
Supplement
p. 5
October 2020.
5
ASAA
DOI: 10.48208/HeadacheMed.2020.Supplement.5
Rodrigues, A.; Bragatto, M.; Benatto, M.; Florencio, L.; Martins, J.; Dach, F.; Grossi, D.
Headache Medicine
Desempenho no teste de eo craniocervical em mulheres com cervicalgia e
migranosas com e sem cervicalgia comparadas ao controle
Amanda Rodrigues, Marcela Bragatto, Mariana Benatto, Lidiane Florencio, Jaqueline Martins, Fabiola Dach, Débora Grossi
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP
Introdução
A migrânea é uma cefaleia primária, crônica e incapacitante frequentemente associada ao relato de dor cervical. Além disso, pacientes
com migrânea apresentam décits no desempenho dos músculos cervicais avaliado pelo Craniocervical Flexion Test (CCFT) que podem
piorar na presença de relato de dor cervical. Porém, ainda não é conhecido se a presença da dor cervical associada ou não à migrânea
está relacionada a alterações no desempenho da musculatura cervical. Objetivos: Investigar o desempenho dos músculos cervicais
durante a realização do CCFT em indivíduos controles, indivíduos com cervicalgia e pacientes migranosas com e sem cervicalgia.
Material e métodos
Foram avaliadas 100 mulheres com idade entre 18 a 55 anos subdivididas igualmente em quatro grupos, sendo: Controle; Cervicalgia
(C+); Migrânea (M+) e Migrânea com Cervicalgia (M+C+). As pacientes migranosas foram diagnosticadas por um neurologista
experiente de acordo com a 3ª Classicação Internacional de Cefaleias. No grupo cervicalgia, as pacientes deveriam ter dor cervical
pelo menos 3 meses, limitação funcional, pelo menos leve no Neck Disability Index e dor de intensidade 3 na maioria dos dias
em uma escala numérica de dor (END) (0 a 10). A avaliação do desempenho dos músculos exores profundos da região cervical foi
realizada por meio do CCFT, através da ativação e da resistência dos mesmos durante cinco estágios progressivos, sustentado por 10s,
com um intervalo de 30s entre os estágios. O teste foi nalizado quando os indivíduos realizaram compensações, sendo classicado no
estágio anterior à compensação. Para análise estatística, foi usado o teste Qui-Quadrado (X
2
) e posteriormente realizado um post-hoc de
proporções pelo Teste de Fisher. Comitê de Ética em Pesquisa: HCRP-1100/2017.
Resultados
A performance da musculatura cervical avaliada pelo CCFT foi diferente entre os grupos (Fisher’s Exact test = 27,503; p=0,003). No
post- hoc de proporções houve uma maior proporção de indivíduos do grupo controle em relação aos demais grupos no nível de pressão
de 30mmHg (5° estágio).
Conclusão
Pacientes com cervicalgia ou migranosas com e sem cervicalgia possuem um desempenho muscular avaliado pelo CCFT diferente de
indivíduos saudáveis e isso sugere que a presença de dor, seja migranosa ou cervical, geram uma alteração igual na performance da
musculatura cervical.
Palavras-chave:
Enxaqueca, Cervicalgia, Craniocervical Flexion Test, Avaliação
Financiamento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FAPESP, processo número: 2018/21687-8; Fundação de
Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São
Paulo - FAEPA.