Headache Medicine, v.4, n.2, p.45-53, Apr./May/Jun. 2013 45
Adaptação transcultural da versão em português do
Brasil do questionário Quality of Life Headache-Youth
(QLH-Y)
Cross-cultural adaptation of the Brazilian Portuguese version of Quality of
Life Headache-Youth (QLH-Y) Questionnaire
ORIGINAL ARTICLEORIGINAL ARTICLE
ORIGINAL ARTICLEORIGINAL ARTICLE
ORIGINAL ARTICLE
Gabriela Almeida da Silva
1
, Dayzene da Silva Freitas
1
, Clarice Nicéas Barreto da Costa
1
,
Sheva Castro Dantas de Sousa
1
, Marcelo Moraes Valença
2
, Daniella Araújo de Oliveira
1,2
1
Departamentos de Fisioterapia e
2
Neuropsiquiatria,
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
Silva GA, Freitas DS, Costa CN, Sousa SC, Valença MM, Oliveira DA. Adaptação transcultural da
versão em português do Brasil do questionário Quality of Life Headache-Youth (QLH-Y).
Headache Medicine. 2013;4(2):45-53
RESUMORESUMO
RESUMORESUMO
RESUMO
Objetivos:Objetivos:
Objetivos:Objetivos:
Objetivos: Traduzir para a língua portuguesa, adaptar
transculturalmente e validar o Quality of Life Headache-
Youth (QLH-Y), avaliando sua confiabilidade por meio da
consistência interna dos seus itens, em uma amostra de
adolescentes de ambos os gêneros, estudantes de escolas
públicas na cidade de Recife.
Método: Método:
Método: Método:
Método: O instrumento
original foi traduzido do inglês para o português, gerando
uma síntese consensual. A versão em português do instru-
mento foi retrotraduzida, e então desenvolvida uma versão
pré-final para um teste de campo. Após a adequação do
instrumento para o português, foi realizado um estudo piloto
com 100 estudantes.
Resultados:Resultados:
Resultados:Resultados:
Resultados: Os resultados encon-
trados na consistência interna da versão brasileira foram
muito satisfatórios, com o valor de alfa de Cronbach de
0,906 (superior a 0,7) indicando um grau elevado de
consistência interna.
Conclusão:Conclusão:
Conclusão:Conclusão:
Conclusão: A versão em português
do QLH-Y apresenta uma consistência interna excelente e
uma boa compreensão dos seus itens pela adaptação
transcultural na cidade do Recife.
PP
PP
P
alavrasalavras
alavrasalavras
alavras
--
--
-
chave:chave:
chave:chave:
chave: Adolescentes; Cefaleia; Transtornos de
enxaqueca; Qualidade de vida
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACTABSTRACT
ABSTRACT
Objectives:Objectives:
Objectives:Objectives:
Objectives: To translate into Portuguese, culturally adapt
and validate the Quality of Life Headache - Youth (QLH-Y),
assessing its reliability through internal consistency of its items
in a sample of adolescents of both sexes, attending public
schools in the city of Recife.
Methods:Methods:
Methods:Methods:
Methods: The original
instrument was translated from English into Portuguese,
generating a synthetic consensus. The Portuguese version of
the instrument was back translated, and then developed a
pre-final version for a field test. After the suitability of the
instrument into Portuguese was conducted a pilot study with
100 students.
Results: Results:
Results: Results:
Results: The findings of the internal consistency
of the Brazilian version were very good, with the alpha value
of 0.906 (greater than 0.7) indicating a degree high internal
consistency.
Conclusion:Conclusion:
Conclusion:Conclusion:
Conclusion: The Portuguese version of QLH -
Y has an excellent internal consistency and a good
understanding of its items for cross-cultural adaptation in
the city of Recife.
Keywords:Keywords:
Keywords:Keywords:
Keywords: Adolescents; Headache; Migraine disorders;
Quality of life
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SILVA GA, FREITAS DS, COSTA CN, SOUSA SC, VALENÇA MM, OLIVEIRA DA
INTRODUÇÃO
A cefaleia é uma das queixas somáticas mais
frequentes relatadas entre crianças e adolescentes.
(1)
Pode
causar um grande impacto na vida diária das crianças e
dos pais, como nas atividades sociais, atividades com a
família e absenteísmo escolar.
(2)
A qualidade de vida é uma medida importante da
efetividade do tratamento da cefaleia, que reflete o
impacto da doença na avaliação subjetiva do paciente,
no bem-estar emocional e funcionamento físico.
(3-5)
Crianças com cefaleia apresentam menor qualidade de
vida do que crianças saudáveis. Comparando com
crianças que sofrem doenças crônicas (como reumatismo
ou câncer), os valores de qualidade de vida foram seme-
lhantes no que diz respeito à deficiência escolar e
funcionamento emocional.
(6)
A prevalência da cefaleia tende a aumentar com o
avançar da idade.
(7)
Um estudo realizado em São José
do Rio Preto - SP
(8)
avaliou a prevalência e a frequência
de cefaleia em escolares brasileiros. O resultado mostrou
que 91,8% dos alunos tiveram cefaleia no último ano.
Destes, 53,7% relataram que a dor acontecia frequente-
mente. Em relação ao gênero, 36,6% das meninas e
28,2% dos meninos queixavam-se de cefaleia pelo
menos uma vez por semana. No caso da cefaleia diária,
o número de meninas chega a quase o dobro dos
meninos. Uma das causas prováveis dessa desigualdade
entre os sexos em determinada faixa etária são as
alterações hormonais.
(9)
Em outro estudo realizado com
adolescentes brasileiros, a frequência de cefaleia do tipo
tensional foi maior no sexo feminino, enquanto que a
migrânea ocorreu com mesma frequência entre homens
e mulheres.
(10)
Um estudo com crianças, realizado na Suécia, fez
uma comparação entre dor nas costas e dor de cabeça,
(11)
observou-se que a dor de cabeça atrapalha mais a escola
do que as dores lombares no que se refere às habilidades
de concentração, ao uso de analgésicos ou ao absen-
teísmo escolar.
(12)
Além disso, recentes pesquisas sugerem
que crianças com dor de cabeça apresentam um risco
maior de problemas psicológicos, incluindo sintomas de
ansiedade e depressão.
(13,14)
Crianças com dor de cabeça
mostram menor participação social e mais queixas
somáticas. Elas são menos felizes na escola e são mais
ansiosas do que uma criança sem dor.
(15)
Apesar de elevada, a cefaleia é frequentemente sub-
estimada e subdiagnosticada na infância e adoles-
cência,
(10,16)
causando impacto na qualidade de vida.
Portanto, é necessária a elaboração de um instrumento
validado e adaptado transculturalmente para a língua
portuguesa, específico para adolescentes com cefaleia.
A escolha de um instrumento que avalie a qualidade de
vida possibilita a realização de comparações interculturais
de intervenções e de diferentes estados de saúde com
benefícios relativos de tempo e custo.
Na literatura existem alguns questionários específicos
para avaliar a qualidade de vida em crianças e adoles-
centes com migrânea, dentre eles: o Migraine Specific
Questionnaire (MSQ), o Migraine Specific Quality of Life
Measure (MSQOL) e o Quality of Life Headache-Youth
Questionnaire (QLH-Y). O QLH-Y é um instrumento
desenvolvido para o uso em adolescentes com cefaleia
ou migrânea
(17)
, o qual avalia a qualidade de vida em
seis domínios: funcionamento psicológico, status funcional,
funcionamento físico, funcionamento social, satisfação
com a vida em geral e satisfação com a saúde. Os limites
cronológicos da adolescência são definidos pela Orga-
nização Mundial da Saúde (OMS) entre 10 e 19 anos.
(18)
Assim, este estudo tem como proposta traduzir para
a língua portuguesa, adaptar e validar o Quality of Life
Headache-Youth Questionnaire, avaliando a consistência
interna de seus itens pela análise do alfa de Cronbach
em uma amostra de adolescentes de ambos os gêneros,
estudantes de escolas públicas na cidade de Recife.
MÉTODOS
Trata-se de um estudo metodológico, onde foi
solicitada a autorização dos autores para a realização
da validação e adaptação transcultural do Quality of
Life Headache-Youth Questionnaire para a região da
cidade do Recife-PE. Foram incluídos130 adolescentes
entre 10 a 19 anos de idade (14 ± 2 anos), de ambos
os sexos, cursando do 6ºano do ensino fundamental ao
3ºano do ensino médio, matriculados em cinco escolas
públicas estaduais de Recife, nos meses de janeiro a junho
de 2012, conforme descrito na Figura 1. O início da
coleta de dados do presente estudo se deu após a
aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa com seres
humanos, com número CAAE 02043612.6.0000.5208.
Os responsáveis pelos adolescentes assinaram o Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram excluídos
do estudo alunos com histórico de doenças neuro-
psicológicas ou incapacidade cognitiva.
O instrumento utilizado foi o Quality of Life Headache-
Youth Questionnaire, um questionário que possui 71 itens,
sendo 69 questões do tipo Likert e duas escalas visuais
Headache Medicine, v.4, n.2, p.45-53, Apr./May/Jun. 2013 47
analógicas de satisfação com a vida em geral e com a
saúde. Do item 1 ao item 55, existem quatro possíveis
respostas: "Raramente ou nunca", "Às vezes", "Muitas
Vezes" ou "Várias Vezes ou sempre". Do item 56 ao item
69, existem quatro possíveis respostas: "De jeito nenhum",
"Pouco", "Mais ou menos" ou "Muito". As respostas são
todas em relação à semana anterior.
(17)
Na primeira etapa, o instrumento original foi
traduzido do inglês para o português do Brasil por dois
profissionais independentes bilíngues, ambos orientados
sobre a população alvo em que o instrumento foi
utilizado (adolescentes da rede pública de ensino).
Na segunda etapa, as versões foram comparadas
entre os tradutores para identificar discrepâncias, gerando
uma síntese consensual.
Na terceira etapa, a versão em português do
instrumento foi traduzida para o inglês por outros dois
tradutores independentes. A retrotradução assegura que
a versão reflete o mesmo conteúdo da versão original.
Os dois tradutores não estavam cientes nem informados
dos conceitos explorados e possuíam o inglês como língua
materna.
Na quarta etapa, foi realizada uma revisão por um
comitê especialista, essencial para alcançar a equiva-
lência semântica transcultural, consolidar todas as versões
dos questionários e desenvolver uma versão pré-final
para o teste de campo.
Na quinta etapa, a versão pré-final foi aplicada para
a avaliação da compreensão e verificação da aceita-
bilidade do instrumento e para a realização de correções
necessárias. O pré-teste foi realizado em uma amostra
de 30 adolescentes, com idade 10 a 19 anos.
A análise semântica tem como objetivo verificar se
todos os itens são compreensíveis para todos os membros
da população à qual o instrumento se destina. Esses
adolescentes comentaram as questões da versão de
consenso, apontando dificuldades e sugerindo termos
de mais fácil compreensão. A partir dessas sugestões, foi
elaborada a versão final em português do Quality of
Life Headache-Youth Questionnaire.
Após a adequação do instrumento ao idioma
português do Brasil, foi realizado um estudo piloto com
100 estudantes, 51 do sexo feminino, estudantes de
escolas públicas estaduais da região metropolitana do
Recife, com idade entre 10 e 19 anos (14±2).
Para que a adaptação transcultural seja alcançada,
é também necessário um estudo de equivalência de
mensuração, com avaliação da medida de confiabilidade
através do alfa de Cronbach para cada domínio e cada
subescala. A consistência interna é determinada com uma
única aplicação do instrumento, verificando-se a
homogeneidade dos itens de modo que meçam as
mesmas dimensões.
(21)
Convém ressaltar que a interpretação do alfa de
Cronbach relaciona-se a interpretações dadas por estima-
tivas de confiabilidade baseadas no método "Split-half",
Figura 1 – Fluxograma de seleção da amostra, Recife, Pernambuco,
2012
O processo de tradução e adaptação cultural foi
realizado segundo a proposta de Beaton et al.,
(19)
através
de várias etapas metodológicas: tradução, síntese, retro-
tradução, revisão por um comitê de especialistas, pré-
teste e a verificação das propriedades psicométricas
(Figura 2).
Figura 2 – Etapas do processo de tradução e adaptação transcultural
de acordo com os critérios estabelecidos por Beaton et al., 2000.
(20)
ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DA VERSÃO EM PORTUGUÊS DO BRASIL DO QUESTIONÁRIO QUALITY OF LIFE HEADACHE-YOUTH (QLH-Y)
48 Headache Medicine, v.4, n.2, p.45-53, Apr./May/Jun. 2013
SILVA GA, FREITAS DS, COSTA CN, SOUSA SC, VALENÇA MM, OLIVEIRA DA
já que representa a média de todos os coeficientes "Split-
half" para um dado instrumento.
Em geral, escalas com alfa de Cronbach maior que
0,70 são evitadas, pois indicam pouca confiabilidade.
No entanto é válido lembrar que o valor de alfa de
Cronbach tende a aumentar conforme o número de
questões do instrumento.
O programa utilizado para a digitação dos dados
e obtenção dos cálculos estatísticos foi o SPSS (Statistical
Package for the Social Sciences) na versão 20.
RESULTADOS
No pré-teste foram avaliados 30 adolescentes (17
meninas) com idade entre 12 e 16 anos (12± 2 anos).
No estudo piloto foram avaliados 100 adolescentes (51
meninas), com idade entre 12 e 18 anos (14±2 anos).
Durante o processo de tradução e adaptação do
QLH-Y, alguns termos foram alterados com o objetivo
de manter o mesmo significado da versão original. Tais
ajustes foram descritos na Tabela 1. Os demais itens do
Questionário não apresentaram necessidade de altera-
ções nesta etapa do processo.
DISCUSSÃO
No presente estudo, a tradução e a retrotradução
do QLH-Y para a língua portuguesa foram realizadas
de maneira cuidadosa e satisfatória, com o propósito
de adaptar esse instrumento para a língua portuguesa,
respeitando os valores socioculturais da população
brasileira de adolescentes. Foi realizado o mínimo de
alteração na estrutura do instrumento original, mantendo-
os itens da escala, a fim de não promover maiores
alterações das propriedades psicométricas e permitindo
a comparação das duas versões.
Nos itens: "Vigoroso", "Eu me senti depressivo" e
"Rigidez muscular", houve uma mudança na tentativa de
facilitar o entendimento dos termos. A incompreensão
dos itens pode estar associada a limitações intelectuais.
Houve adequação dos termos para "Ativo", "Eu me senti
O valor do alfa de Cronbach para todo o questio-
nário (69 questões) foi de 0,906. Os valores do alfa de
Cronbach por domínio foram todos acima de 0,70. O
valor por subescala foram todos acima de 0,7 exceto
nas subescalas de "Interação social com irmãos e irmãs"
e "Interação social com jovens". A Tabela 2 apresenta
medidas de alfa de Cronbach para cada domínio e para
o questionário completo (69 questões do tipo Likert).
A Tabela 3 mostra o valor de alfa de Cronbach em
cada subescala na versão final em português e na versão
original.
(17)
Headache Medicine, v.4, n.2, p.45-53, Apr./May/Jun. 2013 49
triste" e "Tensão muscular". Após as mudanças, o número
de indivíduos com dúvidas reduziu consideravelmente.
No item "Se houve atividades em casa, em que todos
nós pudéssemos fazê-las juntas, eu também participava"
um número significativo de indivíduos entrevistados não
compreendeu a questão. Optou-se por transformá-lo em
"Participei de atividades na minha casa em que todos
puderam participar", tornando a questão mais clara.
Como exemplo da intensidade de correlação entre
os itens de um questionário, pode-se verificar se esse
coeficiente aumenta depois de eliminar um item da escala
de medição (questionário). Se isso ocorrer, pode-se
assumir que esse item não é altamente correlacionado
com os outros itens da escala. Por outro lado, se o
coeficiente diminuir pode ser assumido que esse item é
altamente correlacionado com os outros itens da escala.
Dessa forma, o alfa de Cronbach determina se a escala
é realmente confiável, pois avalia como cada item reflete
sua confiabilidade. Após a eliminação do item 26 (Eu
tive uma discussão com um dos meus irmãos ou irmãs),
na subescala "Interação social com irmãos e irmãs", houve
uma elevação do valor do alfa de Cronbach de 0,454
para 0,779, mostrando que esse item não é altamente
correlacionado com os outros itens da escala, justificando
a sua exclusão.
Muitos pesquisadores avaliam a validade de um
instrumento pelo seu nível de confiabilidade. Conceitual-
mente, a confiabilidade reflete o quanto os valores
observados estão correlacionados aos verdadeiros
valores.
(20)
Um instrumento é confiável se ele mede consis-
tentemente as condições que poderiam causar erros.
Existem três tipos de Confiabilidade: interexaminadores
(inter-rater), teste-reteste (intraexaminadores) e consistência
interna. Este estudo realizou a avaliação da consistência
interna.
Os resultados encontrados na consistência interna
do presente estudo foram satisfatórios, com o valor de
alfa de Cronbach 0,906 (superior a 0,7). Os achados
revelam um valor elevado e, portanto, um grau elevado
de consistência interna.
Comparando-se com os valores encontrados da
consistência interna da versão original em inglês, observa-
se uma redução do valor de alfa de Cronbach de 0,72
para 0,651 na subescala "Interação social com jovem".
O QLH-Y também foi traduzido e validado na Itália.
(19)
A análise dos dados da versão italiana foi realizada de
modo a obter uma redução de itens mantendo a
consistência interna máxima. Esta versão possui 52 itens
divididos em 9 subescalas que avaliam 4 domínios da
Qualidade de vida. O valor do alfa de Cronbach foi
superior a 0,70 em todas as subescalas, exceto nas de
Depressão (0,66), Sintomas somáticos (0,64), Interação
social com irmão e irmãs (0,65) e Funcionamento em
casa e na escola (0,53). Estas duas últimas estão incluídas
no domínio Funcionamento Social.
As subescalas com valores alfa de Cronbach abaixo
de 0,70 foram: Interação social com irmãos (0,454) e
irmãs e Interação social com jovens (0,651). Ambas
pertencem ao domínio Funcionamento social.
O item 26, "Eu tive uma discussão com um dos meus
irmãos ou irmãs," pode não ter se correlacionado com
os outros itens devido a uma incompreensão da questão
ou devido ao fato de muitos adolescentes não terem
irmãos ou não possuírem contato com estes.
As medidas de qualidade de vida podem amparar
os estudos de custo benefício identificando quais
intervenções devem ser priorizadas. Existe a necessidade
de criação e utilização de instrumentos de avaliação da
qualidade de vida que valorizem as experiências das
crianças e dos adolescentes de maneira adequada a
sua fase de desenvolvimento.
O questionário QLH-Y foi devidamente traduzido e
adaptado transculturalmente para a língua portuguesa.
O questionário QLH-Y apresentou uma consistência
interna bastante satisfatória, tanto para as 69 questões
quanto para os domínios separadamente. A consistência
interna do QLH-Y, medida pelo coeficiente alfa de
Cronbach padronizado, foi satisfatória. Obteve-se um
índice geral de 0,906, cujo valor excede o valor mínimo
de referência.
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Anexo 1Anexo 1
Anexo 1Anexo 1
Anexo 1
Questionário Quality of Life HeadacheQuestionário Quality of Life Headache
Questionário Quality of Life HeadacheQuestionário Quality of Life Headache
Questionário Quality of Life Headache
--
--
-
YY
YY
Y
outh - QLH-outh - QLH-
outh - QLH-outh - QLH-
outh - QLH-
YY
YY
Y
VV
VV
V
ersão em português do Brasilersão em português do Brasil
ersão em português do Brasilersão em português do Brasil
ersão em português do Brasil
Nome:____________________________________________________ Idade:_____________________
Data do preenchimento deste questionário:_________________________________________________
Responda cada uma das questões com sua opinião própria. Você pode não ter mais que uma resposta por
questão. É muito importante que você responda TODAS as questões.
Quanta satisfação que você teve semana passada em relação a sua vida em geral?
Dê sua resposta para esta questão desenhando um "X" na linha. O quanto mais satisfeito você esteve em relação
a sua vida, mais para a direita você deve desenhar o "X". Quanto mais insatisfeito você esteve em relação a sua vida,
mais para a esquerda você deve desenhar o "X".
EXEMPLO:
Quanta satisfação que você teve semana passada em relação aos programas de televisão?
0 10
Completamente Completamente
Insatisfeito satisfeito
AGORA RESPONDA:
Quanta satisfação você teve semana passada com sua vida em geral?
Marque um "X" na linha abaixo.
0 10
Completamente Completamente
insatisfeito satisfeito
XX
XX
X
XX
XX
X
Headache Medicine, v.4, n.2, p.45-53, Apr./May/Jun. 2013 51
Nós gostaríamos de saber a frequência de cada uma destas situações aplicadas a você na SEMANA PASSADA.
Circule ao redor da resposta que se encaixa mais próximo da sua situação.
EXEMPLO:
Se você achou que na semana passada aquele programa de televisão foi "várias vezes ou sempre" interessante,
desenhe um círculo ao redor do número 3.
Semana passada, eu achei os programas de televisão:
"raramente "as vezes" "muitas "várias
ou nunca vezes" vezes ou
sempre"
Interessante 0 1 2 3
RESPONDA
Semana passada eu estava me sentindo:
Dê uma resposta que se encaixe mais próximo da sua situação SEMANA PASSADA:
ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DA VERSÃO EM PORTUGUÊS DO BRASIL DO QUESTIONÁRIO QUALITY OF LIFE HEADACHE-YOUTH (QLH-Y)
52 Headache Medicine, v.4, n.2, p.45-53, Apr./May/Jun. 2013
SILVA GA, FREITAS DS, COSTA CN, SOUSA SC, VALENÇA MM, OLIVEIRA DA
Responda esta questão do mesmo jeito que a primeira no começo deste questionário:
Marque um "X" na linha.
RESPONDA:
O quanto você esteve satisfeito com sua saúde na semana passada?
0 10
Completamente Completamente
insatisfeito satisfeito
SEMANA PASSADA eu estava incomodado por:
Headache Medicine, v.4, n.2, p.45-53, Apr./May/Jun. 2013 53
As questões seguintes são relacionadas com o modo que as dores de cabeça interferiram em você na semana
passada. Se você NÃO SENTIU DOR DE CABEÇA na semana passada. Neste caso, desenhe círculos ao redor do
número 0.
Para responder as questões, desenhe um círculo ao redor de um dos quatros números no final de cada questão.
Os números agora significam:
0="de jeito nenhum"; 1="pouco"; 2= "mais ou menos"; 3="muito".
Conflito de interesse: nada a declarar.
Fonte financiadora do projeto: Recursos próprios
Recebido em 5 de março 2013
Aceito em 27 de maio 2013
Correspondência
Daniella Araújo de OliveiraDaniella Araújo de Oliveira
Daniella Araújo de OliveiraDaniella Araújo de Oliveira
Daniella Araújo de Oliveira
Av. Jorn. Anibal Fernandes, s/n, Cidade Universitária,
50740-560 - Recife, PE, Brasil
Fone:(55-81) 21268937, Fax: (55-81) 21268491
sabino_daniella@ig.com.br
Este é o fim do questionário. Por favor, confira cuidadosamente se você não esqueceu nenhuma questão ou deu
mais de uma resposta a uma questão. Obrigado pela sua colaboração.
ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DA VERSÃO EM PORTUGUÊS DO BRASIL DO QUESTIONÁRIO QUALITY OF LIFE HEADACHE-YOUTH (QLH-Y)