Headache Medicine, v.6, n.1, p.19-23, Jan./Fev./ Mar. 2015 19
Cefaleia e a qualidade de vida em adolescentes
Headaches and the quality of life in adolescents
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RESUMORESUMO
RESUMORESUMO
RESUMO
A cefaleia é um problema muito frequente na população
em geral e, em particular, nas crianças e adolescentes,
podendo influenciar negativamente na qualidade de vida
destes jovens. Nesse sentido, esse estudo objetivou analisar,
através de uma revisão sistemática, a epidemiologia da
cefaleia e sua associação com a qualidade de vida dos
adolescentes. Inicialmente, foi realizada uma busca nas
bases de dados PubMed, Lilacs e Scielo utilizando os
descritores "epidemiology", "headache", "quality of life",
"adolescents". Os dados foram analisados por dois
pesquisadores de maneira independente. Foram
selecionados, após a aplicação dos critérios de inclusão,
dez artigos. Observou-se que a cefaleia pode causar um
impacto substancial para a saúde física e mental dos
adolescentes, principalmente no sexo feminino. Constatou-
se uma escassez de pesquisas longitudinais e estudos envol-
vendo crianças com cefaleia. Além disso, a cefaleia
relacionou-se com distúrbios emocionais, depressão, ansie-
dade e dificuldades de interação relacionada à família e à
escola, podendo ocasionar um afastamento das atividades
diárias e consequentemente diminuir a qualidade de vida
daqueles que sofrem de cefaleia.
PP
PP
P
alavrasalavras
alavrasalavras
alavras
--
--
-
chave:chave:
chave:chave:
chave: Epidemiologia; Cefaleia; Qualidade de
vida; Adolescente
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACT
Headache is a common problem in the general population
and, in particular, in children and adolescents and may
negatively influence the quality of life of young. Thus, this
Bruno Rafael Vieira Souza Silva
1
, Alison Oliveira da Silva
2
, Paula Rejane Beserra Diniz
3,4
,
Marcelo Moraes Valença
3
, Ladyodeyse da Cunha Silva
1
, Carolina da Franca Bandeira Ferreira Santos
1
,
Luciano Machado Ferreira Tenório de Oliveira
3,4,5
1
Programa de Pós-Graduação de Mestrado em Hebiatria, Universidade de Pernambuco, Recife, Brasil
2
Programa de Pós-Graduação de Mestrado em Educação Física, Universidade de Pernambuco, Recife, Brasil
3
Departamento de Neuropsiquiatria, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil
4
Núcleo de Telessaúde da UFPE, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil
5
Associação Caruaruense de Ensino Superior – ASCES
Silva BR, Silva AO, Diniz PR, Valença MM, Silva LC, Santos CF, Oliveira LM.
Cefaleia e a qualidade de vida em adolescentes. Headache Medicine. 2015;6(1):19-23
study aimed to analyze, through a systematic review, the
epidemiology of headache and association with the quality
of life of adolescents. Initially, a search was conducted in the
databases PubMed, Lilacs and Scielo using the keywords
"epidemiology", "headache", "quality of life", "adolescents".
Data were analyzed by two researchers independently. Were
selected, after applying the inclusion criteria, 10 articles.
Was observed that headache can cause a substantial impact
on physical and mental health of adolescents, mainly among
females. There is a shortage of longitudinal research and
studies involving children with headache. In addition, the
headache was related to emotional disturbances, depression,
anxiety and difficulties of interaction related to family and
school, which may cause a departure from the everyday
activities and consequently decrease the quality of life of
those suffering from headache.
KeywordsKeywords
KeywordsKeywords
Keywords: Epidemiology; Headache; Quality of life;
Adolescent
INTRODUÇÃO
Cefaleia é um fenômeno álgico que possui diversas
etiologias e está entre as queixas mais comuns na
adolescência.
(1)
Sua correta caracterização na população
pediátrica é uma tarefa árdua, sobretudo pelos aspectos
maturacionais, neurobiológicos e psicológicos envolvidos,
que afetam profundamente sua expressão nesta faixa
etária.
(2)
20 Headache Medicine, v.6, n.1, p.19-23, Jan./Fev./ Mar. 2015
SILVA BR, SILVA AO, DINIZ PR, VALENÇA MM, SILVA LC, SANTOS CF, OLIVEIRA LM
As formas mais conhecidas de cefaleia crônica na
população pediátrica são a migrânea e as cefaleias do
tipo tensional.
(3)
Sua prevalência varia de acordo com o
desenho do estudo, havendo em geral predomínio da
migrânea.
(4)
De acordo com os dados da Organização
Mundial da Saúde,
(5)
(OMS) a cefaleia representa um
dos motivos mais frequentes de consultas médicas,
constando-se a migrânea entre as vinte doenças mais
incapacitantes.
Achados epidemiológico em adultos demonstram
que a cefaleia, especialmente enxaqueca, pode influ-
enciar negativamente na qualidade de vida do
indivíduo.
(6)
Em contraste, poucos estudos têm investigado
o geral impacto desta dor de cabeça na qualidade de
vida em adolescentes.
(7)
Em estudo envolvendo nove mil
crianças e adolescentes suecos, observou-se que aos 6
anos de idade, 39% delas referiram ao menos um
episódio importante de cefaleia e, aos 15 anos, ao menos
70% também relataram o sintoma.
(8)
Prevalências próxi-
mas das encontradas em estudos recentes.
(9-12)
Nesse sentido, esse estudo tem como objetivo
analisar, através de uma revisão sistemática, a epide-
miologia da cefaleia e sua associação com a qualidade
de vida dos adolescentes. Tais resultados podem
direcionar futuras intervenções que visem diminuir a
incidência de cefaleia no público jovem.
MÉTODOS
Trata-se de uma revisão sistemática conduzida entre
os meses de abril e maio de 2014 com objetivo de
conduzir uma síntese de artigos que analisaram a
epidemiologia da cefaleia e seus impactos na qualidade
de vida dos adolescentes. A pesquisa foi realizada nas
bases de dados eletrônicas Lilacs (Literatura Latino-
Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Scielo
(Scientific Electronic Library Online) e Medline/Pubmed
(National Library of Medicine National Institutes of Health).
Inicialmente foi realizado a seleção dos descritores
mediante a uma consulta ao DeCS (Descritores em Ciên-
cias da Saúde) e ao MeSH (Medical Subject Headings),
sendo considerado os seguintes descritores na língua
portuguesa e inglesa, respectivamente: “epidemiologia”,
“cefaleia”, “qualidade de vida” e “adolescente”
(“epidemiology”, “headache, “quality of life”,
“adolescents”) além do operador lógico “and” para
combinação dos termos. Todos os processos de busca,
seleção e avaliação de artigos foram realizados por
pares, onde as publicações que preencheram os critérios
de inclusão foram analisadas integralmente e inde-
pendentemente por dois pesquisadores e, em seguida,
foram comparados a fim de verificar a concordância
entre os pares.
Para a inclusão do artigo, foram abordados os
seguintes aspectos: artigos publicados nos idiomas inglês,
português ou espanhol; conduzidos com adolescentes,
referenciando em seu resumo a idade da amostra. O
período de publicação dos estudos foi de 2009 a 2014.
Foram excluídos os artigos de revisão, teses, dissertações
e monografias, estudos repetidos e aqueles artigos que
não avaliaram a cefaleia na qualidade de vida do
adolescente.
O procedimento de localização e seleção dos artigos
ocorreu em três estágios. No primeiro estágio, os artigos
foram selecionados a partir da leitura dos seus títulos, no
segundo após a leitura dos resumos e no terceiro estágio
o texto completo foi acessado e avaliado. Os artigos
que atendiam aos critérios de inclusão foram lidos na
íntegra pelos dois avaliadores, observando ainda, se os
artigos continham dimensionamento adequado da
amostra.
RESULTADOS
Após a aplicação dos critérios de inclusão, foram
detectados dez artigos publicados entre 2009 e 2014. A
Figura 1 apresenta o percurso metodológico seguido para
seleção dos estudos incluídos pesquisa.
Figura 1. Fluxograma da seleção dos estudos incluídos na revisão.
Headache Medicine, v.6, n.1, p.19-23, Jan./Fev./ Mar. 2015 21
CEFALEIA E A QUALIDADE DE VIDA EM ADOLESCENTES
Na Tabela 1 encontram-se dados dos estudos
selecionados, tais como autor, ano de publicação, local
do estudo, amostra, faixa etária, instrumentos utilizados,
delineamento e principais resultados encontrados. Dos
10 estudos incluídos, apenas dois estudos avaliaram a
cefaleia em crianças e adolescente abordando a idade
de 7-14 anos
(9)
dando ênfase a adolescência inicial e
6-18 anos
(10)
apresentando dados da infância e adoles-
cência. O tamanho da amostra dos estudos variou de
47
(13)
a 1.536
(10)
indivíduos. Todos artigos utilizaram
questionário e apenas um usou além do questionário
um diário para avaliar a cefaleia.
(14)
As prevalências
de crises de cefaleia encontradas variaram de 19,5%
(15)
a 84%,
(18)
isso apontando os sintomas mensais. Quando
avaliados no período semanal a taxa prevalente foi
em média de 18%.
(16)
Todos os artigos incluíram
adolescentes do sexo masculino e feminino, mas 40%
apresentaram as prevalências de cefaleia estratificada
por gênero.
(9;16;18;19)
Desses, apenas um estudo
(13)
não
apresentou diferença significativa da cefaleia entre
rapazes e moças e os demais estudos apontaram uma
prevalência maior para o sexo feminino. Em relação
ao delineamento do estudo, apenas uma pesquisa
utilizou um desenho longitudinal.
(14)
DISCUSSÃO
Através desta revisão foi possível identificar que: i)
poucos estudos incluíram crianças em sua amostra; ii) a
grande maioria dos estudos fez uso do questionário para
avaliar a cefaleia; iii) há uma redução da qualidade de
vida relacionada com a cefaleia; iv) são observadas
maiores prevalências de cefaleia entre as moças; v)
quando avaliadas as crises de cefaleias mensais, a
prevalência de dor de cabeça pode chegar a 84% entre
os jovens.
Dores de cabeça são muito frequentes na infância e
adolescência, especialmente enxaquecas e cefaleia do
tipo tensional, cuja prevalência é de, respectivamente,
8-10% e 15-20%.
(11)
As estimativas da prevalência de dor
22 Headache Medicine, v.6, n.1, p.19-23, Jan./Fev./ Mar. 2015
de cabeça em crianças e adolescentes variam muito,
dependendo dos métodos e critérios de diagnóstico
aplicados.
(9)
Entretanto, poucos estudos
(9,10)
incluíram
crianças em sua amostra, sendo essa uma lacuna a ser
destacada tendo em vista que em crianças e
adolescentes, a cefaleia causa um impacto substancial
para a saúde física e mental, bem como para o
desempenho escolar e qualidade de vida. Além disso,
a cefaleia está associada com um número de
comorbidades como a asma, alergias, distúrbios
emocionais, problemas de comportamento, depressão
e ansiedade.
(18)
A maioria dos estudos fez o uso de questionários
para detectar a prevalência de cefaleia, incluindo itens
sobre dores de cabeça, aspectos da saúde e carac-
terísticas pessoais.
(19)
Apenas um estudo
(9)
teve o ques-
tionário avaliado por um neurologista após sua aplica-
ção, critérios definidos pelo International Headache
Society (IHS, 2004). A utilização do diário foi observada
em apenas um estudo,
(14)
que incluía itens que avaliam
frequência, duração e intensidade da dor de cabeça,
intensidade mensurada através de uma escala de
classificação numérica de dor 0-10.
Alguns achados relataram uma redução da quali-
dade de vida relacionada com a dor de cabeça.
(11,15)
Os dados de uma pesquisa realizada por Massey et
al.
(16)
mostraram que adolescentes com queixas de dores
de cabeça semanal e mensal tiveram uma menor qua-
lidade de vida, quando comparados àqueles que não
tinham dor de cabeça, avaliando pontos como: auto-
aceitação, frustação escolar, autoculpa e sintomas
depressivos. Milde-Busch et al.
(7)
concluiram que a dor
de cabeça está associada com menores escores de
qualidade de vida geral, de bem-estar físico e emo-
cional, bem como dificuldades de interação rela-
cionada à família e à escola, no qual esses pontos são
dimensões que contribuem à baixa qualidade de vida
geral em adolescentes.
De uma maneira geral observou-se maiores índices
de cefaleia nos adolescentes do sexo feminino. Neste
sentido, Castro et al.,
(9)
avaliando estudantes com idade
entre 10 a 14 anos, encontraram prevalências maiores
de cefaleia nas moças (32,2% vs. 23,3%). Observa-se,
durante a puberdade, um aumento da prevalência da
cefaleia entre as moças, o que sugere um papel dos
hormônios sexuais femininos na expressão da dor de
cabeça.
(10)
A associação entre as cefaleias e os níveis
de hormônios sexuais femininos pode ser observada
em decorrência das modificações dos níveis de estradiol
serem determinantes para alguns distúrbios neuro-
lógicos, tal como a migrânea, já que ocorrem alterações
de sintomas durante as diferentes fases do ciclo ova-
riano.
(21)
Além das alterações hormonais, essa maior
prevalência entre as moças pode estar relacionada aos
aspectos emocionais.
(15)
Quando avaliadas as crises de cefaleias mensais,
a prevalência de dor de cabeça pode chegar a 84%
entre os jovens.
(11)
O impacto negativo sobre a qua-
lidade de vida de indivíduos com crises de enxaqueca
e dor de cabeça é relatado também no estudo de
Ofovwe et al.,
(18)
onde a maioria dos alunos é incapaz
de se envolver em atividades de lazer ao ar livre e
observa-se um aumento do absentismo à escola. A
incapacidade funcional em crianças e adolescentes com
cefaleias recorrentes também tem sido mostrado como
um fator de risco para psiquiatria com condições tais
como depressão, comorbidades, sintomas psiquiátricos
e podem ter implicações para o tratamento multi-
disciplinar da cefaleia.
(14)
Ressalta-se, através da presente revisão, que existe
a necessidade de realização de pesquisas envolvendo
crianças e com um desenho longitudinal, minimizando
assim os possíveis erros de causalidade reversa e
avaliando a causa efeito dos distintos fatores rela-
cionados à cefaleia. Além disso, foi observado que
poucos estudos têm o diagnóstico de cefaleia ratificado
por um neurologista, ponto que aumentaria a fide-
dignidade de tal diagnóstico. Sendo assim, destaca-
se a importância de mais estudos que aprofundem a
temática, uma vez que a cefaleia na adolescência é
um quesito alarmante para o desenvolvimento de
alguns problemas de saúde, assim como para a
diminuição da qualidade de vida, principalmente em
adolescentes.
CONCLUSÃO
Conclui-se que a cefaleia atinge fortemente os
adolescentes, podendo causar um impacto substancial
para a saúde física e mental, principalmente no sexo
feminino. Foi observada uma escassez de pesquisas
longitudinais e estudos envolvendo crianças com
cefaleia. Além disso, a cefaleia relacionou-se com
distúrbios emocionais, problemas de comportamento,
depressão, ansiedade e dificuldades de interação
relacionada à família e à escola, podendo ocasionar
a incapacidade de se envolver em atividades de lazer e
um aumento do absentismo à escola.
SILVA BR, SILVA AO, DINIZ PR, VALENÇA MM, SILVA LC, SANTOS CF, OLIVEIRA LM
Headache Medicine, v.6, n.1, p.19-23, Jan./Fev./ Mar. 2015 23
CEFALEIA E A QUALIDADE DE VIDA EM ADOLESCENTES
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Correspondência
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Recebido: 29 de novembro 2014
Aceito: 19 de dezembro 2014