Headache Medicine, v.4, n.4, p.91-95, Oct./Nov./Dec. 2013 91
Aspectos socioeconômicos da cefaleia em idosos
Socio-economic aspects of headache in the elderly
ORIGINAL ARTICLEORIGINAL ARTICLE
ORIGINAL ARTICLEORIGINAL ARTICLE
ORIGINAL ARTICLE
RESUMORESUMO
RESUMORESUMO
RESUMO
IntroduçãoIntrodução
IntroduçãoIntrodução
Introdução: Dentre os comprometimentos da saúde de
idosos, a cefaleia se apresenta como a principal queixa
motivadora da busca por socorro médico, cuja qualidade
depende das condições sociais.
ObjetivoObjetivo
ObjetivoObjetivo
Objetivo: Delinear o cenário
socioeconômico da cefaleia em idosos, por meio de uma
revisão crítica.
Método Método
Método Método
Método: Procedeu-se à revisão crítica de
artigos publicados entre 2000 e 2013, independente de
idioma, disponíveis com texto integral nas bases de dados
PubMed, Scopus, EBSCO Information Service, Scientific
Electronic Library on line (Scielo) e Literatura Latino-Americana
e do Caribe em Ciências da Saúde (LiLacs), tendo por tema
aspectos socioeconômicos de pacientes com cefaleia, inves-
tigados em estudos de base populacional ou multicêntricos.
ResultadosResultados
ResultadosResultados
Resultados: Foram localizados 59 artigos, dos quais 40
foram excluídos por título e resumo e 12 por não detalharem
a análise socioeconômica de pacientes com cefaleia. Sete
artigos compuseram a revisão, com os quais se identificou
que a menor condição econômica inviabiliza o acesso dos
idosos a serviços de saúde especializados no diagnóstico e
no tratamento de cefaleia, seja por busca espontânea seja
por encaminhamento.
Considerações finaisConsiderações finais
Considerações finaisConsiderações finais
Considerações finais: Os fatores
dificultadores do acesso ao diagnóstico e ao
tt
tt
tratamento
adequado da cefaleia por idosos são seu baixo nível
socioeconômico e a falta de treinamento específico dos
profissionais de saúde. A inclusão da cefaleia em idosos nos
cursos de formação médica, inicial e continuada, é necessária
e particularmente importante tendo em vista o envelhecimento
da população.
PP
PP
P
alavrasalavras
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--
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-
chavechave
chavechave
chave
::
::
: Epidemiologia; Envelhecimento; Cefaleia;
Fatores socioeconômicos
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACT
Introduction:Introduction:
Introduction:Introduction:
Introduction: Among the health impairments of the elderly,
headache is the main complaint for seeking medical help,
and its quality depends on social conditions.
Objective:Objective:
Objective:Objective:
Objective: To
delineate the socioeconomic scenario of headache in elderly,
through a critical review.
Method:Method:
Method:Method:
Method: We carried out a critical
review of articles published between 2000 and 2013,
independently of idiom, with full text available on PubMed,
Scopus, EBSCO Information Services, Scientific Electronic
Library Online (SciELO) and Latin American Literature and
Caribbean Health Sciences (LILACS) databases. These articles
should have socioeconomic aspects of patients with headache
as theme, investigated in population-based or multicenter
studies.
RR
RR
R
esults:esults:
esults:esults:
esults: We localized 59 articles, among which 40
were excluded by title and abstract and 12 because they did
not detail socioeconomic analysis of patients with headache.
Seven articles were included in the review. With them it is
identified that the lower economic status impede access of
elderly to specialized health services in the diagnosis and
treatment of headache, either by spontaneous search or
through referral.
Final considerationsFinal considerations
Final considerationsFinal considerations
Final considerations: The hindering factors
for the access of elderly to diagnosis and appropriate treatment
of headache were their low socioeconomic status and the lack
of specific training of health professionals. The inclusion of
headache of elderly in initial and continuing medical education
is necessary and particularly important due to population
aging.
KeywordsKeywords
KeywordsKeywords
Keywords: Epidemiology; Aging; Headache; Socioeconomic
factors
Valéria Moura Moreira Leite
1
, Katia Magdala Lima Barreto
1
, Marcelo Moraes Valença
2
1
Departamento de Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil
2
Departamento de Neuropsiquiatria, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, Brasil
Leite VM, Barreto KM, Valença MM. Aspectos socioeconômicos da cefaleia em idosos.
Headache Medicine. 2013;4(4):91-5
92 Headache Medicine, v.4, n.4, p.91-95, Oct./Nov./Dec. 2013
INTRODUÇÃO
Em decorrência da redução da taxa de fecundidade
e da melhoria das condições de vida observa-se
envelhecimento populacional. Esse fenômeno caracteriza-
se pela transição demográfica, mas também pela
transição epidemiológica, as quais têm exigido modifi-
cações sociais e nos serviços de saúde para atenção à
população idosa.
(1)
Ambas as transições requerem a preocupação de
criar as melhores condições para um envelhecimento
ativo, quebrando o paradigma de idosos enquanto
pessoas dependentes.
Para tanto, é imprescindível assegurar aos idosos a
manutenção da capacidade funcional em todos os
aspectos – mental, físico, social e econômico – ou seja,
o pleno gozo de sua cidadania.
(2,3)
O envelhecimento ativo, saudável, depende da
interação multidimensional de vários fatores, dentre
os quais a saúde. Dentre os comprometimentos da
saúde de idosos, a cefaleia se apresenta como a
principal queixa motivadora da busca por socorro
médico, seja primária, seja secundária, já que a
idade atua como fator de risco independente para
sua instalação.
(4,5)
Estudos nacionais e internacionais têm sido desen-
volvidos priorizando diagnóstico, tratamento e prevenção
de crises de cefaleia, mas são escassas as pesquisas que
abordam os aspectos sociais e econômicos da doença,
ou seja, que admitem o paciente como foco de atenção.
Também são numerosos os estudos sobre capacidade
funcional de idosos, mas poucos têm base populacional
e um número ainda menor associa capacidade funcional
e cefaleia nessa população.
Duas pesquisas de base populacional foram
desenvolvidas na região rural da Itália e se constituem
em estudos de referência. Camarda e Monastero,
(6)
em
2003, em população de 1.031 idosos, identificaram
prevalência de 22% de cefaleia. Prencipe et al.,
(7)
em
2001, investigaram a prevalência de cefaleia no último
ano em 1.147 idosos, por meio de entrevista porta-a-
porta e exame neurológico. Relataram prevalência de
72,6% e detalharam que 44,5% deles apresentavam
cefaleia associada à incapacidade para as atividades
de vida diária (AVD), embora não as tenham
detalhado.
Além dessa escassez de informações, outro
aspecto relevante da cefaleia em idosos diz respeito à
dificuldade de diagnóstico preciso dessa enfermidade,
LEITE VM, BARRETO KM, VALENÇA MM
bem como à associação direta do poder econômico
do idoso com seu atendimento por especialista em
cefaleia.
Identifica-se a necessidade de investigar o conhe-
cimento sobre o contexto em que se insere o idoso com
cefaleia, contemplando o impacto da doença sobre
seu envelhecimento e a realidade do suporte a que tem
acesso. O objetivo deste artigo foi delinear o cenário
socioeconômico da cefaleia em idosos por meio de
uma revisão crítica.
MÉTODO
Procedeu-se à revisão crítica buscando nas bases
de dados PubMed, Scopus, EBSCO Information
Service, Scientific Electronic Library on line (Scielo) e
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências
da Saúde (LiLacs), os descritores "aging", "eld*",
"cephalalgia", "headache", "socioeconomic*" e
"economic status", para localização de artigos
publicados entre 2000 e 2013, independente de
idioma, disponíveis com texto integral, que tivessem
como tema aspectos socioeconômicos de pacientes
com cefaleia, investigados em estudos de base
populacional ou multicêntricos.
Dois juízes fizeram a seleção dos artigos inicialmente
pelo título e pelo resumo, para, em uma segunda etapa,
por meio da leitura do texto completo, selecionar os
artigos que integraram a revisão.
RESULTADOS
Foram localizados 59 artigos, submetidos à análise
crítica por título e resumo, do que resultou a exclusão de
40 artigos. Dentre os 19 artigos submetidos à crítica pela
leitura do texto completo, 12 foram excluídos por não
detalharem a análise socioeconômica de pacientes com
cefaleia, do que resultou sete artigos comporem esta
revisão, conforme se observa no fluxograma (Figura 1)
e no Quadro 1.
Dos sete artigos, três apontaram a influência do status
socioeconômico sobre a cefaleia.
(8-10)
Detalhando essa influência, identificou-se a
contextualização de que a menor condição econômica
inviabiliza o acesso a serviços de saúde especializados
no diagnóstico e no tratamento da cefaleia,
(10,11)
aspecto considerado relevante para maior eficácia e
menor impacto social e econômico dessa mor-
bidade.
(7,11-13)
Headache Medicine, v.4, n.4, p.91-95, Oct./Nov./Dec. 2013 93
ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS DA CEFALEIA EM IDOSOS
Figura 1. Fluxograma de definição dos artigos que integraram a revisão crítica
94 Headache Medicine, v.4, n.4, p.91-95, Oct./Nov./Dec. 2013
DISCUSSÃO
O conteúdo dos artigos permitiu construir um
raciocínio lógico quanto à importância da associação
entre aspectos socioeconômicos e cefaleia em idosos,
tema raramente abordado.
A maioria dos estudos sobre cefaleia tem como foco
de atenção a doença, suas características epidemio-
lógicas e a adequação das condutas diagnósticas e
terapêuticas, voltando-se pouco para o paciente e para
as condições de acesso ao cuidado médico.
Dessa forma, buscou-se, inicialmente, identificar
estudos que dessem conta das desvantagens socio-
econômicas que a cefaleia pode causar, tema que se
identificou controverso. Estudo realizado em hospital
indiano, com o objetivo de identificar fatores socio-
demográficos que comprometem a qualidade de vida
de pacientes com cefaleia entre 18 e 60 anos de idade,
constatou que houve prejuízo do domínio social.
(13)
Quando se considera tal prejuízo em idosos com cefaleia,
depreende-se outro aspecto não valorizado pelos
autores, uma vez que a restrição social prejudica também
a vida funcional, hoje considerada um paradigma de
saúde para o idoso.
Não se pode mais considerar saudável exclusi-
vamente o idoso sem doença, posto que o envelhe-
cimento se associa à predisposição do comprometimento
de múltiplas funções, favorecendo o isolamento social
do idoso, dentre outros aspectos.
(2)
Daí decorre a
pertinência de valorizar a associação de cefaleia com
redução da qualidade de vida pelo comprometimento
do domínio social. Significa dizer que o idoso com cefaleia
estará exposto a outros prejuízos funcionais.
Adicionalmente, se tem demonstrado que a cefaleia
tem impacto também em aspectos socioeconômicos.
Estudo realizado com 22.718 adultos e idosos com
cefaleia, na Noruega, comprovou que o baixo status
socioeconômico tem associação significativa com a
frequência da cefaleia mais que com o tipo, fato que,
na opinião dos autores, pode estar relacionado com a
acurácia diagnóstica.
(9)
A ponderação dos autores da relação entre baixo
status socioeconômico e acurácia diagnóstica da cefaleia
é de fundamental importância para idosos, já que sua
condição econômica dificulta o acesso a serviços
especializados, do que decorrem frequentes consultas
ambulatoriais como também atendimentos em serviços
de emergência, aumentando os custos sociais e econô-
micos derivados da cefaleia.
(9,10)
Admitindo o modelo causal social, o baixo nível
socioeconômico pode desencadear outros prejuízos, tais
como aumento do estresse e alimentação inadequada,
(9)
bem como redução de atividades instrumentais de vida
diária, particularmente o lazer, que é de fundamental
importância para o bem-estar dos idosos, ou seja, para
um envelhecimento ativo. Admitindo o aumento mundial
da população idosa, esses achados demandam atenção
especial. Não se trata apenas de considerar a cefaleia
como doença a ser investigada em idosos, mas valorizar
suas consequências em aspectos não diretamente
relacionados à suas características clínicas. Para os idosos
com cefaleia, especialmente no Brasil, parece pertinente
afirmar que a associação da doença com o status
socioeconômico está a merecer maior atenção.
Reforçando a relação entre status socioeconômico,
qualidade de vida e cefaleia, pesquisa de base
populacional incluindo 31.865 pacientes dinamarqueses,
entre 20 e 71 anos de idade, demonstrou que o baixo
nível educacional contribui para baixo nível socioeco-
nômico, comprometendo também a qualidade de vida.
Os autores detalham essa relação ponderando que
menor escolarização dificulta melhores oportunidades de
emprego, do que decorre redução do nível socioeco-
nômico, portanto redução de resposta aos estímulos
sociais e ambientais e de opções de estilo de vida.
(8)
Observa-se que esse estudo apoia a afirmação de
que a cefaleia compromete a qualidade do envelhe-
cimento, período de vida que se associa à redução da
renda pessoal pelo afastamento das atividades profis-
sionais formais, o que contribui para a restrição social
do ambiente de trabalho, mas também da comunidade
e da família. Na medida em que a renda pessoal é
reduzida, diminuem também a autonomia e a inde-
pendência para escolhas sociais.
(10)
A redução das escolhas não se restringe, entretanto,
aos aspectos sociais, como ressaltado, mas reduz também
o acesso a serviços de saúde especializados, o qual tem
sido enfatizado na literatura sobre cefaleia, como a
pesquisa realizada em uma população de 1.188
indivíduos com 63 a 75 anos de idade, que concluiu
que a conduta diagnóstica e terapêutica mais eficaz para
cefaleia é feita por especialistas, quando comparada
àquela realizada por não especialistas.
(12)
Adicional-
mente, pesquisa incluindo 833 idosos a partir dos 65
anos de idade demonstrou que as consultas com espe-
cialista são ainda mais importantes nos idosos com
cefaleias discretas, dadas as dificuldades diagnósticas
pela particularidade dos sintomas.
(7)
LEITE VM, BARRETO KM, VALENÇA MM
Headache Medicine, v.4, n.4, p.91-95, Oct./Nov./Dec. 2013 95
Diante dessas evidências, o baixo status socio-
econômico adquire maior importância, porque a impos-
sibilidade de atendimento especializado em cefaleia
somada à dificuldade diagnóstica potencializam todos
os prejuízos de vida funcional dos idosos, impossi-
bilitando ainda mais o envelhecimento ativo.
O contexto de status socioeconômico e consulta a
especialista pode ter, na adesão a planos privados de
saúde, uma solução ou um fator facilitador. No Brasil,
dada a vigência do Sistema Único de Saúde, essa opção
é quase que a única para tais consultas. Esse aspecto foi
objeto de estudo de base populacional realizado nos
Estados Unidos. Dentre 6.814 consultas de pacientes com
cefaleia a serviços ambulatoriais, emergenciais e hos-
pitalares, os atendimentos realizados por especialista em
cefaleia resultaram em diagnósticos mais precisos, trata-
mento adequado às crises e instituição de terapêutica
preventiva, do que derivaram menores custos sociais e
econômicos para o sistema de saúde.
(11)
Os custos sociais estão representados pela neces-
sidade de constante busca por atendimento, em virtude
da ineficácia do tratamento instituído, bem como pelos
custos indiretos infringidos pela dor, pelos prejuízos sociais
que a doença acarreta e pelo desgaste emocional do
insucesso na busca de cuidados médicos. Quanto aos
custos econômicos, há que se considerar o número de
consultas realizadas de forma inadequada e os gastos
com medicação, internamento e atendimento médico.
Em sistemas de saúde com escassez de recursos finan-
ceiros, de disponibilidade de leitos hospitalares e de
vagas para consultas ambulatoriais, a associação entre
cefaleia e status socioeconômico, tendo a adesão a
planos privados de saúde, é preocupante e pode não
ser a solução para a maioria dos idosos.
CONCLUSÃO
Nesse contexto, depreende-se das evidências apre-
sentadas a necessidade de prover treinamento às equipes
médicas sobre diagnóstico e tratamento de cefaleia
desenvolvido por especialistas; aumento desses profis-
sionais nos serviços de saúde e inclusão da cefaleia em
idosos nos cursos de formação médica, como tema de
especial importância devido ao envelhecimento da
população. Essas providências são indubitavelmente as
únicas viáveis para o Sistema Único de Saúde, quando
comparadas à possibilidade de adesão a planos
privados de saúde pelos idosos.
A implantação de tais condutas deverá, entretanto,
Correspondência
VV
VV
V
aléria Moura Moreira Laléria Moura Moreira L
aléria Moura Moreira Laléria Moura Moreira L
aléria Moura Moreira L
eiteeite
eiteeite
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Avenida Moraes do Rego s/n - Cidade Universitária
50670-901 - Recife, PE, Brasil
Telefone: (81) 2126-8931
Endereço eletrônico: vmmleite@hotmail.com
estar associada a pesquisas sobre o impacto da cefaleia
na vida funcional de idosos, para melhor adequação
das condutas terapêuticas, contribuindo para uma
assistência que efetive o envelhecimento ativo.
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