Headache Medicine, v.5, n.1, p.14-20, Jan./Feb./Mar. 2014 19
cervical ativa mostrou que o goniômetro universal
alinhado nos pontos de referência seguidos no presente
estudo, é o método que mais se assemelha aos resultados
obtidos pelo goniômetro cervical (CROM).
(29)
Apesar deste estudo não ter demonstrado nenhuma
significância estatística entre os grupos, houve uma
diferença de amplitude de movimento cervical ativo em
todos os movimentos (flexão/extensão, inclinação lateral
direita/esquerda e rotação direita/esquerda), e uma clara
diferença na classificação da disfunção cervical pelo NDI
entre os indivíduos com cefaleia e os sem cefaleia. Tal
fato nos leva a identificar a importância da avaliação
cervical por um fisioterapeuta nos indivíduos com cefaleia
primária para identificação da provável disfunção cervical
e posterior abordagem terapêutica dos indivíduos
acometidos, direcionando o tratamento desses para suas
implicações clínicas, melhorando assim a qualidade de
vida e auxiliando na diminuição da frequência de crises
nos mesmos.
Sugere-se que então que novos estudos sejam
realizados com amostras maiores e metodologia mais
rigorosa, pois já é definido que a presença da cefaleia
primária gera alterações na região cervical.
Diante do exposto, conclui-se que neste estudo não
foram encontradas diferenças na mobilidade cervical
entre indivíduos com cefaleia e sem cefaleia.
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RELAÇÃO ENTRE CEFALEIA PRIMÁRIA E RESTRIÇÃO DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO CERVICAL: UM ESTUDO PILOTO